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12/05/2014

Opinião - Urgência no salário mínimo

Eu gosto de ser atropelado pelos fatos se a direção do trânsito é aquela que apontei.

Tenho defendido a importância estratégica da defesa unitária da política de correção do salário mínimo e vinha chamando a atenção do movimento sindical para que esta defesa se desse já, durante a campanha eleitoral e não esperasse 2015, quando se efetivaria a legislação.

Os esforços do movimento sindical foram, até agora, recompensados porque, os três grandes concorrentes presidenciais posicionaram-se, por ocasião do 1° de Maio, em defesa da política do mínimo, tratando-se agora de fazer com que os seus campos de influência, seus apoiadores e formuladores de política referendem e implementem suas declarações e promessas.

Continuava pensando que, após tais posicionamentos, a grande batalha pelo mínimo se daria em 2015, quando da discussão no Congresso Nacional.

Fui atropelado pelos fatos.

A discussão da política do salário mínimom – com aquiescência dos três grandes concorrentes presidenciais – precipitou-se no Congresso, com a urgência de discussão obtida pelos defensores de nossas posições com seus projetos legislativos.

Podemos pressionar, desde já, pela aprovação da continuidade da atual política de correção do salário mínimo e explicitarmos as diferenças político-eleitorais no tumulto da campanha com, pelo menos, este tema resolvido em favor dos trabalhadores, da sociedade e da economia.


* João Guilherme Vargas Netto, consultor sindical









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