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A engenheira de alimentos Audirene Amorim Santana, maranhense da região dos Cocais, incomodava-se sempre que via o desperdício de dois frutos típicos da sua terra. Ricos em propriedades nutricionais e com potencial para a prevenção de diversas doenças, o pequi e o babaçu estão incorporados na alimentação cotidiana da população do cerrado brasileiro. Mas, devido à sazonalidade, são consumidos apenas no período de suas frutificações, que variam, em média, de 4 a 5 meses ao ano.

Na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Audirene Santana decidiu, então, estudar uma tecnologia para o aproveitamento posterior destes frutos, sem perda relevante de suas propriedades nutricionais. Resultado: ela obteve, em pó, a polpa do pequi e o leite do babaçu com uma média de 80% de suas propriedades nutricionais preservadas. Mantidos em recipientes fechados e em local seco e arejado, os produtos em pó podem ser consumidos por um período de até quatro meses.

“O meu foco é voltar para a minha região e implementar algum mecanismo para que a população local possa utilizar estes produtos o ano inteiro, além de poder desenvolver outros a partir do pequi e do leite do babaçu. Acredito que, se houver uma união da comunidade, governos, entidades e universidades, isso será possível”, planeja a pesquisadora da Unicamp.

Após a realização do processamento, a composição físico-química para a polpa de pequi apresentou valores de 53,33% de umidade, 5,08% de proteínas, 30,66% de lipídeos e 18,37% de fibras, resultados semelhantes aos encontrados na literatura, conforme Audirene Santana. Em relação ao leite do babaçu também houve semelhança com os dados checados na literatura. Os valores são: 78,31% de umidade, 2% de proteínas, 18,97% de lipídeos, 2,61% para açúcares redutores e 3,65% para açúcares totais.

Os resultados obtidos por ela integram tese de doutorado defendida recentemente junto ao Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Engenharia Agrícola (Feagri) da Unicamp. O trabalho foi orientado pelo docente Kil Jin Park, do Departamento de Pré-Processamento de Produtos Agropecuários da Feagri.

A ex-pesquisadora da Unicamp Louise Emy Kurozawa, atualmente professora da Universidade Estadual de Londrina (UEL), coorientou a tese. Houve financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e colaboração de pesquisadores e técnicos das faculdades de Engenharia Química (FEQ) e de Alimentos (FEA) da Unicamp, e do Instituto de Tecnologia de Alimentos de Campinas (Ital).

A engenheira de alimentos informa que o pequi e o babaçu possuem ação antioxidante natural, benéfica para a saúde. A partir dos seus frutos podem ser produzidos alimentos capazes de retardar a formação de radicais livres no organismo, responsáveis pelo envelhecimento precoce e doenças degenerativas.

 

 

Pequi

 

Porte médio, casca verde, poupa amarelada e caroço com espinhos, o pequi é rico em óleos, proteínas, fibras, minerais (zinco, cobre e fósforo) e carotenoides. O fruto é também considerado fonte potencial de vitamina A, essencial para a garantia de funções básicas ao organismo, como visão, desenvolvimento ósseo e do tecido epitelial, além de benefícios aos processos imunológicos e reprodutivos.

“Na região do cerrado, a poupa do fruto do pequizeiro é muito empregada na elaboração de diferentes pratos, como arroz, feijão, frango e cuscuz. A amêndoa é utilizada como ingrediente de farofas, doces, paçocas e também consumida salgada como petisco. Aqui em São Paulo, por exemplo, o pequi pode substituir o uso do açafrão”, exemplifica a engenheira de alimentos, que é graduada pela Universidade Federal do Tocantins (UFT).

O óleo é considerado de excelente qualidade, pois sua maior parte é constituída por ácidos graxos insaturados. “Por se tratar de um fruto de fácil produção e com características desejáveis em relação ao sabor e valor nutritivo, o pequi pode representar uma fonte potencial na alimentação e sobrevivência de uma parcela significativa da população”, calcula.

