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Bauru vai receber evento de grande porte, reunindo profissionais de todo o País e até do exterior, para discutir a segurança do trabalho. O tema, bastante evidenciado em várias áreas da engenharia, é o ponto central do 1º Workshop Internacional de Engenharia para atualização em Segurança do Trabalho, que ocorre no dia 29 de agosto próximo, das 8h às 18h, no auditório da Instituição Toledo de Ensino (ITE). As inscrições são gratuitas e abertas a profissionais dos diversos ramos da engenharia (civil, elétrica, mecânica, de produção, química, entre outras), estudantes e profissionais técnicos, e interessados do público em geral. As inscrições devem ser feitas por e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. ou pelos telefones (14) 3224-1970 e 3224-1096.
 

"Bauru é uma cidade que tem tradição nessa área. Há 40 mantém cursos ligados à segurança do trabalho", lembra Veríssimo Barbeiro, diretor do SEESP e conselheiro da Associação dos Engenheiros Arquitetos e Agrônomos de Bauru (Assenag). "Também é importante destacar que as empresas que investem em segurança do trabalho têm um retorno", completa Marcos Vanderlei Ferreira, vice-presidente estadual do SEESP.

"As normas estão sempre em atualização. A NR-48, por exemplo, é uma norma antiga, mas que está sendo atualizada. Por isso, um evento como este é uma oportunidade única", aponta Renato Parreira, conselheiro do Sindicato da Indústria da Construção Civi (Sinduscon).

De acordo com os organizadores, o limite é de 350 vagas, sendo que 260 já foram preenchidas até a semana passada. Entre os temas, tendências internacionais, as NR-35 (trabalho em altura), NR-12 (equipamentos para guindar elevação de pessoas), fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego e novas tecnologias do setor.

Palestrantes
Estão confirmadas as presenças de Luís Alves Dias (professor da Universidade de Lisboa), André Azevedo (Disemaq), Gianfranco Pampalon (auditor-fiscal do Trabalho na Superintendência Regional SP), Marcos Amazonas (Honeywell e coordenador da Comissão de Estudos da ABNT para revisão da NBR 16.489), Luiz Carlos Rocha (Auditor-fiscal na Superintendência Regional RJ), Aguinaldo Bizzo de Almeida (diretor do Seesp e DPST), Helio Domingos Carvalho (engenheiro mecânico e membro da ABNT), Gilvan Nogueira Fonte Boa (Múltipla Representações e Consultoria) e Francisco Drumond (Sellix Ambiental).


>> Programação completa aqui

 

Comunicação SEESP
Com informações do Jornal Cidade de Bauru online

 

 

 

 

 

 

Da assessoria de imprensa da Energisa

O Grupo Energisa abriu inscrições para o seu Programa de Trainee 2018, que é uma das principais empresas de distribuição de energia elétrica do País. A previsão de início do programa é em janeiro de 2018 e a duração será de nove meses. Os candidatos devem ser dos cursos de Engenharia Elétrica e Administração, com formação entre dezembro de 2015 e dezembro de 2017. É necessário ter inglês avançado e disponibilidade para morar em qualquer Estado. As vagas são para todas as regiões em que a empresa atua (SP, MG, MT, MS, TO, PB, SE). Os interessados podem se inscrever até o dia 14 de setembro, em www.99jobs.com/energisa/jobs/10984-programa-de-trainee2018?preview=true.

O programa propõe um cronograma de Job Rotation, em que os trainees passam pelas áreas chave da empresa e que tem duração de 90 dias, o que proporciona uma experiência diferenciada de integração e aprendizado. Desta forma, o objetivo é capacitar os profissionais a terem visão abrangente dos processos, integração nas diferentes áreas de atuação, adaptando-se as mudanças, e comprometimento com metas e resultados em contextos distintos.

“Queremos jovens que tragam sua energia e trabalho para colaborar como nosso sonho de ser um grupo líder. O programa é uma prioridade para a empresa porque atrai jovens talentos que junto com nossos colaboradores nos ajudam a manter a trajetória de sucesso da Energisa, uma empresa centenária, mas que se reinventa a cada dia”, diz Roberto Silva, Gerente Corporativo da empresa.

