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A alta comissária da ONU para os direitos humanos, Navi Pillay, destacou, na última segunda-feira (10/02), a necessidade de que um apelo pela igualdade de gêneros seja plenamente integrado à agenda de desenvolvimento pós-2015. “Acreditamos que deve haver uma meta ou metas separadas sobre igualdade e não discriminação que aborde todos os tipos de discriminação, incluindo discriminação baseada no sexo”, disse Pillay durante a abertura da 57ª Sessão do Comitê sobre a Convenção para a Eliminação da Discriminação contra as Mulheres (CEDAW), que será realizada até o dia 28 de fevereiro, em Genebra.


Foto: ONU Mulheres/Anindit Roy-Chowdhury
Igualdade GenerodentroMulher bengali de uma comunidade pesqueira no leste da Índia 


A chefe de direitos humanos da ONU também elogiou os 30 anos de atuação do Comitê em defesa dos direitos das mulheres. Uma nova agenda de desenvolvimento para as décadas após 2015 está sendo formulada pela ONU, expandindo os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) adotados por um comitê da Organização em 2000 para exterminar a fome e a pobreza, reduzir a mortalidade infantil e materna, combater doenças e garantir o acesso a serviços universais de educação e saúde até o final de 2015.

Saiba mais sobre a agenda pós-2015 em www.onu.org.br/especial/pos2015

 

Fonte: ONU Brasil








A região mais populosa da cidade de São Paulo, segundo o censo demográfico de 2010, é a zona leste que abriga quatro milhões de pessoas. Isso representa cerca de 40% dos habitantes da cidade. E é justamente nessa área em que há os maiores problemas como falta de equipamentos sociais e infraestrutura urbana, segundo uma pesquisa da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da USP. Por isso, um distrito da região, Cidade Tiradentes, foi escolhido como exemplo real para se aplicar uma metodologia que pretende trazer qualidade ao dia a dia dos moradores: a adoção de Planos de Bairro para replanejar áreas carentes da cidade.

O projeto alia reestruturação dos espaços urbanos em escala local e melhor utilização do transporte público, de acordo com as demandas socioeconômicas das pessoas do bairro. Essas ações regionais ajudariam corrigir as distorções do crescimento urbano que existe em São Paulo.

Segundo a autora da tese de doutorado “Planos Urbanos Locais: definição concreta para a mobilidade e qualidade ambiental urbanas”, Maria Elizabet Paez Rodriguez, para que os resultados da aplicação dessa metodologia sejam positivos, um dos pontos centrais é o investimento público e incentivos a empresas, indústrias não poluentes e estabelecimentos comerciais de médio porte para se instalarem nas regiões carentes e gerarem mais postos de trabalho ao morador local. Isso para melhorar um dos maiores problemas de São Paulo: a mobilidade urbana. Já que a maior parte da oferta de emprego está em áreas centrais da cidade e a maioria da população vive em regiões periféricas.

“Se o contingente de trabalhadores que se desloca diariamente por grandes distâncias para trabalhar ou estudar diminui, a superlotação do transporte público tende a cair também e outras pessoas podem aderir ao transporte público, diminuindo o número de automóveis nas vias de circulação de veículos. Passamos a um círculo virtuoso no qual todos ganham qualidade urbana e qualidade de vida com isso”, afirma Maria Elizabet.

A urbanista explica que o Plano de Bairro pode ser aplicado em qualquer parte de regiões metropolitanas do Brasil, mas no caso de São Paulo, o mais adequado é que se adotem primeiramente em regiões carentes. “O objetivo principal é devolver ou oferecer qualidade ambiental urbana, que envolve equipamentos públicos suficientes como escolas, postos de saúde, praças, parques, calçadas adequadas e acessibilidade, baixos níveis de poluição ambiental e ruas seguras que atraiam o morador para atividades ao ar livre opcionais e não somente para atividades obrigatórias, como sair à rua em direção ao trabalho ou à escola”.


 

Fonte: Agência USP de Notícias









A nova diretoria da Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Metrô (Aeamesp) foi empossada no dia 6 último, na sede do SEESP, em São Paulo, para o triênio 2014/2016. No discurso de posse, o presidente da entidade, Emiliano Stanislau Affonso Neto, destacou a importância dos sistemas sobre trilhos para dotar o País de meios de deslocamento mais capazes de impulsionar a economia, de reduzir o desperdício energético e garantir a sustentabilidade ambiental e o efetivo direito à cidadania.


