Os engenheiros do Metrô têm assembleia geral extraordinária nesta terça-feira (27/5), às 18h30, na sede do SEESP (Rua Genebra, 25, Bela Vista, São Paulo), para discutir os últimos acontecimentos da campanha salarial 2014.
Na reunião de conciliação ocorrida, nesta segunda-feira (26/5), no Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos Coletivos – NCC do Tribunal Regional do Trabalho 2ª Região, o SEESP reiterou a pauta de reivindicações dos engenheiros para renovação do Acordo Coletivo de Trabalho de 2014. Entre os itens, estão: reajuste salarial pelo IGPM da FGV, totalizando 7,98%; aumento real de 7,5%; vale-refeição com 24 cotas de R$ 29,40 por mês, totalmente subsidiadas pelo Metrô; vale-alimentação de R$ 582,09 por mês e cota extra no 13º salário e o cumprimento da Lei Federal 4.950-A/66 que define o piso salarial em R$ 6.516,00. A próxima reunião no Núcleo está marcada para o dia 4 de junho, às 11h.
Na questão da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) a categoria quer a manutenção do programa com a distribuição de forma 100% proporcional à remuneração dos engenheiros de uma folha de salários nominais, correspondente ao somatório das verbas salariais percebidas pelos empregados a titulo de salário-base, anuênio e gratificação de cargo ou função de caráter permanente. Também reivindica o pagamento da periculosidade para os engenheiros que exercem atividades nas áreas de risco e a alteração da denominação do cargo de analista para engenheiro, quando a descrição do cargo exige a formação em engenharia. Pede-se, ainda, que o Metrus tenha aportes de recursos pela patrocinadora de 2%, para subsidiar os planos de saúde dos engenheiros aposentados.
Todavia, a direção do Metrô não apresentou proposta que signifique qualquer avanço em relação a sua posição anterior. Diante disso, o Núcleo e o Ministério Público do Trabalho apresentaram para as partes, a seguinte proposta de conciliação:
• Reajuste salarial: 9,5% para os engenheiros e metroviários;
• vale-refeição: 9,5% de reajuste para os engenheiros e metroviários, com participação integral da empresa;
• vale-alimentação: para os engenheiros e metroviários no valor de R$ 320,00 e mais uma cota adicional no 13° salário;
• Plano de Carreiras: discussão global do Plano de Cargos e Salários em pauta específica, a ser resolvida nessa data-base;
• Participação nos Lucros e Resultados: manutenção do programa atual, observando a distribuição de 100% da remuneração, em cumprimento das metas;
• salário normativo: prazo de 15 dias para a juntada de documentação pela empresa, referente ao cumprimento da lei própria dos engenheiros (Lei Federal 4.950-A/66), identificando cargos e respectivos salários de todos os engenheiros juniores. Prazo de 15 dias ao Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo para se manifestar a respeito;
• periculosidade: estudo técnico para os engenheiros, especificando as atividades e áreas de risco, relatando e individualizando com nome e cargos dos trabalhadores sujeitos à exposição da periculosidade. O estudo deverá ser feito por engenheiro do trabalho, facultando-se o acompanhamento técnico pelo sindicato no prazo de 30 dias, após o prazo das partes para quesitos. Prazo de dez dias para o SEESP e, sucessivamente, prazo de dez dias para o Metrô, a fim de subsidiar a respectiva elaboração do laudo;
• Metrus: estudo e apresentação de planilha factível no prazo de 30 dias, com a presença da entidade Metrus e a participação do sindicato e da empresa, para viabilizar uma saída para o plano de saúde dos inativos em condições mais acessíveis;
• alteração da denominação do cargo de analista para engenheiro, quando a descrição do cargo exige a formação em engenharia: discussão global do tema em pauta específica, a ser resolvida nessa data-base;
O Metrô se comprometeu a apresentar sua posição em relação à proposta de conciliação do Núcleo até às 14h desta terça-feira (27), mesmo que de forma parcial (considerando que já foi designada outra reunião) para apreciação das assembleias dos sindicatos.
Imprensa SEESP