Desde a zero hora desta sexta-feira (24/7), os petroleiros pararam em greve nacional de 24 horas. O movimento é um protesto da categoria contra o novo Plano de Gestão e Negócios da Petrobras referente aos anos de 2015/2019 e o Projeto de Lei 131/2015, de autoria do senador José Serra (PSDB/SP), que pode tirar da companhia o papel de operadora única do pré-sal. Os trabalhadores, segundo os dirigentes da Federação Única dos Petroleiros (FUP), demonstram, mais uma vez, grande capacidade de luta e resistência.
Foto: FUP
Refinaria Duque de Caxias, em Campinas, participa de greve dos petroleiros
Após vinte anos da maior greve da história do movimento sindical petroleiro, que impediu a privatização da Petrobras em 1995 durante governo Fernando Henrique Cardoso (FHC), a categoria continua firme na luta por uma Petrobrás sob o controle da nação brasileira e pela democracia no País.
A greve de um dia, conforme a FUP, representa o início de uma árdua batalha que os petroleiros terão pela frente, que é impedir a retirada de milhares de postos de trabalho, caso a Petrobrás ponha em prática o seu novo Plano de Gestão e Negócios - 2015/2019 - que visa o corte de 89 bilhões de dólares em investimentos e despesas, bem como a venda de ativos de patrimônio da companhia, da ordem de 57 milhões de dólares.
Luta em Brasília
A partir de agosto, quando será finalizado o recesso do Congresso Nacional, os petroleiros voltarão à Brasília para retomar a luta contra a aprovação do PL 131. Há duas semanas, representantes da FUP e seus sindicatos, assim como petroleiros de vários estados brasileiros e diversos integrantes de movimentos sociais, fizeram forte pressão no Senado e conseguiram derrubar o regime de urgência da matéria que seria votada na segunda semana do mês de julho. Essa foi a primeira batalha ganha em uma luta que só está começando
Agora, o projeto foi remetido para uma comissão especial, que terá 45 dias para debater a proposta de retirar a Petrobras da função de operadora única do pré-sal e acabar com a garantia legal de participação da empresa em pelo menos 30% dos campos exploratórios. Logo em seguida, o projeto volta ao Plenário para apreciação.
Fonte: FUP