Caminhões com mais de duas décadas de uso. Motoristas em condições precárias de trabalho. Circulação de carretas carregando de forma irregular toras de madeiras com toneladas de peso. Essa é a combinação que resulta em mortes diárias, na época da safra, na região amazônica chamada de Arco do Desflorestamento, na região centro-norte do Estado de Mato Grosso. O quadro é descrito da pesquisa da engenheira florestal Mariana Peres Lima, professora da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), desenvolvida no programa de Pós-graduação em Recursos Florestais, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq-USP), em Piracicaba.
Fonte: Portal ORM-Pará
Pesquisa indica as péssimas condições de trabalho dos motoristas que
transportam, nas estradas brasileiras, toras de madeira
A realidade vivenciada em municípios do centro-norte do Mato Grosso, região denominada como Arco do Desflorestamento, Arco do Desmatamento ou Arco de Fogo, pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), chamou atenção de Mariana quando ela começou a lecionar na UFMT, na área de Manejo Florestal. “Na minha área de atuação, como professora de Transporte Florestal, verifiquei uma diferença absurda entre a realidade vivida anteriormente, em São Paulo, e a nova realidade encontrada no Mato Grosso. Trabalhar na Amazônia se tornou em verdadeiro desafio pessoal e profissional para mim, uma vez que essa realidade causava e ainda causa inúmeros acidentes com um número assustador de vítimas fatais, e estranhamente tratadas como “normais” pela sociedade local, já que as ocorrências são cotidianas em época de safra”.
O estudo tem orientação do professor Fernando Seixas, do Departamento de Ciências Florestais da Esalq e traz um panorama do descaso, da falta de fiscalização, da livre circulação destes veículos e a não observância dos condutores autônomos, empresas e terceiros com as legislações federais que regulamentam o transporte rodoviário de madeira em toras. “Senti a necessidade de desenvolver algum trabalho para verificar que o transporte rodoviário de madeira bruta e em toras no “Arco do Desflorestamento” é um problema social, econômico e ambiental que está associado ao não cumprimento, pelos condutores, da Legislação Federal que fixa parâmetros técnicos para o transporte da carga em questão — Resolução n. 246, de 27 de julho de 2007- Contran”, explica Mariana.
Revitalização
Entre os resultados, a tese aponta o sucateamento da frota e a consequente falta de competitividade no mercado para que seja feita a sua revitalização. A quantidade imensa de acidentes resulta, em sua maioria, em vítimas fatais. “Esse alto índice de mortes ocorre já que, devido à rusticidade da atividade, pouquíssimas vítimas sobrevivem”. Além disso, a pesquisa aponta a necessidade de políticas públicas e de cartas de crédito e financiamento para a renovação da frota.
Sobre os motoristas, o trabalho revela que trabalham em estado precário, com postos de higiene, dormitórios e alimentação em péssimas condições. “Falta qualidade de vida para esses profissionais, que apresentam baixo índice de escolaridade, altos índices de obesidade, mais de 50% utilizam bebidas alcoólicas ou consomem entorpecentes na direção e mais de 40% tem vício de tabagismo”, reforça Mariana. Outro ponto de risco evidenciado na pesquisa é a existência de transporte ilegal de madeira, que em geral está atrelado à prostituição, tráfico de drogas e animais. “São necessárias mudanças urgentes na legislação que fixa parâmetros de segurança na atividade, além de conscientização tanto da sociedade civil, que apresenta insegurança diante de tantas mortes e portanto precisa ser agente fiscalizador desta atividade, quanto dos condutores, que precisam estar cientes do perigo que fazem a si mesmo e à sociedade”.
A partir dos resultados do estudo, uma cartilha está em fase final de elaboração. Intitulada “Manual sobre o Transporte Rodoviário Florestal” a iniciativa aborda diversos assuntos concernentes à atividade. “Os principais temas são as legislações vigentes, a prevenção de acidentes e direção defensiva, saúde e segurança do trabalhador, por meio de discussões sobre qualidade de vida, curiosidades e interesses sobre a profissão de condutor do transporte de madeira bruta e em toras. Os resultados finais esperados e a divulgação estão vinculados à necessidade de parcerias para a publicação e distribuição gratuita da cartilha”.
