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O calendário de saques de contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) deve ser anunciado pelo governo no dia 14 de fevereiro próximo. O cronograma de liberação do dinheiro ainda não foi divulgado oficialmente, mas os saques deverão ocorrer de acordo com o mês de aniversário do trabalhador. Depois da divulgação, a Caixa deverá começar a receber demandas sobre a retirada do dinheiro. O banco vai criar canais exclusivos para informar os trabalhadores sobre o saque para que não haja uma corrida às agências.

Poderão ser sacados os valores de todas as contas inativas do FGTS até 31 de dezembro de 2015, sem limite de retirada. As contas inativas do FGTS são as que não recebem mais depósitos do empregador porque o contrato de trabalho foi suspenso. O trabalhador pode consultar a existência e o saldo de contas inativas do Fundo de Garantia por meio do site da Caixa, SMS, nas agências do banco e pelo aplicativo do FGTS.

** Leia aqui mais informações sobre o saque de contas inativas do FGTS 
*
* A Caixa disponibilizou página na internet sobre o assunto

 

Comunicação SEESP
Informação da Agência Brasil

 

 

 

 

 

Clemente Ganz Lúcio*

A tela escura do cinema dá destaque para a ligação telefônica de Daniel para a Agência de Seguridade, procurando resolver o entrave que o impede de acessar o benefício pelo afastamento do trabalho por motivo de saúde. Começa o incômodo filme sobre os entraves que impedem que os trabalhadores europeus tenham acesso aos benefícios assistenciais definidos nas políticas públicas de seguridade social.

A luta de Daniel revela as perversidades das engrenagens voltadas para excluir e impedir o acesso a direitos duramente conquistados. A onda neoliberal, que varre o mundo e ocupa governos, atua para reduzir o tamanho do Estado, com todos os tipos de reforma, grandes e pequenas, e, no cotidiano, cria regras e opera procedimentos voltados para a exclusão dos trabalhadores e dos pobres.

No mundo multiplicam-se iniciativas para a redução dos gastos sociais dos Estados, através de reformas dos sistemas previdenciários, de saúde, assistenciais, entre outros, reduzindo o escopo do direito, alterando os critérios de acesso e transferindo o serviço público para o mercado. Saúde, educação, assistência etc. viraram mercadoria para gerar lucro. Os ricos estão ganhando essa batalha, fazendo regredir o tamanho do Estado e a universalidade das políticas sociais, criando novos negócios e conquistando o direito de pagar muito menos impostos. A turma do andar de baixo que se vire como mercadoria desempregada.

Aqui a saga dos trabalhadores brasileiros começou com a aprovação da mudança constitucional que impõe severos limites ao crescimento do gasto público, regra que valerá para os próximos 20 anos e que promoverá substantiva redução do tamanho do Estado brasileiro.

Agora, a luta continua para enfrentar o projeto governamental de reforma do Sistema de Seguridade Social, que promove profundas regressões ao estatuto definido na Constituição de 1988. As novas regras, propostas no Projeto em pauta no Congresso Nacional, alteram profundamente a substância dos direitos previdenciários e assistenciais, coloca travas para o acesso aos benefícios, retarda e impede o acesso ao direito.

Os trabalhadores procuram, em cada contexto, criar movimentos que mobilizem as pessoas para enfrentar esses desmontes. Afinal, foi com mobilização e luta que se construiu, especialmente no pós-guerra (1945), Estados de bem estar social nos quais os direitos coletivos e universais passaram a ser financiados por impostos progressivos.

Preservar e promover os direitos são lutas cotidianas. Com grave problema de saúde, Daniel é afastado do trabalho pelos médicos. Começa sua luta para ter acesso aos direitos do sistema de seguridade social. Cada lance do filme vai revelando as engrenagens do sistema público, talvez terceirizadas, operando para impedi-lo de acessar seus direitos. Katie cruza o caminho de Daniel, mãe solteira que luta para dar condição digna de vida para seus dois filhos. A dignidade de ambos vai sendo minada e eles lutam.

