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Conferencia Natalini.jpg editadaHá 15 anos acontece em São Paulo a Conferência de Produção Mais Limpa e Mudanças Climáticas, cujo objetivo é intermediar o diálogo entre cidadãos, instituições, iniciativa privada e governo, para aprofundar a discussão sobre os três pilares da sustentabilidade: ambiental, econômico e social, além de propor políticas públicas e legislações de caráter mais objetivo e resolutivo. O evento é fruto da lei de autoria do vereador Gilberto Natalini (PV), que é o proponente e presidente da conferência. A atividade é gratuita e será realizada no dia 30 de junho próximo, das 8h às 17h, na Associação Paulista de Cirurgiões Dentistas (APCD), que fica na Rua Voluntários da Pátria, 547, em Santana (próxima à estação Tietê do Metrô).

O tema desta edição é “Bairro a Bairro: São Paulo mais verde. Mudanças Climáticas - Desdobramentos da COP21”. A mesa de abertura reunirá autoridades de diversas áreas do governo estadual e municipal e entidades da sociedade civil. A palestra magna será ministrada pelo urbanista Cândido Malta, responsável pela criação de políticas de desenvolvimento urbano em diversas cidades brasileiras e na sequência dois painéis contarão com a presença de especialistas da iniciativa privada, governo, universidade e terceiro setor.

Iniciativas sustentáveis
Na área de exposição, o público terá oportunidade de conhecer diversos exemplos de projetos, produtos e serviços alinhados às questões de sustentabilidade, com o conceito de produzir mais e melhor com menos. 


 

Edição Rosângela Ribeiro Gil
Com informações da Assessoria de Comunicação do vereador Gilberto Natalini








Sindicatos filiados à Federação Nacional dos Engenheiros (FNE) se reuniram, na manhã desta quinta-feira (28/04), na sede do SEESP, em São Paulo, para dar sequência aos trabalhos da fase atual do projeto “Cresce Brasil”, que, neste ano, discute as cidades.  Para o presidente da entidade, Murilo Celso de Campos Pinheiro, a hora é de participar do processo eleitoral do País, de outubro próximo, de forma propositiva e com coerência e tranquilidade. “Enquanto todo mundo discute a crise, nós trabalhamos em cima de uma agenda forte e positiva em prol do Brasil”, ressaltou à abertura.


Fotos: Beatriz Arruda/SEESP
Cresce Cidades 28ABR2016 2 
Presidente da FNE (em pé) conclamou engenheiros a participarem de forma propositiva
nas discussões das eleições municipais de outubro próximo 


O coordenador técnico do projeto, Carlos Monte, informou que a elaboração das notas técnicas dos consultores da FNE está em andamento satisfatório. As notas versarão sobre temas como finanças municipais, iluminação e internet públicas, habitação e uso e ocupação do solo, saneamento ambiental e transporte e mobilidade. Ainda dentro dos trabalhos, Monte avisou que, no dia 19 de maio próximo, será realizada reunião com o Clube de Engenharia, no Rio de Janeiro, para tratar da engenharia pública.

O diretor do SEESP e representante da federação junto ao Conselho Nacional das Cidades (ConCidades), órgão ligado ao Ministério das Cidades, Alberto Pereira Luz, salientou a importância dos profissionais da área participarem das fases municipal e estadual (confira os prazos aqui) da 6ª Conferência Nacional das Cidades. “A nossa área tem muito que contribuir no planejamento e elaboração de projetos com a preocupação urbana”, destacou. É com a experiência acumulada, dos últimos anos, no ConCidades que Pereira Luz apresentará sua nota técnica sobre habitação e gestão do solo urbano.

Já Edilson Reis, também diretor do sindicato paulista, junto com o engenheiro Jurandir Fernandes, prepara a nota técnica sobre transporte e mobilidade urbana. “Iniciamos os nossos apontamentos falando do crescimento acelerado das cidades brasileiras sem o devido acompanhamento de obras de infraestrutura necessária e adequada”, alertou. Para que o trabalho seja o mais fidedigno à realidade, Reis informou que está sendo feita uma pesquisa apurada do arcabouço legal sobre o tema. A ideia, continuou o dirigente, é apresentar propostas no sentido de integração operacional e institucional do transporte, do trânsito e da habitação. Ele realçou que a proposta leva em conta que quase 60% da população brasileira se concentram em pouco mais de 300 municípios, com mais de 100 mil habitantes.