Foto: Beatriz Arruda/SEESP
Aeamesp possedentro Diretoria da Aeamesp empossada para o mandato de 2014/2016


Segundo Neto, será um mandato de três anos que compreenderá período de alegrias e desafios. “As alegrias se referem à possibilidade de convívio com tantos e tantos companheiros e parceiros. Sobre os desafios, é preciso ressaltar que foram eles que levaram a criar a Aeamesp. Eles nos instigaram a construir uma entidade sempre atenta ao desenvolvimento profissional e tecnológico em nosso setor e às necessidades da nossa sociedade.”

Para ele, a experiência dos profissionais, adquirida originalmente nas escolas, foi sendo temperada na atuação quotidiana no planejamento, implantação, operação e manutenção dos mais complexos e precisos meios de transporte urbano, solução efetiva para garantir a mobilidade nos grandes centros. “Devemos nos orgulhar dessa nossa condição e trabalhar para que nosso País efetive os projetos de transporte sobre trilhos”, defendeu.

Neto refere-se às ligações urbanas e metropolitanas sobre trilhos e também ao transporte ferroviário de longo percurso, alternativas capazes de consolidar a indústria em nosso setor, e fazer avançar as profissões técnicas e o domínio que temos sobre as tecnologias novas e tradicionais nesse campo. “Trabalhamos com a certeza de que os sistemas sobre trilhos sejam eles de média ou grande capacidade, dotarão o País de meios de deslocamento mais capazes de impulsionar a economia, de reduzir o desperdício energético e garantir a sustentabilidade ambiental e o efetivo direito à cidadania”, ressaltou.

Empossados
Diretoria Executiva: Emiliano S. Affonso Neto, Presidente; Ayres Rodrigues Gonçalves Vice-presidente de Administração e Finanças; Arnaldo Pinto Coelho, Vice-presidente de Atividades Técnicas; Carlos Augusto Rossi, Vice-presidente de Assuntos Associativos; Agostinho Minicuci Junior, 1º Diretor Tesoureiro; Antônio Luciano Videira Costa, 2º Diretor Tesoureiro; Maria Toshiko Yamawaki, 1º Diretor Secretário; Luiz Antônio Cortez Ferreira, 2º Diretor Secretário.

Conselho Deliberativo: Plínio Assmann, Manoel Santiago da Silva Leite, Mohamed Choucair, Mara Silvana Siqueira, Fabio Tadeu Alves, Odécio Braga de Louredo Filho, Antônio Fioravanti, Pedro Armante C. Machado, Valter Belapetravicius, Rolando José Santoro Netto, Thais S. Ambrósio G. Herani, Sidiney Assis da Silva Junior.

Conselho Fiscal: Iria A. Hissnauer Assef, Antônio Marcio Barros Silva e Luiz Eduardo Argenton.


Imprensa - SEESP








 

Os novos programas de televisão do SEESP, o Jornal do Engenheiro (JE), que vão ao ar a partir desta segunda-feira (10/02), voltam com temas atuais e interessantes. O presidente do sindicato, Murilo Celso de Campos Pinheiro, fala sobre o início do ano de luta dos trabalhadores brasileiros com o ato do dia 9 de abril. Na pauta trabalhista, ressalta Pinheiro, bandeiras como a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, o fim do fator previdenciário, assim como a reivindicação de mais recursos públicos para as áreas de saúde e educação.

A entrevista especial traz um assunto que está na vida de boa parte da sociedade, a internet. A professora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Andréa Jotta, vai falar sobre os perigos da superexposição na rede mundial de computadores, mas também sobre os benefícios sociais que a web trouxe para a vida moderna.

