Mais de 100 médicos participaram de assembleia, no auditório do Sindicato dos Médicos do Distrito Federal (SindMédico-DF), no dia 7 último. Eles aprovaram indicativo de greve a partir desta sexta-feira (16/01), caso o governo do Distrito Federal (GDF) não regularize as pendências financeiras com a categoria.
A assembleia aconteceu um dia depois que o novo governador, Rodrigo Rollemberg, eleito em meio a uma das piores crises financeiras vividas pelo Distrito Federal, concedeu entrevista coletiva para anunciar pagamentos de salários atrasados ao pessoal das áreas da saúde, a partir de sábado (10), e da educação, na quarta (14). Porém, o compromisso não abrange o décimo terceiro salário, férias e horas extras. De acordo com o chefe da Casa Civil, Hélio Doyle, o pagamento aos médicos é feito com recursos de um Fundo Constitucional que não é suficiente para sanar todas as dívidas.
Os médicos exigem que o governo pague salários de dezembro de 2014; 13º salário dos profissionais que aniversariam em dezembro de 2014 e parcela referente à diferença do reajuste do Plano de Carreira, Cargos e Salários ocorrido em setembro; 1/3 de férias dos médicos que saíram de férias em dezembro de 2014 e horas-extras de outubro e novembro de 2014.
A crise no DF foi marcada no ano passado pelo fechamento de creches, greves e paralisações em diversas categorias de servidores e terceirizados, principalmente, transporte, saúde, cultura e educação. O ano de 2015 já começa com mobilizações dos servidores da saúde e professores, também sem o pagamento de dezembro e 13º.
Quase 117 mil servidores do Distrito Federal estão na mesma situação. Com isso, toda a população está sendo afetada. O início das aulas das escolas públicas foi adiado e há previsão de aumento na tarifa do transporte público. Os desfiles de carnaval foram cancelados e o governo é questionado por não ter feito o mesmo com a milionária Fórmula Indy.
Fonte: Site da CNTU