A ideia cresceu e hoje, além de Mariana, cerca de 20 pesquisadores, envolvendo docentes e alunos de graduação e pós-graduação da UFMT estão envolvidos na efetivação de ações de conscientização junto aos caminhoneiros, prefeituras e populações das cidades daquela região. Quanto a cartilha, serão impressos 10 mil exemplares e, assim, Mariana pretende baixar o número de mortes causados por acidentes envolvendo transporte de toras de madeira. Só em 2014, foram mais de 80 óbitos. “Além dos benefícios diretos como busca na diminuição de acidentes de trânsito causados por estes veículos, ocorrerá a diminuição de gastos com saúde pública voltada aos acidentes (doenças de causas externas), já que estes absorvem grande quantidade de recursos financeiros e humanos no Estado de Mato Grosso, o que desta forma culmina em diluição de recursos financeiros em tratamentos de doenças de causas internas como câncer, Aids, doenças cardíacas, síndromes etc”, finaliza.
Fonte: Agência USP de Notícias
A Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP) participa do Projeto de Extensão Industrial Exportadora (Peiex), programa do governo federal gerido pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) direcionado às pequenas empresas. Ele é um serviço de extensionismo e assistência cujo objetivo é propor soluções para melhorar a eficiência e a produtividade dessas empresas. Até o final do ano, serão mais de 1.300 empresas atendidas.
“O Peiex pretende ampliar a capacidade exportadora das pequenas empresas. Parte delas enfrenta problemas básicos, pré-exportação, que atrapalham ou até impedem que elas cheguem ao mercado externo. O projeto ajuda as empresas a enfrentarem esses problemas, e as melhores poderão continuar em outros programas da Apex para alcançarem o mercado externo”, explica Mario Sergio Salerno, professor do Departamento de Engenharia de Produção da Poli e coordenador geral do núcleo programa em São Paulo.
Foto: Blog Despachante Aduaneiro
Programa federal quer auxiliar pequenas empresas nas operações de exportação
Diagnóstico e soluções
“Os extensionistas vão realizar um diagnóstico e propor soluções que a empresa poderá implementar. É um tratamento rápido, imediato, que foca no diagnóstico e aconselhamento”, explica Salerno.
Toda a responsabilidade pelo atendimento e a qualidade do serviço são da universidade. “A Poli traz um elemento importante para o programa, que é a sua rede. Se uma empresa precisa realizar um teste, podemos descobrir onde esse teste pode ser feito, com quem a empresa deve falar. Temos uma rede articulada e capaz de resolver os problemas dos empreendedores”, explica.
Rosângela Ribeiro Gil
Edição
Imprensa SEESP
Informação da Agência USP de Notícias
O Movimento Abril Verde, iniciativa do Sindicato dos Técnicos de Segurança do Paraná (Sintespar), tem como objetivo colocar em pauta o tema segurança e saúde do trabalhador brasileiro com vistas à redução dos acidentes de trabalho. Abril foi o mês escolhido, porque nos dias 7 e 28, respectivamente, são datas mundiais pela Saúde e em Memória às Vítimas de Acidentes do Trabalho, proposta pela (Organização Internacional do Trabalho (OIT) a todos os países membros. Verde foi a cor escolhida por estar associada aos cursos relacionados à saúde.
Adir de Souza, idealizador do movimento, técnico da Fundacentro do Paraná e também presidente do sindicato, comenta que o objetivo é criar uma ação coordenada entre a sociedade civil chamando a atenção para os altos índices de acidentes fatais e sequelas decorrentes das atividades laborais. “O Abril Verde é mais que uma data, é um momento de alerta que deve repercutir em todas as esferas”, ressalta.
Em defesa da saúde do trabalhador
Segundo relatório da OIT de 2013, são três vidas perdidas por minuto em acidentes de trabalho pelo mundo e cinco mil por dia. A cada ano, acidentes não fatais totalizam 317 milhões, o que equivale a mais de 2.800 Maracanãs lotados ou quase 24 cidades de São Paulo. No Brasil, são 4 mil mortes por ano. Mas o trabalho não envolve o risco somente de acidentes, mas também o de doenças. No mundo, são 160 milhões de pessoas que sofrem com doenças profissionais e 2,02 milhões de pessoas que morrem a cada ano em decorrência de enfermidades relacionadas ao trabalho.
O movimento será apresentado no dia 31 de março, às 9h30, no auditório do Ministério do Trabalho e Emprego, com a presença da presidenta da Fundacentro, Maria Amélia Gomes de Souza Reis, além de autoridades do governo, representantes dos trabalhadores e empregadores.
