Entre a política fiscal suicida e o casuísmo eleitoral Revogar o teto de gastos imposto pela Emenda 95 é um imperativo para que o Estado consiga impulsionar o crescimento econômico e atender às necessidades da população, urgências que vão muito além de eventuais paliativos previstos para 2022. Desde quinta-feira (21/10), conforme anunciam os veículos de comunicação e os analistas financeiros, existe um “estresse no mercado”, que se traduz em aumento do dólar, queda na Bolsa de Valores e previsões ainda mais pessimistas para a economia brasileira. O motivo para a turbulência é a aprovação por comissão especial da Câmara dos Deputados de Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que permite ao governo um gasto em 2022 que ultrapassa o chamado teto de gastos em R$ 83 bilhões. Defensor ardoroso do mecanismo implantado por Michel Temer em 2016, o ministro da Economia, Paulo Guedes, ao que consta, rendeu-se à pressão para assegurar recursos para viabilizar o “Auxílio Brasil”. A previsão é que o benefício, com valor anunciado de R$ 400,00, atenda 17 milhões de famílias, mas apenas até o final do ano que vem, ou seja, contemplando o período eleitoral. Embora a medida, que ainda precisa…