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30/10/2009

Eletrodomésticos da linha branca terão 'IPI verde'


      O favorecimento aos produtos que consomem menos energia veio junto com a decisão de prorrogar por mais três meses a redução do IPI para os produtos da chamada linha branca, adotada em abril para estimular as vendas e combater a crise. A redução terminaria neste mês. Agora, ela valerá até 31 de janeiro de 2010, mas será proporcional ao consumo de energia dos aparelhos.
      No caso das geladeiras, os produtos que possuem o selo A, que atesta menor gasto de eletricidade, continuarão com o benefício que vigorou nos últimos seis meses - quando a alíquota foi reduzida de 15% para 5%. As com selo B terão 10%. Os refrigeradores com selos C, D e E voltarão a ter 15%.
      As máquinas de lavar roupa, cujo IPI havia caído de 20% para 10%, continuarão com a alíquota menor nos casos de equipamentos com selo A. As de selo B pagarão 15%, e as demais voltarão a recolher 20% de IPI.
Os tanquinhos de lavar roupa continuarão com alíquota zero para equipamentos com selo A, passando para 5% no selo B e retornando a cobrança integral, de 10%, para os demais produtos.
       Os fogões perderão a isenção total de IPI. Pelo novo critério, os equipamentos com maior consumo de energia foram penalizados e não terão mais o incentivo tributário. Os aparelhos com selo A terão alíquota ligeiramente elevada, de zero para 2%, e com selo B pagará 3% As demais categorias de fogões voltam a ter alíquota plena, de 4%.
       Inicialmente contrário à prorrogação do IPI, Mantega negou que a nova tabela tenha caráter eleitoral para favorecer a candidatura da ministra chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. "Qualquer medida será interpretada como eleitoral, mas eu, como ministro da Fazenda, tenho de pensar em crescimento e no bem-estar das pessoas."
      Mas, desde que a ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva (PV-AC) anunciou sua candidatura à presidência, o governo passou a reforçar o discurso ambientalista.
       O ministro antecipou que vai anunciar outras medidas tributárias condicionadas à preservação do meio ambiente. "Não se espantem se, no futuro, adotarmos outras medidas tributárias, não no IPI, vinculadas a compromissos ambientais." O "IPI verde" deve servir de marketing na reunião, em dezembro, da Organização das Nações Unidas (ONU), em Copenhague (Dinamarca), sobre clima.

Portal de notícias Estadão
30/10/2009
http://www.estadao.com.br

 

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