Passados 50 anos do golpe militar de 1964, que impôs um regime ditatorial durante 21 longos anos, o Brasil ainda não recuperou totalmente essa história ocultada e nem seu legado cultural de autoritarismo e violência que persiste em muitos setores do Estado brasileiro. Com diversas iniciativas de órgãos governamentais – como a Comissão Nacional da Verdade – e da sociedade civil, a nação vem resgatando e reescrevendo oficialmente esta página infeliz da nossa história para que isso nunca mais aconteça em nosso país.
Somando-se a este projeto nacional, a Universidade Estadual Paulista (Unesp) e o Memorial da América Latina, o Memorial da Resistência de São Paulo, o Núcleo de Preservação da Memória Política, a Fundação Perseu Abramo, o Instituto Valdimir Herzog e outros realizam no mês de abril de 2014 o evento Golpe militar – 50 anos: memória, história e direitos humanos.
As atividades ocorrerão em São Paulo e em diversas cidades do interior do Estado de São Paulo, sob a coordenação de unidades da Unesp. Estão previstas ações em São Paulo, Araraquara, Assis, Bauru, Botucatu, Ilha Solteira, Marília, Presidente Prudente, Registro, Rio Claro e São José do Rio Preto.
Esta Jornada de atividades visa proporcionar à população em geral, e em especial às novas gerações, um momento de reflexão sobre a memória da resistência política contra a violência estatal que deixou milhares de vítimas e uma herança cultural de arbítrio e violações dos direitos humanos individuais e coletivos.
Somente com o resgate da memória, da autocrítica e da cidadania ativa, pode-se construir uma democracia social e participativa capaz transformar estruturas sociais para superar a miséria, a pobreza e outras formas de desigualdades e exclusão na sociedade brasileira.
Informações da Agência de Notícias da Unesp.