Neste domingo, 28 de abril, foi o Dia Mundial em Memória às Vítimas de Acidentes de Trabalho e pela Segurança no Trabalho. A data é uma referência à explosão de uma mina que causou a morte de 78 mineiros, há 40 anos, na cidade de Farmington, estado da Virgínia, nos Estados Unidos. Em 2003, a OIT (Organização Internacional do Trabalho) também instituiu a data como o Dia Mundial de Segurança e Saúde no Trabalho.
“É um dia de luta, mas também é um dia de luto”, comentou o diretor do Departamento de Saúde e Segurança Ocupacional (DPSSO) do Ministério da Previdência Social (MPS), Cid Pimentel. “Hoje é impossível maquiar números ou fugir das situações. Esse é um dia de saúde e segurança no trabalho, mas para nós, no Brasil, é um dia de homenagem às vítimas de acidentes de trabalho”, acrescentou.
No evento, além de autoridades dos três ministérios, também estavam presentes representantes da Organização Internacional do Trabalho (OIT), do Ministério Público do Trabalho, dos empregadores e dos trabalhadores. Ao final da cerimônia, foram acesas velas em homenagem às vítimas de acidentes de trabalho e as autoridades fizeram um juramento prometendo evitar as ocorrências de acidentes e doenças do trabalho, mantendo acesa a chama da vida.
No Brasil
Dados do Anuário Estatístico de Acidentes de Trabalho (Aeat) indicam um aumento no número de acidentes de trabalho gerais em 2011 com relação a 2010. Foram 711.164 registros contra 709.474 no ano anterior. Também em 2011, um número maior de trabalhadores perdeu a vida em decorrência de acidente de trabalho. Foram 2.884 mortes, sendo que em 2010 foram registradas 2.753.
As consequências menos graves, como simples assistência médica e afastamentos de menos de 15 dias, representaram 56,2% em 2011, contra 54,9% em 2010. Isso significa que mais da metade dos acidentes liquidados tiveram consequências menos graves, que geraram apenas atendimento local ou afastamentos de menor duração.
Verifica-se também que a maioria dos acidentes registrados ocorreu na Região Sudeste (387.142); vindo em seguida as Regiões Sul (153.329); Nordeste (91.725), Centro-Oeste (47.884) e Norte, com 31.084 acidentes notificados. Vale lembrar que é no Sudeste e no Sul que se concentra o maior número de trabalhadores formalizados do país.
Quando se analisa os acidentes por grupos etários, pode ser observado que nos últimos três anos há indícios de uma pequena mudança no sentido de uma menor incidência nas idades mais jovens e um aumento da incidência nas idades superiores. Em 2007, 54,81% dos acidentes ocorreram em idades inferiores a 34 anos. Esse percentual cai para 52,78% em 2011.
A faixa etária de 35 a 44 anos permanece com participação praticamente estável no triênio, sendo que a participação da faixa etária superior a 45 anos aumenta de 20,38% para 22,66%.
As três atividades econômicas que registraram maior número de acidentes foram as de atendimento hospitalar, administração pública e o comércio varejista de mercadorias em geral. Essas três atividades foram responsáveis por 13,5% do total de acidentes registrados no ano de 2011.
Prevenção
Entre as ações do governo federal para reduzir e estimular a prevenção dos acidentes de trabalho está o Fator Acidentário de Prevenção (FAP), em vigor desde 2011. O FAP é um instrumento da Política Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho e institui um fator acidentário que varia de 0,5 a 2 pontos, que define o percentual – de 1%, 2% ou 3% - da subclasse econômica, incidentes sobre a folha salarial das empresas, como forma de ajudar no custeio de aposentadorias especiais e benefícios decorrentes de acidentes de trabalho.
O FAP varia anualmente e é calculado sempre sobre os dois últimos anos de todo o histórico de acidentalidade e de registros acidentários da Previdência Social, por empresa. Esta metodologia não trouxe qualquer alteração na contribuição das pequenas e microempresas, já que elas recolhem os tributos pelo sistema simplificado, o Simples Nacional.
