Mesmo com o final das férias de agosto, os professores das instituições federais mantêm greve em 34 universidades federais, iniciada em 28 de maio. De acordo com o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), técnicos estão parados em 67 instituições de ensino superior. Os servidores reivindicam reajuste salarial de 27,3% e data-base, reestruturação da carreira e melhores condições de trabalho. O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão propôs reajuste de 21,3%, a ser pago em quatro anos. Porém, a proposta foi considerada insuficiente pela maioria das entidades, que seguem com a mobilização.
Foto: Agência Brasil
Ato dos servidores federais em Brasília (DF), na quarta-feira (5)
Segundo os grevistas, a greve não tem data para acabar. Ao longo da semana, professores e funcionários devem fazer novas assembleias para decidir os rumos da mobilização. Algumas entidades dizem que pretendem intensificar ainda mais o movimento em agosto, mês de retorno das aulas, para avançar nas negociações com o governo federal.
Na quinta-feira (6), mais de três mil servidores públicos federais (SPF) de todo o país realizaram mais uma marcha convocada pelo Fórum das Entidades Nacionais dos SPF, em Brasília (DF). Os servidores percorreram a Esplanada dos Ministérios, em direção ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (Mpog) para cobrar a retomada das negociações em torno da pauta unificada apresentada pelo Fórum das Entidades Nacionais dos SPF. Outra marcha, realizada pelo Fórum, ocorreu no dia 22 de julho.
De acordo com Paulo Rizzo, presidente do ANDES-SN, esse foi mais um ato em que os servidores públicos federais cobram do MPOG e do governo negociações efetivas. “Nós já rejeitamos, por unanimidade das entidades, a proposta de reajuste parcelado em quatro anos e também os cortes que estão sendo feitos no orçamento na Saúde, na Educação, Habitação, Previdência, e até agora não tivemos o retorno esperado”, contou. A proposta do Ministério de Planejamento, Orçamento e Gestão (Mpog) de reajuste (21,3%) parcelado em quatro anos foi amplamente rechaçada pelas entidades que compõem o Fórum. Até o momento, o governo não apresentou um novo cenário, não abriu negociação sobre os demais itens da pauta do Fórum dos SPF e nem mesmo cumpriu o prazo que havia estipulado (31 de julho) para realizar nova reunião com o Fórum.
Fonte: Andes-SN