 

 

Babaçu

 

Já o leite de babaçu, descreve Audirene Santana, é muito parecido com o leite de coco produzido industrialmente em todo o país. O leite do fruto, também conhecido como coco de macaco, é feito de forma artesanal, principalmente no Nordeste. É usado na culinária como aromatizante em bebidas e sorvetes. “O fruto possui, no entanto, um grande potencial inexplorado na alimentação devido ao seu sabor agradável e valor nutricional”, considera.

O fruto babaçu é produzido por palmeiras em cachos pêndulos. Possui formato oval e também pode ser empregado na produção de biodiesel. É rico em óleo e fibras. Seu principal nutriente é o ácido láurico, substância com propriedades antimicrobianas e anti-inflamatórias. A amêndoa é muito cultivada no Maranhão, Piauí e Tocantins. De acordo com levantamentos citados na tese, a região do Nordeste possui uma área de cerca de 18 milhões de hectares plantados com babaçu. Mensalmente, são extraídas em torno de 140 mil toneladas de amêndoas destes babaçuais, atividade que gera mais de 300 mil empregos.

 

 

Secagem por aspersão

 

A polpa do pequi e o leite do babaçu em pó foram obtidos por meio do processo de secagem por aspersão. Este tipo de processo, também conhecido como fluidização, nebulização ou spray drying, transforma um determinado produto em estado fluido para estado sólido, em forma de pó.

O uso industrial desta tecnologia disseminou-se a partir do século 20, principalmente na área alimentícia, farmacêutica e química para a produção de leite em pó, ovos, sucos, sopas, café instantâneo, medicamentos e sabão. “As vantagens deste tipo de secagem são o baixo custo operacional, facilidade no manuseio, preservação das propriedades e qualidade naturais, e a conservação dos produtos por longos períodos”, elenca a engenheira de alimentos.

 

 

Microencapsulantes

 

Para manter o máximo das qualidades nutricionais presentes nos dois frutos, a pesquisadora da Unicamp utilizou carboidratos como microencapsulantes. O objetivo foi fixar a molécula dos frutos no pó. Audirene Santana explica que foram usados três agentes encapsulantes: goma arábica, maltodextrina e dextrina.

“Os encapsulantes, no caso a goma arábica, a maltodextrina e o amido dextrina, vão ajudar a manter as moléculas do pequi e do leite do babaçu, garantindo, assim, as características nutricionais. Após a secagem por aspersão, nós fazemos este processo de microencapsulação, resultando no pó, tanto do pequi como do leite do babaçu”, salienta.

 

Tese: “Obtenção da polpa de pequi e do leite de coco babaçu microencapsulados através de secagem por aspersão”

Autora: Audirene Amorim Santana

Orientador: Kil Jin Park

Coorientadora: Louise Emy Kurozawa

Unidade: Faculdade de Engenharia Agrícola (Feagri)

Financiamento: Fapesp

 

 

Fonte: Jornal da Unicamp – Edição de 29 de julho a 4 de agosto de 2013

 

 

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Atualmente, 583 Varas do Trabalho estão instaladas com o Processo Judicial Eletrônico da Justiça do Trabalho (PJe-JT), o que representa 38% do total de 1455 Varas das 24 Regiões do país. Esses dados foram divulgados no dia 26 de julho pelo juiz auxiliar da Presidência do Tribunal Superior do Trabalho (TST) José Hortêncio Júnior durante o Encontro de Comunicação da Justiça do Trabalho, que ocorreu na sede do TST.

Na abertura do encontro, o secretário-geral do Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT), juiz Orlando Tadeu de Alcântara,  afirmou que o Judiciário "não tem mais receio" de tratar qualquer assunto com a sociedade. "Antigamente existia uma máxima que dizia que o juíz só se comunicava pelo processo. No entanto, verificou-se a necessidade de abrirmos a porta do Judiciário".

O juiz auxiliar da Presidência, Saulo Tarcísio de Carvalho Fontes, participou de um painel sobre a 3ª Semana de Execução Trabalhistas, que acontecerá neste mês de agosto.

O encontro contou com a participação de assessores de comunicação social dos Tribunais Regionais do Trabalho.  O foco foram as atividades do segundo semestre de 2013, como as comemorações dos 70 anos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), a 3º Semana de Execução Trabalhista e o PJe-JT.

