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       A Sert (Secretaria Estadual do Emprego e Relações do Trabalho) de São Paulo, lançou nesta quarta-feira (24) o "salariômetro", ferramenta online que calcula a remuneração média das ocupações em todos os estados brasileiros.
      O trabalhador consegue saber o salário médio de pessoas que foram contratadas nos últimos seis meses no mercado formal com perfil escolhido. Além disso, empresas também podem pesquisar a remuneração paga por outros empregadores. No estado de São Paulo calculará também o salário médio por região e por município.
      Os cálculos são feitos a partir dos dados do Caged (Cadasto Geral de Empregados e Desempregados) e da Rais (Relação Anual de Informações Sociais). Os bancos de dados são mantidos pelo Ministério do Trabalho e Emprego, a partir de informações administrativas de todo o país.
      De acordo com o secretário estadual do Trabalho de São Paulo, Guilherme Afif Domingos, assim como o Termômetro Nacional do Emprego, que foi lançado no ano passado, o salariômetro foi desenvolvido em parceria com a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas da Universidade de São Paulo). "Na verdade, esses dados já existem há muito tempo, mas eram usados apenas de forma fechada, somente para dados estatísticos. Nosso objetivo é popularizar essas informações, mas sem deixar de lado a base ciêntífica", disse o secretário nesta quarta, no lançamento da ferramenta. "Dessa forma o trabalhador que está em casa pode acessar os dados."
       O objetivo é mostrar ao trabalhador o salário pago para o cargo que ele procura em diferentes regiões brasileiras.
       Ao acessar o link, o candidato deve informar a ocupação, estado, faixa etária, cor, gênero, escolaridade e setor.

G1 – Portal de notícias da Globo
24/2/2010
http://g1.globo.com

 

 

       Confirmando as expectativas já anunciadas pelo próprio presidente Lula, o País fechou o mês de janeiro com geração de 181.419 postos de trabalho. Segundo o ministro do Trabalho, Luiz Carlos Lupi, trata-se do maior volume de criação de postos formais para meses de janeiro da história.
       O número consta do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) e foi divulgado na quinta-feira (18). O dado superou a estimativa de Lupi, de 142 mil empregos no primeiro mês do ano.
       Ainda em janeiro, o Caged registrou um total de 1.410.462 pessoas admitidas em postos formais de emprego e 1.229.043 demissões. Com isso, o saldo líquido do Caged ficou positivo em 181.419 vagas com carteira assinada. O número foi bem acima do recorde de 142 mil empregos de janeiro de 2008.

Meta para 2010
      
O ministro do Trabalho reforçou durante a divulgação do Caged de janeiro a meta do governo de gerar 2 milhões de empregos formais em 2010. Ele disse que um eventual aumento na taxa de juros não vai comprometer a geração das vagas. O ministro disse também que é contra o aumento de juros. "Não vejo necessidade nenhuma de aumentar a taxa de juros, o aumento só favorece quem especula. Sou a favor de taxas mais baixas possíveis para alimentar o aquecimento da economia", disse.
       De acordo com o ministro, "se tiver algum aumento da taxa de juros, para o qual eu trabalho contra e torço para que não tenha, será muito pequeno. Não há bolha inflacionária, a inflação está sob controle e por isso, se houver o aumento será muito pequeno e não influenciará a geração de empregos", afirmou. Lupi disse prever uma taxa de desemprego (medida pelo IBGE) de 7,3% a 7,4% em 2010.

Portal de notícias Estadão
18/2/2010
http://economia.estadao.com.br

 

 

 