Rosângela Ribeiro Gil
Edição
Imprensa SEESP
Com informação da Assessoria da Fundacentro
Uma onda conservadora ronda o Brasil. As eleições parlamentares de outubro de 2014 elegeram um Congresso mais conservador que o anterior. O clima na sociedade é conservador. As manifestações de domingo (15) deixaram isso bem claro!
A bancada empresarial manteve sua força, com 221 representantes na Câmara, enquanto a bancada sindical sofreu drástica redução de 83 para 51 membros. A agenda dos trabalhadores no Congresso sofreu um abalo e terá mais dificuldades de se viabilizar.
Na atual conjuntura, sem possibilidades de ampliar as isenções e desonerações fiscais, a tendência do setor empresarial é avançar sobre os direitos e conquistas dos trabalhadores.
O PL 4.330/04, que expande a terceirização, está pautado para votação em abril por determinação do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). E o foi sem que houvesse qualquer tipo de negociação com as centrais sindicais.
No Senado, o seu congênere (PLS 87/10) foi desarquivado pela bancada do PSDB, por requerimento do senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA).
Há um cerco na Câmara dos Deputados, com o PL 4.330, e no Senado Federal, com o PLS 87.
O que for aprovado primeiro vai se encontrar com seu afim e chegará com força, já que ambos têm o mesmo conteúdo. Trata-se de ação estratégica da bancada empresarial. Se não for um, vai o outro.
Pelo clima do Congresso, mais especificamente na Câmara, se não houver uma articulação nacional, rápida, contundente e permanente, o PL 4.330, ao ser pautado, será aprovado sem nenhum problema. Os deputados estão no início do mandato e não terão grandes problemas em aprovar um projeto tão impopular e drástico para os trabalhadores. Ainda mais nesse clima de terra arrasada fomentado pela mídia.
O movimento sindical — na sua totalidade, centrais, confederações, federações e sindicatos — precisa construir uma ação estratégica, a fim de esclarecer os novos deputados, cerca de 48% da Casa, quão nefasto é o projeto na versão apresentada pelo deputado Arthur Maia (SD-BA).
Essa construção precisa ser pensada e elaborada desde já. Do contrário poderá ser tarde. E talvez não possa ser uma articulação para pura e simplesmente rejeitar o projeto. Será preciso construir alternativas, pois a correlação de forças é por demais desigual.
A ação na Câmara dos Deputados precisa ser maciça. Dentro e fora da Casa. Todos os deputados precisam ser procurados em Brasília e em seus estados de origem. Não pode ser uma ação de véspera. Precisa começar logo e continuar até que surja algo novo, palpável e que não desmantele as relações de trabalho, como propõe o texto do deputado Arthur Maia.
Os presidentes de ambas as Casas Legislativas, Eduardo Cunha, na Câmara, e Renan Calheiros (PMDB-AL), no Senado precisam ser acessados antes de o debate começar. Os ministros do TST também, pois foi o contundente posicionamento majoritariamente contrário ao PL 4.330 da corte trabalhista que fortaleceu e animou a posição do movimento sindical.
O movimento sindical precisa procurar também as entidades dos operadores do direito, tendo a Anamatra como referência, para colocar em curso uma expressiva movimentação desse setor na Câmara, a fim de evitar o pior.
O tempo corre e conspira contra os trabalhadores. Só uma grande e estratégica movimentação sindical, nesse momento, poderá salvar os direitos trabalhistas contidos na CLT.
* Marcos Verlaine, jornalista, analista político e assessor parlamentar do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap)
No dia 2 de abril próximo, das 9h às 18h, o Instituto de Energia e Ambiente da Universidade de São Paulo (IEE/USP)realiza o seminário “O estado atual do setor elétrico brasileiro – crise ou consequência?”, no auditório Oswaldo Fadigas Fontes Torres - Av. Prof. Luciano Gualberto, 71, travessa 3, Cidade Universitária, São Paulo, SP. Haverá transmissão ao vivo online em www.iptv.usp.br. As inscrições para participação presencial exclusivamente por e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. (enviar nome/e-mail/cargo/instituição).
O diretor do SEESP, Carlos Kirchner, participará da mesa 2, às 11h10, que discutirá as dimensões da crise e o custo da energia e a explosão das tarifas, juntamente com Tatiana Lauria, da Federação das Indústrias do Estado do Riod e Janeiro (Firjan) e de Flávia Lefèvre, da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste).