A reportagem da semana é sobre o aquecimento da engenharia civil no Brasil por conta, principalmente, das obras de infraestrutura que se realizam no país. A coordenadora da área, na Universidade Presbiteriana Mackenzie, Magda Aparecida Salgueiro Duro, acredita que o setor tem um futuro promissor para os jovens que optarem pela profissão. Todavia, o professor Alexandre Tomazeli, também da instituição, alerta para as patologias das construções. Para ele, nenhuma obra deve prescindir do atendimento rigoroso de normas técnicas e do que está nos projetos. “Infelizmente, o que vemos hoje, nas obras que estão em construção ainda, são problemas e falhas por conta do desprezo ao projeto, troca de material mais barato, mas com qualidade duvidosa, e falta de manutenção preventiva”, destaca.

Tudo isso e muito mais você confere no JE na TV que é exibido às segundas-feiras, às 19h30, na capital paulista, nos canais 9 (NET), 72 (TVA) e 186 (TVA Digital) ou pela internet (neste link) no mesmo dia e horário. O programa é transmitido para mais 40 municípios paulistas e de outros estados conforme grade variada, confira aqui.


 

Rosângela Ribeiro Gil
Imprensa – SEESP









Uma pesquisa científica vai avaliar os impactos sociais e ambientais da construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, próxima à cidade de Altamira, no Pará.  Intitulado “Processos sociais e ambientais que acompanham a construção da hidroelétrica de Belo Monte, Altamira, PA”, o trabalho tem apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa de São Paulo (Fapesp) por meio do São Paulo Excellence Chair (SPEC), que visa propiciar a vinda ao Brasil de pesquisadores de primeira linha do exterior para criar núcleos de pesquisa em universidades paulistas.

A pesquisa é liderada pelo cubano Emilio Federico Moran, professor da Michigan State University, nos Estados Unidos, agora vinculado ao Núcleo de Estudos Ambientais (Nepam) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Com uma longa experiência no Brasil, resultante de quatro décadas de pesquisa sobre as transformações em curso no setor rural brasileiro, em especial na Amazônia, Moran coordena uma equipe multidisciplinar de pesquisadores, de várias universidades brasileiras, centralizada pelo Nepam.

O trabalho de campo está em fase inicial de implantação em Altamira. A pesquisa deverá se estender até agosto de 2018. Participam da equipe cientistas da Universidade Federal de Santa Catarina, da Universidade Federal do Pará e da Universidade Estadual do Pará.

“Tenho feito estudos na área desde os anos 1970, quando, para realizar minha pesquisa de doutorado, visitei a região pela primeira vez. No setor rural, parece que temos duas possibilidades. Pode ser que o crescimento da população urbana em função da hidrelétrica, fazendo aumentar a demanda de alimentos, promova uma intensificação agrícola na região. Mas pode ser também que as obras atraiam trabalhadores do campo, levando a um enfraquecimento da agricultura familiar por falta de mão de obra no setor agrícola. As primeiras observações apontam nesse sentido, mas estamos só começando os estudos”, disse.

Uma terceira linha de pesquisa vai acompanhar a população ribeirinha. Um contingente de 20 mil pessoas deverá ser reassentado em razão da barragem. “Vamos acompanhar de perto essa população nativa, que será a mais diretamente afetada. Porque os indígenas conseguiram que a companhia mudasse o plano da barragem, de forma a não terem efeitos diretos. Terão, sim, efeitos indiretos. Já os ribeirinhos vivenciarão um reassentamento enorme: muitos povoados ribeirinhos vão ter de mudar e, de fato, vários já estão sendo removidos na área”, disse Moran.

Segundo o pesquisador, o termo “ribeirinho” pode se aplicar também a uma parte da população urbana, uma vez que há bairros constituídos por palafitas, na beira do rio Xingu, que serão alagados com a construção da barragem. Esses bairros são habitados por ribeirinhos que estão em processo de transição de uma existência isolada no meio do mato para uma vida com acesso a saúde, educação e outros serviços disponíveis na área urbana.

Uma das ocupações da equipe do projeto de pesquisa, em seus primeiros meses de atividade, será fazer um estudo exaustivo da literatura internacional sobre impactos socioambientais de hidrelétricas. Há obras de grande porte na China, na Índia, no Laos e em outros países emergentes que podem servir de parâmetro para o estudo de Belo Monte.

“A população de Altamira dobrou nos últimos dois anos. Já alcançou 150 mil pessoas. E vários preparativos para receber essa população foram prometidos, mas não realizados a tempo”, comentou. “De modo que Altamira está agora com sua capacidade esgotada em termos de leitos hospitalares, vagas escolares, efetivos de segurança etc., criando-se uma situação caótica para todos na cidade.”