Outros aspectos estão sendo levados em conta, prosseguiu Reis, como o dado de que 1/3 das viagens são feitas a pé. “Por isso, é fundamental melhorar as calçadas.” Além disso, deve-se pensar na prática do não transporte. Ou seja, explicou, aproximar o emprego à moradia. Todo o levantamento realizado, disse o diretor do SEESP, mostra a necessidade da implantação de um plano diretor de transporte e mobilidade urbana nas cidades.

Finanças públicas
A parte da disponibilidade de recursos financeiros das administrações municipais foi elaborada pelo consultor Marco Aurélio Pinto Cabral. Segundo ele, essa questão deve envolver não apenas as administrações municipais, mas os outros entes da Federação, como a União e os governos estaduais. “Deve haver um esforço articulado entre as partes para que sejam realizados bons projetos e, com isso, as verbas sejam liberadas”, observou. Para ele, bons projetos sempre vão encontrar financiamentos, para isso, prosseguiu, há a necessidade de ser ter boa gestão desses projetos o que exige ter quadros técnicos próprios valorizados nas prefeituras. Cabral Pinto disse que a Secretaria do Tesouro Nacional não libera recursos por causa do “vício de origem”, ou seja, a falta de projeto bom.



Cresce Cidades 28ABR2016 3Carlos Monte informou que o andamento dos trabalhos está tranquilo e que o
"Cresce Brasil - Cidades" será um documento importante nas eleições municipais
 

Ainda dentro do incremento das finanças municipais, Cabral Pinto defende a modernização das administrações para ajudar a lidar corretamente com os seus gastos correntes, que pode gerar recursos adicionais. Para ele, o administrador municipal e o seu secretariado precisam ter conhecimento total sobre o seu território urbano, o que envolve recadastramento dos habitantes, regularização fundiária, entender melhor a saúde e a educação da população local etc.. “É preciso conhecer para quem trabalhamos.” Todo esse entendimento da vida municipal, conforme defende Cabral Pinto, tem como premissa básica o planejamento público.

Para o consultor da FNE, Artur Araújo, a crise urbana atual é uma síntese do que acontece no País. “Esse alerta foi dado já nas manifestações de 2013. Foi quase um recado de que está muito ruim viver nas cidades”, observou. Por isso, defende que os profissionais da engenharia sejam agentes de intervenção nas discussões das próximas eleições municipais, apresentando suas propostas reunidas no “Cresce Brasil – Cidades”. Para ele, a área deve oferecer a curto e médio prazo soluções aos vários problemas enfrentados nos espaços urbanos. “Devemos defender a existência da engenharia de cidades”, conclamou.

O cenário político atual do País foi abordado pelo consultor sindical João Guilherme Vargas Netto como um dos maiores desafios conjunturais já enfrentado nos dez anos de existência do projeto “Cresce Brasil”. “Além das dificuldades de caráter técnico e prático, acrescentamos, hoje, o político”, explanou. E continuou: “É preciso ter ânimo para compreender o ´ciclo dos horrores´ que serão as próximas eleições e perceber o quanto será importante a postura e ação da engenheira unida.”

Vargas Netto tem claro que o importante não é a engenharia eleger este ou aquele candidato, mas ajudar no processo de discussão de qual cidade os brasileiros necessitam.

Ao final da atividade, o presidente da FNE apresentou um cronograma dos trabalhos atuais que prevê a publicação do “Cresce Brasil – Cidades” no final de junho próximo.


 

Rosângela Ribeiro Gil
Imprensa SEESP







Com o objetivo de evitar o ajuizamento de dissídios coletivos e proporcionar ampla pacificação social das categorias profissionais, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) publicou o Ato 168/2016, que institui a mediação e a conciliação antes da instauração dos dissídios.

De acordo com a norma, a mediação será conduzida pelo vice-presidente do TST, e tem como base o artigo 764 da CLT, que estabelece a valorização da conciliação como forma de solução de conflitos, e a Resolução 125 do Conselho Nacional de Justiça, que dispõe sobre a Política Judiciária Nacional de tratamento adequado dos conflitos de interesses no âmbito do Poder Judiciário.