A provisão de serviços de eletricidade no Brasil enfrenta um dos momentos mais críticos. Por um lado a sociedade assiste a uma crescente restrição de recursos hídricos nas principais bacias brasileiras, fruto de condições hidrológicas, redundando em redução de disponibilidade de água para a operação do sistema hidrotérmico, mas, por outro lado, à exacerbação das mazelas estruturais do setor, que encarecem a energia elétrica para os lares e para a produção e comprometem a sustentabilidade social, econômica e ambiental da operação e da expansão do sistema elétrico e da comercialização de energia. Após mais de 10 anos de implantação do “Novo Modelo do Setor Elétrico” e diante do cenário de crise que se apresenta para a sociedade brasileira, impõe-se a necessidade de refletir sobre as causas e consequências da situação atual, os possíveis rumos e alternativas à manutenção do modelo setorial, ou a necessidade de sua superação.
Confira toda a programação a seguir:
9h - Abertura dos trabalhos
Ildo Luis Sauer, Diretor do IEE/USP
9h10 - Palestra de Abertura
Jose Goldemberg, IEE/USP
9h30 - Painel I - A Atual Crise do Setor Elétrico - Gênese e Mecanismos
9h30 - Mesa 1 - Antecedentes de uma Crise - das sucessivas reformas do modelo mercantil à Lei 12.783 de 2013
Moderação de Célio Bermann, IEE/USP
Palestrantes
Carlos Ribeiro, ABCE (Associação Brasileira de Companhias de Energia Elétrica)
Adilson de Oliveira, IE/UFRJ
Roberto Pereira D’Araújo, ILUMINA
11h10 - Mesa 2 - Dimensões da Crise - O custo da energia e a explosão das tarifas
Moderação de Francisco Anuatti Neto, FEARP/USP
Palestrantes
Tatiana Lauria, FIRJAN
Flávia Lefèvre, PROTESTE
Carlos Augusto Ramos Kirchner, Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo
12h40 - Intervalo do almoço
14h00 - Mesa 3 - Dimensões da Crise - A gestão de um sistema hidrotérmico em um modelo mercantil - papel e operação dos reservatórios do SIN e impactos sobre a expansão, a operação e a comercialização
Moderação de Eliane Fadigas, IEE e POLI/USP
Palestrantes
Dorel Ramos, POLI/USP
Renato Zambon, POLI/USP
Augusto Pereira, IAG/USP
15h40 - Painel II - O “Novo Modelo do SEtor Elétrico”- Perspectivas?
15h40 - Mesa 1 - Os Descaminhos do Modelo Setorial: questões e alternativas
Moderação de Roberto Zilles, IEE/USP
Palestrantes
Luiz Pinguelli Rosa, COPPE/UFRJ
Dorival Gonçalves Junior, UFMT
Ildo Luis Sauer, IEE/USP
17h30 - Encerramento
Fonte:
A participação da sociedade civil nos sistemas de comunicação e o papel da mídia pública foram temas de debate, nesta quinta-feira (26/3), na quarta edição do Fórum Mundial de Mídia Livre (FMML), na Universidade El Manar, em Túnis, capital da Tunísia. O encontro é um evento paralelo ao Fórum Social Mundial, que ocorre no mesmo local, até o dia 28 de março.
O jornalista e documentarista Stelios Kouloglou, membro do Parlamento Europeu pelo Syriza, partido de esquerda grego que obteve vitória nas eleições gerais em janeiro, disse que as emissoras de televisão e de rádio públicas gregas foram fechadas em 2013 pelo governo anterior sob a justificativa de corte de gastos. Segundo ele, o novo governo vai restaurar o sistema público de comunicação.
“Esta foi uma das promessas eleitorais do nosso governo. A sociedade grega reagiu fortemente ao fechamento porque a programação é independente e de alto nível de qualidade. Há uma tradição de independência da mídia pública em relação ao governo. Uma das formas de garantir a independência é mudar a forma de escolher a direção das empresas de comunicação pública estabelecendo um comitê com especialistas da área. Este comitê, independente do governo, é que vai escolher os dirigentes”, disse.
A jornalista e ativista da Ciranda Internacional da Comunicação Compartilhada, Rita Freire, que também é integrante da comissão organizadora do FMML, ressaltou que, entre os pontos da Carta Mundial da Mídia Livre aprovada no encontro, estão a importância de estabelecer sistemas de comunicação regulados para assegurar a liberdade de expressão e o papel das mídias públicas, além da busca por alternativas para que a sociedade civil e os movimentos sociais participem da construção dos sistemas públicos de comunicação. “Entendemos a mídia pública em sua autonomia como mídias livres do controle do governo e do mercado”.
