Do site do IPT*
O novo projeto "Cidades Inteligentes" do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) tem sinergia com proposta aprovada recentemente pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), no âmbito do edital de modernização dos institutos estaduais de pesquisas. O projeto está entre os 12 aprovados pelo Conselho Superior da Fundação, devendo receber recursos da ordem de R$ 11 milhões.
A ideia é aplicar no campus do instituto diversas soluções que os municípios hoje têm à disposição no mercado, “além de outras soluções desenvolvidas por nós mesmos, para sermos capazes de apoiar os gestores públicos a tomarem as melhores decisões de modernização de seus municípios”, explica a diretora de Inovação e Negócios do IPT, Zehbour Panossian.
Segundo ela, diversos municípios do Estado de São Paulo já estão aplicando parte das soluções, mas ainda há muitas dúvidas a respeito dos potenciais benefícios: "Esperamos suprir essa lacuna de informações e ajudar a levar inovação para todo o Estado."
Interessados
O IPT disponibiliza, na íntegra, o documento que orienta os possíveis interessados em contribuir com ideias e que eventualmente possam tornar-se parceiros nesse projeto. São esperadas contribuições em temas que incluam:
a) Tecnologias aplicáveis ao ambiente urbano: inspeção de galerias pluviais; monitoramento móvel de poluição atmosférica; gestão de vagas públicas de estacionamento; monitoramento de ruído ambiental; drones e suas aplicações; prevenção de desastres naturais (inundações, alagamentos e deslizamentos); modelagem de informações de subsolo (GeoBIM); gestão de tráfego urbano; gestão de resíduos sólidos; infraestrutura de redes digitais; e iluminação pública; e
b) tecnologias aplicáveis a edificações inteligentes: monitoramento de recalques de edificações; aproveitamento da água de chuva; detecção e alarme de incêndio; monitoramento de utilidades (água, luz etc.); e geração fotovoltaica de energia.
Dúvidas poderão ser esclarecidas por meio do endereço Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..
>> Leia a íntegra do edital aqui.
* Instituto de Pesquisas Tecnológicas
Da Unesp Agência de Notícias
O trabalho realizado pelo Programa Agentes Locais de Inovação (ALI) na região de Bauru é tema de livro lançado em 21 de dezembro último. A obra reúne artigos de 20 agentes Alis que atuaram para o desenvolvimento de ações em prol das micro e pequenas empresas, do diretor técnico do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-SP), da orientadora dos agentes, do gerente regional e gestores do programa. O livro tem 679 páginas em que os agentes relatam o trabalho feito na região durante o programa e é organizado pela Profa. Dra. Maria Eugênia Porém, da Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação da Universidade Estadual Paulista (Unesp) local.
O ALI não é somente um agente que recomenda soluções de inovação, ele promove transformações na empresa e no próprio empresário, pois é capaz de estimular a criatividade, selecionar ideias que possam agregar valor à empresa viabilizar ações simples e inovadoras. Em 30 meses de programa, 1.144 empresas de Bauru e região foram atendidas, 2.300 planos de ações foram elaborados e foram realizadas mais de 11 mil visitas de acompanhamento. Cada agente teve a missão de pesquisar sobre as micro e pequenas empresas que atendeu para compor os artigos do livro, que tratam sobre inovação, marketing, planejamento estratégico, visual merchandising, liderança, comunicação, comportamento empreendedor, gestão, entre outros.
Participantes do livro.
Do site Portogente
Bruno Merlin
O Portogente inicia 2018 organizando um novo WebSummit, nos mesmos moldes do realizado em 2017 sobre a Lei dos Portos e o Decreto 9.048. O tema deste novo evento é Porto Sustentável, com a visão “Muito além do compromisso formal”. Afinal, 2018 será o ano em que os negociadores de mais de 190 países formalizam a implantação do acordo assinado em Paris no final de 2015. Será a mudança para um conjunto de novos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável [SDGs em inglês]. Nesse contexto, os esforços para promover cadeias logísticas portuárias mais integradas e produtivas são essenciais para garantir o progresso sustentável.