O governo federal também adotou medidas para reduzir a subnotificação dos acidentes, em que o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) é obrigado a verificar a acidentalidade mediante checagem dos nexos acidentários das Listas A e B das doenças profissionais e do Trabalho e do Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário (NTEP).
A notificação mais precisa possibilita conhecer melhor a realidade dos ambientes de trabalho e combater de forma mais eficiente as doenças.
Desde maio de 2008, há uma atuação conjunta dos Ministérios da Previdência, Trabalho e Saúde, por intermédio da Comissão Tripartite de Saúde e Segurança no Trabalho (CTSST). Na Comissão, além dos representantes do Governo Federal na área de Previdência, Saúde e Trabalho, há a participação paritária das centrais sindicais e das representações empresariais mais importantes.
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Fonte: Portal Planalto
Foi comprovado que o bagaço da cana pode ser utilizado para eliminar corantes, cargas orgânicas e até metais que poluem a água. A descoberta foi realizada por um engenheiro ambiental de Santos, que realizou mais de 600 testes em laboratório para viabilizar a alternativa de purificação. O pesquisador Antonio Iris Mazza, da Universidade Santa Cecília, conseguiu utilizar o resíduo para purificar a água por meio de rotações, filtragem e centrífuga. São necessários apenas dois gramas de bagaço de cana para cada litro de água contaminada com corante.
E não é só isso: o engenheiro ambiental também diz que o método pode retirar elementos mais pesados do líquido. “Esse procedimento com o resíduo pode ser usado para a retirada de cor, metais, carga orgânica, efluentes industriais e todo o processo que usa o carvão ativado”, afirmou ao portal G1 o pesquisador, que levou sete meses para consolidar o método de purificação.
Mazza afirma que a criação do novo método aconteceu por acaso, e que, com certeza, o bagaço de cana terá preços mais acessíveis que o carvão ativado, recurso de purificação de água que ainda tem altos custos. “Esse material vem da natureza. Existe um ganho financeiro e não destrói árvores, como se faz com o carvão. Eu criei mais um produto que veio da cana de açúcar”, explica o engenheiro ambiental.
A alternativa de purificação já foi apresentada à comunidade científica e Mazza está em processo de patente para o tratamento de água com resíduos de bagaço de cana. No entanto, ainda será necessária a divulgação dos testes que comprovam, de vez, se o método de purificação pode transformar a água não potável em água para reuso. Com informações do G1.
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Fonte: Redação CicloVivo
Com 43,8 quilômetros de extensão, o trecho Leste do Rodoanel, com inauguração prevista para o primeiro semestre de 2014, será a principal ligação entre o Aeroporto de Guarulhos e o Porto de Santos, conectando o trecho Sul e o sistema Anchieta-Imigrantes às rodovias Ayrton Senna, Dutra e SP 066. O trecho, que passará pelos municípios de Arujá, Itaquaquecetuba, Mauá, Poá, Ribeirão Pires e Suzano, deverá receber por dia mais de 48 mil veículos, na maioria caminhões carregados.
É de lembrar também que, até o final do primeiro semestre de 2013, as rodovias Anhanguera, Imigrantes, Ayrton Senna e também o Rodoanel passarão a contar com 39 quilômetros de novas faixas, ou seja, serão 16,8 quilômetros de faixas adicionais na Anhanguera, 14 na Imigrantes, 7,6 na Ayrton Senna e um quilômetro no trecho Oeste do Rodoanel, na pista no sentido da Rodovia dos Bandeirantes, do km 18,3 ao km 19,3, entre os municípios de Carapicuíba e Osasco.
Todas essas obras são bem-vindas e, portanto, não há como deixar de reconhecer o esforço do governo do Estado no sentido de procurar aprimorar a infraestrutura viária. O que se lamenta é que a secretaria estadual de Transportes não tenha imaginado que todas essas obras iriam facilitar a chegada de mais caminhões ao Porto de Santos, deixando de preparar os acessos viários aos terminais portuários para o crescimento vertiginoso que está ocorrendo na movimentação de cargas. Agora, o que há é uma corrida contra o tempo, mas que já se dá por perdida por vários anos, até que essa nova infraestrutura viária seja construída, especialmente na entrada da cidade de Santos e na margem esquerda do Porto, em Guarujá.