O ótimo diretor Ken Loach denuncia no filme “Eu, Daniel Blake”, de maneira contundente, a difícil condição de vida atual dos trabalhadores europeus, e de que maneira o Estado os impede de acessar direitos. O filme trata de um caso que é universal porque expressa o cotidiano de milhões que vivem situações opressivas, que muitas vezes são humilhados e destruídos.

Há muitas lutas travadas, solitárias e silenciosas, nas quais Blake e Katie recolocam a centralidade da essência humana: a relação com o outro. As necessidades, as urgências, as contradições se misturam a projetos e sonhos, todos presentes nas relações que se estabelece com os outros e através das quais nos tornamos únicos e universais, até no fim. As lutas de cada um ganham a dinâmica de movimentos e de encontros capazes de promover, com o outro, breves e frágeis encantamentos com o sentido de Justiça.

 


Clemente Ganz Lúcio é sociólogo e diretor-técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese)

 

 

 

 

“O que nos une é um projeto de Brasil.” Assim o deputado federal Ronaldo Lessa (PDT-AL) resume a ampla e variada representação durante a segunda reunião da Frente Parlamentar Mista da Engenharia, Infraestrutura e Desenvolvimento Nacional, à qual coordena. Realizado nesta quinta-feira (9/02) em Brasília, com a presença de diversos parlamentares e lideranças da área produtiva e tecnológica, entre as ações prioritárias, o encontro apontou a necessidade de barrar iniciativa que coloque em risco a garantia de conteúdo local no próximo leilão da Petrobras.

Nessa linha, entre três requerimentos aprovados, um deles é para realização de audiência pública com o propósito de debater sobre empresas convidadas pela empresa para construção da unidade de processamento de gás natural do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). Os outros dois permitem instalar audiências para debater sobre obras inacabadas e a malha ferroviária brasileira, esta última programada para começo de março e com o subsídio de um documento entregue a Lessa pela diretora da Federação Nacional dos Engenheiros (FNE) Clarice Soraggi. Já o Sindicato dos Engenheiros no Rio Grande do Sul (Senge-RS) passou às mãos do parlamentar documento sobre a Lei de Licitações (8.666/1990), cujas mudanças encontram-se em discussão no Congresso Nacional. 


Fotos: Rita Casaro
Reunião da Frente teve participação em peso de parlamentares, representantes sindicais e empresariais.

Já à abertura, Murilo Pinheiro, presidente dessa entidade e do SEESP, expressou a preocupação central durante o ensejo, ao ler o Manifesto à Nação brasileira. No documento, a posição clara da engenharia: “Representamos aqui o conjunto de empresas instaladas no País, sem distinção entre o capital nacional e o estrangeiro. Não temos medo da competição. Não podemos, todavia, concordar com a exclusão sistemática das nossas empresas de processos licitatórios, como pode ocorrer na reativação das obras do Comperj, para a qual a Petrobras convidou apenas empresas estrangeiras, a menos que venham elas a operar no Brasil, gerar empregos e contratar máquinas e equipamentos fabricados aqui.” 

A busca por deixar de fora as companhias brasileiras soma-se a outros projetos considerados deletérios ao desenvolvimento nacional (confira reportagem em https://goo.gl/CEuTWx). “Acompanhamos o anúncio de uma série de medidas que parecem colocar em jogo o modelo pelo qual o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) funciona e financia o desenvolvimento nacional. Por exemplo, no comitê relativo ao conteúdo local, o representante dessa instituição e o da Finep (Financiadora de Estudos e Projetos) perderam o direito a voto”, afirmou o diretor da Associação dos Funcionários do BNDES Arthur Koblitz.

Os participantes pretendem fazer gestões para impedir que decisões sejam tomadas a toque de caixa, por esse comitê do governo federal, o qual faz parte do Programa de Estímulo à Competitividade da Cadeia Produtiva, ao Desenvolvimento e ao Aprimoramento de Fornecedores do Setor de Petróleo e Gás Natural (Pedefor). 