* da Agência Fapesp - por José Tadeu Arantes








Nesta segunda-feira (10/02), ocorre a 1ª Reunião Ministerial sobre Ciência, Tecnologia e Inovação dos Brics – bloco formado pelo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul –, na cidade do Cabo, na África do Sul. O objetivo do encontro é promover o intercâmbio de melhores práticas em ciência, tecnologia e inovação (CT&I), além de negociar um memorando de entendimento para fortalecer a cooperação entre os países.

A ideia é que o documento sirva como base para o enfrentamento dos desafios socioeconômicos globais e regionais comuns, por meio da geração de novos conhecimentos e produtos inovadores, serviços e processos e instrumentos de investimento, além da promoção de parcerias estratégicas com outros atores no mundo em desenvolvimento.

Também está prevista a assinatura de uma declaração ministerial, que deverá contemplar os princípios norteadores da cooperação no âmbito do grupo.

Na terça-feira (11), os ministros visitam o local de construção do radiotelescópio Square Kilometer Array (SKA), que será o maior telescópio do mundo, capaz de captar ondas de rádio. A previsão é que o equipamento fique pronto em 2024.

Proposta
O ministro brasileiro da área, Marco Antonio Raupp, leva à reunião a proposta brasileira de eleger duas frentes para o futuro próximo: a expansão dos acordos bilaterais vigentes para outras nações do bloco e o compartilhamento de laboratórios de excelência em áreas prioritárias. Neste ano, o país reassume a presidência rotativa do Brics e, consequentemente, do grupo de CT&I.

A agenda foi precedida por três encontros preparatórios de altos funcionários, que definiram um tema para cada nação. O Brasil está responsável pela temática “Mitigação dos efeitos de desastres naturais”. O assunto será abordado em seminário internacional, a ser realizado em maio, em Brasília.

 

Com informação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).










O governo federal, em parceria com estados e municípios, investirá R$ 143 bilhões em mobilidade urbana, segundo anúncio feito pela presidente Dilma Rousseff, nesta segunda-feira (10/02). A prioridade será o transporte sobre trilhos com R$ 33 bilhões só do governo federal para construir metrôs em nove cidades brasileiras. "Nosso objetivo é ampliar e acelerar as obras, que vão tornar o transporte coletivo mais confortável, rápido e muito mais seguro e com um preço bem acessível".

Dilma informou, ainda, que o investimento contempla mais de 3,5 mil quilômetros em obras de transporte coletivo, que incluem metrôs, trens urbanos, monotrilhos, veículos leves sobre trilhos (VLTs), além dos corredores de ônibus. “Começamos com R$ 93 bilhões e fomos aumentando os recursos em mais de R$ 50 bilhões, a partir do Pacto da Mobilidade Urbana que eu anunciei em junho do ano passado. Vamos diminuir o tempo que as pessoas perdem no trânsito e devolvemos a cada uma delas um tempo precioso de vida.”

Ainda de acordo com a presidente, a modalidade sobre trilhos é um transporte de alta capacidade. “E, ao mesmo tempo, garante o deslocamento dos passageiros de forma muito mais rápida e segura. Não há interrupção pelo trânsito, por exemplo. É um transporte direto. Quanto maior a cidade ou quanto maior a região metropolitana, mais o transporte sobre trilho é importante.”

Dilma destacou que foram construídos ou estão em implantação em seu governo metrôs em nove cidades brasileiras: São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Recife, Fortaleza, Brasília, Curitiba, Porto Alegre e Belo Horizonte. “Só para fazer o metrô, o governo federal está colocando R$ 33 bilhões em investimentos. Outros R$ 15,5 bilhões são a contrapartida dos estados e municípios. E, além desses recursos, as empresas privadas também participam dos investimentos.”

O prazo de financiamento das obras de transporte coletivo é 30 anos, com juros de 5,5% ao ano. Estados e municípios têm quatro anos de carência, ou seja, só começam a pagar quatro anos depois.

 

Com informação da Agência Brasil.