Podem ser submetidas à mediação as demandas judiciais passíveis de dissídios coletivos de natureza econômica, jurídica ou de greve. A audiência de mediação pode ser requerida por qualquer uma das partes interessadas e será feita na sede do TST.

A inciativa tem como inspiração a experiência do presidente da corte, ministro Ives Gandra Martins Filho, na solução e prevenção de conflitos quando ocupou a vice-presidência do TST no biênio 2014/2016.

 

 

Fonte: Revista Consultor Jurídico/Com informações da Assessoria de Imprensa do TST

 

 

 

 

 

A cidade de Sorocaba, no dia 25 de abril último, aderiu ao Sistema Estadual de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (Sigor), módulo Construção Civil. O sistema possibilita o registro, o controle e o acesso às informações previstas na Política Estadual de Resíduos Sólidos, em especial no que se refere ao Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos, ao Sistema Declaratório Anual e ao Inventário de Resíduos. Com isso, a partir de agora será possível monitorar a gestão dos resíduos de construção civil desde a geração até a sua destinação final, incluindo transporte.


Foto ilustrativa/imagem captada na internet
Residuo solido construçao 
 O sistema possibilita o registro, o controle e o acesso às informações previstas na
Política Estadual de Resíduos Sólidos

 

De imediato, em Sorocaba o Sigor contempla responsáveis por obras acima de 1.000m², mas gradativamente todas as obras estarão inseridas neste sistema. Para obter o habite-se, os responsáveis devem encaminhar cópia do Plano de Gerenciamento de Resíduos de Construção Civil (PGR Final), elaborado por meio do Sistema Estadual de Gerenciamento Online de Resíduos Sólidos (Sigor). Esse cadastro deve ser realizado diretamente no site http://cetesb.sp.gov.br/sigor

Devem se cadastrar os geradores de resíduos de construção (construtoras), transportadores de resíduos (caçambeiros) e áreas de destino de resíduos de construção. O cadastro deve ser realizado em até 30 dias para que possa participar do treinamento de utilização do sistema, realizado pela Cetesb.

Quem vai construir ou reformar tem de solicitar aprovação junto a Secretaria de Mobilidade, Desenvolvimento Urbano e Obras (Semob). Se a obra tiver mais de 1.000m² o gerador deve elaborar o PGR através do Sigor e transportar seus resíduos contratando transportador devidamente habilitado, para que o descarte do material seja feito em área licenciada.

 

 

Fonte: Prefeitura Municipal de Sorocaba

 

 

 

 

 

“Antes eu pensava que no meu morro não tinha risco. Eu achava que todas as casas eram seguras e que, se eu estivesse dentro da minha, estaria protegido, mas não é assim. Eu descobri que existe um risco de deslizamento na maioria das casas do morro e o risco de queda de rochas”, afirma o estudante Marcus Vinícius de Oliveira Araújo, da Unidade Municipal de Ensino (Ume) Mario Alcântara e morador do Morro do Pacheco, na cidade de Santos, em depoimento incluído no vídeo sobre a Olímpiada do Conhecimento em Desastres Naturais.

A olimpíada foi organizada pela Coordenadoria Regional de Defesa Civil da Baixada Santista (Redec), pelas equipes das Defesas Civis municipais de nove cidades e pelo IPT, com apoio da Defesa Civil Estadual, finalizando uma iniciativa que havia começado em abril de 2015 para educação de alunos de 10 e 11 anos de idade nas redes municipais de ensino. O foco do programa foram os cuidados a serem tomados na ocorrência de inundações, deslizamentos de encostas de morros e incidência de raios em dias de chuva. A olímpiada propriamente dita foi realizada em 14 de outubro de 2015, que foi o Dia Internacional da Redução de Desastres Naturais, e colocou em teste o que os estudantes haviam aprendido sobre os fenômenos da natureza em aulas regulares a partir de uma abordagem transversal, envolvendo diversas disciplinas, e também em palestras.

Os alunos participaram no dia da olímpiada de cinco rodadas de atividades, incluindo perguntas de múltiplas escolhas, gincanas, jogo da forca, simulados e testes de verdadeiro ou falso que definiram as escolas vencedoras, com um empate entre Praia Grande e Guarujá. A Seção de Investigações, Riscos e Desastres Naturais do IPT prestou assessoria técnica à Coordenação da Regional da Defesa Civil na Baixada e às Defesas Civis municipais na escolha dos materiais e na execução das atividades da olimpíada, ficando ainda responsável pela produção do vídeo.

