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São 12 capítulos ilustrados que apresentam os progressos em tecnologia de carros comerciais, utilitários, de competição, super-esportivos e protótipos

        Dois investigadores da Universidade do Minho acabam de lançar o livro ‘Carros Elétricos’, o primeiro a nível mundial a tratar de forma ilustrada e abrangente a evolução deste tipo de veículo. A obra pretende afirmar o impacto crescente desta tecnologia, não só na indústria automobilística, mas também na sociedade em geral, como explicam os autores Jorge Martins e Francisco Brito, do Departamento de Engenharia Mecânica da Universidade do Minho.

        Ao longo de 12 capítulos ilustrados são apresentados os progressos dos carros comerciais, utilitários, de competição, super-esportivos e protótipos, entre outros. É dado destaque especial à mobilidade eléctrica em Portugal, onde vivem os autores do livro.


Sustentabilidade ambiental
        “Nesta obra apresentamos os veículos elétricos desde a sua génese até à atualidade e que nesta fase têm ganho um novo fôlego, os grandes construtores já começam a lançar modelos elétricos de grande difusão”, refere Jorge Martins.

        Ele explica que os leitores que se preocupam com a sustentabilidade ambiental poderão reforçar os seus argumentos em favor da mobilidade eléctrica, mas os fãs da velocidade também poderão conhecer os muitos modelos que não gastam sequer uma gota de gasolina.

        ‘Carros Elétricos’ de 200 páginas destina-se ao público em geral, sobretudo aos amantes dos automóveis não convencionais e da sua tecnologia. 
A edição da Publindústria e da Escola de Engenharia da Universidade do Minho estará à venda nas principais livrarias e também online, no site www.engebook.com/2/7707/Carros-Electricos. (Resumido de notícia do Correio do MInho, PT)


Quem são os autores
        Jorge Martins é doutorado em Engenharia pela Universidade de Birmingham, Inglaterra, e professor associado do Departamento de Engenharia Mecânica da UMinho, onde coordena o Laboratório de Motores Térmicos e Termodinâmica Aplicada. Lidera um projeto MIT-Portugal de Desenvolvimento de Veículos Elétricos.

        Francisco Brito é doutorado em Engenharia Mecânica e investigador de pós-doutoramento no Centro de Tecnologias Mecânicas e de Materiais (CT2M) da Universidade do Minho. Coordena o projeto ‘Análise e Desenvolvimento de Sistemas Integrados para Veículos Elétricos - MOBI-MPP’ do programa MIT-Portugal’.



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O Rodoanel passa perto das aldeias de Krukutu e da Barragem, que ficam a 8 quilômetros de distância, em linha reta, do trecho Sul, e da aldeia do Jaraguá, no trecho Oeste. As três aldeias abrigam cerca de 1.200 pessoas em 54 hectares de terras.

       Quase dois anos depois da inauguração do trecho Sul do Rodoanel Mário Covas, anel viário na região metropolitana de São Paulo, as três comunidades indígenas que vivem próximas à rodovia - duas no trecho Sul e uma no Oeste - ainda não receberam uma compensação pelo impacto socioambiental provocado pela obra nas aldeias.

       O acordo de compensação prevê a compra de mais terras para os moradores das três aldeias. A Desenvolvimento Rodoviário (Dersa), responsável pela obra, já fez um depósito em juízo de R$ 6 milhões, em agosto de 2010, com esse objetivo. Mesmo assim, as terras não foram adquiridas.

       O Rodoanel passa perto das aldeias de Krukutu e da Barragem, que ficam a 8 quilômetros de distância, em linha reta, do trecho Sul, e da aldeia do Jaraguá, no trecho Oeste. Apesar de ter sido construído antes, a compensação para a aldeia afetada pelo trecho Oeste foi determinada apenas durante o licenciamento do trecho Sul. As três aldeias abrigam cerca de 1.200 pessoas em 54 hectares de terras.

       Embora seu modo de vida tradicional já sofra a influência da metrópole, os indígenas têm a esperança que, de posse de mais terras, mesmo longe da capital, possam preservar a sua cultura. A mudança esbarra na dificuldade de achar terra adequadas ao modo de vida da população das aldeias. Quando as terras forem encontradas, a mudança dos índios para as novas áreas será voluntária e as aldeias antigas serão preservadas.