A seleção se divide em etapas online e presenciais, que podem ser realizadas em São Paulo e em Brasília. O programa proporciona formação teórica e prática no mercado de trabalho e oferece o suporte necessário para o desenvolvimento profissional, com acompanhamento de coach, gestores e equipe de RH. Os benefícios são compatíveis com o mercado de trabalho.

 

 

 

Da assessoria da Mercedes-Benz

Estão abertas as inscrições para o Programa de Estágio 2018 da Mercedes-Benz do Brasil, empresa que produz caminhões, chassis de ônibus e automóveis, além de comercializar veículos comerciais leves no País.

No total, serão oferecidas 70 vagas entre as unidades da Mercedes-Benz de São Bernardo do Campo, Campinas e Iracemápolis, em São Paulo, para a planta de Juiz de Fora, em Minas Gerais, além de os escritórios regionais de vendas localizados nas cidades de São Paulo, Betim, Rio de Janeiro, Recife, Porto Alegre e Brasília.

Para ingressar no programa, o candidato deve estar cursando em 2018 o penúltimo ou último ano de graduação nos cursos que envolvem as áreas de Engenharia, Pesquisa e Desenvolvimento, Produção, Recursos Humanos, Compras, Vendas & Marketing, Finanças & Controlling e Tecnologia da Informação.

Os interessados em participar da seleção devem se inscrever até o dia 3 de dezembro pelo site www.mercedes-benz.com.br/institucional/carreira/estagio. Todo o processo seletivo será realizado com o apoio do Instituto de Psicologia Organizacional (IPO). Após a seleção de currículos, os candidatos passarão por testes online, dinâmicas em grupo, entrevistas individuais e testes presenciais. É necessário nível intermediário de inglês e desejável conhecimento de alemão e/ou espanhol.

Como benefício aos estagiários contratados, a Mercedes-Benz oferece bolsa auxílio, auxílio transporte, ônibus fretado, restaurante, assistência médica gratuita, seguro de acidentes pessoais e o Clube Estrelas de Vantagens (desconto em diversas instituições de ensino parceiras). Adicionalmente, os estagiários com melhores avaliações concorrem a um intercâmbio na matriz da Mercedes-Benz na Alemanha.

Além do Programa de Estágio, a montadora promove o desenvolvimento profissional de jovens por meio do Programa CAReer 2.0 – The Top Talent Program, direcionado aos trainees, e pelos Programas de Aprendizagem em parceria com o Senai e instituições como os centros de Aprendizagem e Monitoramento Profissional (Camp) e o de Integração Empresa-Escola (CIEE).

 

 

Da assessoria de imprensa do Mackenzie

A Escola de Engenharia da Universidade Presbiteriana Mackenziede realiza a XXIX Semana de Engenharia e Tecnologia – 2017, com o tema “O protagonismo da Ciência na evolução da Engenharia e Tecnologia”. Cerimônia de abertura acontece nesta segunda-feira (21/08).

O evento reunirá pesquisadores e especialistas de grandes empresas e centros de pesquisas, como Renault Brasil, Mercedes-Benz, General Motors, Solvay, Petrobras, Associação Brasileira de Energia Eólica, Tecsys, Instituto Brasileiro de Impermeabilização, dentre outros.

O objetivo do evento é refletir sobre desafios, tecnologias e questões sociais da engenharia que permeia por outras áreas. Diante disso, alguns temas se destacam, como “Carros elétricos”, “Energias Eólicas/Parques Eólicos”, “Engenharia Aeroespacial”, “Impermeabilizações de edificações”, “Grafeno e outros materiais 2D”, “Estruturas em Bambu”, dentre outros. Confira o dia e horários das palestras na programação abaixo.