O primeiro entrevistado do "Esquenta WebSummit Porto Sustentável" é Luciano Pereira de Souza, bacharel e licenciado em Ciências Biológicas e Direito, mestre em Direito Civil, doutor em Direito Ambiental Internacional e professor do Programa de Mestrado de Direito da Saúde na Universidade Santa Cecilia (Unisanta). Ele aborda a complexa situação que envolve a manutenção e a instalação de terminais graneleiros no corredor de exportação do Porto de Santos, no bairro da Ponta da Praia, área densamente ocupada por edifícios residenciais e empresas de outros segmentos da economia.
Professor Luciano Pereira de Souza defende diálogo permanente entre empresas e sociedade para
evitar danos ambientais e à saúde em razão das atividades portuárias dentro das cidades.
Em que se constitui a ADPF 316?
Luciano Pereira de Souza - A Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental [ADPF] 316 é uma ação de controle de constitucionalidade, julgada pelo Supremo Tribunal Federal [STF], e refere-se à lei municipal que vedava novos terminais graneleiros no corredor de exportação do Porto de Santos e engessava os terminais atualmente instalados.
Nota-se, neste caso, um típico conflito de interesses entre porto e município. Quais são os aspectos ambientais envolvidos?
Nesse episódio, o Município procurou fazer o papel que lhe pareceu mais adequado, ao procurar limitar a atividade portuária no corredor de exportação do Porto de Santos para buscar preservar a qualidade do ar e a saúde ambiental da população. A União procurou fazer o seu papel, defendendo a competência constitucional que lhe foi atribuída para a exploração dos portos. O conflito foi judicializado e o STF decidiu em favor da União. A situação, entretanto, é bem complexa, pois há o interesse coletivo [que não é do Estado] em garantir a qualidade do ar evitando maiores riscos à saúde da população local. O projeto de alteração da lei de uso e ocupação do solo da área insular do município [Luos/Área Insular] veio em resposta às crescentes reclamações contra incômodos, odor e poluição do ar por material particulado atribuídos às atividades dos terminais graneleiros situados naquela região do Porto Organizado. Reclamações provenientes, especialmente dos moradores do bairro da Ponta da Praia, localizado nas proximidades do corredor de exportação, que passou por acentuado processo de adensamento em razão da expansão imobiliária da região nos últimos quinze anos.
Qual o seu entendimento sobre este tema?
Entendo que a dimensão ambiental do problema não foi totalmente desconsiderada na decisão, pelo menos em relação às áreas do Porto que estavam sendo objeto de novas concessões por meio de licitação. Na visão do Supremo, acolhendo a argumentação da Advocacia Geral da União [AGU], havia promessa de solução, assumindo que os novos terminais em licitação, por força do programa de arrendamento, iriam adotar as medidas de controle ambiental adequadas para evitar degradação da qualidade do ar. Todavia, bem se sabe que direitos fundamentais não se efetivam por meio de presunções.
Quais foram os argumentos/proposições da AGU?
Destaco esse trecho formulado por profissionais da AGU, extraído da decisão concessiva da liminar: “Dessa forma, verifica-se que o único caminho efetivo, de curto prazo, para reduzir o impacto ambiental dos terminais é a solução proposta no programa de arrendamentos: exigir, nas licitações dos terminais, investimentos em equipamentos e instalações de mitigação ambiental, como shiploaders modernos com sistemas de captação de poeira e sistemas de telas para retenção de particulado.”
Na armazenagem e movimentação dos grãos, há a questão do transporte até o terminal
realizado por milhares de caminhões que se concentram nas vias portuárias,
levantando poeira, lançando material particulado no ar e ainda derrubando grãos pelo caminho.
Então você considera que a dimensão ambiental não foi plenamente considerada na decisão do STF?