O presidente do Tribunal Superior do Trabalho e do CSJT, ministro Carlos Alberto Reis de Paula, abriu o Encontro ressaltando a importância da comunicação com a sociedade. "Entendemos que a comunicação social tem uma relevância extraordinária. É um direito da sociedade. Longe o momento em que o juiz se ausentava, que a Justiça mantinha distância da população", afirmou.

 

 

Fonte: (Augusto Fontenele/AR)/www.tst.jus.br

 

 

Imprensa SEESP

 

A Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da Universidade de São Paulo (USP) lançou editais para contratação, através de concurso público, de professor-doutor para o Departamento de Engenharia de Produção. São duas vagas, com referência MS-3, em RDIDP, e salário de R$ 9.184,94. Uma das vagas é para a área de Processos de Fabricação Mecânica e outra para Gerenciamento de Projetos e Ergonomia Aplicada ao Projeto de Produtos Industriais.

As inscrições devem ser feitas de 26 de agosto a 24 de setembro, de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 11h30 e das 14 às 17 horas, no Serviço de Assistência aos Colegiados da EESC, localizado no Edifício E-1 do Campus 1, Avenida Trabalhador são-carlense, 400, São Carlos. Serão aceitas inscrições por procuração ou correspondência.

Os editais para consulta estão disponíveis no portal www.eesc.usp.br (Acesso Rápido/Editais). Outras informações podem ser obtidas através do telefone (16) 3373-9232.

 

Fonte: USP Online 

Os resultados do lançamento em 15 de julho, na Suécia, do foguete de sondagem de tecnologia brasileira VS-30, da Operação Mapheus 4, podem trazer contribuições importantes. Foram transportados 272kg de experimentos alemães de ciência dos materiais, a uma altitude de 154km. De acordo com nota divulgada pelo Centro Aeroespacial Alemão (DLR, na sigla original), os experimentos envolveram a análise, por meio de raios-X, da difusão de dois metais, alumínio e níquel, em estado líquido, sob condições de microgravidade. “Os resultados podem contribuir, entre outras coisas, para otimizar processos industriais, como os usados na produção de hélices de turbina”, diz a nota.

 

Além do equipamento de raios-X, lacrado para evitar vazamento de radiação, o foguete carregou a fornalha que manteve as amostras de metal liquefeitas.

 

Outro experimento envolveu uma análise do comportamento dos chamados “gases granulares” – grandes quantidades de produtos formados por pequenas partículas sem grande compactação, como estoques de pílulas –, simulados por pequenas esferas metálicas submetidas à microgravidade. Durante o voo, magnetos puseram as esferas em movimento. Duas câmeras de alta velocidade bateram mais de 500 fotos de alta resolução por segundo.

Segundo o Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), da Força Aérea Brasileira, o VS-30 é um foguete suborbital de um só estágio e combustível sólido, com capacidade de lançar cargas úteis de 260kg a 330kg, a uma altitude máxima de 120 km a 160 km. O seu voo proporciona até 5 minutos de permanência em ambiente de microgravidade.


O projeto teve início em 1996. O primeiro voo de qualificação ocorreu em 1997, a partir do Centro de Lançamento de Alcântara. Já foram realizados dez lançamentos.

 

Com informações de reportagem de Carlos Orsi/Agência Unicamp de Inovação

 

 

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Os ministros das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, e do Planejamento, Orçamento e Gestão, Miriam Belchior, participaram, no dia 23 de julho, de reunião do Comitê Técnico de Trânsito, Transporte e Mobilidade Urbana do Conselho das Cidades, em Brasília, para apresentar o “Pacto de Mobilidade Urbana”, que prevê recursos da ordem de R$ 50 bilhões. Segundo o vice-presidente do SEESP e representante da Federação Nacional dos Engenheiros (FNE) no comitê, Laerte Conceição Mathias de Oliveira, a bancada dos trabalhadores e dos movimentos sociais relacionou propostas para o projeto. Entre elas: tornar o transporte público direito social, com a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 090/11; priorizar o uso das vias públicas para o transporte coletivo; criar bolsões de estacionamentos junto a estações de trens, metrôs e terminais de ônibus, interrompendo as viagens dos automóveis ainda nas periferias; e baratear a tarifa atual em 50% com desonerações de tributos federais, estaduais e municipais que incidem sobre o setor.