Também é ilusão imaginar que uma nova infraestrutura viária constituirá uma solução para a questão do transporte. Aliás, o modelo de transporte rodoviário adotado pelo País não é solução, mas um problema que, ao longo dos anos, tende apenas a se agravar. Por isso, seria recomendável que não só o governo do Estado como a União cuidasse da implantação de uma nova matriz de transporte, com maior participação da ferrovia e da hidrovia no carregamento de cargas, tal como ocorre na Europa.
Hoje, segundo dados do Instituto de Logística e Suplly Chain (Ilos), do Rio de Janeiro, 60% das mercadorias movimentadas no País seguem por rodovia, enquanto o modal hidroviário é responsável por 13%. Seria o caso de aumentar a participação do modal hidroviário para 30% e estimular o uso da ferrovia como opção para que o sistema rodoviário não fique tão sobrecarregado e não venha em pouco tempo a registrar novos black outs.
Nada disso é difícil de prever, já que, segundo números do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), os caminhões, reboques e semirreboques em São Paulo subiram, em números redondos, de 165 mil em 2003 para 194 mil em 2013, ou seja, 18%, enquanto os automóveis, no mesmo período, passaram de 3,2 milhões para 4,8 milhões, ou seja, 50%.
Em outras palavras: se não houver um redimensionamento da matriz de transporte, recordes de congestionamento continuarão a ser batidos. E, sem infraestrutura adequada para o escoamento das cargas, o crescimento do País continuará a “patinar” por anos a fio.
* por Mauro Lourenço Dias, engenheiro eletrônico, é vice-presidente da Fiorde Logística Internacional, de São Paulo-SP, e professor de pós-graduação em Transportes e Logística no Departamento de Engenharia Civil da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)
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Está disponível para consulta pública, neste link, os textos básicos da criação do Anexo III da Norma Regulamentadora 16 (NR-16), que trata de atividades e operações perigosas, e de revisão da NR-13, que regulamenta o trabalho em caldeiras. Os interessados em apresentar propostas têm o prazo de 60 dias, a contar da data de dia 19 de abril, para encaminharem suas contribuições.
A NR-13, atualmente sob título “Caldeiras e Vasos de Pressão”, estabelece os requisitos mínimos para gestão da integridade estrutural de caldeiras a vapor, vasos de pressão e suas tubulações de interligação nos aspectos relacionados à instalação, inspeção, operação e manutenção, visando à segurança e saúde dos trabalhadores. A NR-16 regulamenta as atividades e operações perigosas.
O coordenador-geral de Normatização e Programas da Secretaria de Inspeção do Trabalho, Rômulo Machado e Silva, esclarece que as NRs são de observância obrigatória em todos os locais de trabalho e “têm por objetivo estabelecer obrigações quanto para garantir um ambiente de trabalho seguro e sadio, prevenindo a ocorrência de doenças e acidentes de trabalho”.
As sugestões devem ser enviadas para o seguinte endereço: Ministério do Trabalho e Emprego, Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho, Coordenação-Geral de Normatização e Programas – Esplanada dos Ministérios, Bloco “F”, Anexo “B”, 1º andar - Sala 107 – CEP 70059-900: Brasília/DF.
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Fonte: Assessoria de Comunicação/MTE
Acordo de cooperação técnica entre o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e a Empresa de Planejamento e Logística (EPL) pretende incentivar as atividades de pesquisa e desenvolvimento (P&D) voltadas para soluções tecnológicas no setor de transporte. O acordo, com prazo de vigência de cinco anos, foi assinado nesta quinta-feira (25/04), pelo ministro Marco Antonio Raupp e pelo diretor presidente da EPL, Bernardo Figueiredo.