       O governo federal poderá adotar os dois modelos em avaliação como padrões de rádio digital, apesar do país estar fazendo testes comparativos entre o americano, conhecido como In-band on-channel (Iboc), e o europeu, o Digital Radio Mondiale (DRM. Diferentemente do que ocorreu com a TV digital - em que o modo japonês foi o único escolhido -, os dois modelos de rádio digital poderiam coexistir com viabilidade econômica, embora comercialmente um deva se sobrepor ao outro. Politicamente, a saída agradaria tanto às emissoras que já investiram no modelo Iboc, quanto aos partidários do modelo DRM, que é livre de royalties.
       Para tomar esta decisão, o Ministério das Comunicações avalia a publicação de uma portaria com parâmetros que não restrinjam o mercado a um só modelo. O ministro Hélio Costa quer resolver a questão antes de deixar o governo, até o fim de março.
        O único fabricante americano do Iboc, que já fornece sistemas digitais a emissoras brasileiras, é o consórcio Ibiquity, que cobra royalties pelo uso. Algumas das 4,5 mil emissoras comerciais de AM e FM já adquiriram equipamentos para migrar do modelo analógico para o digital. A principal vantagem do Ibiquity é a certeza das emissoras em digitalizar-se mantendo o mesmo canal (número no dial). Mas governo e empresas têm restrições quanto aos royalties cobrados.
       Um grupo de técnicos e universidades ainda mantém os estudos do modelo DRM. Se os testes provarem que o modelo europeu também permitirá que as rádios mantenham os canais de transmissão - questão pétrea para as emissoras -, então a discussão comercial esquentará, porque o modelo europeu não cobra royalties. O problema, porém, seria que as empresas que compraram o Ibiquity já gastaram, em média, R$ 150 mil pelos equipamentos, e, portanto, preferem o modelo americano. Nos testes já encerrados, o Ibiquity teve problemas de eficácia em ondas médias (AM) e curtas (OC e OT). Para FM, são perfeitos.
      Pode não ser viável economicamente, contudo, produzir receptores de rádio que aceitem os dois modelos, Ibiquity e DRM. Por isso pode haver segregação entre os aparelhos receptores AM/FM e os específicos para ondas curtas.
       No caso das ondas curtas, o DRM já provou ser mais vantajoso, com grande ganho de qualidade de som e livre das frequentes interferências na banda. A aceitação pelo governo dos dois modelos poderia permitir que essas emissoras de OC e OT transmitissem em sistema diferente das AM/FM. Daí a possibilidade de coexistirem ambos os modelos de rádio digital no país. A hipótese não é absurda, haja vista que existe hoje, no Brasil, 1,5 aparelho receptor de rádio por pessoa e que as ondas curtas têm um mercado bastante específico.
       Como o sistema de rádio digital é, em termos gerais, mais barato que o da TV digital - em que foi definido o padrão japonês -, a possibilidade de haver mais de um modelo não restringiria o potencial econômico para ambos os sistemas conviverem. No caso da TV, a multiplicidade de modelos reduziria perspectivas de crescimento e exportação de infraestrutura e aparelhos receptores para países vizinhos.
       Antes férrea defensora do Ibiquity, a Associação Brasileira das Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) espera o encerramento dos testes do DRM para apresentar sua posição final. "A única posição em que a associação é irredutível sobre a rádio digital hoje é a previsão de as emissoras manterem o mesmo canal de transmissão", diz Luis Roberto Antonik, diretor-geral da Abert. "Defendemos essa ideologia e não necessariamente um padrão"
       Pela rádio digital, o usuário poderá ter, além de maior qualidade de som, serviços agregados, como a possibilidade de ouvir podcasts, interagir na programação e receber imagens e informações no visor do aparelho.
       Para André Barbosa Filho, assessor especial da Casa Civil, serão esses serviços oferecidos pelas emissoras que ditarão o sucesso e o ritmo de expansão da rádio digital, "contanto que o aparelho não custe R$ 600." O governo ainda define, porém, quais serão os estímulos para que a indústria se adapte à produção de novos aparelhos e as emissoras migrem de sistema.

Fonte: Danilo Fariello, Valor Econômico - 17/02/2010

 

 

19/02/2010

Sobram vagas

       Em editorial, jornal volta a falar da escassez de mão de obra qualificada em áreas estratégicas como Engenharia e Farmácia e da necessidade de investimentos para a educação e formação de profissionais
       Não se deixam para trás com a facilidade vendida por discursos ufanistas mais de duas décadas de crescimento econômico muito baixo.
       Não há dúvida de que políticas econômicas responsáveis, no âmbito interno, e uma conjuntura externa favorável ajudaram o país a superar alguns dos constrangimentos que limitavam sua capacidade de crescimento. Mas os custos da estagnação e da falta de investimentos públicos do passado ainda se fazem presentes na péssima infraestrutura do país, por exemplo, ou na escassez de mão de obra qualificada.
       Dados do Sine -uma rede pública de agências de emprego, associada ao Ministério do Trabalho- mostram que apenas 39% das vagas ali oferecidas em 2009 foram preenchidas. Em 2008, na mesma rede, 42% haviam sido ocupadas; no ano anterior, 48%.
       Ou seja, mesmo com um índice de desemprego ainda relativamente alto, de 8,9% no ano passado, o país vive o paradoxo de criar vagas e não encontrar profissionais que as preencham. A explicação, dizem as empresas, está sobretudo na escolaridade precária dos trabalhadores.
       O fenômeno já se fazia sentir com força, no final de 2009, na procura por engenheiros. Agora se vê que a carência de profissionais se espraia para vários níveis de formação -sobram vagas para farmacêuticos mas também para eletricistas e torneiros.
       Trata-se de um problema grave, para o qual não há solução simples nem imediata. A rede educacional do país, com suas falhas e distorções distribuídas do ensino fundamental à universidade, mostra-se incapaz de oferecer ao mercado de trabalho mão de obra competente.
       Sempre presente de forma retórica no debate público, a educação parece fadada, neste ano, a finalmente ocupar posição de real destaque na campanha para a Presidência.
       Em contraste com as generalidades do passado, espera-se que os candidatos digam o que planejam, de forma específica, para um setor estratégico para o país.

FNE – Federação Nacional dos Engenheiros
18/2/2010
http://www.fne.org.br

 

 

      O nível de emprego na indústria paulista subiu 0,54% em janeiro, no comparativo com um mês antes, sem ajuste sazonal. Com ajuste, houve alta de 0,42%. Com isso, houve a criação de 12 mil postos de trabalho.
       No confronto com o primeiro mês de 2009, o indicador apresentou queda, de 2,68%, o que significou o fim de 60 mil vagas.
       No início de 2010, o setor que mais contratou pessoal foi Produtos de madeira (1,7%), seguido por Produtos farmoquímicos e farmacêuticos (1,5%).
       Em contrapartida, houve enxugamento de funcionários em Fabricação de coque, produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (-3,3%).

Valor Econômico
12/2/2010
http://www.valoronline.com.br

 

 

 

       Grupo de trabalho formado pela Capes vai apresentar propostas para fomentar a formação de engenheiros no país e estimulará o desenvolvimento da pesquisa, da pós-graduação, da produção científica e da inovação tecnológica nesta área
       A Capes criou um grupo de trabalho com o objetivo de propor ações indutoras para estimular o ingresso de estudantes nos cursos de graduação na área das engenharias.
       A comissão, formada por dez especialistas, estimulará também o desenvolvimento da pesquisa, da pós-graduação, da produção científica e da inovação tecnológica nesta área do conhecimento.
       Entre as razões para a criação do grupo está o entendimento de que a capacidade de inovação tecnológica de um país e sua competitividade industrial estão ligadas ao desenvolvimento das engenharias. Porém, no Brasil, o número de engenheiros formados, a produção de patentes e os avanços na área de inovação tecnológica estão abaixo do desejado para o desenvolvimento tecnológico do país.
       Além disso, a formação de profissionais nesta área vem se desenvolvendo aquém do desejado para acompanhar as rápidas mudanças mundiais.
       O grupo de trabalho será composto pelos seguintes membros: Sandoval Carneiro Júnior, diretor de Relações Internacionais da Capes, que o presidirá; Roberto Leal Lobo e Silva Filho (Instituto Lobo); Jorge Luis Nicolas Audy (PUC/RS); Manuel Marcos Maciel Formiga (CNI); Luiz Carlos Scavarda do Carmo e José Ricardo Bergmann (PUC-Rio); Guilherme Sales Soares de Azevedo Melo (UnB); Carlos Hoffmann Sampaio (UFRGS); Nei Yoshihiro Soma (USP); e Antonio Marcus Nogueira Lima (UFCG).
       O GT terá 90 dias para apresentar uma proposta.

(Com informações do Portal da Capes)

FNE – Federação Nacional dos Engenheiros
11/2/2010
http://www.fne.org.br

 

 

       Levantamento realizado pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) mostrou que o salário mínimo do trabalhador brasileiro deveria ser de R$ 1.987,26 em janeiro de 2010 para suprir suas necessidades básicas e da família. Esse valor equivale a 3,90 vezes o valor do mínimo, de R$ 510,00, que passou a vigorar no dia 1º de janeiro deste ano. A constatação foi feita por meio de utilização da Pesquisa Nacional da Cesta Básica do mês passado, feita pela instituição em 17 capitais do País.
       O cálculo do Dieese leva em conta a cesta básica de Porto Alegre, a mais cara dentre as capitais pesquisadas, de R$ 237,58. E se baseia no preceito constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para garantir as despesas familiares com alimentação, moradia, saúde, transportes, educação, vestuário, higiene, lazer e previdência.
       Em dezembro de 2009, quando o salário mínimo era de R$ 465,00, o menor salário deveria ser de R$ 1.995,91, 4,29 vezes o mínimo então em vigor. Em janeiro de 2009, o salário mínimo necessário era estimado em R$ 2.077,15, o equivalente a 4,62 vezes o mínimo em vigor à época (R$ 415,00). Com o aumento de 9,68% concedido ao salário mínimo em janeiro deste ano, a jornada de trabalho necessária para a aquisição da cesta básica caiu para 86 horas e 48 minutos na média das 17 capitais pesquisadas. Em dezembro, essa jornada era de 95 horas e 20 minutos, enquanto em janeiro de 2009 o tempo de trabalho necessário ficava em 114 horas e 26 minutos.

Portal de notícias Estadão
9/2/2010
http://economia.estadao.com.br

 

 

        Ministro vai ao FSM e destaca novas obras do Programa de Aceleração do Crescimento, o marco regulatório do pré-sal e a Consolidação das Leis Sociais no Congresso Nacional

        O ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, que participou de atividades do Fórum Social Mundial Temático da Bahia, disse que entre as prioridades do último ano de governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva estão as novas obras do Programa de Aceleração do Crescimento, o chamado PAC 2, o marco regulatório do pré-sal e a Consolidação das Leis Sociais no Congresso Nacional.
       Segundo Padilha, o PAC 2, que tem previsão de lançamento para março, será voltado especialmente aos centros metropolitanos. Serão obras de infraestrutura urbana nos bairros mais pobres das grandes cidades.
        “O PAC 2 também terá um forte componente em obras para prevenção de enchentes, tratamento do lixo, equipamentos culturais, telecentros para garantir acesso à internet, creches e as Unidades de Pronto Atendimento (UPA) para acesso à saúde, além de obras de segurança”, explicou ontem (30) o ministro, no Fórum Social Mundial Temático da Bahia.
       Além disso, até o fim de janeiro o governo deve concluir a Consolidação das Leis Sociais, que será enviada ao Congresso. O objetivo é transformar em lei os programas sociais como o Bolsa Família e tornar obrigatórias as instâncias de participação social, como os diversos conselhos da sociedade civil que atuam nos ministérios.
       “Estamos convictos de que só poderemos mudar o Brasil se ouvirmos a sociedade, se construirmos uma agenda concreta assim”, disse o ministro.
       O marco regulatório do pré-sal, segundo ele, tem dois projetos no Senado e dois na Câmara. O acordo do presidente Lula com os deputados previa finalizar as votações dos quatro projetos de lei na Câmara no ano passado, mas a decisão sobre a capitalização da Petrobras e sobre a partilha dos royalties da produção do petróleo ficaram para este ano. Os projetos sobre o Fundo Social e sobre a criação da Petro-sal – estatal que vai gerenciar a parte da União no petróleo – já estão no Senado. “Precisamos aprovar esse novo marco regulatório logo para que possamos começar a retirar do fundo do mar essa riqueza que é de todos os brasileiros.”

FNE – Federação Nacional dos Engenheiros
5/2/2010
http://www.fne.org.br

 

 