Sim, porque a decisão judicial assumiu como verdadeiro evento futuro e incerto: que os terminais licitados iriam incorporar as medidas adequadas de controle ambiental, com equipamentos modernos e injeção de recursos para modernização das instalações portuárias licitadas. E que, ao fazê-lo, os terminais estariam dando cabo da degradação da qualidade do ar na Ponta da Praia. Ocorre que, além da armazenagem e movimentação dos grãos, há a questão do transporte até o terminal realizado por milhares de caminhões que se concentram nas vias portuárias, levantando poeira, lançando material particulado no ar e ainda derrubando grãos pelo caminho. Conforme dito anteriormente, direitos fundamentais não se concretizam por meio do emprego de presunções, necessitam do desenvolvimento de políticas públicas, e, no caso do meio ambiente, inclusive de planejamento territorial com a definição de prazos para realocação de atividades incompatíveis com o local. Ainda que o Porto Organizado seja bem público da União, cujo regime de exploração seja privativo do ente federal, o exercício desse direito pela União não pode atentar contra o desenvolvimento sustentável ou violar direito fundamental à saúde ambiental.
Quais outras lições e aprendizados devem ser extraídos deste episódio?
Em termos de política ambiental houve progresso a partir do momento em que passou a existir a necessidade de licenciamento ambiental dos terminais graneleiros, inclusive dos que já estão em operação e possuíam uma certidão de dispensa de licenciamento ambiental. Nesse novo cenário regulatório, as condicionantes para emissão das licenças ambientais certamente deverão evitar a dispersão de material particulado por ocasião das operações dos terminais graneleiros da Ponta da Praia, o que deve diminuir a concentração desse poluente no ar. Os resultados poderão ser quantificados nos relatórios de qualidade do ar elaborados pela Cetesb nos próximos anos, com base em dados colhidos na estação de monitoramento localizada na Ponta da Praia. Aí sim, com base em fatos concretos, aliados ao monitoramento da qualidade do ar e ao cumprimento das metas de redução da concentração de material particulado no ar da Ponta da Praia, compatíveis com os níveis recomendados pela Organização Mundial da Saúde [OMS]. Nesse caso poderemos afirmar que a União e os demais entes da federação envolvidos na questão estarão dando efetividade e concretude ao direito fundamental da coletividade a uma sadia qualidade do ar naquela área de influência da atividade portuária onde residem dezenas de milhares de pessoas, sem prejuízo da continuidade da manutenção e ampliação dessa crescente atividade econômica do mundo globalizado e de incalculável importância econômica e social. É neste cenário de exploração sustentável (ambiental, econômica e socialmente) que todos os atores relevantes da governança portuária vêm se inserindo gradativamente, sejam do setor produtivo, estatal ou da sociedade civil, num diálogo permanente em que se procura preservar todos os interesses em jogo e promover a efetivação de direitos fundamentais.
Da revista CartaCapital
O Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2) manteve, nesta terça-feira 9, a suspensão da posse da deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ) no Ministério do Trabalho. A decisão é do desembargador Guilherme Couto de Castro, vice-presidente do tribunal.
Em sua decisão, o magistrado se recusou a suspender liminar concedida na segunda-feira 8 pelo juiz Leonardo da Costa Couceiro, da 4ª Vara Federal de Niterói. Couceiro considerou que a nomeação de Cristiane Brasil seria um desrespeito à moralidade administrativa. A ministra nomeada foi condenada recentemente na Justiça trabalhista a pagar 74 mil reais a dois ex-motoristas por horas-extras, férias, 13º salário, FGTS e verbas rescisórias não pagas, além de multa.
A Advocacia-Geral da União (AGU), sob ordens de Temer, recorreu. Nesta terça-feira, Castro, do TRF2, afirmou que o mecanismo de suspensão de liminar "tem pressupostos próprios e excepcionais, e não pode ser banalizado". Assim, o desembargador considerou que a liminar não tem o condão de acarretar grave lesão à ordem, à saúde, à segurança e à economia pública". Diante disso, ele indeferiu o pedido do governo. A disputa jurídica deve prosseguir, provavelmente no Supremo Tribunal Federal.