O acordo visa a ações conjuntas, ao desenvolvimento colaborativo em iniciativas que envolvam transferência e absorção de tecnologia e à disponibilização de sistema de informação que consolide os dados do setor de transportes. A parceria incluirá as áreas marítima, ferroviária e rodoviária, em projetos como o do trem de alta velocidade, de redes de transmissão de dados e de identificação por radiofrequência (RFID).
“Esses grandes projetos abrem um campo de oportunidades para nós”, disse o ministro Raupp, ao reforçar a possibilidade de articulações com as diversas secretarias do MCTI e demais instituições do sistema de ciência, tecnologia e inovação com o sistema EPL. “É a oportunidade de, ao recuperarmos deficiências na área de infraestrutura, já incrementarmos o melhor padrão tecnológico possível. Esse é o nosso propósito”, completou.
A EPL é uma empresa pública federal vinculada ao Ministério dos Transportes, instituída pela Lei 12.404/11, que tem como um dos seus objetivos o desenvolvimento do serviço ferroviário de alta velocidade de forma integrada às demais modalidades de transportes.
O diretor Bernardo Figueiredo falou sobre a extensão desse trabalho, que, segundo ele, vai além do gerenciamento de obras. “O que nós precisamos na área de logística é de tecnologia, até para utilizarmos a infraestrutura já instalada”, acrescentou, ao recordar o histórico de cooperação com o MCTI na área.
Trabalho conjunto
A empresa já tem um acordo com a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP, organização social supervisionada pelo MCTI) com foco na montagem de um backbone (espinha dorsal) de uma rede para interconexão de dados de sistemas voltada para transporte e logística.
O ministério também foi parceiro da EPL na concepção do projeto de mapeamento de toda a tecnologia do trem de alta velocidade e na formulação da proposta de absorção de tecnologia. “Então já temos um trabalho conjunto e estamos agora estendendo-o a outras áreas em que a logística necessita de um aperfeiçoamento e de inovação tecnológica para a melhoria do seu desempenho”, afirmou Bernardo Figueiredo.
De acordo com o representante da EPL, está criada uma rede de fibra ótica pelos editais de ferrovia e rodovia. “Temos a possibilidade de trabalhar de forma articulada com o MCTI e isso criará um canal para levarmos o acesso da rede a regiões do interior do país em locais ainda não atendidos”, afirmou. “Então, nós temos um campo imenso de trabalho pela frente e é isso que agora vai ser orientado em função deste acordo.”
Também participaram do ato, pela pasta, o secretário executivo Luiz Antonio Elias, o secretário de Desenvolvimento, Tecnológico e Inovação, Alvaro Prata, o secretário de Ciência e Tecnologia para Inclusão Social, Oswaldo Barba, e a diretora do Departamento de Políticas Programas Setoriais da Secretaria de Política de Informática, Marylin Peixoto. Pela EPL, o diretor Hederverton Santos e o coordenador do Núcleo de Desenvolvimento Tecnológico, Manuel Poppe, entre outros representantes.
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Fonte: MCTI
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O alerta foi feito por pesquisadores durante o terceiro evento do Ciclo de Conferências 2013 do BIOTA Educação, que teve como tema o Pantanal. O evento foi realizado pela Fapesp, no dia 18 de abril. Segundo eles, o projeto de construção de mais 87 Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) na Bacia do Alto Paraguai, em discussão atualmente, pode afetar a conectividade do planalto – onde nasce o Rio Paraguai e seus afluentes – e a planície inundada do Pantanal – por onde as águas desses rios escoam –, dificultando o fluxo migratório de peixes e outras espécies aquáticas e semiaquáticas pelo sistema hidrológico. A informação é da Agência Fapesp.
De acordo com José Sabino, professor da Universidade Anhanguera-Uniderp, o impacto das PCHs já existentes na região da Bacia do Alto Paraguai não são tão grandes porque, em geral, baseiam-se em uma tecnologia denominada “a fio d’água” – que dispensa a necessidade de manter grandes reservatórios de água.
A somatória das cerca de 30 PCHs existentes com as 87 planejadas, no entanto, pode impactar a hidrologia e a conectividade das águas do planalto e da planície da Bacia do Alto Paraguai e dificultar processos migratórios de espécies de peixes do Pantanal, alertou o especialista.