O diretor-presidente da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Nelson Breve, ressaltou que a comunicação é um serviço público e precisa ser entendida como um bem público cuja regulação e fiscalização têm de ser feitas pela sociedade civil.
“A comunicação como um direito, e portanto, os meios de comunicação como bem público precisam ter o controle da sociedade na formulação, regulação e fiscalização. Se a sociedade civil não puder acompanhar de perto a formulação das políticas que têm a ver com a comunicação, a sua efetiva regulação e fiscalização, significa que ela não tem controle sobre os seus bens públicos de comunicação. Este é o direito que precisa ser afirmado”.
A representante dos trabalhadores no Conselho Curador da EBC, Eliane Gonçalves, lembrou que a Constituição Federal prevê a complementaridade dos sistemas público, estatal e privado, mas, segundo ela, essa situação ainda não ocorre no Brasil. “O setor privado tem que cumprir sua função pública que não vem sendo feita. Nesse sistema de complementaridade, o campo público é uma área sombreada porque não temos exatamente claro o que é esse campo público, qual a diferença dele em relação ao estatal”.
Nelson Breve foi perguntado, no debate, sobre o documento de análise da comunicação do governo divulgado pelo jornal O Estado de S. Paulo, cuja autoria foi atribuída à Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom). O texto faz uma avaliação da estratégia de comunicação, classificando-a de "errática". O documento lista erros na comunicação do governo após a reeleição da presidenta Dilma Rousseff e diz que os seus apoiadores estão levando uma "goleada" da oposição nas redes sociais.
O documento sugere alterações na comunicação do governo, colocando sob a mesma coordenação a Voz do Brasil, as páginas oficiais da internet e a Agência Brasil. Para Nelson Breve, houve uma certa confusão porque a lei que instituiu a EBC já prevê uma determinada independência para a empresa.
“Sei que o documento não foi negado pela Secom como sendo produzido pela Secom. Duvido que tenha sido produzido pelo ministro Thomas [ex-ministro Thomas Traumann]. Ele sabe muito bem a distinção que existe entre a Agência Brasil e determinados meios. Talvez tenha tido um lapso, pode ser Portal Brasil em vez de Agência Brasil ou não é no mesmo nível que se falava de Voz do Brasil ou NBR [canal de TV fechado]”.
Segundo ele, ainda é difícil explicar para a sociedade que a EBC trata tanto da comunicação pública quanto da comunicação de governo, por meio da Voz do Brasil e da NBR. “É muito difícil comunicar para a sociedade o que é público e o que é da sociedade, estando [a empresa] tão vinculada às ações da Presidência da República e da área de comunicação social da Presidência da República, que faz a comunicação de governo. É difícil fazer essa explicação. Estamos tentando há sete anos e não estamos tendo muito sucesso para fazer essa distinção”, constatou.
O presidente da EBC defendeu que a parte pública da empresa saia do âmbito da Secom e vá para o Ministério das Comunicações, onde, junto com outras empresas da área de comunicação, possa fazer uma articulação para atuar na regulação dos sistemas de comunicação. “Ou seja, mostrar que é possível fazer de um determinado jeito e depois, pelo exemplo, fazer com que as outras empresas sejam aderentes a esses princípios e passem a prestar um serviço efetivamente público”, disse. Ele ressaltou, no entanto, que não há ambiente político no momento para fazer essa mudança.
A EBC é uma empresa pública que tem sete emissoras de rádio (Nacional FM Brasília, Nacional Rio AM, Nacional Alto Solimões, Nacional Brasília AM, Nacional Amazônia, MEC FM – Rio, MEC AM - Rio), duas emissoras de televisão (TV Brasil e TV Brasil Internacional), duas agências de notícias (Agência Brasil e Radioagência Nacional) e o Portal EBC, que integra os conteúdos de todos os veículos.
A empresa é responsável ainda pela prestação de serviço, na área de comunicação, ao governo federal por meio da NBR, da Voz do Brasil e das mídias impressa e eletrônica.