Programação
Palestra: Empreendedorismo e Inovação (abertura) - Bruno Pandori Giancoli (Universidade Presbiteriana Mackenzie)
Dia: 21 de agosto
Horário: 9h30
Local: Auditório Ruy Barbosa

Palestra: Carros elétricos - Carlos Henrique Ferreira (Renault)
Dia: 21 de agosto
Horário: 15h
Local: Auditório Ruy Barbosa

Palestra: Energias Eólicas/Parques Eólicos – Élbia Gannoum (Associação Brasileira de Energia Eólica) e Gustavo Secco (Casa dos Ventos)
Dia: 21 de agosto
Horário: 18h30
Local: Auditório João Calvino

Palestra: Engenharia Aeroespacial - Eng. José Carlos Argolo (Tecsys)
Dia: 23 de agosto
Horário: 9h30
Local: Auditório João Calvino

Palestra: Impermeabilizações de edificações - José Miguel Morgado (Instituto Brasileiro de Impermeabilização)
Dia: 23 de agosto
Horário: 8h
Local: Laboratório de Materiais de Construção

Palestra: Grafeno e outros materiais 2D: desafios e oportunidades -Profa. Dra. Lucia Saito (UPM ‐ MackGraphe)
Dia: 24 de agosto
Horário: 8h
Local: MackGraphe

Programação completa e informações: Portal Mackenzie: XXIX Semana de Engenharia e Tecnologia 

 

 

 

 

João Guilherme Vargas Netto*

Tenho recomendado aos dirigentes sindicais que estão preocupados com a sobrevivência de suas entidades realizarem fortes campanhas de sindicalização.

Estas campanhas, na conjuntura atual, devem ser empreendidas junto com as eventuais campanhas salariais ou dissociadas delas e têm inúmeros objetivos, táticos e estratégicos, que se completam.

O primeiro deles é o de estar junto com as bases, organizando a resistência às deformas e, em particular, aos desarranjos provocados pela deforma trabalhista. Sindicalizaremos porque os trabalhadores verão nas nossas demandas por novos associados o fortalecimento de suas próprias condições de resistência.

A sindicalização também reforçará o papel do sindicato, renovando o seu quadro de ativistas e dando resposta coletiva às preocupações e temores individuais dos trabalhadores.

A melhor maneira de valorizar o sindicato agora é a busca de associados e a melhor resposta ao indesejado enfraquecimento sindical é a adesão renovada dos trabalhadores.

Na representação sindical não deve haver uma muralha da China entre associados e não associados, mas um esforço tempestivo de engrossar as fileiras dos sindicalizados.

Mas é preciso que as direções saibam que encontrarão um clima de incompreensão e mesmo de antipatia a sua ação em suas próprias bases. Ambas, a incompreensão e a antipatia, são decorrentes da própria crise, do medo e da desorientação provocados por ela e da poderosa campanha antissindical desencadeada pela mídia (televisão, rádio, jornais e mídias sociais) que ecoa a estratégia da deforma trabalhista: o individualismo e o salve-se quem puder. O fim do imposto sindical, como é apresentado e valorizado por essas mensagens neoliberais, confunde o trabalhador já acossado pelo desemprego, arrocho salarial e suas dificuldades momentâneas.

Recomendo, com ênfase, que ao planejar a campanha de sindicalização as direções associem-na à oferta de produtos e serviços vantajosos e necessários aos trabalhadores, de tal forma que o apelo “ideológico” seja associado ao atendimento de “interesses” legítimos.

As grandes campanhas de sindicalização não podem ser apenas campanhas de esclarecimento e mobilização; devem ser também campanhas que ofereçam e produzam resultados imediatos para as categorias e agreguem valor à ação sindical.

 


* Consultor sindical

 

 

 

 

 

Do Jornal Cidade de Bauru online

Nesta segunda-feira (21/08), às 17h30, será realizada a palestra "Financiamento Habitacional" com engenheiros e técnicos da Caixa Econômica Federal. Engenheiros civis, arquitetos e demais interessados estão convidados para o evento. A iniciativa é do profissionais do Programa de Moradia Econômica (Promore), e conta com o apoio da Delegacia Sindical do SEESP em Bauru. O evento será na sede da regional (Ruaa Constituição, 8-71). Inscrições gratuitas pelos telefones (14) 3224-1970 e 3224-1096. Vagas limitadas e sujeitas a confirmação.

Será dada ênfase aos documentos técnicos a serem preparados pelos engenheiros civis e arquitetos para compor o processo do pedido de recursos de financiamento para a construção da casa própria e também aspectos a serem observados no transcorrer da obra em relação ao cumprimento de etapas para liberação das parcelas.