       O depósito do dinheiro para a compra das terras foi feito em juízo por causa da dificuldade na escolha das áreas. Segundo a Dersa, durante a discussão do licenciamento a empresa apresentou duas propostas para a Fundação Nacional do Índio (Funai), mas elas não foram aceitas. Uma foi a compra de áreas contíguas às aldeias de Krukutu e Barragem, e outra, um terreno às margens da represa Billings, em São Bernardo do Campo.

       Em 2008, A Funai começou a procurar, em parceria com os indígenas, terras nas cidades de Mairiporã, Eldorado e Apiaí, mas identificou problemas na documentação das áreas, o que impediu a compra, explica Nuno Nunes, da Funai. A antropóloga Maria Lúcia de Carvalho, responsável pelas visitas e pelo estudo dos locais, explica que a disponibilidade de recursos para pesca e caça e área para agricultura pesam na escolha.

       Este ano, duas áreas de 2,7 mil hectares, situadas no Vale do Ribeira, região sul do Estado, foram indicadas pela Funai e avaliadas pelo Instituto de Terras do Estado de São Paulo (Itesp) para atender às duas aldeias do trecho Sul.

       De acordo com a Dersa, a avaliação do Itesp, que envolve a verificação sobre a regularidade da documentação e do preço adequado, está sendo analisada por técnicos da empresa. O órgão não informou o município onde a área está localizada, nem o valor das terras, para evitar prejuízos na negociação. Para a comunidade do Jaraguá, uma área, também no interior do Estado, será avaliada pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

       Segundo o cacique da aldeia da Barragem, Timóteo da Silva Vera Popygua, os índios estão apreensivos com a demora. "Ainda não foi atendida a necessidade do índio guarani. É um descaso tanto da Dersa quanto da Funai, um empurra-empurra de responsabilidades", diz Popygua. O Ministério Público Federal também critica a demora, mas reconhece que a Dersa está prestando contas, diz o procurador Adilson do Amaral Filho.

       A Funai queria que a licença de instalação do Rodoanel Sul só saísse depois da compra das terras, mas segundo Amaral Filho, esse condicionamento não seria recomendável, já que a compra depende de fatores que fogem do controle da Dersa. "A questão dos prazos foi superada com o depósito do valor em juízo", diz o procurador.

       Após a compra das terras, a Funai reivindica que a Dersa faça um estudo para realocação das tribos nas novas áreas e arque com os custos do investimento, como a construção da infraestrutura de acesso e de saneamento básico.

       Segundo a Dersa, o pedido da Funai está sendo estudado, mas essas ações não estão previstas no acordo judicial, apenas "eventuais ônus para a aquisição, além do preço, tais como tributos, corretagem, e regularização cartorial".

       Para o Ministério Público, os gastos com a compensação aos índios devem ser cobertos pela empreendedora do Rodoanel. "A Dersa tem responsabilidade por todos os impactos que a obra causou. Tudo o que existe nas aldeias hoje, será preciso ter também nas novas áreas", diz Amaral Filho. Segundo ele, é preciso primeiro comprar as terras e ver se os R$ 6 milhões serão suficientes para cobrir os demais custos, ou se será preciso mais dinheiro. "Ninguém disse que os R$ 6 milhões encerravam a compensação", diz o procurador.



(Valor Econômico)
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O grande salto do banco começou em 2010, como parte das medidas anticíclicas contra a crise iniciada em 2008. Foi a época da criação do PSI, programa de juros baixos e fixos para que tomadores de diversos perfis pudessem adquirir bens de capital e planejar investimentos. 

      O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) deve fechar 2011 com um desempenho atípico em relação a anos anteriores. A grande novidade no perfil de desembolsos do banco em 2011 será a forte presença das pequenas e médias empresas, cujo financiamento por meio da Agência Especial de Financiamento Industrial (Finame) deve representar mais de 40% das liberações totais de recursos da instituição, o que representa um volume recorde.

      Toda a carteira da Finame, mais BNDES Automático e Cartão BNDES - que compõem a área de operações indiretas - deve somar R$ 72 bilhões, mais de 50% dos R$ 137 bilhões a serem desembolsados pelo banco este ano, e superior aos R$ 55 bilhões estimados para a área de infraestrutura até dezembro.

