O meio científico precisa fazer um esforço para que a pesquisa científica atravesse os muros de universidades e institutos especializados e seja levada ao grande público. Esse é um desafio enfrentado tanto em países líderes em pesquisa científica, como a Alemanha, quanto em emergentes, como o Brasil, que têm procurado ampliar suas fronteiras nas áreas do conhecimento. Tal esforço pode ser canalizado para os diferentes meios de divulgação, como revistas especializadas, livros, sites, redes sociais, exposições, manifestações artísticas e culturais.
Essa foi a chave do debate “Divulgação científica no Brasil e na Alemanha”, realizado, nesta terça-feira (28/01), em São Paulo. Promovido pelo Centro Alemão de Ciência e Inovação São Paulo (DWIH-SP) e pela Sociedade Max Planck – instituto de pesquisa da Alemanha -, em parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Informação (MCTI), a discussão marcou o início de uma série de palestras com temáticas científicas que integram a temporada Alemanha + Brasil (2013-2014) e acontecem até meados de fevereiro na capital paulista.
Nas discussões, os pesquisadores Peter Steiner, da Sociedade Max Planck, Ildeu Moreira, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e Glória Queiroz, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), mediados pelo diretor de Popularização e Difusão da Ciência e Tecnologia do MCTI, Douglas Falcão, aprofundaram o conceito de divulgação científica para além dos círculos especializados da academia. Moreira sintetizou essa reflexão ao mencionar um escrito de 1924, de Albert Einstein, em um jornal berlinense, no qual o físico alemão dizia que a “ciência é uma substância essencial e deve ser fornecida a todas as partes da sociedade”.
Interesse por ciência
Segundo uma pesquisa apresentada por Moreira, 30% da população brasileira é muito interessada em ciência e tecnologia (C&T); 35% é interessada; 20% possui pouco interesse; e 15% não tem. Na opinião do professor, é um índice alto de interesse, pouco abaixo do demonstrado no tema esportes, pelo qual 36% dos brasileiros se declaram muito interessados; 26% possuem interesse; 21%, pouco interesse; e 17% dizem não ter interesse.
Um dos problemas, diz o pesquisador, está no abismo entre o interesse e a absorção das informações sobre C&T. Pelos dados de Moreira, uma média de 10% dos brasileiros têm acesso à C&T, por meio de publicações especializadas.
Segundo a mesma pesquisa, se a frequência nos museus dobrou entre 2006 e 2010, passando de 4% para 8,3%, “ainda está muito abaixo das médias europeias”. “O nosso grande desafio é atingir setores mais amplos e pobres da população, que estão nas periferias dos grandes centros”.
Ele citou como exemplo para a difusão de C&T a inauguração de museus em diferentes regiões do país, como na Amazônia, Duque de Caxias (RJ), Aracaju, João Pessoa, em Minas Gerais e no Rio Grande do Sul. Também comentou sobre a Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep), que teve início em 2005 e “começam a ter um impacto sobre o ensino da disciplina no país”.
Steiner disse que a disseminação de C&T ao público leigo é um desafio também para Alemanha e ressaltou que existe uma “contraposição entre a comunidade científica que circula em volta de si mesmo, se confronta com a opinião pública e não consegue se comunicar corretamente”.
Para efetuar essa comunicação, o pesquisador defende atuação em duas frentes: divulgação de artigos nos meios de comunicação e por meio de publicidade, o que inclui exposições e iniciativas como os barcos que transportam informações científicas pelos canais alemães.
Fonte: MCTI
Estão reabertas, até 5 de fevereiro, as inscrições para o concurso da Faculdade de Tecnologia de São Paulo (Fatec) que visa preencher uma vaga de professor assistente na área de Engenharia Elétrica. O docente selecionado será contratado por tempo indeterminado, sob regime da CLT e com valor de hora/aula de R$ 26,66. A atribuição da carga horária será de nove horas/aula semanais, sendo seis em sala de aula e três para atividades extraclasse.
O professor ministrará a disciplina “Dispositivos semicondutores” e deve possuir graduação e/ou pós-graduação nessa área. Entre os assuntos relacionados ao programa estão: materiais semicondutores intrínsecos e extrínsecos, efeitos da temperatura e luz na geração de portadores livres e transistor bipolar de junção e suas curvas características.
Os candidatos serão submetidos a exames de conhecimento específico, didático e de memorial circunstanciado e deverão atender a convocação, comparecendo ao local da prova pelo menos 15 minutos antes do horário marcado.