Serão apresentados ainda os programas disponíveis, documentação básica e condições mínimas para aceitação da garantia do financiamento habitacional. Segundo o presidente da delegacia sindical, Luiz Roberto Pagani, as pessoas que tenham ou pretendam adquirir um terreno devem ser incentivadas a obter o financiamento habitacional e, assim, realizar o sonho da casa própria. 

 

 

 

 

 

Rosângela Ribeiro Gil
Comunicação SEESP

A mesa-redonda “Emprego e desenvolvimento rumo ao Brasil 2022”, da 11ª Jornada Brasil Inteligente, ainda na parte da manhã do dia 18 de agosto último, trouxe importantes dados e análises sobre a conjuntura social e econômica do País com o diretor da Organização Internacional do Trabalho (OIT), seção brasileira, Peter Poschen, e o técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Clemente Ganz Lúcio. Os trabalhos contaram com a coordenação do presidente da FIO, José Carrijo Brom, e a contribuição do professor Antonio Corrêa de Lacerda, coordenador da pós em Economia Política da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).

Carrijo contextualizou o debate ao dizer que o momento da vida nacional é delicado, com os poderes institucionais desacreditados, e que, por isso, a iniciativa da CNTU se revestia de grande importância. A posição foi reafirmada pelo professor da PUC paulista, para quem a questão do emprego está diretamente ligada ao crescimento da economia. “Não é a reforma trabalhista (Lei 13.467/2017) que vai substituir esse vetor. Se quisermos gerar emprego e renda precisamos recriar condições para o crescimento econômico, o que significa dizer estancar o desmonte de políticas industriais e sociais e dos bancos públicos, como o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social)”, criticou.


Foto: Beatriz Arruda
Clemente, de forma enfática, discorreu sobre os obstáculos que o movimento sindical terá de enfrentar com unidade.

Iniciando sua exposição, Poschen disse que o País necessita de um projeto de nação que possa aglutinar diversas forças. Para tanto, o representante da OIT defendeu a centralidade do trabalho – que tem papel fundamental para o indivíduo e a sociedade – para transpor a estagnação econômica atual. Para endossar a sua posição, ele citou relatório de 2013 do Banco Mundial que indica que “o desenvolvimento acontece através do trabalho”. Apesar da constatação da instituição financeira internacional que efetua empréstimos a países em desenvolvimento, o mundo do trabalho brasileiro tem características consideradas, segundo Poschen, nocivas. Uma dessas é o alto índice da informalidade, em torno de 40%, cuja tendência, com as mudanças trabalhistas recentes, é aumentar. “A informalidade é nociva porque desprotege e cria dificuldades de acesso a políticas que poderiam melhorar a vida desses trabalhadores”, explicou.

Outros pontos negativos, como relacionou o representante da OIT no Brasil, são a altíssima rotatividade (em 2013 era de 63,7%), o baixo nível de organização sindical e a forte desigualdade de gênero e raça. “Menos de 20% dos brasileiros são sindicalizados. As mulheres negras são as piores remuneradas, vindo, na sequência o homem negro.” Para ele, o futuro do trabalho no País é difícil com a Lei 13.467: “Os salários melhoraram na última década, mas o futuro é incerto.” Acrescente-se a esse quadro, prosseguiu, outros itens que ele definiu como desafios: o fim do bônus demográfico, o que vale dizer que o Brasil já não é um país de jovens e enfrenta um envelhecimento rápido; produtividade estagnada e desindustrialização prematura. Um agravante é “a desigualdade brasileira enraizada, com concentração de renda e o predomínio de impostos indiretos, um obstáculo concreto ao desenvolvimento e crescimento”.

Nesse sentido, Poschen apontou algumas sugestões para o enfrentamento desse cenário hostil ao trabalho e ao desenvolvimento: priorizar a produtividade; investir nas pessoas, e não apenas em tecnologia ou em infraestrutura, com formação técnica, profissional e de aprendizagem; reduzir a diferença de gênero e raça, assim como a informalidade, a rotatividade e a desigualdade de renda. Outro item necessário ao horizonte de 2022 é a sustentabilidade, lembrando que os mais atingidos pela degradação ambiental também são os mais pobres.

