Agência Sindical
A produção da indústria brasileira registrou crescimento de 4,1% no período entre maio e junho deste ano, segundo a Pesquisa Industrial Mensal, divulgada na última sexta-feira (2/8) pelo IBGE. No acumulado de 12 meses, a alta foi de 1,5%.
A pesquisa inverte o recuo de 1,8% nos meses de abril e maio. O presidente do Conselho Regional de Economia de São Paulo (Corecon-SP), Pedro Afonso Gomes, afirma que o levantamento reflete o otimismo dos agentes econômicos, incluindo o consumidor. Isso fica evidenciado pela expansão de produtos alimentícios (2,7%) e bens de consumo duráveis (4,4%) e não duráveis (4,1%).
A equação é simples. “No caso da alimentação, a alta é impulsionada pelo crescimento de empregos. Mais empregos geram mais renda e a população consome mais. Por outro lado, com um pouco mais de dinheiro, as pessoas passam a ter confiança na economia e compram bens duráveis. Um fogão ou uma geladeira, por exemplo”, explica Gomes. O que, por sua vez, incentiva a expansão industrial”.
Assim como os consumidores, os empresários ganham confiança e incrementam os investimentos. “Nenhum empresário vai investir se acha que não haverá retorno, assim como os bancos não concedem crédito sem confiança”, garante Gomes.