“Esse debate é fundamental e deve envolver os três níveis de governo [municipal, estadual e federal]”, observa Oliveira, defendendo que o comitê seja o fórum de discussão desse pacto.

 

 

Imprensa SEESP

 

A Delegacia Sindical do SEESP em São José do Rio Preto inaugura sua sede própria no dia 8 de agosto próximo, às 19h. Agora com um espaço específico, os engenheiros da região contarão com uma programação maior de organização e qualificação, de acordo com o presidente da delegacia, Amaury Hernandes. “Vamos ter a possibilidade de desenvolver várias atividades e mais adequados ao atendimento dos profissionais”, observa.

O imóvel foi adquirido no início do ano e passou por uma reforma para adequar salas administrativa, de reunião e de aula, entre outras dependências. “Vamos incrementar o nosso trabalho principalmente na área de requalificação, trazendo cursos de especialização, do Isitec [Instituto Superior de Inovação e Tecnologia]”. Iniciativa do SEESP, a instituição está em fase final de credenciamento junto ao Ministério da Educação (MEC).

A nova sede fica na Alameda das Orquídeas, nº 150, no Jardim Seixas. Mais informações sobre a inauguração pelo telefone (17) 3232-6299 ou pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

 

 

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Fixar raízes na região e garantir melhor atendimento e prestação de serviço à categoria. Segundo o presidente da Delegacia Sindical do SEESP em Taubaté, Breno Botelho, esses são os principais benefícios trazidos pela sede própria inaugurada em 26 de julho. “É a realização de um sonho de 15 anos. O sindicato foi crescendo e nós participamos disso”, comemorou ele. O presidente do SEESP, Murilo Celso de Campos Pinheiro, parabenizou o trabalho desenvolvido pela diretoria local e lembrou que a estrutura permitirá melhores condições ao esforço que já vem sendo feito pela entidade de discutir as questões da sociedade.

A cerimônia contou com a presença de dirigentes do SEESP, representantes de entidades de classe, dos vereadores em Taubaté Joffre Neto (PSB) e Douglas Carbonne (PCdoB) e do bispo diocesano D. Carmo João Rohden, que fez uma bênção ao novo espaço dos engenheiros.

Com área total do terreno de 480m2, a nova sede foi reformada para atender às demandas da delegacia. Localiza-se na Rua Venezuela, nº 271, no bairro Jardim das Nações.

Centrais sindicais voltam às ruas dando continuidade às lutas por mais direitos para os trabalhadores e avanços sociais no País. As entidades sindicais realizarão manifestações nos próximos dias 6 e 30 de agosto, caso o governo federal não abra negociações sobre as reivindicações da pauta do movimento sindical:

- Jornada de 40h semanais;

- Fim do fator previdenciário;

- Contra o PL 4.330/04, da terceirização, que precariza as condições de trabalho e os direitos da classe trabalhadora;

- 10% do PIB para a educação;

- 10% do orçamento da União para a Saúde;

- Transporte público de qualidade;

- Valorização das aposentadorias;

- Reforma agrária;

- Suspensão dos leilões de petróleo;

- Aprovação da PL 6.653, que prevê igualdade de oportunidades entre homens e mulheres no mercado de trabalho;

 

 

Terceirização

As negociações sobre o projeto na mesa quadripartite, formada por trabalhadores, empresários, governo e deputados, terminam no dia 5 de agosto. Se a proposta não avançar, no dia 6 de agosto, as centrais irão realizar atos em frente às federações patronais em todas as capitais do País e, em Brasília, em frente às confederações patronais.

