Registro, com atraso, o sucesso do ato unitário do movimento sindical para homenagear as vítimas da ditadura, realizado em São Bernardo, em 1º de fevereiro.
Não pude comparecer para me emocionar com as homenagens, mas comprovei, pelas fotos e reportagens, a grandiosidade do evento.
A faixa “Unidos, Jamais Vencidos” levava a assinatura, pela ordem, da CGTB, CSB,CSP,CTB,CUT,FS, Intersindical I, Intersindical II, NCST e UGT; a sopa de letras é o registro da unanimidade das lideranças sindicais.
A dra. Rosa Cardoso, da Comissão Nacional da Verdade e coordenadora do GT 13 enfatizou a história sofrida do povo brasileiro e de nossa democracia, agredidos desde sempre por “civis e militares que não queriam o povo na política”.
Destaco o trabalho sério e persistente dela, como comissária, para obter informações novas e pertinentes, para garantir a agregação aos trabalhos da CNV dos múltiplos trabalhos de outras comissões da verdade e organizar a participação dos trabalhadores acolhendo suas manifestações. Por todos esses esforços (pelos quais foi homenageada pela CNTU) e pelo seu empenho acolhedor ao movimento sindical, a dra. Rosa granjeou a simpatia de todos, transformando-se numa verdadeira unanimidade para o movimento sindical que é avaro em unanimidades. Na minha vida conheci apenas duas e que estavam, por coincidência, presentes no ato do dia 1º: Walter Barelli e a dra. Rosa Cardoso.
Os trabalhos já realizados pela CNV e os desenvolvidos pelo movimento sindical justificam sua existência. Os dirigentes sindicais, interessados em passar a limpo a história para não deixar que os erros se repitam os endossam.
* por João Guilherme Vargas Netto, consultor sindical