Segundo reportagem do dia 21 último, no jornal O Estado de S. Paulo, o déficit da Previdência Social cresceu de R$ 42,3 bilhões em 2012 para R$ 49,9 bilhões em 2013. E o governo promete endurecer ainda mais com os aposentados e pensionistas. Mas os sindicalistas duvidam desse número. “Esse déficit é mentiroso. Ele acontece porque o governo desonerou a folha de pagamento e se comprometeu a suprir o rombo na Previdência e não cumpriu com a sua parte”, alega Pascoal Carneiro, secretário de Previdência, Aposentados e Pensionistas da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB).
Reprodução do site da CTB
Já Marcos Barroso, da Confederação Brasileira de Aposentados, Pensionistas e Idosos (Cobap), acentua que esse tipo de notícia no começo do ano “não é nenhuma novidade. Todos os anos é a mesma coisa”.
O governo explica o déficit “pelo pagamento, por decisão judicial, de quase R$ 3 bilhões em passivos acumulados ao longo de anos anteriores”, afirma a reportagem do jornalão paulista. Mas Barroso acredita que “é uma manobra contábil para minimizar os efeitos negativos junto á sociedade do o mísero reajuste do salário mínimo”.
Barroso, porém, explica que duvida desse anúncio porque “somente referente aios benefícios urbanos a Previdência é superavitária e o imbróglio reside nos benefícios rurais, onde o governo nos enrola”, garante. Barroso revela também quem 70% dos beneficiários da Previdência recebem salário mínimo. Além disso, reforça que “a média salarial pago pela Previdência é de mil reais”.
O ministério da Previdência promete apertar ainda mais o cinto dos beneficiários, justamente quando as centrais sindicais se unem contra o Fator Previdenciário que prejudica os vencimentos dos aposentados e pensionistas desde 1999.
Fonte: Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB)