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30/07/2010

CURSOS

CAMPINAS
Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) – Museu Exploratório de Ciências

Site: www.unicamp.br/unicamp
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Telefone: (19) 3521-1729
• Fórum “Biodiversidade em perspectiva: patrimônio genético, patentes e pirataria”. Para refletir sobre os direitos de propriedade dos royalties das descobertas científicas no Brasil e no mundo. O encontro pretende subsidiar o esclarecimento da comunidade com informações diversificadas e críticas, a discussão racional de questões atuais no contexto global e também destacar as características do Brasil, que tem a maior biodiversidade de flora e fauna do planeta. O evento acontece no dia 12 de agosto, das 9h às 17h, no Centro de Convenções da Unicamp. A participação é gratuita.

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
Sinduscon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo)

Site: www.sindusconsp.com.br
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Telefone: (12) 3942-5007
• Gestão de resíduos da construção civil. Para dar subsídios aos participantes no manejo e destinação dos resíduos gerados pelas obras. O curso abordará os impactos dos resíduos da construção e demolição no ambiente urbano, a nova legislação, normas técnicas, o exercício das responsabilidades, a prática em canteiros, a repercussão nas cidades e ainda estudo de caso. A atividade acontece no dia 11 de agosto, das 9h às 18h, e o custo é de R$ 170,00 para associados ao Sinduscon e de R$ 300,00 para os demais.

SÃO PAULO
Instituto de Engenharia
Site: www.institutodeengenharia.org.br  
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Telefone: (11) 3466-9253
• Direito e perícia judicial. Para capacitar engenheiros a atuarem na área judicial. O curso abordará o desenvolvimento de um processo judicial, o que fazer para se tornar perito, tipos de ações que envolvem esse profissional e o assistente técnico, direito de vizinhança, desapropriação, mediação e arbitragem, código de defesa do consumidor aplicado à engenharia e contratos por administração e empreitada. Com carga de 12 horas, a atividade acontece nos dias 9, 11 e 16 de agosto, das 19h às 23h. O preço é de R$ 350,00 para associados ao instituto e de R$ 420,00 para não filiados.

VDI-Brasil (Associação de Engenheiros Brasil-Alemanha)
Site: www.vdibrasil.com.br
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Telefone: (11) 5180-2316
• Workshop gerenciamento de projetos: planejamento estratégico ao alcance de todos. Para adquirir uma visão prática de gerenciamento de projetos útil a organizações de pequeno, médio ou grande porte. O objetivo é auxiliar e treinar os participantes na execução e controle de seus projetos. Para tanto, terá como pano de fundo um caso prático, com a utilização da técnica de jogos RPG (Role Playing Games). O workshop será ministrado no dia 16 de agosto, das 8h30 às 17h30, e o custo é de R$ 400,00 para associados à VDI-Brasil, de R$ 500,00 para sócios da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha e de R$ 600,00 para os demais.

 

 

30/07/2010

CANTEIRO

Blogueiros se reunirão no SEESP em agosto
      
Na Capital, o sindicato sediará em 21 e 22 de agosto próximo o 1º Encontro Nacional de Blogueiros Progressistas. O evento conta com o apoio institucional do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, Altercom (Associação Brasileira de Empresas e Empreendedores da Comunicação) e MSM (Movimento dos Sem Mídia). Segundo informações constantes do site da primeira organização, já havia, até 22 de julho, 117 inscritos de 14 estados da federação. O objetivo é contribuir para a democratização dos meios de comunicação e fortalecer as mídias alternativas. Entre os participantes, os jornalistas Luiz Carlos Azenha, Paulo Henrique Amorim e Luis Nassif. Além de palestras, ocorrerão também oficinas sobre twitter, videoweb, rastreamento de trolls e debates sobre a sustentabilidade financeira dos blogs. A taxa de inscrição é de R$ 100,00; para estudantes, contudo, é de R $ 20,00. Poderão participar interessados no tema em geral. Mais informações no site www.baraodeitarare.org.br, pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. ou telefone (11) 3054-1829, com Daniele Penha.

Acordos aprovados
      Cesp e Emae – Em ambas companhias, foram aprovados em assembleias, respectivamente em 20 e 22 de julho, os acordos coletivos de trabalho 2010 com base em contrapropostas apresentadas pelas empresas. Destacam-se: 4,93% de reajuste salarial extensível aos benefícios de caráter econômico; 11% de reajuste do auxílio-alimentação/lanche matinal, cesta básica e auxílio-creche; aplicação da PRR 2011; e garantia de emprego para 98% do quadro de pessoal existente em 31 de maio último. A data-base é 1º de junho.
      Grupo CPFL e CPFL Piratininga – No dia 14 de julho, em assembleia ocorrida na sede da Delegacia Sindical do SEESP em Campinas, os engenheiros empregados no Grupo CPFL e CPFL Piratininga aprovaram a contraproposta das companhias com vistas à assinatura do Acordo Coletivo 2010. Os principais pontos são: 6,5% de reajuste salarial (data-base em 1º de junho) extensível aos benefícios de caráter econômico, à exceção dos vales-refeição e alimentação, recompostos em 8%; garantia de emprego para 97,5% do quadro de funcionários existente em 31 de maio último; e pagamento da PLR 2010 com previsão de distribuição de até uma folha.
      Comgás – A categoria aprovou em assembleia no dia 27 de julho acordo relativo à data-base em 1º de junho. Este inclui: reajuste salarial de 6,5% para não gestores extensível à maioria dos benefícios, antecipação da PLR no mês de setembro, no valor de R$ 2.030,00; e manutenção de cláusulas preexistentes.

Treinamento e adicional de periculosidade
       Cerca de 30 engenheiros de todo o País da GE Healthcare receberam em 27 de julho, no SEESP, na Capital, treinamento sobre segurança em serviços e instalação elétrica. Este foi dado pelos engenheiros Agnaldo Bizzo e José Manoel Teixeira, o qual é diretor do sindicato. No mesmo dia, houve assembleia em que foram aprovadas a incorporação ao salário de percentual relativo a adicional de periculosidade de profissionais que deixarão de recebê-lo; o compromisso de fornecimento pela empresa do PPP (Perfil Profissiográfico Previdenciário); e a continuidade da política de cursos na área de segurança do trabalho. Haverá ainda duas outras assembleias em local a ser definido.

Encontro nacional
      A iniciativa da CNTU (Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários Regulamentados), em sua primeira edição, acontecerá em novembro próximo, na sede do SEESP, na Capital paulista. Sobre o tema “O papel decisivo dos profissionais de formação universitária no desenvolvimento sustentável do Brasil”, abordará questões como trabalho qualificado, infraestrutura, melhoria na qualidade de vida, nos serviços públicos e na aposentadoria. As propostas debatidas serão incorporadas a um manifesto e levadas como contribuição aos eleitos de 2010, em todos os níveis. Mais informações e inscrições no site www.cntu.org.br, pelo telefone (11) 3113-2641 ou e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

Para participar do IV EcoSP
      Estão abertas as inscrições para o IV EcoSP (Encontro de Meio Ambiente de São Paulo), a ocorrer entre 17 e 19 de novembro próximo, no Novotel São Paulo Center Norte (Av. Zaki Narchi, 500), na Capital. Promovida pelo SEESP e FNE (Federação Nacional dos Engenheiros), a iniciativa discutirá pontos constantes do projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento”, lançado pela federação em 2006 e atualizado no ano passado, o qual propugna por uma plataforma nacional de desenvolvimento sustentável. Nesta edição, contempla ainda temas como mudanças climáticas, inspeção veicular ambiental e resíduos sólidos. E contará com participação internacional. Além disso, o encontro inova ao abrir espaço a estudantes do ensino superior exporem seus trabalhos científicos. As inscrições podem ser feitas gratuitamente no site www.ecovale-seesp.com.br.

Oportunidades
      
Segundo levantamento feito até o dia 26 de julho, a área de Oportunidades & Desenvolvimento Profissional do SEESP dispõe de 139 vagas, sendo 126 para engenheiros das diversas modalidades e 13 para estudantes. Para se candidatar, clique aqui. Mais informações pelos telefones (11) 3113-2669/70.

 

 

 

O Brasil possui cerca de 600 mil engenheiros registrados. É muito ou pouco para tocar o crescimento do país?, pergunta José Pastore em artigo. Para ele, as escolas precisam se atualizar e ampliar a oferta de engenheiros competentes.

        O Brasil possui cerca de 600 mil engenheiros registrados. É muito ou pouco para tocar o crescimento do país? 
        Há controvérsias. Para alguns, seis engenheiros para cada mil trabalhadores é muito pouco. Nos EUA são 25. Segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI), até 2012 faltarão cerca de 150 mil engenheiros para preencher as vagas que estão surgindo. A maior demanda será por engenheiros na área de energia. 
        Hoje, os profissionais experientes em óleo e gás, por exemplo, ganham R$ 30 mil por mês e o salário inicial para jovens bem formados está em torno de R$ 7 mil mensais. Faltarão também engenheiros para as áreas de transporte (metrô e trem-bala), construção pesada, produção industrial, sistemas de informação e pesquisa e desenvolvimento. 
        Para os que analisam a expansão das escolas de engenharia, porém, não haverá desequilíbrio entre oferta e demanda. Para 2012 espera-se a diplomação de mais de 100 mil engenheiros, o que seria suficiente para atender à demanda estimada de 85 mil profissionais para um crescimento de 5% ao ano. Ademais, com bons salários, muitos engenheiros que trabalham fora do campo serão atraídos para atividades de engenharia.

O que dizer dessas duas posições? 
        Mais do que qualquer outra profissão, o ajuste entre oferta e demanda de engenheiros está muito ligado ao ritmo de crescimento. Quando a economia mundial estava a todo vapor (2000-2006), nos EUA, que formam cerca de 130 mil engenheiros por ano, havia falta de engenheiros em vários ramos. 
        Os aposentados estavam sendo recontratados para suprir a demanda. Muitos deles, trabalhando em tempo parcial, ganhavam mais do que quando trabalhavam em tempo integral. Com a crise iniciada em 2007, o quadro virou e os engenheiros passaram a amargar desemprego e queda de salários. Pouco se fala em falta generalizada de engenheiros nos dias de hoje, o que também ocorre na União Europeia. 
        Excesso ou escassez dependem ainda do tipo de profissional que se busca. Por exemplo: no Brasil a falta é gritante quando se procura recrutar engenheiros com quatro ou cinco anos de experiência com tecnologias de ponta nas áreas acima indicadas, em especial na do pré-sal. O profissional pronto e acabado, de boa qualidade e com conhecimento amplo das novidades da ciência e da tecnologia é raro. Os especialistas dizem que, dos 35 mil engenheiros que se formam no Brasil todos os anos, apenas 10 mil têm a necessária competência para atender às novas necessidades. 
        O desencontro decorre ainda do fato de a economia brasileira ter ficado estagnada por mais de 20 anos quando o mercado ficou saturado para várias profissões. Na época, muitos engenheiros foram trabalhar em outras áreas - financeira, comercial, administração e até recursos humanos. 
        Esses profissionais, em sua maioria, não conseguem se reciclar para atender às tecnologias de última geração. Por isso, os 600 mil engenheiros existentes no Brasil não podem ser considerados como a oferta total desses profissionais para os modernos serviços de engenharia, com a agravante de que as escolas de engenharia não dão conta da demanda específica nas áreas indicadas. 
        Como em todas as profissões, a escassez de engenheiros é sentida quando se leva em conta a especialidade e a qualidade dos profissionais. Engenheiros experientes e bem formados nas novas tecnologias não precisam buscar bons empregos, porque os empregos vão até eles. Esses profissionais são raríssimos. É isso que está fazendo muitas empresas investirem pesadamente no treinamento em serviço dos seus engenheiros, assim como considerarem a importação desses profissionais dos países em que, por causa da crise, eles ficaram excedentes. 
        Assim, não se pode olhar apenas para os grandes números e tentar resolver o problema simplesmente aumentando o montante de formados. As escolas precisam se atualizar e ampliar a oferta de engenheiros competentes. Isso é fundamental para sustentar o crescimento acelerado que todos querem. 

 

José Pastore é professor de relações do trabalho da Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo (FEA-USP).
Artigo publicado em O Estado de S. Paulo.

www.fne.org.br

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

       Para traçar um retrato da população brasileira, técnicos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) vão inserir novos itens nos questionários do Censo 2010, que será aplicado em todo País a partir de 1º de agosto.
       Os documentos incluirão perguntas sobre cônjuges do mesmo sexo, registro de nascimento para pessoas com até dez anos, etnia e língua indígena, disponibilidade de luz elétrica, tempo de deslocamento para o local de trabalho, entre outros.
       O censo já incluiu questões sobre condições habitacionais e socioeconômicas como raça, religião, trabalho e renda, deficiência, além de fecundidade, por exemplo. 
       "Esse censo estruturou um levantamento sobre o entorno do domicílio como a existência de asfaltamento, iluminação pública, calçamento, disposição do lixo, valas de esgoto etc. Informações que vão desde a área de saúde, planejamento urbano até os investimentos domésticos", informou a diretora de Pesquisas do IBGE, Wasmália Bivar.
       Com o objetivo de visitar os 58 milhões de domicílios do País, a pesquisa quer identificar as transformações sociais desde o último censo, em 2002, ajudando na elaboração de políticas públicas e auxiliando a iniciativa privada a definir investimentos.
       O IBGE pede que a população fique atenta à visita dos recenseadores, que estarão identificados com crachá contendo identidade e matrícula, mais um computador de mão, um pequeno aparelho de cor azul, e forneça as informações necessárias.
       A coordenadora lembra que o instituto não cobra documentos que comprovem as informações dadas aos recenseadores e informa que, em caso de desconfiança, o morador pode checar a identidade do profissional ligando para 0800 721 8181.
       "O IBGE é uma instituição conhecida por sua respeitabilidade, e a população costuma entender bem o trabalho do recenseador. Raramente temos recusa", afirmou a coordenadora Operacional do Censo 2010, Maria Vilma Salles.

 

Fonte: Agência Brasil
www.cntu.org.br

 

 

       A realização do estudo foi aprovada, por unanimidade, pelos conselheiros no julgamento da compra de ativos da empresa portuguesa Cimpor, na região de Capivari de Baixo, no interior de Santa Catarina, pela Supermix, do grupo Votorantim.
       O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) decidiu focar o setor de cimento para verificar se a aquisição de concreteiras está levando a grandes concentrações de mercado e, eventualmente, à organização de um cartel. 
       O órgão antitruste vai fazer um estudo sobre o setor para identificar quantas concreteiras saíram do mercado, quantas foram absorvidas por cimenteiras e o que aconteceu nas regiões onde ocorreram aquisições: se os preços aumentaram, se houve redução de demanda e se está mais difícil a situação de empresas independentes. 
       A realização do estudo foi aprovada, por unanimidade, pelos conselheiros no julgamento da compra de ativos da empresa portuguesa Cimpor, na região de Capivari de Baixo, no interior de Santa Catarina, pela Supermix, do grupo Votorantim. 
       Era um caso isolado no setor de cimento que, como outros, são aprovados no cotidiano de julgamentos do Cade. Mas, o órgão percebeu que está recebendo muitos casos de compra de pequenas concreteiras. Foram mais de 30, desde 2003. Esse movimento do mercado acendeu um sinal de alerta para os conselheiros. Isoladamente, cada aquisição de concreteira pode ser aprovada, mas será que, ao fim, o setor não está ficando excessivamente concentrado, o que pode levar a um cartel? 
       "Eu quero saber como está o estado do mercado onde houve a aquisição de concreteiras independentes", afirmou o conselheiro relator do processo, Carlos Ragazzo. "O mercado está mais competitivo ou menos? A entrada de concorrentes está mais difícil ou não?", exemplificou. 
       Em outro caso julgado ontem, o Cade aprovou a compra de ativos da Camargo Corrêa Cimentos pela Polimix Concreto. A Polimix é uma empresa do grupo Votorantim. Os ativos estão localizados em Ubatuba, no litoral, e em Tatuí, no interior de São Paulo. A Secretaria de Acompanhamento Econômico (Seae) do Ministério da Fazenda fez um parecer recomendando ao Cade que determinasse a venda de parte da operação de concreto da Camargo Corrêa, em Tatuí, para outros concorrentes. 
       Mas, o relator do caso, conselheiro César Mattos, votou pela aprovação do negócio. Ele ressaltou que o órgão antitruste pode determinar a venda de cimenteiras ou de concreteiras, no futuro. 
       Somadas, as duas decisões de ontem representam um sinal amarelo para o caso Cimpor - a compra de participações minoritárias nessa empresa pela Camargo Corrêa e pela Votorantim. Isso porque os conselheiros travaram longo debate sobre a concentração no setor, mostraram-se preocupados com a aquisição de concreteiras e com a compra de participações minoritárias no setor. No caso Cimpor, a Camargo e a Votorantim acabaram inviabilizando a oferta da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN).
       Durante o julgamento, a advogada Gianni Araújo, que atuou para a Polimix afirmou que a empresa "tem total interesse em que haja rivalidade entre concreteiras porque ela é fornecedora de cimento". Segundo ela, o aumento do consumo é benéfico para a companhia. 
       O presidente do Cade, Arthur Badin, propôs o adiamento dos dois julgamentos, pois a Secretaria de Direito Econômico (SDE) do Ministério da Justiça está concluindo as investigações de um cartel no setor de cimento. Para ele, o conselho deveria esperar as conclusões da SDE. Mas os demais integrantes do Cade optaram por julgar os dois processos.

 

Juliano Basile, Valor Econômico
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       O Brasil vai firmar hoje (29) acordo previdenciário com o Japão, para permitir que trabalhadores brasileiros que estão naquele país possam somar seu tempo de trabalho no Brasil para efeito de aposentadoria. A regra valerá para que eles venham a obter os benefícios por idade, invalidez e pensão por morte. Calcula-se que, atualmente, 300 mil brasileiros trabalhem no Japão.
       Pelo acordo, cada país vai pagar a parte proporcional ao tempo de contribuição do trabalhador dentro do seu sistema previdenciário, como já é feito por meio de acordos firmados com outros oito países.
       O acordo será assinado em Tóquio. O ministro da Previdência Social, Carlos Eduardo Gabas, estará no Japão para a assinatura e também por causa da comemoração dos 20 anos da migração de brasileiros para o país. Segundo ele, também há entendimentos com os Estados Unidos para que os trabalhadores brasileiros que estão naquele país possam se beneficiar da mesma medida.
       De acordo com o ministro, outros entendimentos já foram feitos com diversos países da Europa. O Brasil já firmou 22 acordos com países das Américas e falta a ratificação de sete deles. Gabas disse que também estão com negociação prevista acordos previdenciários com Israel, Síria, Líbano, Angola, Moçambique e África do Sul.

 

www.cntu.org.br

 

 

 

"Já fizemos outras parcerias com a Aneel", disse Mariana Tavares de Araújo, secretária de Direito Econômico do Ministério da Justiça. "Agora, poderemos operar de maneira ainda mais articulada ."

       Os órgãos antitruste do governo assinaram um acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para prevenir cartéis no setor elétrico. Eles vão trocar informações e fazer estudos no setor com o objetivo de garantir a competição entre as empresas. "A nossa intenção é estreitar os laços institucionais, sobretudo, dos corpos técnicos", afirmou Arthur Badin, presidente do Conselho Administrativo de Defesa da Concorrência (Cade). Ele defendeu uma troca efetiva de informações com a agência reguladora.
       "Já fizemos outras parcerias com a Aneel", disse Mariana Tavares de Araújo, secretária de Direito Econômico do Ministério da Justiça. "Agora, poderemos operar de maneira ainda mais articulada ."
       Mariana lembrou que, antes do leilão para a construção da usina Santo Antonio, no rio Madeira, a SDE suspendeu as cláusulas de exclusividade feitas pela Odebrecht com fornecedores de turbinas. A suspensão garantiu a competição entre os consórcios. Ao fim, o preço mínimo do megawatt/hora foi reduzido de R$ 122 para R$ 78,87, o que resultará em economia de R$ 16,4 bilhões em 30 anos. 
       Nelson Hubner, da Aneel, ressaltou que a agência tem a obrigação de realizar leilões de energia e concorrências para a contratação de novas usinas. São casos em que a competição é fundamental para que o governo consiga bons preços e os consumidores não sejam prejudicados com tarifas altas.

 

Juliano Basile, Valor Econômico
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"Um plano de acompanhamento dos estudantes dos primeiros anos das Engenharias é fundamental"

       José Roberto Cardoso é diretor da Escola Politécnica da USP e coordenador do Conselho Tecnológico do Sindicato dos Engenheiros do estado de São Paulo. Artigo publicado em "O Estado de SP":
       Em novembro de 2009 o Estado estampou a matéria Ministério espera dobrar a oferta em 6 a 8 anos, em que o Ministério da Educação (MEC) apontava incentivos à criação de novos cursos de Engenharia para suprir a necessidade de mais engenheiros. Dentre as razões apresentadas, citava que a excessiva quantidade de denominações dos cursos de Engenharia limita a expansão da área!
       De fato, temos um exagero de denominações nos cursos, mas nem de longe essa é a razão de tal limitação. O causa principal do excesso de denominações dos cursos, fruto da tendência especialista praticada pelas escolas de Engenharia na década de 1970, foi prejudicar sobremaneira a mobilidade de nossos formandos nesse campo. Não tem sentido atribuir nomes a cursos que o próprio setor produtivo não conhece, mais ainda, que os próprios alunos do ensino médio não têm a mínima ideia do seu significado.
       Várias especialidades foram criadas para acomodar divergências internas nas universidades públicas e/ou para atrair novos alunos com denominações de cursos ilusórias, oriundas mais de ações de marketing do que da real necessidade da Nação. Não são poucos os estudantes que tiveram sua contratação cancelada simplesmente pelo fato de que o nome de seu curso não coincidia com o nome colocado no edital, apesar de sua especialidade ser uma ênfase da modalidade exigida.
       A Europa já resolveu essa questão via tratado de Bolonha, que limitou em 14 as denominações dos cursos europeus; na América do Sul, a Argentina já fez a sua lição de casa, reduzindo-as a 22.
       No Brasil a discussão é intensa e estamos longe de chegar a bom termo, pois são grandes as reações contrárias à proposta. Esquecem os dirigentes que os benefícios oriundos dessa redução para os estudantes serão sensíveis, sobretudo quanto à facilidade decorrente das mudanças de rumo de sua carreira e à expansão do leque de opções pós-formatura, além de possibilitar uma revisão em nossos cursos no sentido de levá-los a um conceito mais generalista, como parece ser a tendência atual em todo o planeta.
       Com relação aos números, o Brasil apresenta quase 1.500 cursos de Engenharia, que oferecem aproximadamente 150 mil vagas por ano. Apesar de tal oferta generosa, temos apenas 300 mil estudantes nessa área (deveríamos ter 750 mil!) e apenas 30 mil se formam anualmente. A realidade é que a evasão nos cursos de Engenharia é vergonhosa, tudo isso sem contar que recentes avaliações apontam que apenas um quarto desse contingente tem nível de formação considerado satisfatório.
       Por essas razões, podemos concluir que não estamos com déficit em número de cursos, mas o rendimento de nossas escolas de Engenharia é muito baixo. As universidades públicas paulistas, estas, sim, poderiam fazer um esforço adicional para aumentar suas vagas nas Engenharias. Há espaço para isso, pois nessas instituições de ensino superior apenas cerca de 25% de suas vagas são destinadas às carreiras tecnológicas, o que mostra um desequilíbrio em relação às demais carreiras.
       Levantamentos indicam também que mais de 50% de nossos estudantes abandonam o curso ao final do segundo ano por não conseguirem acompanhá-lo, seja pela dificuldade inerente à formação ou por questões financeiras, visto que o curso de Engenharia é caro, entre outros motivos, pela exigência de laboratórios especializados, que precisam de contínua renovação.
       O MEC, por sua vez, precisa encontrar uma solução para mitigar esse baixo rendimento, que ocorre apenas nas carreiras tecnológicas. Já apontamos em outros artigos que uma das razões está ligada à pouca importância que o ensino médio dá às matérias de Física, Química e Matemática, vetores de incentivo à carreira tecnológica.
      Adicionalmente, o país apresenta um déficit de mais de 150 mil professores dessas matérias, de modo que temos mais de 150 mil profissionais que ministram Física, Química e Matemática sem formação na área, que transformam essas três disciplinas num "bicho de sete cabeças" que afasta os nossos jovens das carreiras tecnológicas, sobretudo da Engenharia.
       Já foi apontado também que a baixa carga horária de Física, Química e Matemática no ensino médio é outra questão que precisa ser revista, pois, se o país pretende atingir um patamar de desenvolvimento superior, suportado por uma tecnologia própria e de alto nível, apenas uma formação sólida nessas disciplinas garantirá a segurança que buscamos no futuro, senão continuaremos fadados a ser apenas exportadores de commodities, e não de produtos manufaturados.
       Acontece, no entanto, que as ações para resolver essas questões levarão algumas décadas, mesmo que as atitudes corretivas sejam tomadas de imediato. Apesar de algumas décadas serem um tempo muito curto para uma Nação, são, no entanto, demasiado longo para a Engenharia nacional, de modo que precisamos de ações emergenciais, dado o volume de investimentos projetados para os próximos anos.
       Dentre essas ações, julgamos que um plano de acompanhamento dos estudantes dos primeiros anos das Engenharias seja fundamental. As escolas investem recursos e esforços substanciais para atraí-los, mas não para mantê-los.
      O governo, considerando a dificuldade do momento, pode injetar recursos nas escolas de Engenharia para atualização de laboratórios, revisão de estruturas curriculares, atualização da base de T,I&C para acelerar o processo de ensino e aprendizagem e garantir uma boa formação.
       Quanto aos professores, devem entender que a Engenharia mudou. Está mais centrada na gestão do que no projeto, de modo que a estrutura curricular deve contemplar esta evolução sentida pela nossa profissão.

 

O Estado de SP, 20 de Julho
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Estudo inclui o trem-bala e prevê que quase metade dos investimentos previstos para o período de 2010 a 2013 será financiada pelo BNDES.

