As centrais sindicais se reúnem nesta terça-feira (13/1), às 10 horas, em São Paulo, na sede da Central Única dos Trabalhadores (CUT). Na pauta, a manutenção das vagas dos metalúrgicos no ABC paulista e a conjuntura política e econômica atual. Na manhã desta segunda (12), cerca de 20 mil protestaram na rodovia Anchieta, em São Bernardo, contra as 800 demissões na Volkswagen e outras 244 na Mercedes.
Foto: Adonis Guerra/Sindicato dos Metalúrgicos do ABC
Cerca de 20 mil se reúnem em ato na manhã de segunda (12), em São Bernardo
Desde às 7h, os trabalhadores da Mercedes e Ford ocuparam a pista sentido Litoral, do quilômetro 16 ao 21. Já os da Volkswagen saíram do quilômetro 23 e seguiram no sentido Capital. "A Volks tem condições de retomar as negociações com o Sindicato. "Nossa luta é para reverter as demissões", exclamou Rafael Marques, presidente do Sindicato presente no protesto.
Ao final, eles se reuniram no Centro de Formação dos Profissionais da Educação (Cenforpe) para um ato em defesa do emprego, que também contou com a presença de metalúrgicos de outras empresas como Scania e Karmann Guia, além de familiares.
De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, filiado à CUT, as reivindicações dos trabalhadores da Volkswagen, Mercedes-Benz e Ford serão enviadas ao governo estadual e federal.
A demissão dos funcionários da Volks ocorreu por telegrama, às vésperas do Ano Novo. Em solidariedade, a CUT divulgou moção de apoio. “A CUT apóia e se soma à luta dos 13 mil trabalhadores da Volks em greve contra as demissões e pela garantia de emprego”, diz um trecho do documento.
Para a CUT, os patrões desrespeitaram a dignidade dos trabalhadores e quebraram o acordo coletivo que garante estabilidade até 2016. Para as centrais, as montadoras tiveram incentivos fiscais do governo e agora precisam ser cobradas a dar contrapartida social. Uma estimativa dos sindicatos é que a cada vaga excluída equivale a 18 postos de trabalho na cadeia produtiva.
Na sexta (9), os 244 metalúrgicos demitidos na Mercedes-Benz, em São Bernardo, realizaram, juntamente com seus familiares, um protesto na porta da montadora em ato contra as demissões. Metalúrgicos de outros setores interromperam as atividades em solidariedade. A ação repercutiu e a direção da montadora retomou o diálogo, que havia sido interrompido desde o anúncio das demissões.
A Anfavea (sindicato patronal das montadoras) declarou à grande imprensa que as demissões são pontuais e não contaminarão o setor.
Imprensa SEESP
Com agências