O candidato aprovado será classificado de acordo com a avaliação individual, pela média aritmética simples (média final) das notas a ele atribuídas no conjunto dos exames, consideradas até duas casas decimais.
As inscrições podem ser feitas na Assistência Técnica para Assuntos Docentes da Fatec, que fica na Avenida Tiradentes, 615, em São Paulo.
Engenharia de Materiais
Outro concurso que está com inscrições abertas até 11 de fevereiro é o de professor assistente por tempo determinado. A vaga é para atuar na área de Engenharia de Materiais e Metalúrgica, do curso de Mecânica de Precisão, lecionando a disciplina Materiais de Construção III. O processo seletivo respeita as mesmas condições do concurso para a área de Engenharia Elétrica.
Fonte: Agência Fapesp
Dez centrais sindicais realizam, no próximo dia 1º, o Ato Sindical Unitário ‘Unidos, Jamais Vencidos’ que homenageará trabalhadores e sindicalistas dos municípios da Grande São Paulo que sofreram perseguição e repressão do regime militar e das empresas no período da ditadura militar de 1964. Mais de 400 trabalhadores e sindicalistas perseguidos serão homenageados.
O evento será realizado a partir das 13h no Teatro Cacilda Becker, em São Bernardo do Campo (SP). O ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva deverá estar presente. A atividade terá também a presença de Rosa Cardoso, membro da Comissão Nacional da Verdade (CNV) e coordenadora do Grupo de Trabalho (GT) dos Trabalhadores.
A atividade integra ações do Coletivo Sindical do Grupo de Trabalho ‘Ditadura e Repressão aos Trabalhadores e ao Movimento Sindical’, da CNV, e vem reunindo testemunhos de violências e perseguições a sindicalistas e trabalhadores durante a ditadura.
O evento também pretende estimular a realização de atos que relembrem os fatos históricos daquele período, em especial, as intervenções nos sindicatos e perseguições aos trabalhadores. Os homenageados receberão um diploma de reconhecimento por suas ações na luta democrática e os que foram assassinados por agentes do Estado naquele período serão homenageados “in memoriam”. O Ato Sindical Unitário tem ainda o objetivo de lembrar os 50 anos de instauração da ditadura civil militar no Brasil.
As prefeituras da Região Metropolitana de São Paulo arrecadaram R$ 79,6 milhões com o ISS-QN (Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza) incidente sobre as tarifas de pedágio das estradas do Programa de Concessão Rodoviárias do Estado de São Paulo em 2013. O total arrecadado no ano passado pelos 256 municípios cortados pelos 6,3 mil quilômetros de rodovias concedidas foi de R$ 417,4 milhões. O repasse é feito proporcionalmente à extensão das rodovias que atravessam o município, e a alíquota que incide sobre a tarifa é definida por legislação municipal.
Na RMSP foram beneficiados 23 municípios, sendo que o que mais teve arrecadação com o ISS-QN dos pedágios foi São Bernardo do Campo, que recebeu R$ 18,4 milhões, seguido de São Paulo (R$ 16,1 milhões) e de Barueri (R$ 8 milhões). A receita compõe parte significativa dos orçamentos de algumas prefeituras, especialmente em cidades onde há poucos serviços tributados. A aplicação da verba proveniente do ISS é decidida por cada prefeitura, podendo ser empenhada em áreas como educação, transporte, segurança, saúde, ou qualquer outra definida pela demanda municipal.
Em 2013, a arrecadação das prefeituras com o ISS-QN sobre a tarifa de pedágios foi 10% maior que no ano anterior, quando os repasses somaram R$ 379,9 milhões. O imposto passou a ser cobrado em 2000 e, desde então, já foram repassados para os municípios beneficiados R$ 2,6 bilhões. Na Região Metropolitana de São Paulo, o montante desde que o imposto passou a vigorar é de R$ 527,1 milhões.
Informação da Agência dos Transportes do Estado de São Paulo (Artesp)
A Câmara dos Deputados analisa o Projeto de Lei 5729/13, da deputada Rosane Ferreira (PV-PR), que concede adicional de periculosidade aos profissionais que trabalham com raios X e outros exames de imagem e tratamentos de saúde que expõem trabalhadores a radioatividade ionizante.
Radiações podem ser usadas para pesquisa, diagnóstico e tratamento na medicina. Um dos usos mais comuns, para diagnóstico é o raios X. Para tratamento, o principal destaque é o uso da radioterapia para combate ao câncer.
A radiação ionizante pode danificar células e afetar o material genético (DNA), causando doenças graves, como câncer, e levar até a morte.