 

Fim das multas

As centrais também irão ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) e ao TST (Tribunal Superior do Trabalho) para discutir a retirada das multas que estados, municípios e grandes empresas aplicaram contra as centrais pela realização do dia 11 de Julho - Dia Nacional de Luta em defesa da democracia e dos direitos dos trabalhadores. Para as centrais, tal medida representa interdito proibitório. As multas aplicadas giram em torno de R$ 1 milhão. Calendário de lutas: 6 de agosto (terça-feira) Dia de Luta contra o projeto da terceirização 13 de agosto (terça-feira) Votação, na CCJ da Câmara, do relatório do deputado Arthur Maia (PMDB-BA) ao PL 4.330/04, terceirização 30 de agosto (sexta-feira) Dia Nacional com paralisações pela pauta trabalhista e avanços sociais.

 

 

Fonte: Agência Diap

 

 

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Debater os caminhos da educação superior no País foi o objetivo de Amaro Henrique Pessoa Lins, professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e ex-secretário de Educação Superior do Brasil, na Conferência "O papel das Ifes (Instituições Federais de Ensino Superior) na educação superior no Brasil". O evento realizou-se no dia 25 de julho, como parte programação da 65ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), no Recife, capital de Pernambuco.

Para melhorar a qualidade do ensino superior, o professor Lins revela seis desafios: expansão da educação superior com políticas de desenvolvimento de forma mais articulada; acesso e permanência dos alunos nas universidades; melhoria contínua da qualidade; pesquisa e inovação; internacionalização do ensino e o aperfeiçoamento da gestão. "É preciso dar atenção à formação dos professores e também do quadro técnico das universidades. E para quem é gestor em educação, precisamos pensar num grande programa de formação, até para a escola básica", propõe.
De acordo com Lins, não é possível discutir educação superior sem falar em educação básica. Dados do último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2010, mostram que houve avanço. No item creche, o número de vagas passou de 9,4 em 2000 para 23,6 em 2010. Mas, ele enfatiza que há um grave problema na distribuição dessas vagas. "Precisamos ampliar a oferta e diminuir o fosso entre o atendimento a ricos e pobres. Esse é um esforço que deve ser feito para resolver a questão da injustiça social no País", afirmou.
O professor apresentou dados que contrariam o pensamento de que nas universidades públicas a maioria dos estudantes é de classes altas. "O perfil dos alunos nas universidades federais hoje registra, por exemplo, no Nordeste, 52,02 de alunos das classes C, D e E. Aqui mesmo na UFPE esse percentual chega a 60%."

Segundo ele, isso é resultado de uma melhoria na política de acesso às instituições de ensino superior. Porém, alerta para a importância de se criar e manter programas que garantam a permanência desses alunos nas universidades. "Não basta ter acesso, é preciso cuidar e acompanhar esses alunos das classes C, D e E, bem como aqueles que entram pelas cotas, para que eles cheguem ao final do curso e se formem. Se isso não for resolvido, não vamos avançar", alertou.

Dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) de 2011 mostram que há no Brasil 2.365 instituições de graduação superior, das quais 2.081 são privadas e 284 são públicas. "Já ultrapassamos a marca de 1 milhão de alunos nas universidades federais e 100 mil professores. Esse processo continua em expansão", revelou Lins.
Mesmo diante de números expressivos, o ex-secretário demonstrou também preocupação com relação à distribuição dos alunos do ensino superior por área. "Tecnologia, saúde e agronomia, por exemplo, têm percentuais muito baixos se comparados aos de outros países. Como vamos desenvolver o País que tem uma demanda futura de infraestrutura enorme sem formarmos engenheiros agora?", questionou.

 
Ensino médio: tragédia nacional
Com mais de 50% dos jovens fora da escola, o professor aponta o ensino médio como a grande tragédia nacional. "Dos jovens que abandonam a escola, a maioria não trabalha. Ficam abandonados muitas vezes reforçando os índices de criminalidade no País", disse. Ele reitera que esse quadro é resultado da injustiça social, que vem desde a creche e se propaga pelo ensino médio.
O analfabetismo foi outro ponto apresentado por Lins a ser resolvido no País. A legislação vigente determina que toda criança até sete anos esteja plenamente alfabetizada, mas os números mostram que isso não está sendo alcançado. "Na Região Sudeste, o índice de crianças analfabetas de até oito anos é de 8%, enquanto no Norte e Nordeste, está em torno de 30%. É uma calamidade", classificou.