Fonte: Agência Brasil
A apresentação do projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento” foi o principal tema da audiência entre o governador Marcelo Miranda, de Tocantins, e representantes nacionais e estaduais, do ramo da engenharia, no último dia 25, no Palácio Araguaia, em Palmas, em audiência solicitada pelos presidentes do Crea-TO, Marcelo Costa Maia, e do Sindicato dos Engenheiros, Arquitetos e Geólogos do Tocantins (Seageto), Antônio Ciro Bovo. Lançado pela Federação Nacional dos Engenheiros (FNE), em 2006, o projeto nasceu como uma contribuição da categoria para o desenvolvimento sustentável com inclusão social.
Foto: Lia Mara/Secom
Governador Marcelo Miranda recebe entidades representativas dos engenheiros
Durante o encontro, o presidente da FNE, Murilo Celso de Campos Pinheiro, entregou ao governador uma publicação que registra a história dos 50 anos da entidade. Agradecido, o governador ressaltou a importância e a missão da federação, do sindicato e do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea–TO). “São entidades muito importantes para o desenvolvimento ordenado do Estado, especialmente pelo papel de seus profissionais, de orientar e fiscalizar o exercício da profissão” destacou.
Edição Rosângela Ribeiro Gil
Imprensa SEESP
Com informações da Secretaria de Comunicação do Governo de Estado de Tocantins
À abertura do V Simpósio de Tecnologia e Desenvolvimento sustentável, nesta quarta-feira (25/3), na sede da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Tocantins, em Palmas, o presidente da Federação Nacional dos Engenheiros (FNE), Murilo Celso de Campos Pinheiro, ao ministrar a palestra “Cresce Brasil – Novos desafios 2015”, conclamou a unidade de todos em defesa do Brasil. “O momento em que vivemos é difícil, mas deve ser enfrentado com a unidade da engenharia. Precisamos ajudar o nosso país.” O evento também marcou os 25 anos do Sindicato dos Engenheiros, Arquitetos e Geólogos no Estado do Tocantins (Seageto) e a posse de Marcelo Costa Maia no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do estado (Crea-TO).
Foto: Divulgação
Pinheiro conclama união dos profissionais da engenharia
para ajudar o País a enfrentar desafios deste ano
Na programação desta quinta-feira (26), industrialização, conjuntura econômica e o futuro industrial de Tocantins serão os temas abordados na primeira etapa de palestras, na parte da manhã. O aproveitamento do cerrado com sustentabilidade e a questão do uso da água, poluição dos rios e saneamento básico serão abordados nas palestras da tarde.
Rosângela Ribeiro Gil
Imprensa SEESP
Em março último, a Federação Nacional dos Engenheiros (FNE) renovou seus representantes junto ao Conselho Gestor do Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social (CGFNHIS) - ligado ao Ministério das Cidades - com os profissionais José Ailton Ferreira Pacheco (do Senge-AL), titular, e Antonio Ciro Bovo (Seageto), suplente. O mandato é de dois anos. O FNHIS é um fundo contábil de habitação de interesse social com destinação específica, composto por uma série de receitas a ele vinculadas.
O CGFNHIS é a instância de gestão e monitoramento do fundo com a competência para estabelecer diretrizes e critérios de alocação dos recursos e benefícios; aprovar orçamentos e planos de aplicação de metas anuais e plurianuais.
Constituição do conselho
O conselho do FNHIS é constituído por integrantes do Conselho das Cidades, possibilitando uma gestão democrática e participativa com representação de diversos segmentos sociais. Na sua composição contará membros dos ministérios das áreas afins (Ministérios das Cidades e do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, dentre outros), por um representante da Caixa Econômica Federal, por representantes de entidades dos governos estaduais e municípios, da área dos movimentos populares, da área empresarial da área dos movimentos populares, da área empresarial, da área de trabalhadores , da área de organizações não-governamentais e da área profissional, acadêmica ou de pesquisa.
Rosângela Ribeiro Gil
Imprensa SEESP
O Centro de Treinamento PMS, localizado na cidade de Paulínia, realizará o Seminário “Prevenção e respostas a emergências com produtos inflamáveis”, no dia 27 de março, das 8 às 17h. O evento é direcionado a engenheiros e outros profissionais ligados a área e reunirá renomadas instituições públicas e privadas, com a participação de profissionais do ramo de emergências químicas. O conteúdo programático abrange a atualização de normais e procedimentos. O Centro de Treinamento PMS oferece 10% de desconto aos associados do SEESP. Mais informações pelo telefone (19) 3833-7400.
Imprensa SEESP
Com informação da Delegacia Sindical do SEESP em Campinas