À audiência, o presidente do Clube de Engenharia, Pedro Celestino, salientou que o movimento em defesa do conteúdo local e da engenharia nacional conseguiu adiar a próxima reunião do comitê para dia 16. “Temos que mobilizar o que for possível para um novo adiamento. A Noruega é rica em petróleo, exige conteúdo local na exploração da riqueza do Mar do Norte e hoje tem um dos mais elevados Índices de Desenvolvimento Humano. A Nigéria, com sua riqueza extraída pelos grandes fornecedores de petróleo dos Estados Unidos, sem um projeto de desenvolvimento, tem 70% da população abaixo da linha da pobreza. O que estamos discutindo é se teremos o modelo Noruega ou Nigéria”, enfatizou. Presidente do Sindicato Nacional das Empresas de Arquitetura e Engenharia Consultiva (Sinaenco), José Roberto Bernasconi, lembrou que a China não permite o estabelecimento em seu território de nenhum conglomerado estrangeiro se não for mediante parceria para transferência de tecnologia. “Os Estados Unidos e o Canadá fazem isso. Não podemos deixar que nossa capacidade instalada seja desmontada, fazendo o saneamento financeiro da Petrobras e os acordos de leniência às empresas aqui instaladas necessários.” Na mesma linha, Arthur De Almeida Jr., da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas (Abimaq), colocou que o que está em debate é se “a Petrobras faz parte do projeto nacional ou não”. Leonardo Urpia, diretor da Federação Única dos Petroleiros (FUP), destacou que propostas na contramão da defesa do conteúdo local, com desinvestimento e ingresso indiscriminado de empresas internacionais, vão retirar empregos e prejudicar o desenvolvimento. 

A senadora Lídice da Mata (PSB-BA) foi enfática: “Não podemos conviver com uma situação em que a engenharia esteja posta em risco, como está agora. Temos centenas de profissionais qualificados e empresas que precisam passar para o País as tecnologias desenvolvidas por nossas inteligências. Também queremos valorizar as mulheres que integram a engenharia nacional e reconhecer sua participação na área de ciência e tecnologia. Coloco-me à disposição nessa batalha. Na disputa pela exploração do petróleo no mundo, não podemos permitir que as empresas brasileiras sejam afastadas.” 

Excelente. Assim Murilo classificou a reunião, destacando: “Mostra o acerto da criação da frente e do apoio irrestrito da FNE a essa iniciativa. Continuamos o trabalho agora tendo como prioridade a discussão sobre o conteúdo local para os próximos leilões da Petrobras.” A próxima reunião em Brasília está prevista para meados de março.

A preocupação de todos que participaram da reunião da Frente foi com a retomada do crescimento do País,
para tanto necessário se faz investir na engenharia e no conteúdo local.

Presenças
Participaram ainda da reunião da Frente os deputados Leônidas Cristino (PDT-CE), José Carlos Aleluia Costa (DEM-BA), Assis Melo (PCdoB-RS), Chico Alencar (Psol-RJ), Luiz Sérgio (PT-RJ), Valdir Colatto (PMDB-SC), Edmilson Rodrigeus (PSOL-BA), Mauro Pereira (PMDB-RS), Carlos Zarattini (PT-SP), Rafael Motta (PSB-RN), Davidson Magalhães (PCdoB-BA), também da Frente Parlamentar em Defesa da Petrobras; o presidente do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea), José Tadeu da Silva; os senadores Wellington Fagundes (PR-MT) e Hélio José (PMDB-DF); e o ex-presidente do Clube de Engenharia, Raimundo de Oliveira.

 

Soraya Misleh
Comunicação SEESP
Com informaçoes de Rita Casaro

 

 

 

 

 

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Já há farto e robusto material, de referência, para fazer o debate em torno da reforma trabalhista proposta pelo governo Temer, nos termos do Projeto de Lei 6.787/16, em tramitação na Câmara dos Deputados; e também dos projetos que tratam da terceirização de mão de obra. Um em discussão na Câmara (PL 4.302/98) e o outro no Senado (PLC 30/15). A leitura atenta dos documentos ajuda e subsidia o debate, com argumentação consistente e juridicamente bem embasada contra as propostas do governo.

A reforma trabalhista em questão funda-se na instituição do negociado sobre o legislado, na terceirização geral da mão de obra e na pejotização. Assim, com base nas notas técnicas do Ministério Público do Trabalho (MPT) colocamos disponível alguns argumentos que podem nortear o debate em torno da contrarreforma trabalhista. Então vejamos:

Prevalência da negociação sobre a legislação
É o ponto central do projeto. Embora, pelo projeto, essa alteração seja pontual, nada garante ou assegura que a bancada patronal não vá querer ampliar a mudança, de modo a tornar nula ou obsoleta a legislação trabalhista.

A legislação atual já prevê que negociação supere a ordem legal, desde que seja para prever situações mais benéficas aos trabalhadores. “A lei é o piso e os instrumentos coletivos podem dispor de situações que se configurem além do mínimo previsto legalmente aos trabalhadores”. Assim, diz a Nota Técnica (NT), “conclui-se que o único propósito”, de introduzir tal comando no projeto, “é permitir a exclusão de direitos trabalhistas pela via negocial”.

Terceirização
“Terceirização de atividade-fim é mera intermediação de mão de obra uma vez que a tomadora [contratante] de serviços estará contratando, por meio de terceiros, trabalhadores que devem estar e ela subordinados — o que implica aluguel de gente”, diz a NT.

“O trabalho não é mercadoria”, explicita princípio fundamental do direito internacional do trabalho, cuja afirmação decorre do reconhecimento universal de que o “trabalho é uma das características que distinguem o homem do resto das criaturas, cuja atividade, relacionada com a manutenção da própria vida, não se pode chamar trabalho. Somente o homem tem capacidade para o trabalho e somente o homem o realiza preenchendo ao mesmo tempo com o trabalho a sua existência sobre a terra”.

“O princípio fundamental de direito internacional laboral de que o trabalho não é mercadoria assenta-se, assim, nos valores da dignidade da pessoa humana e no valor social do trabalho”.

A “terceirização precariza as relações de trabalho e causa prejuízos aos trabalhadores”, na medida que reduz direitos e traz prejuízos à saúde e à segurança dos trabalhadores, como demonstram inúmeros estudos realizados, com destaque para o fato de os terceirizados sofrerem 80% dos acidentes fatais de trabalho, terem as piores condições de saúde e segurança no trabalho, realizarem as atividades de maior risco, sem a necessário proteção, receberem salário menor do que os contratados diretamente, cumprirem jornadas maiores do que os contratados diretamente, receberem menos benefícios indiretos, como planos de saúde, auxílio alimentação, capacitação, entre outros e sofrem com maior rotatividade.

Pejotização
A “pejotização”, diz a NT, é um dispositivo que considera a “pessoa física como contratante, o texto incorre em erro lógico conceitual e nega a própria ideia de empresa como organização dos meios de produção”.

“O dispositivo que afasta o vínculo empregatício entre os sócios das empresas prestadoras e a empresa contratante abre espaço para ‘pejotização’, com a contratação de trabalhadores como pessoas jurídicas, em fraude à relação de emprego, expediente que além de precarizar as relações de trabalho legítima a sonegação de impostos e contribuições sociais”.

- Veja todas as notas técnicas que subsidiam o debate: parecer técnico-jurídiconotas técnicas do MPTnota técnica e análise do PL 6.787/16

Por dentro das notas técnicas do Ministério Público do Trabalho

 

 

Comunicação SEESP
Informação do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap)

 

 

 

 

 

O SEESP realiza reunião no dia 14 próximo, às 10h, com os engenheiros da AES Tietê em Bauru para apresentar as metas para a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) 2017, fazer esclarecimentos relativos à PLR 2016 e demais assuntos de interesse da categoria.

14 de fevereiro de 2017
Horário: 10h
Local: Sede da AES Tietê em Bauru
(Avenida das Nações Unidas, 17-17 Bauru/ SP)

 

Comunicação SEESP

 

 

 

 

O sindicato informa aos  engenheiros da AES Eletropaulo que serão realizadas reuniões no dia 15 de fevereiro próximo, em dois horários (confira abaixo). Em pauta, a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de 2017, como as metas e ainda esclarecimentos relativos à PLR 2016 e demais assuntos de interesse da categoria. É importante o comparecimento de todos os profissionais da empresa.

15 de fevereiro de 2017
Horário: 9h 
Local: Sede da AES Eletropaulo em Barueri 
(Avenida Marcos de Ulhôa Rodrigues, 939, Torre II – Barueri/ SP)
 
15 de fevereiro de 2017
Horário: 14h
Local: Sede da AES Eletropaulo em São Paulo
(Rua Vinte e Cinco de Janeiro, 320, Luz – São Paulo/ SP)
 
 
Comunicação SEESP
 
 
 
 
 

Garantir a engenharia onde estão os problemas. Essa foi a tônica destacada na reunião na Delegacia Sindical do SEESP em São José do Rio Preto, em 7 de fevereiro último, com a diretoria executiva do sindicato. O presidente da regional, Amaury Hernandes, observou que várias questões enfrentadas hoje em obras se devem à falta de projetos bem estruturados e executados. Para ele, é necessária uma formação profissional qualificada e rigorosa da área tecnológica. 

O presidente Murilo Pinheiro fez uma explanação sobre os problemas atuais do Brasil, que padece de políticas econômicas focadas no desenvolvimento nacional, e as ameaças com as reformas trabalhista, previdenciária e sindical pretendidas pelo governo federal. “Vamos ter que trabalhar ainda mais contra as maldades que estão sendo colocadas para a classe trabalhadora”, avisou. Para ele, 2017 trará ainda mais preocupações e problemas do que o ano passado. “Temos que nos esforçar para continuar com a agenda propositiva e o otimismo que temos tido em nossas entidades.” 

Murilo defende a engenharia nacional como protagonista nas discussões de propostas e soluções à crise por que passa o País. Ele citou, como exemplo, o caso da cidade de Mariana, em Minas Gerais, que há um ano sofreu com o rompimento de barragem da Samarco. Com esse objetivo, o movimento Engenharia Unida, lançado pela Federação Nacional dos Engenheiros, em março de 2016, vem se ampliando com a inclusão de mais entidades em prol da categoria e dos profissionais da área tecnológica. Nesse sentido, o presidente do SEESP destacou a importância de envolver entidades da região de São José do Rio Preto e os jovens estudantes da área nessa frente de debate e ação. 

Abrangência
A regional de São José do Rio Preto, que tem sede própria, abrange as cidades de Bady Bassitt, Fernandópolis, Guapiaçú, Ibirá, Icém, José Bonifácio, Mirassol, Monte Aprazível, Nova Aliança, Nova Granada, Nova Guanabara, Orindiúva, Paulo de Faria, Poloni, Potirendaba, Tanabi, Uchoa e Votuporanga. 

Presença
Participaram ainda da reunião os diretores da delegacia George Oda, Oswaldo Gomes da Silva Junior e Antonio Osmar Fontana; e o vice-presidente do SEESP João Carlos Gonçalves Bibbo e a coordenadora do Núcleo Jovem Engenheiro, Marcellie Dessimoni.


Foto: Paula Bortolini
Qualificação profissional e projetos executivos de grandes obras são destaque de reunião na regional de São José do Rio Preto.

 

 

Rosângela Ribeiro Gil
Comunicação SEESP
Com informações da assessora da Presidência – Paula Bortolini

 

 

 

 

À abertura da reunião da Frente Parlamentar Mista da Engenharia, Infraestrutura e Desenvolvimento Nacional, que acontece na manhã desta quinta-feira (9/02), no Congresso Nacional, o presidente da Federação Nacional dos Engenheiros, Murilo Pinheiro, leu o manifesto "À Nação Brasileira", que reproduzimos abaixo:

"Entidades representativas da Engenharia deste signatárias e a direção da Frente Parlamentar em Defesa da Engenharia, Infraestrutura e Desenvolvimento Nacional manifestam sua preocupação com a contínua deterioração da nossa economia, o que acarreta dificuldades crescentes para empresas e trabalhadores, e propõem-se a uma atuação pública e conjunta no sentido de oferecer ao País alternativas que possibilitem superar a crise e retomar o desenvolvimento.