       Dados divulgados na quarta-feira (3/2) pelo Conselho Global de Energia Eólica (GWEC, na sigla em inglês), mostram que o Brasil cresceu 31% em capacidade de geração de energia eólica, mais do que o dobro da média mundial. O país aumentou 77,7% em 2009, em relação ao ano anterior, e passou a ter uma capacidade instalada de 606 megawatts (MW), contra os 341 MW de 2008.
       O crescimento brasileiro foi maior, por exemplo, que o dos Estados Unidos, que teve aumento de 39%, o da Índia (13%) e o da Europa (16%), mas menor que o da China, cuja capacidade de geração ampliou-se em 107%.
      O Brasil também cresceu menos do que a média da América Latina, cujo aumento foi de 95%, puxado, em grande parte, pelas expansões de capacidade do México (137%), Chile (740%), da Costa Rica (67%) e Nicarágua (que saiu de zero para 40 MW).
      De acordo com a pesquisa, a capacidade da América Latina passou de 653 MW para 1,27 gigawatt (GW ou 1.270 MW), enquanto a capacidade do mundo ampliou-se em 37,5 GW, chegando a 157,9 GW. Em termos absolutos, os Estados Unidos têm uma capacidade de 35 GW, a China, de 25 GW, a Índia, de 11 GW e a Europa, de 76 GW.
       O Brasil responde por cerca da metade da capacidade instalada na América Latina, mas representa apenas 0,38% do total mundial. Para o diretor-executivo da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), Pedro Perrelli, o desenvolvimento do parque eólico do país só não é maior porque o Brasil tem muita capacidade hidrelétrica instalada e potencial.
       Segundo ele, apesar disso, o Brasil tem ainda muito terreno para crescer na energia eólica. "A energia eólica é importante, porque ela é complementar a esse potencial hidráulico. Inclusive porque ela não consome água, que é um bem cada vez mais escasso e vai ficar cada vez mais controlado", disse Perrelli.
       De acordo com a ABEEólica, a capacidade instalada de energia eólica no Brasil deve crescer ainda mais nos próximos anos. Isso porque um leilão realizado no ano passado comercializou 1.805 MW, que devem ser entregues até 2012.(GWEC e ABr)

FNE – Federação Nacional dos Engenheiros
5/2/2010
http://www.fne.org.br

 

 

        A matriz energética brasileira é muito mais limpa do que a chinesa. Segundo o diretor-geral da Coppe-UFRJ, Luiz Pinguelli Rosa, 45% da energia gerada no Brasil é de fonte renovável. Já a China é a maior emissora de CO2 do mundo, com a matriz centrada na queima de carvão. “É claro que o Brasil deve investir no desenvolvimento das energias eólica e solar. Mas nós temos outras tecnologias, como o biocombustível, a biomassa e a energia hidrelétrica que nos colocam numa condição de protagonismo”, diz o cientista.
       Mas, enquanto a China pisa fundo em direção ao desenvolvimento da energia eólica e solar, o Brasil ainda passa a primeira marcha nesta questão. Isto não quer dizer que a China é mais compromissada em relação ao meio ambiente. “Eles estão investindo nestas tecnologias dentro da sua estratégia de exportação. É uma questão mais econômica do que ambiental, diz o coordenador-geral de Fontes Alternativas do Ministério das Minas e Energia, Roberto Meira Junior.
       De qualquer modo, o físico Paulo Artaxo, da USP, defende que o Brasil incentive pesquisas destas novas tecnologias para não perder terreno para o concorrente emergente da Ásia. “A China tem dois objetivos. Exportar estes produtos de alta tecnologia e ao mesmo tempo utilizar estas fontes para reduzir emissões sem comprometer seu crescimento. O Brasil deveria também fazer sua lição de casa.”
       Além disso, Artaxo vê como estratégico o desenvolvimento de sistemas mais eficientes de geração de energia a partir de combustíveis fósseis, principalmente devido ao pré-sal. “Temos que fazer com que a exploração produza o mínimo de emissão de carbono.”

Leilão
      
Segundo Meira Junior, o Brasil já tem uma cadeia produtiva para produzir turbinas eólicas. Além disso, leilão realizado em dezembro selecionou 71 empreendimentos no País, que gerarão 1.805 MW (Itaipu gera 7 mil MW). Há áreas favoráveis para usinas eólicas, especialmente nas regiões litorâneas.
       Quanto à energia solar, Meira Junior admite que o Brasil não tem uma cadeia produtiva destes equipamentos. “Esta é a tecnologia mais cara. Tudo é importado. A implantação deste tipo de energia é dez vezes mais cara do que a hidrelétrica.”
       Por outro lado, essa energia tem outra natureza, pode ser usada em residências e prédios comerciais. “ Ela é custosa na instalação, mas há o ganho na tarifa, que no caso residencial, é mínimo.Além disso, nos próximos dez anos o custo vai cair. Então será atrativo construir usinas solares no país”, finaliza Meira Junior. Segundo ele, o Brasil pretende criar uma usina-piloto para entender a dinâmica desta nova fonte.

Por Marcelo Gigliott
Jornal do Brasil
2/2/2010
http://jbonline.terra.com.br

 

 

 

 

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