      O grande salto do BNDES na implantação da política que dá suporte às micro, pequenas e médias empresas começou em 2010, como parte das medidas anticíclicas contra a crise de 2008. Foi a época da criação do Programa de Sustentação do Investimento (PSI), com juros baixos e fixos, para que tomadores de diversos perfis tivessem segurança para adquirir bens de capital e avançarem nos planos de investimento.

      O PSI fez com que os financiamentos da Finame quase dobrassem em relação a 2009. A área de operações indiretas em 2010 liberou, por intermédio de bancos que atuam como agentes financeiros do banco, algo próximo a R$ 70 bilhões. O valor deve crescer este ano para quase R$ 73 bilhões.

      Boa parte desse crescimento tem a ver com a demanda do PSI, que continuou aquecida, principalmente para caminhões e ônibus, até o primeiro semestre, já que o preço do caminhão vai subir em 2012. "Houve uma corrida pela compra do caminhão", revelou uma fonte do banco. Agora, a procura arrefeceu e o que está sustentando a área é o cartão BNDES.

      O novo instrumento de estímulo ao crédito para compra de bens de capital, serviços e até para criação de cursos de formação profissional e idiomas para a Copa, por exemplo, vai atingir R$ 7,5 bilhões, ante R$ 4,3 bilhões emprestados em 2010, ou seja, um aumento de 76%. Para 2012, a expectativa do banco é que sejam liberados R$ 12 bilhões, via Cartão BNDES.

      A expectativa do banco é ter um desembolso maior em 2012, na casa dos R$ 145 bilhões. Isso pode ser alterado, dependendo do cenário economico e das prioridades do Planalto em relação às medidas anticíclicas. Antes de terminar o ano, já foi garantido ao BNDES um repasse inicial de R$ 10 bilhões de recursos do Tesouro.

      Se a expectativa do banco se confirmar, o PSI talvez possa voltar a ter uma demanda mais forte no ano que vem. "Tudo vai depender de funding", disse ao Valor o superintendente da área de Operações Indiretas, Cláudio Bernardo Guimarães de Moraes, que evitou fazer projeções sobre 2012.

      O superintendente confirmou a presença forte das micro, pequenas e médias nos financiamentos da área. "Quem sustentou o crescimento das operações indiretas foram as micro, pequenas e médias empresas", afirmou. Segundo Moraes, em 2011 a grande empresa teve participação de 31% nas liberações de crédito do segmento, ante 69% das micro, pequenas e médias. Esses percentuais avançaram ante 2010, quando as grandes participaram com 37%, e as micro, pequenas e médias com 67%.

      As estatísticas do BNDES referentes a janeiro-novembro informam que o financiamento às grandes empresas na área de Operações Indiretas estão caindo 12% ante 2010, e o das micro, pequenas e médias estão aumentando 10%. "Não há nenhum sinal de retrocesso nessa tendência", diz Moraes.

      O BNDES considera microempresa a que fatura até R$ 2, 4 milhões, a pequena, até R$ 16 milhões e a média, entre R$ 16 milhões e R$ 90 milhões. As operações são chamadas indiretas, porque são feitas através de bancos que atuam como agentes financeiros do BNDES. 



(Vera Saavedra Durão e Rafael Rosas, Valor Econômico)
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Sindicato dos Engenheiros realiza evento no Centro de Fortaleza junto com diversas instituições, com serviços e informações à população, que também conheceu a maquete do Castelão

       Levando uma pequena quantidade de água à Praça José de Alencar, no Centro de Fortaleza, moradores da cidade puderam saber, na quinta-feira, 22, como está a qualidade do líquido que chega às suas casas. Das 9h às 17h, o Sindicato dos Engenheiros do Ceará (Senge-Ce), filiado à FNE, realizou o evento “Tecnologia ao alcance de todos”, com diversos serviços e informações à população neste encerramento de atividades de 2011.

       As amostras de água foram avaliadas na hora por técnicos do Núcleo de Tecnologia Industrial do Ceará (Nutec), para informar qual o nível de potabilidade do produto. Enquanto isso, a Cagece e a Habitafor estiveram na na Praça, em campanha de sensibilização para o consumo consciente da água.


Engenharia para todos
       Outro serviço oferecido à população foi a orientação às famílias de baixa renda sobre como conseguir assistência técnica gratuita de engenheiros na reforma e construção de suas residências. Além disso, as instituições de ensino superior do estado fizeram demonstrações de produtos e tecnologias desenvolvidos em seus laboratório.

       O evento se constituiu em uma atividade atraente, não apenas pelos serviços, mas pelos stands e exposições realizadas. Pela primeira vez, a maquete do novo Castelão, sedida pela Secretaria da Copa (Secopa), foi apresentada em espaço público. No último dia 14, um grande relógio foi inaugurado na área externa do canteiro de obras do estádio para registrar os dias que faltam para a conclusão do projeto.

 


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Nos municípios com risco de surto de dengue, as equipes de saúde encontraram larvas do mosquito em mais de 3,9% dos imóveis visitados, índice considerado preocupante pelo ministério.

       A falta de abastecimento de água e de coleta de lixo está relacionada ao alto número de casos de dengue nas cidades. Dos 48 municípios com risco de surto da doença no verão, 62,5% têm menos da metade das casas com acesso a saneamento adequado. É o que mostra um levantamento feito pela Agência Brasil a partir da lista do Ministério da Saúde de cidades com risco de surto da doença e de dados sobre saneamento básico do Censo 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

       Uma casa tem saneamento adequado, segundo critérios do IBGE, quando dispõe de rede de água, esgoto ou fossa séptica e coleta de lixo direta ou indireta feita por uma empresa. De acordo com o levantamento, em somente 18 cidades com risco de surto, a maioria das casas encontra-se nessa situação. O restante dos municípios enquadra-se em saneamento semiadequado, quando dispõe de pelo menos um dos serviços, ou inadequado, quando não há nenhum dos serviços em pleno funcionamento.

       Os municípios com os menores percentuais de saneamento adequado estão no Norte e Nordeste, as duas regiões com o maior grupo de cidades com chances de surto de dengue. Nas duas regiões, são 39 cidades. Em Buritis (RO), Espigão do Oeste (RO), Mucajaí (RR), Porto Acre (AC), São Raimundo Nonato (PI) e Água Branca (PI), menos de 5% das casas têm saneamento em condição adequada.

       O Mapa da Dengue, do Ministério da Saúde, também mostra que a ausência de saneamento facilita o surgimento de criadouros do mosquito. No Norte, 44,4% dos focos de transmissão estão no lixo, no Nordeste, 72,1% são relacionados ao abastecimento de água.

       Para o secretário de Vigilância em Saúde do ministério, Jarbas Barbosa, o pior problema para o combate à dengue é o abastecimento irregular de água porque leva a população a usar caixas d'água, potes e barris. Mal tampados, esses pequenos reservatórios são ideais para o mosquitoAedes aegypti procriar devido à água parada, limpa e em pouca quantidade.

       “Mesmo em muitas cidades com acesso [à rede de água], o fornecimento é intermitente”, disse o secretário. No lixo, o problema são as garrafas plásticas, tampinhas, pneus e outros recipientes onde a água da chuva se acumula com rapidez.

       Apesar de admitir que o fornecimento irregular de água e a falta de recolhimento de lixo atrapalham as ações para enfrentamento da dengue, Barbosa defende que nos locais onde há ausência desses serviços é possível prevenir a doença com hábitos simples. As pessoas devem ser orientadas, por exemplo, a tampar as caixas d`água, tirar água dos pratinhos das plantas, limpar os ralos, recolher folhas das calhas e a manter o lixo fechado.

       “Não podemos esperar que todos os problemas sejam resolvidos para combater a dengue. Há problemas que podem ser resolvidos mais facilmente”, justificou o secretário.


Municípios com risco de surto de dengue:
Água Branca (PI)
Afogados da Ingazeira (PE)
Araripina (PE)
Arapiraca (AL)
Arcoverde (PE)
Bonfim (RR)
Brasileia (AC)
Buritis (RO)
Cajazeiras (PB)
Catolé do Rocha (PB)
Camaragibe (PE)
Currais Novos (RN)
Catanduva (SP)
Cuiabá (MT)
Dom Eliseu (PA)
Espigão do Oeste (RO)
Epitaciolândia (AC)
Floresta (PE)
Garanhuns (PE)
Governador Valadares (MG)
Guairá (PR)
Ilhéus (BA)
Itabuna (BA)
Itaboraí (RJ)
Jequié (BA)
Laranjeiras (SE)
Loanda (PR)
Maruim (SE)
Marabá (PA)
Mucajaí (RR)
Monteiro (PB)
Mossoró (RN)
Nova Londrina (PR)
Ouro Preto do Oeste (RO)
Piancó (PB)
Palmeira dos Índios (AL)
Parauapebas (PA)
Pacaraíma (RR)
Porto Acre (AC)
Porto Velho (RO)
Rio Branco (AC)
São Raimundo Nonato (PI)
Santa Cruz do Capibaribe (PE)
Simões Filho (BA)
Senador Guiomard (AC)
São Fidélis (RJ)
Sarandi (PR)
Tucuruí (PA)



(Ministério da Saúde/Agência Brasil)
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        "O que saiu de Durban foi insuficiente". Esse é o ponto de vista do diretor do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe/UFRJ) e secretário executivo do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas (FBMC), Luiz Pinguelli Rosa, em uma avaliação sobre a prorrogação do Protocolo de Kyoto. "Canadá, Japão e Rússia saíram, o que não dá para festejar. Mas foi bom, foi um passo adiante, ainda que esvaziado", relembra. 

       A discussão fez parte da reunião promovida pelo FBMC em parceria com o Grupo de Trabalho Mudança Climática, Pobreza e Desigualdades do FBMC e o Comitê de Entidades no Combate à Fome e pela Vida (Coep), segunda-feira (19), no Rio de Janeiro. O evento avaliou os resultados e desdobramentos da 17ª Conferência das Partes da Convenção da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP-17), realizada em Durban, na África do Sul. Na reunião do FBMC, também foram apresentadas iniciativas de algumas entidades e instituições para a Rio+20 (Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável), que será realizada em junho de 2012.

        Ainda em relação à COP-17, Pinguelli destacou a criação de um grupo que até 2015 vai elaborar uma proposta de acordo global para depois de 2020. "É menos do que nada, mas é pouco, pois não há diretrizes claras", pontua, lembrando que, mais uma vez, uma conferência climática terminou com resoluções aquém das desejadas. "Mas política é assim mesmo e o mundo vive um momento difícil", afirma, em referência à atual crise econômica global.


"Bem na foto" 
        Perguntado sobre a imagem do Brasil frente aos atores internacionais da COP-17, Pinguelli respondeu que é "curiosamente boa", mesmo depois da repercussão em relação ao Código Florestal. O diretor da Coppe lembrou o histórico da relevância da participação brasileira nas conferências climáticas, que tiveram sua origem na Rio 92. "Em Copenhague, a presença de Lula teve mais repercussão que a do (presidente dos Estados Unidos Barack) Obama. Sob esse ponto de vista, a imagem do Brasil é positiva, independentemente dos erros e acertos da política interna", conta, em uma referência à COP-15, em 2009.

        Não é o que pensa Ivo Poletto, do Fórum de Mudanças Climáticas e Justiça Social. "Acho que o Brasil em Durban 'melhorou na fotografia' porque conseguiu enganar o pessoal no âmbito internacional, desmontando a irresponsabilidade absoluta do Congresso Nacional ao aprovar o Código Florestal. Não estamos bem em foto nenhuma, com o Código estamos assinando o que justificará o fim da Amazônia e o fim do Cerrado", opina.

        Mirando o futuro, entidades e instituições ligadas ao FBMC apresentaram sugestões de atividades que pretendem realizar na Rio+20, como a discussão dos impactos do desenvolvimento sustentável e das mudanças climáticas no mercado de trabalho, workshop proposto pelo movimento sindical. Já o Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas (criado nos mesmos moldes que o Intergovernmental Panel on Climate Change, o IPCC) pretende divulgar o primeiro relatório de avaliação nacional do órgão.

        Também foi lembrada a realização da Cúpula dos Povos, que ocorrerá paralelamente à Rio+20 e está sendo organizada pelo Comitê Facilitador da Sociedade Civil Brasileira para a Rio+20 (CFSC), grupo formado por organizações, coletivos e redes da sociedade civil. Por sua parte, a Fundação Oswaldo Cruz apresentou o objetivo de levar à conferência uma discussão sobre a relação entre desenvolvimento sustentável, pobreza e saúde.

        No entanto, em termos gerais e independentemente das propostas apresentadas na reunião, Luiz Pinguelli afirmou temer que a Rio+20 "fique esvaziada por falta de ênfase". "Não estou feliz com a agenda que está encaminhada para a Rio+20. Ficou muito aguada, talvez fosse o caso, sem eliminar pontos, de focar na questão da pobreza e na mudança climática", opina Pinguelli em relação aos 25 temas levantados pela sociedade brasileira para a discussão durante a Rio+20, que incluem assuntos de cultura, educação, agropecuária e empoderamento da mulher.


Pobreza e desigualdade 
        Diversos participantes destacaram que as discussões sobre mudanças climáticas devem estar associadas a questões como a pobreza, desigualdade e economia verde. À luz disso, foram apresentados também os resultados da pesquisa 'Mudanças Climáticas, Desigualdades Sociais e Populações Vulneráveis no Brasil: Construindo Capacidades', desenvolvida pelo Grupo de Trabalho (GT) de Mudança Climática, Pobreza e Desigualdades, coordenado pelo Coep. O trabalho estudou o impacto das mudanças climáticas junto às comunidades pobres - consideradas as mais vulneráveis aos efeitos do aquecimento global.

        "Quando falamos de vulnerabilidade, as mudanças climáticas são mais um ponto agravante. Precisamos ficar atentos a esse tema porque isso só vai piorar a situação dessas pessoas", explica Gleyse Peiter, coordenadora do GT. Durante a reunião do FBMC, foram lançados dois livros relacionados a subgrupos dessa pesquisa, editados com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq): 'Mudanças Climáticas, Vulnerabilidades e Adaptação', de Renato Maluf e Teresa da Silva Rosa, e 'Mudanças Climáticas, Pobreza e Desigualdade', de Anna Peliano.

        O primeiro livro traz os resultados do subprojeto 'Populações Vulneráveis', coordenado pelos professores Renato Maluf, do Centro de Referência em Segurança Alimentar e Nutricional (Ceresan), e Teresa Rosa, do Centro Universitário Vila Velha. O trabalho teve como foco os impactos regionais e as vulnerabilidades de populações de baixa renda em três biomas (Amazônia, Caatinga e Cerrado) e duas regiões metropolitanas (ambas em área de Mata Atlântica), que enfrentaram episódios relevantes de eventos climáticos, constituindo cinco estudos de caso.

        Para Teresa Rosa, a discussão "leva ao questionamento do modelo de desenvolvimento atual, que produz desigualdade, exclusão e concentração de renda". A pesquisadora também atenta para o fato de que a dimensão social das mudanças climáticas ainda é um aspecto estudado recentemente, tanto que há uma baixa representatividade dos estudos de Ciências Sociais na área frente à produção das Ciências Exatas e da Terra.

        O outro livro, 'Mudanças Climáticas, Pobreza e Desigualdade', reúne os resultados do subprojeto 'Empresas', coordenado pela socióloga Anna Peliano, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que investigou se as empresas têm contemplado em seus investimentos sociais o impacto das mudanças climáticas sobre as populações vulneráveis. "Não é uma mostra representativa do universo, estamos falando de grandes empresas que atuam e assumem publicamente isso. Mas ideia não é divulgá-las e sim falar mais do fenômeno. O objetivo é identificar possibilidades", detalha Peliano.

O estudo, realizado com 18 empresas, revelou que elas estão bem desenvolvidas em relação às ações de mitigação, mas, no que se refere à comunidade, poucas ações foram concebidas associando mudanças climáticas e pobreza, revelando a necessidade de que o tema 'adaptação' se torne objeto de capacitações, possibilitando às empresas o desenvolvimento de projetos que contemplem os aspectos sociais e ambientais das mudanças climáticas.



(Jornal da Ciência)
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         Foi aprovado em segunda votação na Câmara Municipal de Vereadores o projeto de lei da Prefeitura de Teresina que cria uma Gratificação de Responsabilidade Técnica aos engenheiros e arquitetos servidores municipais.

         A proposta passou na quarta-feira na primeira votação e retornou à pauta na quinta-feira pelo vereador Paulo Roberto (PSD), que havia pedido vistas.
Se sancionada ainda este ano como foi acordo pela gestão municipal e os profissionais, por intermédio do Sindicato dos Engenheiros do Piauí (Senge-PI-entidade filiada à FNE), a proposta estabelece que as categorias receberão a partir de janeiro de 2012 o mesmo piso salarial dos engenheiros no setor privado, estipulada em seis salários mínimos.

         O secretário geral do Senge-PI, Paulo Alexandrino, se disse satisfeito com a rápida aprovação pelos vereadores e apontou que foi uma vitória da mobilização das categorias, que articulam uma melhoria salarial há cerca de oito meses. “Pela nossa negociação com o prefeito e os secretários municipais,'”, lembrou Alexandrino.

         O presidente do sindicato, eng. Antonio Florentino, agradeceu o trabalho da Prefeitura de Teresina, que vem negociando com os profissionais desde o primeiro semestre, e ressaltou que essa gratificação é apenas um primeiro passo, visto que o Sindicato dos Engenheiros busca, principalmente, a criação do Plano de Cargos e Salários das duas categorias no próximo ano.

         “Essas gratificações criaram um piso para as categorias dentro da Prefeitura de Teresina, foi um passo importante, mas é apenas o primeiro. No próximo ano, vamos nos articular para a criação do Plano de Cargos e Salários. Quero parabenizar os profissionais que se entregaram a essa luta desde o início do ano e obtiveram êxito”, pontuou Florentino.

         A vereadora Teresa Britto (PV) que participou das votações na comissões técnicas e articulou a rápida votação da matéria na Casa disse que os parlamentares desde o início se colocaram a favor da proposta das categorias. Segundo ela, mesmo com o grande volume de projetos na Casa, foi possível dar celeridade a essa matéria.



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Ciência, tecnologia e inovação como eixo estruturante do desenvolvimento do Brasil. Essa é a tônica do novo plano estratégico do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação apresentado ontem.

       A estratégia para os próximos quatro anos será baseada em cinco eixos de sustentação: promoção da inovação; novo padrão de financiamento público para o desenvolvimento científico e tecnológico; fortalecimento da pesquisa e da infraestrutura científica e tecnológica; formação e capacitação de recursos humanos e os Indicadores da Estratégia Nacional da Ciência e Tecnologia e Inovação (ENCTI).

       O texto foi discutido com os novos conselheiros e prevê quais devem ser as prioridades do ministério, os planos de ação e onde investir os recursos previstos no Orçamento. Alguns dos conselheiros, no entanto, reclamaram da falta de valores dos projetos. "Faltou clareza nos expoentes orçamentários em alguns planos", disse o presidente do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), Pedro Passos. Em resposta aos questionamentos, Mercadante disse que não haverá problemas com o Orçamento. "Não irá faltar verba para bons projetos."

       Mercadante ressaltou a importância de desenvolver, no País, ciência de ponta e qualidade, investindo na capacitação, formação de recursos humanos e trazendo ao Brasil os melhores cientistas para desenvolver estudos aqui. "O pesquisador sênior terá R$ 14 mil por mês para desenvolver seu projeto, além de R$ 50 mil para a montagem do laboratório", explicou.

       Dentre os planos do ministério para os próximos anos está o lançamento de um satélite geoestacionário que levará banda larga para a Amazônia. Ainda nos planos para internet, a pasta pretende atingir, até 2014, 900 municípios com internet. Na área de tecnologia da informação, a Ceitec, empresa pública de fabricação de chips, será o carro-chefe.

       "Inicialmente, a fabricação [de chips] dará destaque para a agroindústria, principalmente na pecuária", disse. Mercadante também destacou a importância do desenvolvimento de games no Brasil. "Atualmente, a indústria de games gera R$ 640 milhões, mas, no Brasil, não há nada sendo produzido. Precisamos trazer esse mercado para o País", completou.

       A área de defesa também entrou no texto, com planos de investimento nos laboratórios do Exército, da Marinha, da Aeronáutica e, principalmente, na Agência Espacial Brasileira (AEB). "Em 2013, vamos lançar dois foguetes brasileiros e podemos lançar um terceiro se conseguirmos acelerar as obras." Os investimentos na área aeroespacial devem ser impulsionados, nos próximos dez anos, com a previsão de fabricação e o lançamento de mais de nove satélites.



(Agência Brasil)
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O Laboratório Interinstitucional de e-Astronomia, do Observatório Nacional, desenvolveu o Portal Científico, com dados dos principais projetos do setor. O portal possibilita que pesquisadores de astronomia de todo o mundo compartilhem informações e estudos. 

        Agora, as profundezas do universo podem ser exploradas através de uma tela de computador. Para isso, basta observar o céu virtual armazenado digitalmente no Portal Científico. Isso porque o astrofísico e Cientista do Nosso Estado, Luiz Alberto Nicolaci da Costa, do Observatório Nacional (ON), está desenvolvendo, no Laboratório Interinstitucional de e-Astronomia (LIneA) um portal científico para análise de grandes bases de dados astronômicos.

       Trabalho conjunto com o Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC) e com o Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF), o portal viabilizará trabalhos de pesquisadores e especialistas de astronomia, permitindo a análise e distribuição de dados de grandes projetos astronômicos internacionais. Entre esses, pode-se mencionar o Dark Energy Survey (DES), que estuda a energia escura que se imagina seja responsável pela aceleração da expansão do universo e o Sloan Digital Sky Survey III, que investiga desde a formação de outros sistemas planetários na nossa galáxia até a distribuição das galáxias em grande escala. O sucesso do trabalho que está sendo feito é um teste importante para o possível envolvimento brasileiro no projeto Large Synoptic Survey Telescope, que mapeará o céu a cada quatro noites, repetindo isso muitas vezes para construir um "filme" do universo.

       O Portal Científico, que ainda não está disponível para o público, possibilita que estudiosos de astronomia obtenham resultados de forma muito prática, por meio de pipelines - programas concatenados que analisam os dados com um determinado objetivo científico. "Com os pipelines que estamos implementando, basta definir os parâmetros de análise relevantes e receber um aviso por e-mail de que os resultados desejados estão disponíveis. Tudo isso é feito de forma não supervisionada", conta Nicolaci. Segundo o astrofísico, o sistema do portal é inovador. "Além de armazenar informações, dados e resultados de análises dos diferentes projetos, o portal permite que eles sejam compartilhados simultaneamente, por todos os interessados, o que é essencial numa colaboração com mais de 200 pesquisadores. Quando completo, apenas o Dark Energy Survey gerará cinco petabytes de dados. Para se ter uma ideia, cada petabyte corresponde a mais de um bilhão de megabytes", explica o pesquisador.

       Para processar, armazenar e distribuir tanta informação, foi necessária a implantação de uma infraestrutura adequada, composta de clusters, ou conjunto de computadores, e sistemas de armazenamento de grande capacidade. Como parte deste esforço, foi adquirido recentemente um sistema de armazenamento de 0.5 petabytes. "Esperamos aumentar este número para 1.4 petabytes até 2015", diz Nicolaci. Entretanto, essa infraestrutura para funcionamento do portal não é composta somente de hardware e software: participam também profissionais de gestão, que ajudam a gerenciar o time de profissionais de universidades brasileiras e do exterior, e a definir e monitorar o progresso de mais de uma centena de subprojetos e atividades.

       Em breve, o portal, que também conta com o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), vai buscar atrair leigos interessados em astronomia. A partir de um programa desenvolvido com base no aplicativo já existente Galaxy Zoo (www.galaxyzoo.org), serão expostas imagens de galáxias obtidas pelo Dark Energy Survey. Com isso, os visitantes do site poderão olhar as imagens e classificar as galáxias de acordo com as informações contidas na própria página. "Com esta brincadeira, as pessoas podem até contribuir para a determinação das morfologias das galáxias. Mas nosso objetivo é criar um maior interesse dos jovens pela astronomia", relata Nicolaci.



(Agência Faperj)
www.cntu.org.br




A Norma Regulamentadora estabelece os requisitos mínimos e as medidas de proteção para o trabalho em altura.O acordo prevê prazos para capacitação e providências na implemntação

         Em reunião realizada no dia 14 de dezembro, na sede do SEESP, trabalhadores e empresários definiram os prazos para implementação da NR 35 (Norma Regulamentadora), que estabelece os requisitos mínimos e as medidas de proteção para o trabalho em altura.

         O acordo determina prazo de 12 meses para os itens que tratam da capacitação e treinamento, e de seis meses para os demais que contemplam responsabilidades, planejamento, organização e execução, equipamentos, emergência e salvamento.

         O texto final aprovado será apresentado em março de 2012 para a CTPP (Comissão Tripartite Paritária Permanente), da SIT (Secretaria de Inspeção do Trabalho) do MTE (Ministério do Trabalho e Emprego) que encaminhará a norma para publicação.

         Para entender toda a tramitação da NR 35 leia a matéria publicada na última edição do ENGENHEIRO


foto:Trabalhadores e empresários se reuniram no SEESP
www.fne.org.br




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