As decisões dos magistrados se deram em ação popular que Integrantes do Movimento dos Advogados Trabalhistas Independentes (Miti) organizaram contra a nomeação de Cristiane Brasil.
O desrespeito à lei trabalhista não foi entendido como um impedimento para a nomeação da deputada ao Ministério do Trabalho por parte do governo de Michel Temer. 'O fato de ter respondido a uma ação trabalhista, considerando inclusive os aspectos que entendíamos serem arcaicos na legislação trabalhista antes da reforma trabalhista, de maneira alguma a desqualificam para o cargo", afirmou o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun (PMDB).
As condenações trabalhistas da nova ministra do trabalho impressionam. Um dos motoristas, Fernando Fernandes Dias, afirmou à Justiça que não teve a carteira assinada pela ministra nomeada entre novembro de 2011 e dezembro de 2014. Sua carga horária de trabalho, segundo ele, era de 19 horas por dia, cinco vezes por semana. O acordo com o trabalhador foi de 60 mil reais.
Já o motorista Leonardo Eugênio de Almeida Moreira trabalhou com a deputada entre 2014 e 2015. Além de não ter carteira assinada e ter sido dispensado sem verbas recisórias, ele alegou que chegava a trabalhar das 8 horas às 2 horas da manhå na sexta-feira, uma jornada de 18 horas. Ele recebeu R$ 14 mil de indenização.
Nos dois casos, a deputada alegou que os profissionais faziam um serviço eventual e que não eram seus empregados. Segundo reportagem do jornal O Globo, a dívida que a deputada tem com Leonardo Moreira é paga por uma assessora de seu gabinete. A matéria mostra que nove das 10 parcelas de 1,4 mil reais foram quitadas pela secretária parlamentar Vera Lúcia de Azevedo. Ela foi nomeada por Cristiane Brasil em fevereiro de 2015, com um salário líquido de 10,8 mil reais.
De acordo com a deputada, esses pagamentos foram feitos pela assessora "por uma questão de praticidade".
João Franzin*
O Sistema S é uma das boas heranças do getulismo. Nem estatal, nem público, nem privado, trata-se de um sistema organizado, que funciona e oferece serviços de qualidade. Com base na folha de pagamentos, o Sistema arrecada em torno de R$ 19 bilhões por ano.
Ainda que compulsório - e sem o crivo de órgão oficial fiscalizador - o Sistema escapou da reforma trabalhista. Espertamente, o empresariado ofereceu o anel do imposto sindical patronal e ficou com todos os dedos. Escapou do corte, mas não das suas responsabilidades. Vejamos:
Sesi - Vale ler o Artigo 1º (Finalidades e Metodologia)
Artigo 1º - O Serviço Social da Indústria [Sesi] tem por escopo estudar, planejar e executar medidas que contribuam, diretamente, para o bem-estar social dos trabalhadores, concorrendo para a melhoria do padrão de vida no País, e, bem assim, para o aperfeiçoamento moral e cívico, e o desenvolvimento do espírito da solidariedade entre as classes.
§ 1º - Na execução dessas finalidades, o Serviço terá em vista especialmente providências no sentido da defesa dos salários reais do trabalhador (melhoria das condições da habitação, nutrição e higiene), a assistência em relação aos problemas domésticos, as pesquisas socioeconômicas e atividades educativas e culturais, visando à valorização do homem e aos incentivos à atividade produtora.
Artigo 3º - Constituem metas essenciais do Sesi: a) Valorização da pessoa do trabalhador e a promoção de seu bem estar-social; b) Desenvolvimento do espírito de solidariedade; c) Elevação da produtividade, industrial e atividades assemelhadas; d) Melhoria geral do padrão de vida.