O que acontece no Brasil
Na sequência, a apresentação foi do diretor técnico do Dieese, para quem “não deveríamos fazer outra coisa agora senão pensar o que acontece no Brasil.” E advertiu: “Não estamos falando de uma economia pequena, mas de uma das maiores do planeta, que detém as mais expressivas reservas naturais para sustentar a humanidade daqui para frente.” E completou: “Temos a maior reserva de água potável conhecida no momento e de minério de ferro, o nosso solo é de altíssima qualidade. Deveríamos olhar todo esse patrimônio como ativos estratégicos para o nosso desenvolvimento, com o vetor da sustentabilidade.”

Toda essa discussão, observou ele, deve estar totalmente conectada com um projeto de nação. Por isso, Ganz Lúcio afirmou que a agenda proposta pelo representante da OIT não faz sentido hoje para o Brasil. “Do jeito que estamos não há possibilidade de prosseguir com essa agenda do aumento da produtividade e do fim das diversas desigualdades”, lastimou. Porque, segundo ele, o País está fazendo em um ano um estrago econômico e social só comparável a um período pós-guerra. “Estamos entregando as nossas riquezas ao capital internacional sem guerra, da mesma forma que os ativos do Estado brasileiro para a iniciativa privada nacional.”

Ganz Lúcio afirmou que caminhamos para um empobrecimento contínuo que pode atingir 90% da população nacional. De forma bastante incisiva, ele salientou que os atuais governantes estavam fazendo “algo realmente inédito na história da humanidade” de como um Estado entregou riquezas fundamentais a sua soberania e ao seu desenvolvimento de forma vergonhosa. E indagou: “Precisamos entender qual é a elite que faz isso e se não fazemos parte dela.”

Para ele, um projeto da magnitude a que se propõe a CNTU precisa responder tudo isso e ter a perspectiva de firmar um pacto entre trabalhadores e setor produtivo. “Fora desse horizonte não há saída”, foi taxativo.

Os desmontes em andamento, argumentou Ganz Lúcio, vêm acompanhados de uma outra dimensão que é a da destruição de instituições públicas indutoras de desenvolvimento. É o caso, citou, do “novo perfil” do BNDES, conforme divulgou o presidente da entidade, de “financiar” a desestatização atual. “Estamos ajudando a pagar a entrega dos nossos patrimônios ao capital privado, nacional e estrangeiro.” Nessa perspectiva, ele lamentou o “esquartejamento” da Petrobras. “Tudo está sendo vendido da forma mais prejudicial à sociedade brasileira.”

Desconhecimento absoluto
O último ponto abordado pelo técnico do Dieese foi a reforma trabalhista, constatando que “há um desconhecimento absoluto sobre a amplitude das mudanças”. O que se criou, apontou, foi uma legislação plena de segurança às empresas em detrimento dos assalariados. “O caráter protetivo da lei anterior simplesmente acabou. O Direito do Trabalho foi reduzido a pó”, indignou-se. No lugar, prosseguiu, temos um menu amplo de possibilidades e formas de contratação do trabalho e de negociação para reduzir direitos. “Isso vale dizer que o trabalhador vai poder, de peito aberto, enfrentar e negociar com o patrão.”

Apesar da gravidade da situação, Ganz Lúcio exortou os presentes à 11ª Jornada Brasil Inteligente a ter a perspectiva de um engenheiro, que é ensinado e treinado a enfrentar sempre os piores cenários, “olhar uma adversidade e transformá-la numa possibilidade”. Dentro dessa tarefa ele incluiu a CNTU que ao discutir um projeto de nação deve levar em conta algumas tarefas, entre essas incorporar a dramaticidade atual e enunciar para onde vamos; desenvolver uma capacidade política para construir pontes e de interlocução com o setor produtivo, cujo objetivo principal deve ser o de pensar projetos de ciência e tecnologia para que os produtos nacionais ganhem valor agregado; estabelecer entre o movimento sindical alguns acordos, como o da compreensão da necessidade absoluta de uma unidade muito forte. “Quando a gente luta, a gente luta a favor de alguém. Quando a gente briga, a gente briga contra alguém. Somos capazes de identificar aquilo que nos une, isso é capacidade política. As nossas diferenças devem ser as nossas virtudes.”

