"Desafios da Região Metropolitana de São Luís" foi o tema de seminário promovido pelo Senge-MA, com o apoio da FNE (Federação Nacional dos Engenheiros) e da CNTU (Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários Regulamentados), nesta terça-feira (23/10), na capital maranhense.
Administrar os problemas urbanos comuns de cinco municípios, mantendo a autonomia de cada um, mas com benefícios para o conjunto das populações. Essa é a principal proposta da chamada gestão metropolitana, prática administrativa que o Senge-MA vem articulando desde 2008, para implantação efetiva nas cidades que integram a RMGSL (Região Metropolitana da Grande São Luís).
De acordo com o presidente do Senge, o engenheiro elétrico Berilo Macedo da Silva, o seminário aproveitou a passagem do quarto centenário de fundação da capital para discutir os desafios da capital e dos demais municípios da RMGSL (Alcântara, Raposa, Paço do Lumiar e São José de Ribamar). Ele esclareceu que a efetivação de uma gestão metropolitana envolve as administrações das cidades, assim como do próprio Estado do Maranhão, os quais passam a planejar e executar ações para solucionar conjuntamente os problemas comuns com que deparam os moradores desse território, em decorrência do processo de metropolização.
Esse processo resulta da própria dinâmica urbana, sendo observado quando as atividades socioeconômicas e a ocupação do solo vão além dos limites de um município, em razão do fluxo cada vez maior de pessoas e bens entre cidades vizinhas. Com a metropolização, são necessárias políticas regionais que atendam funções públicas impossíveis de serem solucionadas pela gestão de um único ente governamental dos municípios, como é o caso do uso do solo, que compreende o parcelamento do território ocupado, o saneamento básico, envolvendo o tratamento e distribuição da água potável, bem como a coleta e destinação final dos esgotos sanitários, e a habitação, com a oferta de moradia para atender ao interesse social.
Mobilidade urbana
Além dessas funções públicas, a mobilidade urbana abrange a instalação de um sistema viário de ligação entre os municípios e a oferta de linhas de transporte intermunicipal. Diariamente, os habitantes dos municípios da RMGSL se deslocam entre um município e outro, sendo muito comum a experiência de pessoas que residem em uma cidade e todos os dias seguem para o trabalho e estudo em outro município. Além das linhas de ônibus, as vans são muito usadas por uma parcela da população que enfrenta esse deslocamento cotidiano, bem como a rede de transporte marítimo usada na ligação entre São Luís e Alcântara.
O evento faz parte de uma das programações do Fórum Metropolitano da Grande São Luís, criado em outubro de 2008, que visa à implantação de gestão democrática e compartilhada, justamente, tema que compõe o projeto "Cresce Brasil + Engenharia+ Desenvolvimento”.
Imprensa – SEESP
Com informação do jornal “O Imparcial”