Atualmente, a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT, Decreto-lei 5.452/43) concede o adicional para o trabalhador exposto a inflamáveis, explosivos ou energia elétrica, além de roubos ou outras espécies de violência física nas atividades profissionais. Os operadores de raios X já recebem adicional de insalubridade, de acordo com a legislação trabalhista.
Norma revogada
A deputada lembrou que uma portaria de 1987 do Ministério do Trabalho já classificava a radiação ionizante como atividade de risco em potencial, mas a medida foi revogada em 2002 por não ter respaldo na CLT.
“Não podemos permitir que, por ausência de uma referência expressa na CLT, os trabalhadores expostos à radiação ionizante continuem trabalhando em condições de elevado risco”, disse Rosane Ferreira. Segundo ela, como a tecnologia atual não é capaz de eliminar o perigo da radiação, “o mínimo que a legislação trabalhista pode fazer” é assegurar o adicional de periculosidade.
Benefício
Para o advogado Mário Rocha, especializado em direito do Trabalho, a proposta vai disciplinar com mais clareza esse adicional. Ele explicou que hoje o enquadramento oscila entre insalubridade e periculosidade. "O tratamento como periculosidade é mais favorável para o trabalhador porque o adicional de insalubridade tem como base o salário mínimo e o de periculosidade tem como base o salário base do trabalhador."
Fonte: Agência Câmara de Notícias
Os jovens que participam do movimento sindical - e mesmo alguns veteranos - precisam ficar sabendo de como foi dura a luta durante a ditadura, cheia de armadilhas e desafios.
Depois da enfurecida repressão que marcou indelevelmente o caráter antissindical do golpe, com assassinatos, prisões, intervenções e toda a brutalidade policial contra dirigentes e trabalhadores, a ditadura editou a famigerada Portaria 40, de 21 de janeiro de 1965, regulamentando as eleições sindicais.
A Portaria 40 representou, para o movimento sindical, o que o AI-5, de 1968, representou para a sociedade e o mundo político: a ditadura escancarada.
O ritual para as eleições foi estritamente regulamentado, exigindo, por exemplo, declarações de próprio punho dos concorrentes comprometendo-se à fiel observância da Constituição e das leis e o compromisso de "respeitar as autoridades constituídas e acatar as decisões delas emanadas".
As Delegacias Regionais do Trabalho controlavam todas as etapas das eleições com a ajuda permanente das forças policiais repressivas.
As chapas que porventura se constituíssem deveriam adotar cores com a seguinte ordem preferencial: chapa n° 1-azul, chapa n° 2-verde, chapa n°3-amarela, chapa n° 4-alaranjada e chapa n° 5-vermelha (os nomes das chapas não eram "recomendados").
Como, em geral, enfrentavam-se duas chapas, as cores mais utilizadas eram o azul (situação) e o verde (oposição). As cores, amarela, da traição, segundo simbolismo secular do movimento sindical e vermelha, do comunismo, eram obviamente evitadas.
Ainda se espera de algum pesquisador acadêmico bem informado um estudo sobre esta obrigação cromática, as estratégias decorrentes aplicadas nas eleições pelas chapas coloridas e os códigos subjacentes.
O peso repressivo desta portaria vigeu durante toda a ditadura e mesmo até a Constituição de 1988 (com relativos abrandamentos circunstanciais como a suspensão da exigência de folha corrida e do atestado de direitos políticos), mas apimentado pela utilização corriqueira de "listas negras", de corrupção, de fraude e de roubo de votos.
Foi duro votar e ser votado nos Sindicatos durante a ditadura.
* por João Guilherme Vargas Netto, consultor sindical
Uma parceria do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) com a Cooperativa das Indústrias Cerâmicas do Oeste Paulista (Incoesp) está desenvolvendo um projeto de pesquisa para viabilizar o uso dos resíduos de cerâmica vermelha (RCV) gerados durante a queima dos produtos, tais como blocos, telhas e lajotas. Atualmente, os cacos cerâmicos constituem perdas do processo produtivo e são, usualmente, descartados.
A pesquisa está dividida em três fases e tem como objetivo a caracterização e estudo de aproveitamento dos resíduos gerados no polo cerâmico do Oeste Paulista. O projeto é financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, o CNPq, e deve ser finalizado até outubro deste ano.
O Brasil produz 130 milhões de toneladas de cerâmica vermelha anualmente; só no Estado de São Paulo, são 16 milhões de peças e 32 milhões de toneladas de cerâmica. Centralizado nas cidades de Panorama e Paulicéia, o polo reúne mais de 100 cerâmicas, em sua maioria micro e pequenas empresas, e possui uma produção anual de cerca um milhão de toneladas.
