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21/05/2024

Reunião no SEESP pauta solidariedade e ações da engenharia ao povo gaúcho

Soraya Misleh – Comunicação SEESP

 

Na última segunda-feira (20/5) aconteceu na sede do SEESP, na Capital, uma reunião para se debater a atuação do sindicato em solidariedade ao povo gaúcho, que enfrenta tragédia em função das inundações de grande monta no estado.

 

O encontro decidiu pela constituição de um grupo de trabalho permanente, para pensar e discutir os problemas e apresentar soluções tanto para a reconstrução no Rio Grande do Sul quanto para evitar que desastres como este se repitam. Também teve como encaminhamento a busca pelo SEESP de reunião com o ministro Paulo Pimenta, indicado pelo Presidente da República para comandar a Secretaria Extraordinária de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, e com o governador Eduardo Leite.

 

 

Coordenada pelo presidente do SEESP, Murilo Pinheiro, a reunião contou com a presença de diretores da entidade, da coordenadora-geral do Núcleo Jovem Engenheiro, Marcellie Dessimoni, de especialistas em Engenharia de Segurança no Trabalho, do analista e consultor sindical João Guilherme Vargas Netto e de representantes do Sinaenco (José Roberto Bernasconi, conselheiro vitalício, e Fernando Jardim Mentone, presidente da seção São Paulo).

 

Murilo abriu a reunião observando que há possibilidade de que eventos como esse voltem a ocorrer em outras cidades e estados do Brasil. Também destacou que, caso tivesse levada a cabo, a proposta de se instituírem Secretarias de Engenharia de Manutenção, com equipe e dotação orçamentária próprias, nas três esferas de governo – municipais, estaduais e federal – poderia ter se evitado desastre como o que se vivencia no Rio Grande do Sul, portanto, implementá-la para impedir novas tragédias se torna fundamental.

 

A proposta consta desde 2019 do projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento”, iniciativa da FNE e sindicatos filiados, entre os quais o SEESP, e foi elaborada a partir do seminário “Pontes, viadutos, barragens e a conservação das cidades – Engenharia de manutenção para garantir segurança e qualidade de vida”, realizado pela entidade paulista. Na reunião, Murilo frisou a importância de se discutir “o que fizemos, o que estamos fazendo e o que pensar agora”.

 

Da esquerda para a direita, Mentone, Bernasconi, Murilo e João Guilherme. Foto: Paula Bortolini

 

Bernasconi trouxe um informe geral sobre a tragédia, lembrando que a dimensão, em sua plenitude, só vai poder ser compreendida quando as águas baixarem, e que deve ainda ter dramáticos desdobramentos, como situação de emergência em saúde pública “gravíssima”.

 

Ele observou que há perto de 80 mil pessoas em abrigos improvisados e quase 600 mil em casas de familiares e amigos, o que corresponde a “uma enorme cidade”. Assim, salientou a importância do planejamento habitacional para compensar as perdas de moradias e de se pensarem soluções para evitar novos desastres.

 

Enfatizou ainda a importância de se constituir um Comitê de Crise e destacou o trabalho essencial da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), que enviou 18 bombas de alta capacidade para ajudar no escoamento da água em várias localidades do Rio Grande do Sul. Também sintetizou as propostas e ações dos governos, observando que é necessário pensar em soluções para os problemas nacionais e infraestrutura.

 

Falhas e propostas

Os participantes apontaram questões graves que potencializaram o desastre, como o desmatamento da mata ciliar no entorno do rio; falhas em todos os equipamentos que poderiam impedir a tragédia no Rio Grande do Sul; falta de prevenção e manutenção. Nessa direção, trouxeram contribuições ao debate de propostas, tais como informações sobre novas tecnologias e experiências internacionais para evitar desastres; descarbonização da frota e da indústria, a importância de estudo e levantamento para planejamento e priorização de ações.

 

Entre as sugestões, a coordenação com as entidades que estão no local (Crea-RS, Senge-RS e Sinaenco-RS), a importância de o SEESP articular parcerias e se pensar um plano contra desastres que inclua avaliação de risco; o papel fundamental da Engenharia de Segurança nos projetos e planos como este; e a necessidade de a engenharia propor ações de adequação e mitigação para resiliência urbana tendo em vista a realidade das mudanças climáticas.

 

João Guilherme deu a diretriz: foco na solidariedade, com valorização da engenharia, manutenção e prevenção, e atenção à garantia de direitos sociais e trabalhistas na reconstrução. Também sugeriu que o SEESP busque reunião com os poderes para levar as propostas da engenharia e contribuir com as soluções.

 

 

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