Nossa data-base é 1º de maio, estamos em agosto e a CET-SP, que havia parado a negociação, teve de retomá-la porque foi decidido em assembleia que faríamos uma reunião sob a mediação da SRT (Superintendência Regional de Trabalho e Emprego no Estado de São Paulo). Nesse encontro, a companhia que havia apresentado proposta inicial de 4,15% de reajuste salarial, apresentou o novo índice de 4,5%, que não repõe os salários defasados da categoria, com vale-refeição de R$ 462,00 e vale-alimentação de R$ 360,00, e recusou a contraproposta dos sindicatos de 6,17% e o PPR (Programa de Participação nos Resultados) de R$ 3.035,97.
A empresa tenta ainda retroagir na manutenção das cláusulas sociais anteriores, já aceitas na sua própria proposta inicial, caracterizando interesse em tentar reduzir o custo em caso de demissão de empregados com maior tempo de empresa.
O não cumprimento do piso salarial dos engenheiros foi considerado pelos mediadores como irregular e a empresa orientada a analisar os casos em que o cargo tem como requisito ser engenheiro para o seu pagamento.
O SEESP ainda apontou que da forma como a companhia está conduzindo a negociação, os engenheiros com excelente tempo de casa e conhecimento técnico serão absorvidos por outras empresas, inclusive da própria Secretaria de Transportes, que está com concurso aberto e com previsão de salários superiores ao da CET. O que poderá esvaziar o seu corpo técnico com grave risco de caos no trânsito de São Paulo.
Nem assim a empresa aceitou a proposta dos empregados, contrariando os mediadores, demonstrando intransigência, desconhecimento técnico e despreocupação com as consequências que isso ocasionará à população da cidade em caso de greve.
Para que os empregados decidam sobre o rumo da campanha salarial, diante do impasse criado pela CET, o SEESP convoca assembleia para o dia próximo dia 27 (segunda-feira), às 18h (primeira convocação) e às 18h30 (segunda convocação), na sua sede (Rua Genebra, 25, Bela Vista, SP). Em pauta: discussão e deliberação sobre a contraposta final da empresa e sobre os próximos passos da Campanha, com possibilidade de deflagração de movimento grevista.
Lourdes Silva
Imprensa - SEESP