“A criação dessas PCHs pode causar a quebra de conectividade hidrológica de populações e de processos migratórios reprodutivos, como a piracema, de algumas espécies de peixes”, disse Sabino.
Durante a piracema, o período de procriação que antecede as chuvas do verão, algumas espécies de peixes, como o curimbatá (Prochilodus lineatus) e o dourado (Salminus brasiliensis), sobem os rios até as nascentes para desovar.
Se o acesso às cabeceiras dos rios for interrompido por algum obstáculo, como uma PCH, a piracema pode ser dificultada. “A construção de mais PCHs na região do Pantanal pode ter uma influência sistêmica sobre o canal porque, além de mudar o funcionamento hidrológico, também deve alterar a força da carga de nutrientes carregada pelas águas das nascentes dos rios no planalto que entram na planície pantaneira”, disse Walfrido Moraes Tomas, pesquisador do Centro de Pesquisa Agropecuária do Pantanal (CPAP) da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), no Mato Grosso do Sul, palestrante na conferência na FAPESP.
“Isso também poderá ter impactos nos hábitats de espécies aquáticas ou semiaquáticas”, reiterou Tomas. De acordo com o pesquisador, o Pantanal é uma das áreas úmidas mais ricas em espécies do mundo, distribuídas de forma abundante, mas não homogênea, pela planície pantaneira.
Alguns dos últimos levantamentos de espécies apontaram que o bioma possui 269 espécies de peixes, 44 de anfíbios, 127 de répteis, 582 de aves e 152 de mamíferos.
São necessários, no entanto, mais inventários de espécies para preencher lacunas críticas de conhecimento sobre outros grupos, como o dos invertebrados – sobre os quais ainda não há levantamento sobre o número de espécies –, além de crustáceos, moluscos e lepidópteros (ordem de insetos que inclui as borboletas), que ainda são pouco conhecidos.
“Uma iniciativa que vai nos dar uma grande contribuição nesse sentido será o programa Biota Mato Grosso do Sul, que começou ser implementado há três anos”, disse Tomas.
Inspirado no BIOTA-Fapesp, o programa Biota Mato Grosso do Sul pretende consolidar a infraestrutura de coleções e acervos em museus, herbários, jardins botânicos, zoológicos e bancos de germoplasma do Mato Grosso do Sul para preencher lacunas de conhecimento, taxonômicas e geográficas, sobre a diversidade biológica no estado.
Para atingir esse objetivo, pesquisadores pretendem informatizar os acervos e coleções científicas e estabelecer uma rede de informação em biodiversidade entre todas as instituições envolvidas com a pesquisa e conservação de biodiversidade do Mato Grosso do Sul.
“Começamos agora a fazer os primeiros inventários de espécies de regiões- chave do estado e estamos preparando um volume especial da revista Biota Neotropica sobre a biodiversidade de Mato Grosso do Sul, que será um passo fundamental para verificarmos as informações disponíveis sobre a biota do Pantanal e direcionar nossas ações”, disse Tomas à Agência FAPESP.
“Diferentemente do Estado de São Paulo, que tem coleções gigantescas, Mato Grosso do Sul não dispõe de grandes coleções para fazermos mapeamentos de diversidade. Por isso, precisaremos ir a campo para fazer os inventários”, explicou.
Estratégias de conservação
Os pesquisadores também chamaram a atenção para o fato de que, atualmente, apenas cerca de 5% do Pantanal está protegido por unidades de conservação. E que muitas das espécies de animais da região, como a onça- pintada, a ariranha e a arara-azul, por exemplo, não são protegidas efetivamente, porque ficam fora dessas unidades de conservação.
“A conservação de espécies ameaçadas no Pantanal requer estratégias mais amplas do que apenas a implantação ou gestão das unidades de conservação”, destacou Tomas. “São necessárias políticas de gestão de bacias hidrográficas e de remuneração por serviços ecossistêmicos para assegurar a conservação de espécies ameaçadas.”