Com informações de reportagem de Edna Ferreira/Jornal da Ciência

 

 

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Encerrando a 4ª Jornada da Campanha Brasil Inteligente, no dia 24 de maio, cerca de 100 novos membros foram empossados ao Conselho Consultivo da CNTU (Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários Regulamentados). "Estamos atingindo agora perto de 600, número semelhante ao de deputados e senadores do Congresso Nacional. Estamos, de maneira bastante ousada, trazendo cabeças, inteligências, lideranças. A ideia central do Conselho é ajudar a direção da CNTU a acertar mais e errar menos, assim, será chamado a discutir e em novembro (nos dias 28 e 29, durante o 2º Encontro Nacional da entidade) estabelecer o projeto-ação Brasil 2022 com essa rede de conhecimentos", afirmou Allen Habert, diretor de articulação nacional da confederação. Entre os temas que os membros dessa rede tem trazido para o debate, ele citou o voto seguro. "O voto eletrônico no Brasil ainda é 1.0, é frágil. Precisamos de uma urna 2.0, que possibilite aos eleitores obterem impresso comprovante de sua opção." Outra questão importante lembrada por Habert foi quanto ao debate relativo a logística e infraestrutura dos portos, bem como sobre as chamadas PPPs (parcerias público-privadas). "Em pouco tempo, serão empossados novos membros e formaremos o Conselho das 1.000 cabeças", destacou.

Congregando especialistas
À mesa, representando os conselheiros veteranos, a professora da UnB (Universidade de Brasília) Maria Rosa Abreu saudou os novos integrantes e parabenizou a CNTU "pelo esforço que vem desenvolvendo em congregar especialistas para pensar o Brasil". Coordenador-geral do Sindicato dos Odontologistas de Minas Gerais, Rilke Novato Públio destacou a "estratégia inteligente de abarcar o maior número possível de pessoas comprometidas" com essa ideia. "Reflete nossa preocupação com a democracia participativa", completou. Representando os novos membros do Conselho, Maria das Neves Guedes Cavalcanti Bezerra, diretora do Sindicato dos Médicos da Paraíba, afirmou ser uma honra representar a categoria em seu estado nesse fórum. "Estamos juntos a favor do crescimento e desenvolvimento nacional com sustentabilidade", salientou. Também compuseram a mesa José Campos Sobrinho, diretor da Federação Interestadual dos Odontologistas e conselheiro fiscal da CNTU; Miguel Manso, secretário de Organização e Comunicação do Partido Pátria Livre, e Luis Antonio Paulino, chefe da Assessoria Técnica do Ministério dos Esportes, os dois últimos também empossados ao Conselho Consultivo na ocasião.

Na sequência, foi aberta plenária desse fórum. Além de ser ressaltada a importância de campanhas que integram o projeto Brasil Inteligente - como as relativas à qualidade na saúde, reabilitação bucal e contra o uso abusivo de agrotóxicos, outras ideias, propostas e desafios foram apresentados. Entre eles, contra a vinda de médicos estrangeiros para prover regiões de difícil acesso sem a devida revalidação do diploma e habilitação – como informou José Erivalder Guimarães de Oliveira, secretário de Formação e Relações Sindicais da Fenam (Federação Nacional dos Médicos), ação encabeçada por essa última entidade, juntamente com o Conselho Federal de Medicina e a Associação Médica Brasileira. Além de chamar atenção para esse tema, a economista Ceci Juruá apresentou suas preocupações com a perda do patrimônio nacional, a exemplo dos portos e plataformas submarinas de petróleo. Já José Carrijo Brom, segundo suplente da confederação, apontou a necessidade de se efetuar levantamento de projetos de lei que se encontram no Congresso Nacional e podem ser de interesse das categorias que a CNTU congrega. Ao final, a vice-presidente dessa entidade, Gilda Almeida informou sobre a criação, em 8 de março último - Dia Internacional da Mulher -, do Coletivo de Mulheres da confederação e convidou à participação de sua primeira reunião, no dia 26 de junho, às 15 horas, na sede do SEESP, na Capital paulista.

 

Soraya Misleh
Imprensa - SEESP

 

 

  

 

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