Duas versões do vídeo estão disponíveis, uma de 12 e outra de cinco minutos, e a sua produção faz parte de uma iniciativa de ação social da Fundação de Apoio ao IPT (FIPT), que patrocinou as atividades dos pesquisadores para a realização do projeto e a concepção do filme que está disponível no canal do Instituto no YouTube. “A expectativa é que o vídeo funcione como um instrumento de disseminação de uma experiência muito interessante e simples”, afirmou o pesquisador e geólogo Eduardo Soares de Macedo no lançamento.

A importância da difusão do conhecimento foi também enfatizada pelo diretor-presidente do IPT, Fernando Landgraf, que iniciou sua apresentação lembrando a longa parceria do Instituto com a Defesa Civil de São Paulo e a Casa Militar, a qual foi iniciada em 1979 com a Carta Geotécnica dos Morros de Santos e de São Vicente. “Já foram realizados diversos trabalhos pelo IPT, mas há ainda muito a ser feito no estado de São Paulo.

Esse vídeo faz parte de um grande projeto para enfrentar o tema do risco, que é a palavra-chave da história”, afirmou ele. “Foi interessante ouvir o depoimento do aluno Marcus Vinícius falando sobre o seu aprendizado em saber que havia um perigo por conta da presença das pedras que poderiam rolar no local em que ele vive. A consciência do risco é importante em um trabalho como este, porque ajuda as crianças a perceberem o perigo que correm e como elas podem auxiliar a Defesa Civil a proteger os moradores”.


 

 

Fonte: IPT

 

 

 

 

 

 

No período de 10 a 13 de maio, será realizado o III Congresso da Sociedade de Análise de Risco Latino-Americana (SRA-LA), no Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT). O evento, uma realização conjunta da entidade e da Associação Brasileira de Geologia de Engenharia (ABGE), destina-se a especialistas, pesquisadores, estudantes, profissionais de instituições públicas ou privadas interessados em prevenção, avaliação, educação, mitigação, comunicação e gestão de riscos.

O objetivo central, segundo os organizadores do congresso, é a troca de experiências entre especialistas das diversas disciplinas relacionadas à análise e à gestão de risco. O tema geral será ‘Desenvolvimento e riscos no contexto latino-americano’, visando destacar a análise de riscos como uma ferramenta de auxílio às decisões técnicas e políticas para comunicar, atender e prevenir riscos em suas diversas formas. As ações devem envolver os setores públicos e privados, no contexto dos países da região que têm como principais características a limitação de recursos e a desigualdade social.

Pesquisadores do Centro de Tecnologias Geoambientais do IPT participam do evento. No dia 10 de maio, os pesquisadores Eduardo Soares de Macedo e Fabrício Araújo Mirandola irão ministrar um curso sobre riscos geológicos naturais; no final da manhã do dia 12, o geólogo Agostinho Tadashi Ogura apresentará o trabalho ‘A atuação multi-institucional na gestão de riscos nas cidades’ dentro do painel ‘Vulnerabilidade das cidades e populações’, que será mediado por Macedo.

Clique aqui e confira a programação completa do evento. 

 

 

Fonte: IPT

 

 

 

 

 

 

 

As grandes cidades brasileiras, ao concentrarem a atividade econômica, reúnem as melhores oportunidades de trabalho. Em consequência, estas cidades recebem migrações de trabalhadores mais qualificados, conclui pesquisa da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) da USP. Entender como esses grandes centros influenciam os processos migratórios e as desigualdades regionais é o objetivo do trabalho Should I stay or should I go? – Selection on migration and learning in cities in Brazil, realizado pela aluna de pós-graduação da FEA, Ana Maria Bonomi Barufi.

Ana Maria faz parte do Núcleo de Economia Regional e Urbana (Nereus) da USP. Hoje no Brasil, aproximadamente 85% da população vive em grandes centros urbanos. As cidades ocupam cada vez mais espaço na dinâmica econômica global. “Nas grandes cidades existe uma concentração da atividade econômica, o que proporciona uma redução de custos de transporte, de bens, pessoas e ideias”, explica a pesquisadora. “A cidade grande triunfou, apesar do seu elevado custo de vida, porque proporciona melhores oportunidades de trabalho”.