A reforma trabalhista obriga, asseverou Ganz Lúcio, o movimento sindical brasileiro a se repensar seriamente em todos os sentidos e a reorganizar as campanhas salariais. “A novidade é que agora o setor patronal também vai apresentar sua pauta de reivindicações”, ironizou.

Ele pergunta: “Por que todos os sindicatos juntos não criam o seu próprio banco, os seus próprios veículos de comunicação?” Para ele, é um absurdo o jornal de um sindicato falar mal ou destruir outro sindicato. “A nossa divisão dá força ao projeto oposto.”

O fato de se entender a gravidade do momento não deve desanimar, segundo o técnico do Dieese. “Há 200 anos a classe trabalhadora tem dado respostas e mudado o rumo das coisas.”

 

 

 

 

 

 

Rosângela Ribeiro Gil
Comunicação SEESP

A CNTU trouxe à discussão, à 11ª Jornada Brasil Inteligente, realizada em 18 de agosto último, na sede do sindicato dos engenheiros paulistas (SEESP), na Capital, o debate sobre o Brasil rumo ao Bicentenário da Independência, em 2022, com empregos decentes e desenvolvimento sustentável. A tarefa, como salientou à abertura a presidente em exercício da entidade, Gilda Almeida, “é fundamental no momento em que o País enfrenta o desemprego crescente e a desindustrialização”. Para ela, à confederação se apresenta o desafio de participar do processo de enfrentamento de políticas errôneas “para sairmos vitoriosos”. No ensejo, reforçaram o posicionamento da CNTU os presidentes do Partido Democrático Trabalhista (PDT), Carlos Lupi; e da Caixa de Assistência dos Profissionais do Crea (Mútua), Paulo Guimarães; e o deputado federal Ronaldo Lessa (PDT-AL), que preside a Frente Parlamentar Mista da Engenharia, Infraestrutura e Desenvolvimento Nacional.

Foto: Beatriz Arruda
Ciro Gomes, na tribuna, faz uma ampla exposição sobre os problemas brasileiros que impedem o País de crescer.

Na sequência, o ex-governador do Ceará e advogado Ciro Gomes fez uma digressão abrangente sobre a situação nacional, fazendo paralelos com outros momentos políticos e econômicos do País. “Preciso transformar a minha revolta em energia para subverter esse quadro depressivo”, exortou, apontando que o Brasil, hoje, está proibido de crescer por três razões básicas. Ele relacionou: “Os juros altos que inviabilizam a iniciativa privada, o setor produtivo. O colapso nas finanças públicas com a menor taxa de investimentos desde a Segunda Guerra Mundial. A União vai investir apenas R$ 0,33 para cada R$ 100 do PIB (Produto Interno Bruto); todos os estados e municípios juntos vão investir o equivalente a R$ 1,22 para cada R$ 100 do PIB. Por outro lado, o governo, com recursos do Tesouro, repassará ao setor financeiro rentista 11% do PIB. E, por fim, enfrentamos uma interdição que deriva de uma prostração ideológica, vendida como ciência boa, que adotou o neoliberalismo que introduz o mito do laissez-faire, do estado mínimo; aquele que diz que o mercado, funcionando livremente, teria a capacidade de resolver a equação do desenvolvimento do País.” E completou: “Não há experiência humana, nem teórica nem empírica, que sustente o desenvolvimento apenas pelo espontaneísmo individualista das forças do mercado.”

Enquanto o País abre mão de discutir um projeto de nação, com a preservação do interesse e da soberania nacional, continuou Ciro Gomes, a China, exemplificou, “está investindo um “Brasil” siderúrgico por ano, de olho numa estratégia de dominar o setor no mundo daqui a 10 ou 15 anos”. O ex-governador lamentou que os chineses já dominem de 15 a 20% do mercado de aços planos brasileiro. “Estamos perdendo o nosso mercado para a aciaria chinesa, e ainda com o custo de frete para atravessar o planeta placas de aço para chegar ao Brasil.”

