Agência Sindical
O crescimento da economia brasileira tende a prosseguir, com geração de empregos formais e aumento no rendimento médio. Esse desempenho tem sido mostrado pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), mês a mês, e em julho não foi diferente.
Em julho, o Brasil gerou 188.021 postos de trabalho com carteira assinada, ou seja, 32% a mais que no mesmo período de 2023. Nos sete primeiros meses do ano, o crescimento foi de 27,2%, com a abertura de 1.492.214 novos empregos.
Dieese – Rodolfo Viana é economista do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e professor universitário. Ele considera que a rota atual de crescimento repõe o País no patamar pré-crises, geradas pela derrubada da Presidente Dilma e por dois presidentes neoliberais que a sucederam.
“Os últimos 10 anos foram tempos tenebrosos”, ele comenta. Afora a pandemia, houve ataques a direitos e seguidas políticas recessivas. Para Rodolfo, não há no radar sinal de crise mais grave. Ele também saúda o crescimento da indústria e do emprego fabril.
O economista chama atenção para a questão da escolaridade. Segundo sua análise, os novos empregos exigem pelo menos Ensino Médio. Outro aspecto que Rodolfo Viana ressalta é o ingresso de mais jovens no mercado de trabalho.
Várias categorias de peso na economia, como metalúrgicos, têxteis e comerciários, entre outras, têm data-base no segundo semestre. “Economia aquecida, com geração de empregos, ajuda a fortalecer as demandas e campanhas salariais das categorias”, afirma o professor.
Todos os setores da economia, ele observa (comércio, indústria, serviços e agropecuária), têm aumentado a oferta de empregos.