Para Ana Maria, a migração assume hoje um papel de seleção, no sentido de que cidades de grande densidade tendem a atrair profissionais com melhores qualificações. “Trabalhadores com alta qualificação não migram de uma cidade de alta densidade para uma cidade de baixa densidade”, afirma.

Desigualdade espacial
Esse tipo de situação também acentua a desigualdade espacial nos grandes centros urbanos, onde profissionais melhor qualificados tendem a se concentrar em regiões centrais e trabalhadores menos qualificados terminam por se instalar em regiões periféricas.

Outro ponto observado é que a probabilidade de migração de cidades maiores para cidades menores é muito menor. Mesmo quando existe uma volta ao local de origem, os anos de experiência adquiridos em cidades grandes trazem um impacto positivo sobre o salário do trabalhador, ou seja, o crescimento do salário depende da experiência obtida em cidades de densidade maior.

Uma das consequências negativas dessa dinâmica é que existe a tendência a aumentar a desigualdade salarial entre cidades de diferentes densidade e as cidades com maior concentração de trabalhadores qualificados atraem ainda mais trabalhadores com essa característica. Assim, o mercado de trabalho assume um papel essencial na determinação da desigualdade entre regiões.

“O perfil do migrante hoje mudou, e as cidades grandes atraem principalmente profissionais com maior qualificação profissional. Esse perfil de trabalhador raramente retorna a seu local de origem”, conclui. Ana Maria concluiu doutorado em teoria econômica na FEA, com orientação do professor Eduardo Haddad, do Nereus.

 

 

Fonte: Agência USP de Notícias

 

 

 

 

 

 

Há consenso na sociedade, no governo e no Parlamento sobre o esgotamento do atual sistema de representação brasileiro e que, sem uma ampla reforma política, não existe condições de governabilidade. Todos desejam uma reforma que: a) fortaleça os partidos, dando-lhes consistência ideológica e programática, b) combata a corrupção, c) promova o equilíbrio na disputa eleitoral, d) aproxime os representantes dos representados, e) institua cotas raciais e/ou de gênero; e f) amplie os mecanismos de participação e consulta popular.

Entretanto, não existe nenhum acordo a respeito do conteúdo ou do melhor arranjo para o sistema representativo, cada parlamentar tem um modelo próprio. O tema realmente é complexo e polêmico e afeta interesses políticos, partidários e pessoais, que podem comprometer o projeto de reeleição de muitos parlamentares. Qualquer reforma estrutural no sistema político terá ganhadores e perdedores. É uma questão de escolha. Isso explica porque os defensores de reforma política com esse escopo não conseguiram ainda reunir votos suficientes para aprová-la, nem mesmo em nível infraconstitucional.

Outro aspecto relevante é que, além da mudança no sistema representativo, é fundamental que haja mudança cultural nas direções partidárias, no comportamento dos parlamentares e gestores e até entre os eleitores. Os partidos, como regra, não têm nitidez ideológica e programática; não possuem uma clivagem social clara; apresentam programas para ganhar eleição e não para governar; permitem o uso de caixa dois nas campanhas eleitorais, ou seja, tem conduta moralmente rejeitada.

Enquanto os partidos recrutarem seus candidatos e fizerem as coligações apenas para aumentar seu espaço no horário eleitoral gratuito e ampliar sua fatia no fundo partidário, não haverá uma representação autêntica. Os agentes políticos precisam ter consciência de que o eleitor é titular do poder. Quando ele delega para que alguém em seu nome legisle, fiscalize, aloque recursos no orçamento ou administre um município, um estado ou a própria União, o faz com base em um programa, com exigência de prestação de contas e alternância no poder. E nenhum representante tem correspondido a essa expectativa, levando à descrença do eleitor nos agentes públicos e nos políticos de modo geral.

Um dos principais problemas do nosso sistema político é o excessivo número de partidos – e com as características mencionadas – com representação no Parlamento, algo próximo de 30, o que dificulta sobremaneira a formação de coalizões de apoio ao governo federal. Os governantes, por sua vez, precisam formar maioria para governar e o fazem com base no toma lá dá cá. Os recursos de poder para formar a maioria, invariavelmente, incluem a distribuição de cargos, a liberação de recursos do orçamento, mediante emenda ou convênio, e a negociação do conteúdo das políticas públicas.

