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25/07/2024

Divulgação científica deve romper barreiras e tornar ciência acessível à população

Fundacentro

 

"A ciência só vai existir efetivamente na sociedade se ela for comunicada”. Com essa frase, a gerente de conteúdo da Agência Bori, Natália Martins Flores, define a importância da divulgação científica. A palestra ocorreu no seminário onlineDivulgação Cientifica: Agência Bori, Revista Pesquisa Fapesp e RBSO", realizado em 3 de julho no canal da Fundacentro no YouTube.

 

O webinar contou também com palestras do editor especial da Revista Pesquisa Fapesp, Carlos Fioravanti, e do professor da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), Felipe Souza Dreger Nery, que teve artigo publicado pela RBSO e divulgado pela Agência Bori. A coordenação do evento foi da editora chefe da RBSO, Leila Posenato Garcia.

 

WebinarFundacentro 030724Imagem: reprodução FundacentroA divulgação científica tem como principal função democratizar o acesso à ciência, algo fundamental no cenário atual. “82% dos brasileiros não conseguem indicar uma instituição de pesquisa brasileira ou um cientista do Brasil”, aponta Natália Flores.

 

Nesse contexto, a atuação da Agência Bori e da Revista Pesquisa Fapesp é essencial ao possibilitar que estudos publicados em revistas científicas, como a RBSO, extrapolem o meio acadêmico e se expandam de forma bastante acessível para não especialistas, tanto público em geral, como jornalistas. É o que enfatiza Leila Posenato Gracia. Com isso, ajudam a quebrar diversas barreiras de acesso, favorecendo “mais diálogo da ciência, dos cientistas, da produção científica, com a sociedade”.

 

Natália Flores observa ainda que a divulgação científica é uma via de mão dupla. Ao mesmo tempo em que rompe a barreira do hermetismo acadêmico, dando para a população ampla visibilidade do impacto da ciência em sua vida, na formulação de políticas públicas e nas tomadas de decisões, permite também aos pesquisadores entenderem como esse conhecimento está circulando na comunidade, consequentemente contribuindo para o desenvolvimento da própria ciência. É, para Felipe Nery, o impacto social da produção científica para além da métrica de citações.

 

O estudo de coautoria de Felipe foi um dos artigos divulgados pela Agência Bori. Originalmente publicado na RBSO, trata do registro de mortes por acidentes de trabalho segundo raça/cor no estado da Bahia. 

 

O autor acredita que, além da ampliação da difusão do conhecimento produzido, a repercussão desencadeou diversas outras ações, como reportagens, mesas redondas, podcast e, em especial, o início de discussões internas sobre Saúde do Trabalhador na própria UEFS enquanto desdobramento com ações concretas.

 

Outro ponto comum nas falas foi a atuação do jornalista na divulgação científica. Carlos Fioravante destaca que não há um modelo pronto, e a atuação do jornalista nesse processo é essencial. “Sempre vale a pena pensar o papel que vocês [pesquisadores] esperam do jornalista, ou seja, um jornalista no papel de intermediário, que vai apenas reproduzir o que fizeram [...] ou o jornalista como mediador, que vai pensar junto, que transformar, vai levar a pontos e a ideias desconhecidas e vai fazer um produto final inesperado, mas vibrante e interessante”.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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