Com o impasse na negociação entre trabalhadores e empresa, na Emae, os engenheiros participam nesta sexta-feira (21/8) de uma greve de advertência, registrada com antecedência pelos sindicatos. Também está prevista paralisação por tempo indeterminado a partir da 0h de quarta (26) - também devidamente registrada.
Ilustração: Laerte
Em atitude inusitada e em completo desrespeito ao Tribunal e aos trabalhadores, a Emae, em audiência de conciliação no Núcleo de Conciliação de Coletivos (NCC) do TRT/SP, retrocedeu em sua proposta econômica, eliminando o aumento real e o reajuste diferenciado, de 9%, para os vales refeição e alimentação. A audiência ocorreu na terça-feira (18/8).
Durante a audiência, o núcleo declarou estar esgotada a sua tarefa, remetendo os autos para a vice-presidência judicial para as deliberações que julgar necessárias, inclusive, quanto à distribuição do feito a um relator com vistas ao julgamento do Dissídio Coletivo de Greve a ser agendado.
Com a decisão da Emae, os engenheiros teriam somente 7,6% de reajuste salarial (data-base em 1º de junho), extensíveis aos demais itens de caráter econômico. Diante do fato, que causou estranheza e repúdio de todos, os sindicatos registraram que só aceitariam a assinatura do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2015 com base na proposta de conciliação do NCC, apresentada na reunião de 30 de junho passado, ou seja:
• reajuste salarial de 7,6% mais aumento real de 1%;
• reajuste de 9% nos vales refeição e alimentação;
• manutenção das cláusulas sociais anteriores;
• estabilidade no emprego a todos os trabalhadores da companhia, até que se complete o processo seletivo de novas contratações no quadro próprio da Emae, limitada até a próxima data-base; e
• liberação do representante do SEESP para atuação sindical.
O NCC ressaltou também que a questão do piso salarial dos engenheiros ainda continuava pendente de resposta do Codec sobre o realinhamento da estrutura salarial dos engenheiros da Emae.
Imprensa SEESP