As compras governamentais – sejam de custeio, sejam de investimentos – passam por um processo deliberado de drástica contenção, asfixiando a demanda para a produção nacional. Por outro lado, a sobrevalorização do real desorganiza cadeias produtivas e dificulta a inserção internacional das empresas aqui instaladas. Na contramão das demais economias industrializadas, que dispõem de agências de investimento destinadas a alavancar a exportação de bens e serviços, aqui amesquinha-se o papel do BNDES como promotor do nosso desenvolvimento econômico e social.

Nesse quadro, é dramática a situação da nossa Engenharia. A Petrobras, âncora ao longo da sua história do nosso desenvolvimento industrial, responsável por cadeia de mais de 5.000 fornecedores nacionais e estrangeiros, está sendo dilapidada de ativos valiosos, vendidos sem transparência na “bacia das almas”, e passa a fazer coro com as petroleiras estrangeiras para combater políticas de conteúdo local indispensáveis à sobrevivência de empresas e de empregos, e também para prorrogar por mais 20 anos a maior renúncia fiscal da nossa história, o Repetro, quando se sabe quão difícil é a situação financeira da União e dos Estados, diante da queda contínua da arrecadação de impostos. O Brasil, ainda uma das dez maiores economias do mundo, não pode ser reduzido à condição de mero exportador de grãos, de carnes e recursos minerais. Abrir mão da sua base industrial nos remete novamente à condição de colônia.

Não somos xenófobos. Representamos aqui o conjunto de empresas instaladas no país, sem distinção entre o capital nacional e o estrangeiro. Não temos medo da competição. Não podemos, todavia, concordar com a exclusão sistemática das nossas empresas de processos licitatórios, como pode ocorrer na reativação das obras do COMPERJ, para a qual a Petrobras convidou apenas empresas estrangeiras, a menos que venham elas a operar no Brasil, gerar empregos e contratar máquinas e equipamentos fabricados aqui.

Urge a reorientação da política econômica, no sentido da redução mais rápida da taxa de juros, da racionalização da carga tributária e da retomada dos investimentos públicos, que possibilitem a recuperação da produção industrial e a recomposição do poder de compra das famílias, sob pena de crescer a insatisfação social e de levar à liquidação forçada do nosso parque industrial.

Conclamamos, assim, a sociedade a se engajar no combate ao desmonte da nossa economia, para permitir a retomada do nosso desenvolvimento econômico e social. O maior patrimônio de um povo é seu mercado que gera demanda, e mercado é população com emprego. Não queremos que o Brasil seja reconhecido como um simples exportador de commodities.

São Paulo, 23 de janeiro de 2017"

 

 

Comunicação SEESP

 

 

 

 

 

 

João Guilherme Vargas Netto*

No linguajar de Brizola a expressão acima, derivada das lides vaqueiras das estâncias, queria dizer vacilação ou traição iminente.

Não é este o caso do importante seminário organizado pelo Dieese e ouvindo destacados especialistas que reúne, durante dois dias, as centrais sindicais para discutirem as pretendidas reformas previdenciárias do governo.

Não é o caso porque as centrais, em seu esforço unitário de ação comum, já decretaram a palavra de ordem “Nenhum direito a menos”, que orientará os debates.

Não é o caso porque os especialistas convidados deverão explicitar, com dados e argumentações, o caráter negativo e contrário aos interesses dos trabalhadores da reforma.

Não é o caso porque, na agenda de eventos previstos pelas centrais, confederações, federações e sindicatos, já estão convocadas mobilizações, manifestações e protestos, como a grande manifestação no Congresso Nacional no dia 22 de fevereiro.

Trata-se, como é de se esperar das direções conscientes, de um esforço para “arrumar a cabeça” e melhorar nossa capacidade de comunicação com a base, bem como de “afinar a viola” nos duetos congressuais com deputados e senadores. Não é já a negociação em si, que depende, para seu maior êxito, da mobilização maciça dos trabalhadores agredidos hoje e no futuro.

Por seu lado, o governo e seus aliados também se organizam na Câmara, com a presidência da comissão especial entregue a um deputado que não teme o desprestigio e o desgaste porque foi expoente couraçado da tropa de choque de Eduardo Cunha e um relator já “experimentado” quando das discussões e votações da terceirização. O governo conta também com o beneplácito ativo dos empresários e da mídia que procuram criar clima favorável à reforma, aterrorizando a população.