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Deste total, 5%, ou seja, 50 mil toneladas, viram resíduos que, na maioria das vezes, são descartados ou, eventualmente, utilizados como cascalhos em estradas ou pátios das próprias cerâmicas.
Esse polo foi escolhido para a realização dos estudos por abranger uma das aglomerações produtivas de base mineral reconhecidas pelos governos paulista e federal como sendo um arranjo produtivo mineral (APL), pela concentração de empresas e elevada produção cerâmica, e por dispor de uma gestão bem estruturada representada pela Incoesp.
A primeira fase realizada no ano passado consistiu no levantamento de informações básicas do setor na região, como volume da produção e de resíduos gerados, características técnicas do processo produtivo, bem como a coleta de amostras para análises e ensaios nos laboratórios do IPT.
Na segunda fase será realizada a caracterização físico-química e tecnológica dos cacos cerâmicos, orientada basicamente para duas aplicações: como matéria-prima (chamote) retornando à massa cerâmica (estabelecendo o tipo de moagem e a proporção em que podem ser usados), e como aditivo mineral ativo, de ação pozolânica, em argamassas e artefatos de cimento.
A última etapa consiste na elaboração de um projeto conceitual de uma planta de produção de RCV, abrangendo as etapas de processamento, recepção, homogeneização, estocagem, cominuição (fragmentação), separação granulométrica e estocagem.
Entre os benefícios do aproveitamento do RCV, destaca-se a perspectiva de ganho econômico pelos ceramistas, a partir da substituição de parte das matérias-primas minerais empregadas e pela possibilidade de agregação de um novo negócio, a partir da produção de materiais cimentícios. Outros benefícios importantes referem-se à minimização na geração de passivos ambientais, pela diminuição de áreas de descarte do RCV, bem como a redução no consumo de matérias-primas minerais, prolongando a vida útil das reservas de argila na região. Outro ganho a ser destacado é na própria fabricação dos produtos, pois a adição de cacos devidamente processados possibilita a produção de cimento de baixo impacto ambiental, com menor emissão de gás carbônico.
Duas unidades técnicas do Instituto participam do projeto, a Seção de Recursos Minerais e Tecnologia Cerâmica e o Laboratório de Materiais de Construção Civil. Existem estudos similares no Brasil, mas segundo o pesquisador Marsis Cabral Junior “o diferencial da pesquisa do IPT é que, além da caracterização tecnológica dos resíduos em duas vertentes de aplicação, os estudos abrangem a formatação de uma unidade industrial de processamento de RCV, o que amplia a perspectiva do uso da tecnologia pelo setor produtivo e, consequente, do sucesso do projeto”.
Fonte: IPT
O contribuinte do Imposto de Renda de Pessoa Física (IRPF) pode ter direito a deduzir da base de cálculo do tributo as despesas educacionais com terceiros. É o que prevê o Projeto de Lei do Senado (PLS) 150/2007, do ex-senador César Borges (PR-BA), que aguarda deliberação terminativa da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).
A proposta altera a Lei 9.250/1995 de modo a permitir a dedução de despesas relativas à educação dos dependentes próprios e a de até três "terceiros necessitados", conforme critérios a serem regulamentados. César Borges mencionou o "primado constitucional da solidariedade e da justiça" para justificar o estímulo ao amparo das pessoas que não têm condições para custear sua própria educação.
A matéria foi aprovada em 2010, sem emendas, pela Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE). Em seu relatório, o senador Francisco Dornelles (PP-RJ) destacou os "enormes benefícios" que podem resultar do estímulo fiscal às ações de apadrinhamento e louvou a proposta por estender aos jovens financeiramente desfavorecidos "benefícios que, hoje, a legislação do imposto de renda garante às famílias de classes de renda superiores".
Encaminhado à CAE para decisão terminativa, o projeto recebeu parecer favorável do senador Inácio Arruda (PCdoB-CE), que entendeu que "a dedução de Imposto sobre a Renda de que trata o Projeto não pode ser vista como favor do Estado, mas como medida de grande justiça fiscal, para o contribuinte que se dispõe a assumir a responsabilidade pelo custeio da educação de jovens carentes, em substituição ao Estado, que, na maior parte das vezes, exerce de forma insuficiente e sem a devida qualidade o seu dever de fornecer educação aos jovens brasileiros".
