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11/01/2010

Mais jovens para a Engenharia!

FNE prepara campanha para atrair estudantes aos cursos da área. Para Murilo Pinheiro, também é preciso aumentar o índices de conclusão, já que quase 30% dos alunos que entram não conseguem se formar

      Faltam engenheiros no país. O diagnóstico não é novo, mas torna-se cada vez mais preocupante diante dos próximos eventos que o Brasil irá sediar, como a Copa do Mundo de 2014, a Olimpíada de 2016, além de projetos como a exploração da camada pré-sal.
       Diante desse cenário, a Federação Nacional de Engenheiros (FNE) vai promover uma campanha durante o ano letivo de 2010 para despertar o interesse de estudantes do ensino médio pela carreira.
       A entidade produziu um vídeo que explica quais são as áreas de atuação da profissão e as oportunidades no mercado de trabalho. “Também faremos palestras para conversar com o estudantes”, explica o presidente da FNE, Murilo Pinheiro.
       De acordo com Pinheiro, além de incentivar que novos talentos ingressem nos cursos de engenharia, é preciso aumentar o índices de conclusão, já que quase 30% dos alunos que entram não conseguem se formar.
       “Alguns fatores explicam esse índice, um deles é que o curso é muito puxado. Depois o aluno precisa ter perspectiva de boas oportunidades no campo de trabalho e hoje esse cenário é muito bom”, defende. Segundo Pinheiro, o piso nacional dos engenheiros é de nove salários mínimo (R$ 4.590), mas ainda não é seguido em todo o país.
       O estudante do quinto semestre de engenharia mecânica da Universidade de Brasília (UnB), Rafael Hackne, está animado com as perspectivas de trabalho após a formatura. “Eu vejo pelos meus próprios veteranos, 80% deles se formaram e estão empregados. Quem não está no mercado está investindo em uma pós-graduação”, conta.
       Na opinião dele, muita gente entra no curso sem saber sobre a área e por isso acaba desistindo. “O país ainda está em desenvolvimento e há uma necessidade muito grande de formar novos engenheiros. Mas os currículos das universidades também precisam se renovar para atender a essas demandas”, acredita. (Amanda Cieglinski, Agência Brasil)

 

 

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