Artigo 4º - Constitui finalidade geral: auxiliar o trabalhador da indústria e atividades assemelhadas e resolver os problemas básicos de saúde, alimentação, habitação, instrução, trabalho, economia, recreação, convivência social, consciência sócio-política.
Artigo 5º - Objetivos principais do Sesi: a) Alfabetização do trabalhador e seus dependentes; b) Educação de base; c) Educação para a economia; d) Educação para a saúde (física, mental e emocional); e) Educação familiar; f) Educação moral e cívica; g) Educação comunitária.
Sesc - Decreto também do presidente Dutra.
Artigo 1º - Fica atribuído à CNC encargo de criar o Serviço Social do Comércio, a fim de planejar e executar medidas que contribuam para o bem-estar social e a melhoria do padrão de vida dos comerciários e suas famílias.
§ 1º - Na execução dessas finalidades, o Serviço terá em vista, especialmente: a assistência em relação a nutrição, habitação, vestuário, saúde, educação e transporte; providências no sentido da defesa do salário real dos comerciários; incentivo à atividade produtora; realizações educativas e culturais, visando à valorização do homem; pesquisas sociais e econômicas.
Custeio - A contribuição será de 2% sobre o montante da remuneração paga aos empregados.
Pois bem. Em mais de 70 anos, o Sistema S se consolidou nacionalmente, constituiu fabuloso patrimônio, desenvolveu imensa gama de serviços - muitos deles pagos. Os cursos do Senac, por exemplo, são, não raro, mais caros que os de entidade particular e capitalista.
O que fazer? Tendo em vista que o sistema sindical perdeu custeio, mas o sistema patronal manteve sua receita intacta, proponho ao sindicalismo:
. Descarregar sua demanda para a rede do Sistema S. Demandas de lazer, esporte, saúde, alimentação, qualificação profissional, entre outras.
. Para tanto, massificar nas bases em boletins, jornais, sites e redes sociais o direito do industriário, do comerciário etc., a essa rede e a esses serviços. Estimular a demanda, portanto.
. Pactuar com os gestores do Sistema S um padrão especial de descontos para o sindicalizado (e dependentes) nos equipamentos culturais, de lazer, bem como nas escolas e centros de formação.
. Organizar excursões de trabalhadores da ativa e/ou aposentados às grandes unidades do Sistema, como Sesc Itaquera, Interlagos e Bertioga; principais escolas e centros do Sesi e outros pontos.
. Cobrar do Sistema S assistência à saúde, com a ampliação dos gabinetes dentários, entre outros.
. Cobrar o retorno/ampliação dos supermercados do Sesi, que vendiam a preço de custo, tornando mais acessível ao trabalhador uma ampla cesta de produtos de boa qualidade.
Ao tomar esse conjunto de medidas, o sindicalismo estaria beneficiando diretamente a própria classe trabalhadora. Mais: por um lado, faria o Sistema S cumprir seu papel e, por outro, geraria economia de seus, agora, parcos recursos, podendo concentrar seus esforços no bom e velho sindicalismo de base, combativo e de conquistas.
Com a palavra os companheiros dirigentes.
* Jornalista e diretor da Agência de Comunicação Sindical
Assessoria de imprensa da Fundação Editora da Unesp*
A geografia pode ser considerada uma ciência humana de base, já que em seu cerne está o estudo das relações entre homem e espaço. É para mergulhar nos variados desdobramentos desse campo do conhecimento que a Editora Unesp traz a lume o Glossário de geografia humana e econômica, com 41 verbetes escritos por 29 especialistas no assunto.