Fonte: Agência Senado
Causando polêmica nas redes sociais, o projeto de lei do Senado que tipifica o crime de terrorismo e outros crimes para garantir a segurança da Copa do Mundo de 2014 ainda deve passar por duas comissões e ser aprovado pela Câmara para se tornar lei. O PLS 728/2011 tem sido criticado pelos internautas que temem que as manifestações populares durante o evento sejam interpretadas como atos de terrorismo e levem à prisão de manifestantes.
O autor da proposta, o senador licenciado, Marcelo Crivella, atual ministro da Pesca, já havia publicado uma nota no site de notícias Gospel+, em junho de 2013, garantindo que as manifestações populares não seriam enquadradas na tipificação de terrorismo, definida pelo projeto. Segundo o texto original, o terrorismo ficou definido como “provocar ou infundir terror ou pânico generalizado mediante ofensa à integridade física ou privação da liberdade de pessoa, por motivo ideológico, religioso, político ou de preconceito racial, étnico ou xenófobo”.
“Não há a mínima chance de as legítimas manifestações populares ocorridas nos últimos dias virem a ser futuramente enquadradas como crime de terrorismo, caso o projeto venha a ser aprovado”, afirmou o ministro na nota.
A proposta, que também se destinava à segurança da Copa das Confederações de 2013, define os crimes que serão punidos caso ocorram durante os eventos ou nos três meses que os antecedem. Além do terrorismo, são tipificados os crimes de ataque a delegação, violação de sistema de informática, falsificação e revenda ilegal de ingresso, dopping nocivo, entre outros. A proposta regula ainda o direito de greve durante os eventos.
Na mesma nota, Crivella afirma que, embora as manifestações não devam ser confundidas com terrorismo, seria ingenuidade acreditar que atos terroristas não possam acontecer durante a Copa do Mundo.
“Seria uma ingenuidade crer na impossibilidade de atentados contra as inúmeras delegações internacionais que recepcionaremos. Mais do que isso, seria uma irresponsabilidade. Nosso despreparo jurídico para o enfrentamento desse fenômeno é evidente”, afirmou.
Fonte: Agência Senado
Cuidar do destino do próprio lixo é uma das responsabilidades ambientais que devem ser assumidas por todos, e faz tempo que a reciclagem é encarada como uma atividade rentável na vida de milhões de pessoas. Listamos as principais etapas desta atividade, mostrando o caminho dos resíduos que voltam a ser usados e que reduzem enormes impactos causados pelos padrões de consumo da sociedade.
Identificação
A primeira etapa da reciclagem já começa antes de os resíduos serem levados para a coleta seletiva ou postos de entrega voluntária. Além de depositar cada material em seu devido local, é preciso prestar atenção nas características dos resíduos, que podem ser diferentes, mesmo pertencendo a um mesmo tipo, como os plásticos. Vale também conferir se os produtos estão em bom estado, evitando, por exemplo, garrafas de vidro danificadas e recipientes com água acumulada.
Separação
Na segunda parte da tarefa, os catadores vão separar os resíduos que têm potencial para reciclagem e que pertencem a um mesmo tipo. É uma etapa bem trabalhosa, principalmente no reaproveitamento do plástico, encontrado em diversas formas (PET, PVC, polipropileno etc.), mas depositado, quase sempre, nos mesmos locais.
Descontaminação
A descontaminação dos resíduos é uma árdua tarefa realizada nas cooperativas de catadores e indústrias recicladoras, e a qualidade final do material reaproveitado depende totalmente desta etapa. A descontaminação de resíduos é realizada por meio de máquinas e, infelizmente, sofre com a falta de incentivos públicos – a maioria dos equipamentos é produzida nas universidades, que desenvolvem projetos experimentais de tecnologia de descontaminação. É nesta etapa em que uma garrafa de refrigerante, por exemplo, perde o cheiro característico, e as embalagens são totalmente desassociadas ao seu conteúdo anterior.
Fornecimento
Nesta fase, os representantes das recicladoras pesquisam as demandas de produtos reciclados e potenciais compradores. Os principais clientes são empresas de diversas áreas de atuação e órgãos públicos que vêm percebendo a necessidade de reduzir seus impactos no meio ambiente. Os resíduos também são planejados, geralmente em menor escala, para serem fornecidos a arquitetos, designers e artistas.
Design do reciclado
Para tornar o produto reaproveitado atraente no mercado, representantes da indústria recicladora buscam diversas aplicações para o material, que vão desde a incorporação de pellets, que formam diversos objetos, até a criação de móveis, itens de decoração, roupas etc. Nesta etapa, o trabalho é realizado por outros profissionais contratados (como designers e artistas) e pode ser feito de forma artesanal ou depender de processos mais técnicos.
Fonte: Por Gabriel Felix – Redação CicloVivo