Imprensa – SEESP
Foto da home: Foto: Alkoby/Flickr
O cenário de sustentabilidade global não está limitado ao controle da produção de dióxido de carbono, de acordo com o engenheiro agrônomo Elibio Rech, pesquisador do Laboratório de Biologia Sintética da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia (Cenargen).
“A equação da sustentabilidade é composta de diversos componentes, como saúde humana, educação, segurança alimentar, ambiental e ecológica e valor de mercado. É particularmente importante que as tecnologias modernas, incluindo os transgênicos, sejam cada vez mais utilizados para atingir a intensificação sustentável da produção de alimentos”, disse Rech, que também é professor da pós-graduação em Biologia Molecular da Universidade de Brasília (UnB), durante a 7ª Conferência e Assembleia Geral da Rede Global de Academias de Ciências (IAP).
De acordo com o engenheiro agrônomo, exemplos no Brasil de iniciativas científicas sustentáveis não faltam: na área de bioenergia e de óleos, por exemplo, a Embrapa Cenargen está fazendo a chamada engenharia metabólica.
“Nós mudamos a rota metabólica dentro da soja para aumentar a quantidade de ácido oleico – o bom óleo – e reduzir o ácido palmítico, o que é interessante para a área de bioenergia de combustíveis. O óleo da soja usado como combustível, composto por aproximadamente 25% de ácido oleico e 13% de palmítico, apresenta menor desempenho e dano ao motor por oxidar mais rapidamente e ter um ponto de congelamento alto. A soja que desenvolvemos tem 95% de oleico e 4% de palmítico, o que faz com que ela não oxide e não congele facilmente, melhorando o desempenho do motor”, exemplificou Rech.
Para uso no consumo humano, o alto nível de ácido oleico na soja possibilita expandir o tempo de saturação do óleo durante o processo de frituras.
A Embrapa desenvolveu também uma série de moléculas transgênicas recombinantes, como a insulina transgênica e o hormônio do crescimento, contou Rech.
Em parceria com os Institutos Nacionais de Saúde (NIH), dos Estados Unidos, a empresa brasileira desenvolveu linhagens de soja produtoras de sementes contendo a molécula cianovirina, de ação microbicida, que os cientistas pretendem usar para a fabricação de um gel vaginal anti-HIV [leia mais na revista Pesquisa FAPESP].
Segundo Rech, o maior problema ainda é o preço dessas tecnologias. “Essas moléculas já estão disponíveis, mas ainda são muito caras. O tratamento com o hormônio do crescimento humano, por exemplo, custa cerca de R$ 4 mil por mês. Temos evidências de que, usando plantas para gerar a matéria-prima, conseguiremos reduzir o custo desses medicamentos, o que terá uma implicação social importante, uma vez que assim aumentaremos o acesso da população a eles”, afirmou.
Organizada pela Academia Brasileira de Ciências, a 7ª Conferência e Assembleia da IAP, que teve como tema "Ciência para a Erradicação da Pobreza e o Desenvolvimento Sustentável", reuniu no início do ano mais de 130 cientistas de diversos países no Rio de Janeiro.
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Fonte: Agência Fapesp
O seminário preparatório à 5ª Conferência Estadual das Cidades (CEC) atraiu mais de 400 pessoas nesta quarta-feira (24/04), no auditório do Edifício Cidade I, no centro da Capital. A CEC será realizada entre os dias 26 e 28 de setembro próximo. O vice-presidente do SEESP, Laerte Conceição Mathias de Oliveira [foto ao lado], representando o segmento dos trabalhadores, compôs a mesa de abertura do seminário. Ainda fizeram parte todos os seis segmentos previstos pelo Regimento – movimentos populares, sindicatos, entidades empresariais, acadêmicas e profissionais, ONGs, representantes do Executivo e do Legislativo estadual e do Legislativo municipal. Os trabalhos foram iniciados pelo vice-presidente da Emplasa (Empresa Paulista de Planejamento Metropolitano S.A.), José Luiz Pedretti.