“É possível afirmar que, no mundo acadêmico brasileiro, no que concerne à área da Geografia, há uma carência de obras de referência que contenham o conhecimento geográfico de maneira resumida e que sirvam de base para o apontamento de estudos mais aprofundados”, aponta o organizador da obra, Eliseu Savério Sposito. “Por essa razão, apresentamos este glossário, que tem como objetivo mostrar um conjunto de palavras-chave das subáreas da Geografia Econômica e da Geografia Urbana para que pesquisadores e estudantes tenham suas motivações na elaboração de questões e projetos e desvendem, com suas metodologias, temas de maneira mais verticalizada.”
Há termos que se articulam para examinar desde a cidade e o urbano, passando por conceitos de cidade, cidade média, cidade pequena, cidade-região, espaço urbano e espaço público, por exemplo, até aspectos importantes da Geografia Industrial, do pensamento e do conhecimento geográficos, como espaço, pós-modernidade, temporalidade e violência.
“Mesmo que não estejam contemplados todos os conceitos importantes para essas subáreas da Geografia, os termos apresentados cobrem uma gama importante que poderá auxiliar tanto pesquisadores iniciantes quanto pessoas que se dedicam ao ensino ou aos primeiros passos para a compreensão do pensamento geográfico”, sublinha Sposito.
Título: Glossário de geografia humana e econômica
Preço: R$ 84,00
* Pluricom Comunicação Integrada
Da Agência Sindical
O Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) decidiu intensificar a luta para garantir a vigência do reajuste de 10,15% para a categoria, determinado pelo Tribunal de Justiça do Estado (TJ-SP). A sentença, que eleva os salários até o piso nacional da categoria, já deveria estar valendo, mas o governo Alckmin conseguiu suspender sua execução por meio de recurso extraordinário.
A presidente da Apeoesp, Maria Izabel Noronha, disse à Agência Sindical que a entidade já recorreu da decisão do desembargador Ricardo Henry Marques Dip, que livrou o governo estadual de cumprir a lei do piso para os profissionais do magistério público. A lei é de 2008.
Ela adiantou que a Apeoesp também prepara calendário de mobilizações em prol da valorização dos profissionais em Educação. "Nossa luta – que é jurídica e política – vai continuar nas ruas, mobilizando a sociedade em defesa da efetiva valorização dos professores e professoras e pela melhoria da qualidade do ensino", afirma.
Maria Izabel Noronha avalia que o reajuste de 7% nos salários é uma vitória que reforça a mobilização da categoria. Na semana passada, Geraldo Alckmin anunciou reajuste de 3,5% para o funcionalismo estadual – com exceção dos policiais (4%) e professores (7%).
Conquista
Segundo a dirigente, o reajuste "não é uma concessão ou uma dádiva”. Ela observa: “É resultado da luta e não desistiremos dos 10,15%, pois a partir deste mês a defasagem salarial aumenta, devido ao reajuste de 6% no valor do piso nacional."
Do jornal Paraíba Online
O Centro de Engenharia Elétrica e Informática da Universidade Federal de Campina Grande (CEEI/UFCG), na Paraíba, lançou concurso público para uma vaga de professor na área de Engenharia Elétrica, Telecomunicações. As inscrições terão início no dia 29 de janeiro e seguem até o dia 16 de fevereiro. O selecionado irá cumprir uma carga horária de 40 horas semanais, em regime de dedicação exclusiva, ingressando como Professor Adjunto A, nível 1. Os vencimentos, com retribuição por titulação, totalizam R$ 9.585,67.
O candidato precisa ser graduado em Engenharia Elétrica ou outras denominações adotadas pelo Ministério da Educação (MEC), com doutorado na área em questão ou outras afins, de acordo com a área de Engenharias IV da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC).
As inscrições custam R$ 150 e podem ser feitas na Secretaria da Unidade Acadêmica de Engenharia Elétrica do CEEI/UFCG, localizada na Rua Aprígio Veloso, 882, Bloco CG, Bairro Universitário, Campina Grande. O horário de atendimento será das 8h às 11h e das 14h às 17h, em dias úteis, de segunda a sexta-feira. Também serão aceitas inscrições por procuração e via postal, por meio de Sedex, com aviso de recebimento (AR), dentro do prazo estabelecido no edital.