Está engajada uma prova de força e de inteligência. De seu desfecho dependerá, e muito, a futura relevância social do movimento sindical dos trabalhadores.

 


João Guilherme Vargas Netto é analista político e consultor sindical

 

 

 

 

 

 

Em mais uma reunião realizada no interior paulista, desta vez da Delegacia Sindical de Barretos, em 7 de fevereiro último, foi apresentada à diretoria executiva do SEESP um relato sobre as atividades da regional. O presidente da delegacia e secretário municipal de turismo e desenvolvimento econômico de Olímpia, o vereador Luiz Antônio Moreira Salata, observou que a engenharia é um agente de mudanças e que a cidade não seria a mesma sem a aplicação desse saber. Salata destacou a liderança de Murilo Pinheiro, presidente do sindicato e da Federação Nacional dos Engenheiros (FNE), no estado de São Paulo e no País. E informou que a delegacia está envolvida no debate sobre energias renováveis e que pretende realizar um evento sobre o tema, especificamente sobre a solar, em março próximo. 

Os profissionais da região, que prestigiaram o encontro em grande número, falaram sobre a importância dos técnicos ocuparem os espaços devidos nas prefeituras e em demais órgãos de governo, solicitando que o sindicato atue ainda mais nesse sentido. 

Foto: Paula Bortolini

Profissionais comparecem em peso à reunião da Delegacia Sindical de Barretos.


Murilo agradeceu a oportunidade de poder conversar diretamente com os profissionais, realçando a importância da atuação de Salata como representante dos engenheiros na Câmara Municipal e à frente da secretaria. Em sua exposição, o presidente do SEESP abordou a conjuntura nacional, a crise econômica, o desemprego crescente, as reformas previstas (trabalhista, previdenciária e sindical), a abertura do País ao capital estrangeiro, as privatizações. Para ele, a posição do sindicato apartidária permite discutir de forma tranquila todas as questões de maneira muito forte. “Precisamos discutir empregabilidade, e não desemprego. Reindustrialização e crescimento, e não recessão.” 

Nesse caminho está o movimento Engenharia Unida, destacou Murilo, que tem uma agenda positiva e baseada em discussões técnicas voltadas ao desenvolvimento do País com sustentabilidade e justiça e à valorização dos engenheiros, com geração de emprego e respeito aos direitos da categoria, como o piso salarial (Lei 4.950-A/66). Entre outras ações positivas, a liderança relacionou o Instituto Superior de Inovação e Tecnologia (Isitec) que, neste ano, está na sua quarta turma do curso de graduação Engenharia de Inovação; a edição atual do projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento” que aborda as cidades brasileiras; e a atuação da Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários Regulamentados (CNTU) que reúne, além da categoria, os odontologistas, economistas, farmacêuticos e nutricionistas. 

A necessidade de trazer os jovens à vida sindical também foi ressaltada pelo presidente do sindicato. “Que eles participem da política da engenharia, que eles entrem nas questões nacionais. Somente no conjunto é possível resolvermos os problemas”, observou. Nesse sentido, a coordenadora do Núcleo Jovem Engenheiro do SEESP, Marcellie Dessimoni, falou sobre o trabalho do setor e convidou todos os presentes a participarem dos projetos e ações, também com olhar social da engenharia. 

A delegacia de Barretos abrange as cidades de Altair, Bebedouros, Cajobi, Colombia, Embaúba, Guaira, Guaraci, Jaborandi, Monte Azul Paulista, Olímpia, Pirangi, Severina, Taiaçu, Taiuva, Terra Roxa, Viradouro, Vista Alegre do Alto. Participaram também da reunião do dia 7 de fevereiro os diretores da regional Marcos Costa, Maria Aparecida Moreira Kamla, Jodemir Batista Garcia, Hassem Mustafe Haj Hammoud e Ricardo Moraes Soares. O vice-presidente do SEESP, João Carlos Gonçalves Bibbo, também esteve presente.

 

Rosângela Ribeiro Gil
Comunicação SEESP
Com informações da assessora da Presidência - Paula Bortolini

 

 

 

 

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