Para ele, o Brasil abriu mão de projetos econômicos estruturais, como políticas industriais e de comércio exterior; de ciência e tecnologia aplicada à inovação e ao desenvolvimento econômico; de infraestrutura que desconsidere o ano fiscal para considerar que os custos de transferência são inerência à competitividade sistêmica da economia. “Isso significa dizer que não fazemos a manutenção regular de uma rodovia para economizar U$ 10 mil por ano para cinco anos depois gastarmos mais de U$ 70 mil para recuperá-la”, lamentou. Da mesma forma, prosseguiu Ciro Gomes, o País “abriu mão de verticalizar o seu mercado de óleo e gás e hoje exportamos óleo bruto barato e importamos derivados de petróleo em dólar”.

Avanços e retrocessos
Todavia, asseverou ele, o Brasil, entre 1930 e 1980 saiu do nada, da agricultura da subsistência e de excedentes extraídos da monocultura do café e da cana de açúcar, para se transformar na 15ª economia industrial do planeta. “A China vai bater esse recorde agora, mas ainda é nosso o "vice-campeonato" de progresso capitalista e industrial em tão curto tempo.” Ele ironizou: “Ou seja, não há defeito genético na nação brasileira como essa nossa elite alienada, que pensa que Miami (EUA) é a capital cultural da humanidade, induz a acreditarmos. Quando estabelecemos minimamente uma hegemonia moral e intelectual que guie as nossas energias, produzimos prodígios. Temos na nossa história qual é o tipo de economia política eficaz. Não é copiar nenhum modelo de fora, como está fazendo esse governo autoritário, ilegítimo e golpista que temos hoje.”

A estagnação nacional, segundo ele, começa a partir da década de 1980, quando todas as energias se dedicaram a apagar “fogueiras”, em episódios conjunturais, como o restabelecimento da democracia e o combate às altas taxas de inflação, por exemplo. Patinamos desde então, observou Ciro Gomes, valendo-se, mais uma vez, da comparação entre o Brasil e a China: “Não conseguimos aumentar a nossa participação no comércio exterior dos 1% verificados há 37 anos; por outro lado, os chineses têm 12,5% de participação, podendo chegar a 20% nos próximos anos.” Tal cenário, que ainda inclui uma média de crescimento econômico nacional de 2% ao ano, mostra, afirmou, que “temos um grave problema de projeto modular, estrutural”.

A educação necessária
Outra questão que agrava toda a dificuldade do País em superar seus problemas econômicos é o descaso com a educação. “O Chile e a Colômbia têm mais de 30% dos jovens entre 18 e 25 anos de idade matriculados no ensino superior; com toda a expansão que aconteceu no Brasil temos a ridícula taxa de 16% dos nossos jovens no ensino superior. Isso em pleno século XXI. Não é possível pensar em desenvolvimento com essa base”, criticou Ciro Gomes.

“A gente precisa mobilizar a sociedade para discutir o País antes de qualquer processo eleitoral. Não dá mais para fazer remendos”, condenou. “Precisamos recuperar a capacidade de planejamento. Afirmar objetivos nacionais, gerais e difusos, mas concretos. Estabelecer objetivos permanentes, sustento que esses devem ser a superação da miséria e da desigualdade. E, por fim, definir as práticas.” Para ele, não é retórica dizer que o “Brasil tem que se decidir a crescer. Hoje a nossa decisão é de não crescer”. Tal fato, sustentou Ciro Gomes, leva em conta que, desde a desvalorização cambial de 1999, “somos guiados por uma trinca de políticas que tem a pretensão de colocar a administração da economia política brasileira no piloto automático imune ao povo”.  E explicou: “Basicamente, o Brasil obrigou-se a meta de inflação, câmbio flutuante e superávit primário. O câmbio flutua hostil a quem produz, desestimula a produção e acaba com a competitividade sistêmica da indústria e estimula o consumismo insustentável.”