* Foto da home do Metrô Rio









A Confederação Nacional da Indústria (CNI) conseguiu reunir em Brasília, durante dois dias, as 27 federações estaduais e 70 associações setoriais da indústria para discutir a pauta legislativa dos empresários em 2014: querem, por exemplo, o fim do adicional de 10% do FGTS (que está sob veto presidencial) e a “regulamentação” da terceirização (o PL 4.330, que está na Câmara) e não querem a adoção da Convenção 158 da OIT (que proíbe a dispensa imotivada).

Os métodos de trabalho da CNI para implementar sua pauta legislativa são o lobby, o corpo a corpo com os deputados e senadores (principalmente em ano eleitoral que encarece as campanhas) e o assédio de seus assessores de imprensa para divulgar, com simpatia, suas proposições na mídia (mas nem sempre com sucesso).

Também as centrais sindicais têm se reunido para estabelecer sua pauta – a pauta trabalhista unitária – e organizar as manifestações favoráveis a ela.

São muito claras as diferenças entre as duas pautas e as formas de luta adotadas pelos patrões e pelos trabalhadores. Além do caráter industrial da pauta da CNI, contraposto a unidade de propósitos de todos os trabalhadores expressa na pauta das centrais ressalto outra diferença que me parece essencial: enquanto a pauta da CNI é corporativa ao extremo, egoísta em seus propósitos e “industrialista contra os trabalhadores” sem aflorar os verdadeiros problemas da indústria, a pauta sindical dos trabalhadores é toda ela voltada ao progresso social, ao desenvolvimento com distribuição de renda, ao crescimento da produtividade por melhoria dos fatores e procura enfrentar, com radicalidade, a própria questão industrial.

Em cada um dos principais temas há uma preocupação trabalhista em fazer avanças os direitos, evitar regressões, melhorar o ambiente de trabalho, diminuir os juros, garantir emprego, conquistar ganhos reais de salários e aumentar a qualificação dos trabalhadores.

Levando-se em conta o “apertado” do ano de 2014 (com Copa do Mundo e eleições gerais) sugiro que concentremos nossos empenhos na exigência de manutenção da política de ganhos reais para o salário mínimo e na correção da tabela do imposto de renda. Por que a correção de 4,5% no centro da meta inflacionária se o governo tem tolerado uma inflação que alcança sistematicamente o teto da meta?

Queremos discutir seriamente e no devido tempo a regulamentação da terceirização sem a faca no pescoço do PL 4.330 e garantir, com negociações locais, as reduções de jornadas setoriais e gradativas, o que seria um avanço.

Não podemos abrir mão de combater a rotatividade e exigir que, assim como tem despencado a informalidade, também diminua a frenética dança dos postos de trabalho que prejudica os trabalhadores e entrava o progresso.


* por João Guilherme Vargas Netto, membro do corpo técnico do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) e consultor sindical de diversas entidades de trabalhadores em São Paulo










O Comitê das Nações Unidas para os Direitos das Crianças relatou, no dia 5 último, em Genebra, na Suíça, as realizações e desafios na proteção dos direitos das crianças na Alemanha, Congo, Iêmen, Portugal, Rússia e Santa Sé (Vaticano).

Sobre a Alemanha, o Comitê destacou como preocupante os números significativos de meninas vivendo afetadas pela mutilação genital ou que sofrem o risco de serem temporariamente enviadas para seus países de origem para a realização desta prática. Além disso, também foram destacados a não existência de um órgão federal no país para coordenar a implementação da Convenção sobre os Direitos da Criança e o fato de o governo não ter fornecido ao Instituto Alemão de Direitos Humanos um mandato para monitorar a implementação do tratado ou receber reclamações individuais de crianças.

A respeito do Congo, as discussões foram consideradas “muito construtivas” e se concentraram na discriminação, particularmente a que sofrem meninas, crianças indígenas e crianças afetadas pelo albinismo. O Comitê também abordou temas como violência contra crianças, incluindo punições corporais, exploração, violência sexual e abandono. As melhorias na assistência médica do país foram elogiadas, porém suas instalações foram consideradas mal equipadas e com equipe reduzida.

