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12/03/2010

Jornal O Estado critica Centrais no caso DEM

Diap diz que além de fingir defender os trabalhadores contra a cobrança da contribuição sindical,o jornal ainda estimula desavenças entre as centrais acerca do tema

       Num tom moralista, desses que fazem desconfiar, jornal O Estado de S.Paulo publicou, nesta quinta-feira (11), editoral em que volta a atacar o movimento sindical, em particular as centrais, a quem o diário "acusa" que seus dirigentes "gostam de viajar e têm viajado muito".
       A crítica não é nova. Em janeiro, a Folha de S.Paulo disparou contra as centrais sobre o mesmo tema. Leia aqui
       Fingindo defender os trabalhadores contra a cobrança da contribuição sindical, paga pelos assalariados uma vez por ano, o equivalente a um dia de trabalho de cada assalariado brasileiro para financiar a estrutura sindical, o jornal ainda estimula desavenças entre as centrais acerca do tema.
       A "crítica", para variar, não tem conteúdo e se vale do mesmo formato que as elites econômicas e políticas do País gostavam de criticar o presidente Lula, em tom jocoso, sobre suas viagens internacionais. É a crítica pela crítica, nada mais.
       Não se enganem, esta e outras "críticas" não são para contribuir e aperfeiçoar o sistema de representação dos trabalhadores. Pelo contrário, o objetivo é tentar desmoralizar e arrefecer o ânimo dos trabalhadores que travam intensa luta pela redução da jornada de trabalho na Câmara dos Deputados.
       E em outros momentos recentes teve a capacidade de apresentar ao Governo, que encampou a atual política de recuperação e valorização permanente do salário mínimo, bem como a aprovação de nova tabela de imposto de renda, com mais alíquotas, o que beneficia os trabalhadores que ganham menos.
       Por fim, ao criticar o repasse de recursos às centrais sindicais e seu uso pelas entidades, o jornal "esquece-se" de falar que os empresários também cobram a contribuição sindical das empresas.
        Ao lembrar este fato, não o criticamos em si, pois o dinheiro é deles, os empresários, assim, devem fazer dele o que achar mais conveniente; mas alertamos para a permanente cobertura tendenciosa e preconceituosa com que grande parte da imprensa retrata o movimento sindical e seus dirigentes.
       A propósito, a ação do DEM no Supremo só questiona o repasse do ministério às centrais. Não menciona o repasse feito às confederações patronais. É, os patrões também recebem recursos "públicos", não se esqueçam. Veja aqui o conteúdo da Adin; e aqui o conteúdo da Lei 11.648,de 31 de março de 2008, que regulamentou o funcionamento das centrais, bem como o repasse de recuros.

www.cntu.org.br

 

 

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