De forma contundente, o ex-governador cearense disse que o único caminho para a retomada do crescimento é a reindustrialização. “A participação da indústria brasileira na riqueza brasileira, hoje, que já foi de 30% nos anos 1980, é de apenas 8%, o equivalente ao que era em 1910.” Com esse perfil, lamentou, “vamos virar apenas exportadores de commodities, que jamais pagarão – ainda que sejamos extraordinários em volume e competitividade na soja, no milho, no petróleo, minérios etc. – celulares, eletroeletrônicos, informática, novos materiais supercondutores, tecnologias ligadas ao moderno modo de vida”.

Ao final da sua exposição, Ciro Gomes parabenizou a CNTU pela iniciativa, a despeito de todo o ataque atual à organização sindical, de colocar de forma oportuna a discussão sobre o Brasil que queremos e precisamos. “Viva a iniciativa de vocês!”

Presentes
Compuseram ainda a mesa de abertura da Jornada Brasil Inteligente: o presidente em exercício da federação dos engenheiros (FNE), Carlos Bastos Abraham; os presidentes das federações dos nutricionistas (Febran), Ernane Silveira Rosas, e dos odontologistas (FIO), José Carrijo Brom; do sindicato dos economistas (Sindecon-SP), Pedro Afonso Gomes; e a representante da federação dos farmacêuticos (Fenafar), Maria Maruza Carlesso.

 

 

 

 

A Scania está com processo seletivo aberto, até o dia 22 de agosto próximo, para trainee. A iniciativa, segundo a empresa, visa o desenvolvimento contínuo de profissionais recém-formados em nível superior, com potencial para desbravar novos desafios e ingressar em um mundo de oportunidades. É o início de uma trajetória profissional que irá prepará-los para atender futuras posições na organização.

O programa tem duração de 15 meses (de Jan/18 a Abr/2019) e, neste período, os trainees participam de atividades e projetos em diversas áreas, por meio de job rotation. Eles também contam com a possibilidade de fazer um intercâmbio na matriz da Scania, na Suécia, ou em outras unidades.

Pré-requisitos
Cursos aceitos: Administração, Engenharias (Mecânica, Mecatrônica, Produção, Elétrica/Eletrônica, Automobilística, Controle e Automação), Ciências Econômicas, Ciências Contábeis, Marketing, Logística, Relações Internacionais e Direito.

Ano de Formação: Dezembro/2015 a Dezembro/2017

Nível de Inglês: Inglês Avançado

Diferenciais: Espanhol, Sueco e Alemão

Pacote Office: Bons conhecimentos

Possuir disponibilidade para viagens

Sobre a empresa
A Scania, referência mundial em soluções de transporte sustentável, é um dos principais fabricantes de caminhões pesados, de ônibus e de motores industriais e marítimos. Os serviços têm participação crescente nos negócios da empresa, assegurando aos clientes soluções de transporte econômicas e com alta disponibilidade operacional. Com 46,2 mil colaboradores, a empresa está presente em mais de 100 países, com linhas de produção na Europa, Ásia e América Latina e com possibilidade de intercâmbio global de componentes e veículos completos. Em 2016, a receita líquida da Scania alcançou 103,92 bilhões de coroas suecas e o lucro líquido do exercício, após a dedução de impostos, foi de 3,2 bilhões de coroas suecas.

 

 

Comunicação SEESP

 

 

 

 

Do CIEE* 

Os estudantes de todo o País têm comemoração dupla esta semana: o Dia do Estagiário, na sexta-feira, dia 18 e uma grande oferta de vagas de estágio, abertas no Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE). A organização está cadastrando estudantes para concorrer a 6 mil vagas de estágio em diversas regiões do País. 

São oportunidades em diversos carreiras, entre as quais: 

DIREITO
PEDAGOGIA
ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS
CIÊNCIAS CONTABEIS
COMUNICAÇÃO SOCIAL
TECNICO EM ADMINISTRAÇÃO
PSICOLOGIA
EDUCAÇÃO FÍSICA
ENGENHARIAS
TI

 

Atualmente, o CIEE mantém cerca de 500 mil estudantes em estágio em empresas e órgãos públicos, sendo 60% do ensino superior e 40% do ensino médio. Os interessados devem se cadastrar gratuitamente no sitewww.ciee.org.br, onde também poderão consultar as vagas abertas.

 

* Centro de Integração Empresa-Escola

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