A baixa idade para responsabilização criminal e a aplicação da pena de morte para crianças foram consideradas preocupações no Iêmen. O Estado é um dos cinco países do mundo que aplicam essa penalidade para pessoas com menos de 18 anos. Além disso, a situação das crianças que são recrutadas para os conflitos armados, o alto número de casamentos infantis e o impacto negativo dessa prática sobre as meninas também foram alvo das discussões.

Em relação a Portugal, o Comitê também considerou como “muito construtivas” as discussões sobre os impactos negativos da crise econômica e os cortes em muitos dos programas e políticas do governo, o que teve consequências para as famílias e para o investimento público social. A redução nos benefícios sociais afetou cerca de meio milhão de crianças no país. Com isso, elas correm o risco crescente de sucumbir à pobreza, não ter acesso aos serviços apropriados e não desfrutar os direitos descritos na Convenção.

Dentre as preocupações do Comitê em relação à Rússia estão leis que têm impacto sobre as crianças, como um ato de 2012 que impede a adoção de crianças russas pelos cidadãos dos Estados Unidos e que, segundo a especialista Maria Herczog, priva muitas crianças da possibilidade de adoção e da oportunidade de viver em um ambiente familiar.

Outras preocupações sobre a Rússia incluem a discriminação contra crianças de famílias LGBT, ciganas ou de trabalhadores migrantes; punições corporais e abusos, incluindo abusos sexuais em orfanatos; o diagnóstico “excessivo” de crianças com doenças psiquiátricas; a detenção ilegal e a educação militar compulsória para meninos com 15 anos nas principais escolas, envolvendo treinamento com armas de fogo.

Sobre a Santa Sé, a presidente do Comitê, Kirsten Sandberg, observou que ao ratificar a Convenção e o Protocolo Opcional, a Santa Sé se comprometeu a implementar os tratados não apenas no território no Estado da Cidade do Vaticano, mas também como o poder supremo da Igreja Católica por meio de pessoas e instituições sob sua autoridade.

O Comitê expressou preocupação com as declarações da Santa Sé sobre homossexualidade, que podem ter contribuído para a estigmatização social e violência contra adolescentes lésbicas, gays, bissexuais e transexuais (LGBT) e crianças criadas por casais do mesmo sexo. O Comitê se disse preocupado também com as denúncias do envolvimento de clérigos em abusos sexuais contra crianças em todo o mundo, considerando que as práticas e políticas adotadas pelo Vaticano contribuíram para a continuidade do abuso e a impunidade dos responsáveis.

 

Informações da ONU Brasil.









A cidade de Bogotá, na Colômbia, dá mais um passo para a mobilidade urbana sustentável. Segundo reportagem do site CicloVivo, a partir desta quinta-feira (6/02), os carros, na capital colombiana, deverão dar lugar às bicicletas, estendendo o já tradicional “Dia sem Carro” para uma semana inteira. A ideia foi organizada pelo Mejor en Bici e ganhou apoio de algumas empresas.

No Brasil, o “Dia sem Carro” acontece em setembro e poucas pessoas realmente deixam o automóvel na garagem. Já em Bogotá, o evento acontece em fevereiro e o número de pessoas que aderem ao movimento é grande, por isso estender a iniciativa por mais dias pode dar certo. Segundo um jornal local, o “Las 2 Orillas”, sete empresas se manifestaram a favor.

Os funcionários de tais companhias vão utilizar a bicicleta durante cinco dias para fazer o trajeto casa-trabalho. Para ajudar os que não estão acostumados a utilizar a bicicleta como meio de transporte, o Mejor en Bici desenhou três grandes rotas com estrutura de segurança e assistência - para o caso de ocorrer algum acidente.

A organização Mejor en Bici surgiu em 2009, com apoio da British Council (uma instituição pública do Reino Unido). De acordo com o grupo, em Bogotá, a população gasta em média 22 dias por ano no trânsito. A solução, segundo eles, é optar pela bike: redução de tempo, de emissões de CO2 e de estresse, além de melhora na saúde.

Os colombianos que estiverem interessados em já adotar um novo estilo de vida terão 376 quilômetros da rede de ciclorrotas e ciclovias, que serão habilitados para o evento. Os percursos conectam diversas regiões da cidade. O projeto é direcionado, especialmente, aos “leigos” nas pedaladas no centro urbano.










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