O concurso compreenderá três fases sequenciais, todas de caráter eliminatório: prova escrita, didática e prova de títulos. As etapas serão realizadas de 12 a 16 de março. A prova escrita consistirá na dissertação do tema sorteado a partir do conteúdo programático e terá duração de quatro horas. O resultado preliminar será divulgado no dia 13 de março, e, no dia 15, acontecerá a prova didática para os aprovados na primeira fase. O certame terá validade de um ano, podendo ser prorrogado por igual período.
Comunicação SEESP
O programa Engenheiro Empreendedor do SEESP iniciou o ano com o oferecimento de 15 cursos voltados aos profissionais da área – voltados ao empreendedorismo como também de caráter técnico. Associados ao sindicato, assim como seus dependentes, têm bons descontos nas atividades.
Entre os cursos, cujas inscrições estão abertas, estão o de gestão de projetos; licenciamento ambiental de postos de gasolina; programa de eficiência energética; de conversação em inglês etc.. Confira todos eles aqui.
Mais informações pelo telefone (11) 3113-2640, pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. ou diretamente na sede do SEESP, na capital paulista (Rua Genebra, 25, Bela Vista).
Comunicação SEESP
Desde 1º de janeiro último, está empossada a nova diretoria do SEESP, que exercerá o mandato até 2021. Eleita em abril de 2017, a então chapa única “Trabalho-Integração-Compromisso” obteve mais de 96% dos votos. Murilo Pinheiro foi reeleito para seu quinto mandato como presidente. À época, ele comemorou o resultado como um voto de confiança dos associados. “Recebemos um aval para seguir com os projetos de fortalecimento e crescimento da nossa entidade, com a luta em defesa dos engenheiros e o trabalho em benefício dos filiados”, disse.
Além da executiva, a diretoria é composta por lideranças que vão atuar nas 25 delegacias sindicais espalhadas no Interior. Segundo Murilo, os desafios estão colocados desde já, diante de medidas governamentais que representam ataque a direitos históricos dos trabalhadores e ao movimento sindical. Assim, frisou que os engenheiros paulistas, por meio do SEESP, estão “firmemente engajados na luta contra tais propostas”, como a reforma da Previdência Social, que restringe o direito à aposentadoria, e outras medidas que precarizam as relações de trabalho, como a terceirização irrestrita e a Lei 13.467/2017, que mudou a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Nesse sentido, os esforços do sindicato serão ainda maiores nas campanhas salariais em defesa das reivindicações dos engenheiros nas negociações dos acordos coletivos de trabalho.
Fundado em 1934, o sindicato tem atualmente mais de 60 mil associados e representa aproximadamente 200 mil profissionais em todo o Estado.
São Paulo e Brasil
A diretoria foi eleita empunhando a bandeira pelo desenvolvimento do Estado e do País, o que, na visão do presidente reeleito, “é essencial para que os engenheiros tenham oportunidade de trabalho e protagonismo social”. Também prioridade da diretoria é o intenso trabalho de aproximação à vida sindical dos estudantes e recém-formados, por meio do Núcleo Jovem Engenheiro.
O presidente salienta a importância da unidade nacional da categoria para garantir a valorização dos profissionais, com o respeito à lei do piso salarial (4950-A/66); a retomada das mais de cinco mil obras em todo o território nacional; a defesa da política de conteúdo local, entre outros temas relacionados ao desenvolvimento, à ciência e tecnologia. Outro ponto destacado pela liderança é a excelência no ensino com o fortalecimento do Instituto Superior de Inovação e Tecnologia (Isitec), iniciativa pioneira do SEESP que oferece a graduação Engenharia de Inovação, desde 2015.
Como filiado à Federação Nacional dos Engenheiros (FNE), o SEESP, junto com os demais sindicatos filiados, investe no projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento” e no movimento “Engenharia Unida”.