Humberto Parro, coordenador da SDM (Secretaria de Desenvolvimento Metropolitano) e membro da comissão organizadora da 5ªCEC, disse que a secretaria intensificará os contatos com os 645 municípios do Estado para aumentar a adesão das cidades às conferências municipais, hoje esse número alcança 112. “Se todos os municípios paulistas entrarem com os delegados a que têm direito, seremos quase quatro mil representantes em setembro, um verdadeiro parâmetro para o Brasil”, concluiu Parro.
A 5ª Conferência Nacional das Cidades, que será realizada em novembro próximo, em Brasília, terá como tema “Quem muda a cidade somos nós: reforma urbana já!”. O evento terá como foco principal a implementação do Sistema Nacional de Desenvolvimento Urbano (SNDU), que integrará, consolidará e definirá os papéis dos entes federados (Governo Federal, Estadual e Municipal), no que tange às políticas de Moradia digna, Mobilidade, Saneamento e Planejamento Urbano, levando-se em consideração os avanços, as dificuldades, os desafios e as propostas consolidadas nas Conferências Estaduais.
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Com informação da Assessoria de Imprensa da Secretaria de Desenvolvimento Metropolitano
Fotos: Thiago Benedetti
Nesta quinta-feira (25/04), das 16h às 18h, o diretor do SEESP, Carlos Augusto Kirchner, representando a FNE (Federação Nacional dos Engenheiros), participa da sala temática “Reflexos dos programas federais nos municípios”, abordando a transferência de ativos da iluminação pública para as cidades, no II Encontro dos Municípios com o desenvolvimento sustentável, realizado pela FNP (Frente Nacional de Prefeitos), em Brasília, desde terça-feira (23). Kirchner participa do painel junto com os prefeitos de Ribeirão Preto e Marília (SP) e de Caruaru (PE), com representante do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e com o consultor jurídico da frente.
Os programas federais têm alcançado impactos bastante positivos na redução da pobreza, possibilitando a melhora nos indicadores socioeconômicos. Contudo, a dívida social continua enorme e a heterogeneidade da situação econômica e social dos municípios brasileiros nem sempre é atendida. Além disso, muitos desses programas comprometem o orçamento dos municípios com o custeio dos projetos, diminuindo sua autonomia no momento do investimento.
Dessa forma, esta sala temática se propõe a abordar os impactos positivos e negativos dos programas federais nos municípios nas áreas de: educação, saúde, habitação e infraestrutura.
O evento está sendo realizado no Centro de Eventos Brasil 21 - Sala Vera Cruz 1.
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Está cada vez mais caro e difícil estacionar nas áreas mais valorizadas de São Paulo. O preço segue a lei da oferta e da procura, associada ao valor dos terrenos. A tendência é piorar gradativamente.
Como nos últimos anos a prefeitura adotou uma política de severa restrição de estacionamento nas vias públicas, o custo explodiu.
Para atrair os usuários de carros, essas restrições deveriam ser acompanhadas pela melhoria do transporte público, mas isso não aconteceu.
Sem alternativa, aumentou o custo do uso do automóvel na cidade, que é utilizado diariamente por grande parte da população para trabalhar ou estudar, motivo de 80% das viagens feitas em São Paulo.
Nesse contexto, os edifícios comerciais da cidade passaram a ser construídos com vários andares subterrâneos de garagem, oferecendo vagas excedentes como estacionamento pago.
São Paulo tem menos de 7 km de metrô por milhão de habitantes, enquanto Nova York tem mais de 40 km de metrô por milhão de habitantes.
Não é por acaso que lá o arranha-céu que substituirá as Torres Gêmeas terá garagem para apenas 200 vagas, enquanto que por aqui qualquer edifício comercial de médio porte precisa do dobro dessa quantidade de vagas.
Somos dependentes dos automóveis, pois nossos impostos não são aplicados em transporte de alta capacidade. O problema do estacionamento na cidade é o resultado dessa falta de transporte.
* por Sérgio Ejzenberg, engenheiro e mestre em transportes pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli/USP). Este artigo foi originalmente publicado no jornal Folha de S.Paulo, de 25/04/2013
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