Jéssica Silva – Comunicação SEESP
Na quarta-feira (20/3), o SEESP promoveu o workshop “Digitalização no setor da construção – Etapa inicial para implementação BIM”, com a participação de engenheiros, arquitetos, além de outros profissionais da área técnica.
A atividade, realizada na sede do sindicato, na capital paulista, faz parte do projeto “SEESP Prefeituras”, iniciativa do SEESP Educação, que visa apresentar a Modelagem da Informação da Construção, o BIM, a todos os municípios do Estado.
“Entendemos que uma das funções do sindicato é possibilitar que a área técnica tenha conhecimento de todas as ferramentas que aparecem”, disse o vice-presidente do sindicato e coordenador do SEESP Educação, Fernando Palmezan.
Por meio de decreto federal, desde 2020 foi estabelecido o uso de BIM na esfera pública e sua implementação gradual. “Quem não souber utilizar vai ter dificuldades até mesmo em obter financiamento das obras”, alertou o engenheiro.
O objetivo do workshop, conforme disse Meire Garcia, coordenadora do projeto SEESP Prefeituras, é apresentar o processo e o início de uma implementação de BIM. “A primeira fase de uma implementação é essa, a do conhecimento, alinhamento de conceitos”, falou a arquiteta.
As palestras do dia ficaram sob a responsabilidade dos especialistas Mauro Augusto da Silva Junior, consultor com mais de dez anos de experiência em BIM; Rosângela Castanheira, notório saber em Engenharia de Custos; e a mentora Márcia Dóring.
“BIM é uma realidade. Trata-se de um processo com tecnologia, mas é uma questão mais de processo. Quando vou a uma construtora para fazer a implementação, tenho que primeiramente conversar com todas as áreas, entender como cada área trabalha, para aí sim começar”, afirmou Silva Junior, introduzindo o tema.
A integração das diversas áreas só funciona, de acordo com Castanheira, se cada profissional tiver pleno conhecimento de sua especialidade. “BIM não é mágica, a colaboração é fundamental. A colaboração acontece para a troca de informações, e informação é crucial nesse processo. E quando falamos de informação com tecnologia nos referimos a dados”, exemplificou a professora.
Doring falou as dificuldades que as prefeituras enfrentam para entregar uma obra de acordo com as políticas públicas e modelos existentes de licitações e, nesse sentido, como um processo BIM pode auxiliá-las a atingir esses objetivos, sobretudo atendendo as necessidades da população.
Ao longo do dia, os profissionais abordaram os principais conceitos relacionados à parametrização, colaboração e uso do BIM; a importância da gestão da informação; a necessidade de planejamento; o papel da engenharia digital; a relação entre o orçamento, medição da obra e extração de informações do modelo BIM.