Invisível e onipresente. Assim vislumbra a internet, em no máximo dez anos, o engenheiro americano Leonard Kleinrock, um dos criadores da rede mundial de computadores. Ele lembra que os sistemas nanotecnológicos espalhados por todas as partes farão com que a rede expanda. Responsável pela primeira conexão de dados da internet, Kleinrock disse que a rede estará em todos os lugares em breve, porque a informática evolui muito rápido e desenvolve equipamentos cada vez mais inteligentes e sensores cada vez mais baratos.
Foto: God Mode Dot Blog
O engenheiro Kleinrock
Foi sua a ideia de fragmentar as mensagens e usar todos os canais disponíveis para enviar os pacotes de dados resultantes foi um sucesso para ordenar o tráfico de informação na internet. Kleinrock, responsável do desenvolvimento da chamada teoria das filas aplicada à comutação de pacotes de dados, afirmou que em breve haverá sensores instalados em paredes, unhas, carros e ruas que serão capazes de enviar alertas de acordo com padrões e gostos dos usuários.
Por enquanto, Kleinrock acredita que o principal obstáculo para esse cenário inovador são as baterias, que se esgotam muito rápido. Além disso, para o engenheiro seriam necessários mais avanços nas interconexões do usuário, descartando o uso de teclados e uma série de aplicativos. Os sistemas deveriam ser “mais inteligentes” manuseados a partir de gestos, movimentos e tato.
Essa nova relação com a internet ainda é “incipiente”, na avaliação do criador, apesar de o caminho estar sendo aberto. Em breve, Kleinrock acha que esse avanço transformará as interações em virtuais em algo como a eletricidade, com o qual as pessoas convivem sem se dar conta. “A internet será como um sistema nervoso mundial onipresente com todos conectados”, resumiu.
O engenheiro alerta que, com o crescimento e maior disseminação da rede, mais criminosos passarão a usar a ferramentas para praticar crimes. "Como será esse processo de maturidade da internet: se converterá em um adulto responsável ou em um delinquente?”, indagou, lembrando que quando a rede foi concebida não se previa que seria usada para “fazer o mau”.
Kleinrock indicou que a internet poderia ter sido projetada com maior segurança desde o início, mas já é tarde para implementar sistemas de autenticação de usuários, contra roubo de identidade e arquivos. “Nunca imaginamos que poderia se transformar em um entorno tão perigoso. Agora estamos entre a cruz e a espada para garantir a segurança global sem fracionar a rede”, indicou.
Soluções como a encriptação homomórfica das comunicações, que consiste em encriptar os dados transmitidos e os programas que os processam para que as mensagens não sejam identificadas em caso de sabotagem.
Outra opção de segurança, seria o estabelecimento de redes individuais dependentes de distintas entidades.
Com agências
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