      Incrementado pela definição do edital de licitação do Trem de Alta Velocidade (TAV) Campinas - São Paulo - Rio, o volume de investimentos no setor ferroviário deverá alcançar R$ 55,7 bilhões entre 2010 e 2013. A estimativa é do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que projeta financiar quase a metade desse montante: R$ 25,7 bilhões.
       Segundo Dalmo Marchetti, gerente do Departamento de Transporte e Logística do BNDES, os investimentos do setor estacionados na casa dos R$ 4 bilhões por ano deverão subir para R$ 6 bilhões anuais a partir deste ano. Tirando os R$ 33 bilhões estimados para o TAV, o setor ferroviário de cargas deverá investir R$ 24,7 bilhões até 2013. Pelo levantamento de projetos do BNDES, cerca de 36% desses recursos irão para a expansão da malha atual de 29 mil quilômetros.
       Nova fase. Para o técnico do BNDES, após as concessões privadas, no fim da década de 90, e o ciclo de investimentos em ganhos de produtividade, o setor ferroviário de cargas entra numa terceira fase de desenvolvimento a partir de agora.
       Embora a velocidade média ainda seja considerada baixa, as tarifas e o volume transportado por quilômetro têm subido, capitalizando as empresas para investir em expansão.
       Segundo a Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF), o volume transportado por trilhos entre 1997 e 2009 aumentou 77,4%. A projeção para este ano é de 280 bilhões de toneladas por quilômetro útil. Os investimentos nas malhas concedidas devem somar este ano R$ 2,86 bilhões.
       "A produção do setor tem aumentado 7% ao ano ao longo da última década e o investimento cresce mais rápido, 15% ao ano. Com os projetos de expansão, essa taxa vai acelerar ainda mais", diz Marchetti.
       O levantamento do BNDES estima que a as concessionárias participarão com 37% dos investimentos previstos. Já o governo, que quer expandir a malha para 40 mil quilômetros até 2020, deve contribuir com 20%. Quatro projetos da estatal Valec lideram a expansão da malha ferroviária: a Ferrovia Centro-Oeste, a Oeste-Leste, a ampliação da Norte-Sul, e a ligação Panorama-Porto Murtinho. Juntos, eles somam quase 10 mil quilômetros.
       Os investimentos da Valec não terão financiamento do BNDES, mas o banco já apoia obras da iniciativa privada, como a Transnordestina e a expansão da Ferronorte. Deverá também financiar outros projetos em planejamento, como o Ferroanel de São Paulo, que contorna a região metropolitana. Até 2013, o BNDES projeta um crescimento de pelo menos 24% da malha atual.
       "É uma expansão bastante significativa, se analisarmos que até 2007 não havia crescimento. A distância média do transporte em ferrovia é de 550 quilômetros. O transporte rodoviário é muito competitivo em distâncias maiores. A expansão do sistema é importante para aumentar a inserção da ferrovia no transporte de longa distância", observa Marchetti.
       Para o BNDES, o novo ciclo de investimentos em ferrovias colocará os desembolsos do banco para o setor em outro patamar. Entre 2004 e 2008, o banco liberou R$ 4,2 bilhões para ferrovias, participando de 29% do conjunto de investimentos. Agora, prevê R$ 7 bilhões até 2013 apenas para o setor ferroviário de carga.
       Segundo Marchetti, a missão de financiar 60% do valor estimado para o TAV não ameaçará a perspectiva de desembolsos do banco para o setor de carga.
       O vencedor da licitação deverá tomar R$ 19,9 bilhões no BNDES para tirar o trem-bala do papel, mas o banco espera contar com ajuda da União para fazer frente ao projeto.
       Com os investimentos esperados pelo BNDES e o TAV, o setor ferroviário deverá responder por 52% dos investimentos do País em logística até 2013, estimados em R$ 106,6 bilhões.
       O BNDES deve financiar R$ 46 bilhões do total mapeado para transportes. O restante irá para portos (14%) e rodovias (34%).

PRESTE ATENÇÃO
1. Avanço. Segundo a ANTF, a produção do setor aumentou 77,4% entre 1997 e 2009, quando atingiu 243,3 bilhões de toneladas por quilômetro útil.
2. Investimento. Entre 1997 e 2009, as concessionárias do setor investiram R$ 20,96 bilhões nas malhas sob operação privada.
3. Custo. Estimado em R$ 33,1 bilhões, o trem-bala que ligará Campinas, São Paulo e Rio consumirá 29% do investimento em logística do País mapeado pelo BNDES até 2013.
4. Modernização. Do investimento total de R$ 24,7 bilhões previstos pelo BNDES para o setor ferroviário de carga, 64% serão destinados à modernização da malha existente e renovação da frota.

 

Alexandre Rodrigues, O Estado de S. Paulo
www.fne.org.br

 

 

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