A forma mais eficaz de reduzir o número de partidos, sem retirar-lhes autonomia e independência, tem sido a instituição de cláusula de barreira e o fim das coligações nas eleições proporcionais, o que requer mudança constitucional com exigência de três quintos dos votos em dois turnos em cada casa do Congresso. Outros temas, para cuja aprovação exige-se apenas maioria simples, o grau de polêmica é grande, como no caso do financiamento público exclusivo de campanha, a substituição do voto aberto pelo voto em lista e a mudança no quociente eleitoral.

Para aperfeiçoar as regras sobre disputa eleitoral, a formação e o exercício do poder, a reforma política precisaria tratar de alguns dos temas a seguir: 1) a substituição do voto proporcional pelo majoritário; 2) a adoção do voto distrital ou distrital misto; 3) o fim das coligações nas eleições proporcionais; 4) a adoção da cláusula de barreira; 5) a instituição de voto facultativo; 6) a destituição de mandato (recall); 7) a previsão de candidaturas avulsas; 8) o fim da reeleição; 9) a eleição para suplente de senador; 10) o financiamento cidadão ou o financiamento exclusivamente público; 11) a coincidência de mandatos; 12) as cotas raciais e de gênero; 13) a eliminação de foro privilegiado; 14) a ampliação da democracia direta e da participação popular; e 15) a adoção da federação de partidos, dentre outros. Texto publicado originalmente no Correio Braziliense em 19/4/2016 na página de opinião.

 

 

* Antônio Augusto de Queiroz, jornalista, analista político e Diretor de Documentação do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap)

 

 

 

 

 

 

O Conselho Assessor de Transportes e Mobilidade Urbana do Conselho Tecnológico do SEESP coloca em pauta, em duas reuniões, a importante discussão sobre tarifação e bilhete único. A participação é aberta, com inscrição prévia pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. ou pelo telefone (11) 3113-2641. As duas atividades serão na sede do sindicato, na Capital paulista (Rua Genebra, 25, Bela Vista).

No dia 5 de maio próximo, a partir das 15h, a palestra será sobre gestão operacional e gerencial do sistema de bilhetagem eletrônica voltada à mobilidade urbana e implantação de soluções em transações eletrônicas no transporte intermunicipal por ônibus da Região Metropolitana de São Paulo, com o diretor da Promobom Autopass, Rubens Fernandes Gil Filho.

Já no dia 12 de maio, no mesmo horário, a palestra abordará o bilhete Único, exitoso projeto de controle de arrecadação, os impactos na redução de investimentos em infraestrutura de operação de transporte decorrentes do upgrade da tecnologia da informação, da evolução conceitual da operação na definição de novos indicadores de avaliação do desempenho do sistema de transporte de passageiros e de facilitação às inclusões de políticas sociais, com o diretor de Gestão Econômico-financeira da SPTrans, Adauto Farias.


 

Rosângela Ribeiro Gil
Imprensa SEESP









Nesta quarta-feira (27/04), às 15h, o SEESP inicia a discussão da renovação dos acordos coletivos de trabalho de quase 100 mil engenheiros no Estado, com a realização do 16º Seminário de Abertura das Campanhas Salariais dos Engenheiros do Estado de São Paulo, na sede da entidade, na capital paulista. A maioria dos profissionais tem data-base em 1º de maio.

A iniciativa tradicionalmente abre as campanhas salariais dos engenheiros e tem por objetivo sedimentar o caminho do diálogo com os interlocutores da entidade à mesa de negociação. A atividade reúne dirigentes sindicais e representantes de empresas e organizações patronais, além de especialistas do mundo do trabalho, como o diretor técnico dos departamentos Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Clemente Ganz Lúcio, e de Assessoria Parlamentar (Diap), Antonio Augusto de Queiroz, e o consultor sindical João Guilherme Vargas Netto. 

"O objetivo da nossa atividade é traçar um panorama do cenário socioeconômico e político no qual as negociações acontecerão e, principalmente, reforçar a disposição ao diálogo como meio de superação dos desafios existentes", observa o presidente do sindicato, Murilo Celso de Campos Pinheiro. O seminário é aberto à participação de todos os profissionais e interessados e será realizado na sede do sindicato, na Capital paulista (Rua Genebra, 25, Bela Vista).

 

Edição Rosângela Ribeiro Gil
Imprensa SEESP








 

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