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       Em um período crucial para o desenvolvimento brasileiro, marcado pela necessidade de estímulo e proteção à economia em meio às crises internacionais, pela responsabilidade ambiental e social às vésperas do ano de acolhida da da Conferência da ONU Rio + 20 e pela urgência em renovar e ampliar sua infraestrutura urbana em turismo, telecomunicações e transporte, por exemplo, para os eventos esportivos mundiais de 2014 e 2016, a CNTU promove na sexta-feira, dia 23, em Goiania, seu 3º Encontro Regional para debater "o desenvolvimento e a infraestrutura" do país, a partir da região Centro-Oeste. 

       Trata-se de uma sequência de eventos, dois deles já realizados em Maceió e Vitória, e um próximo agendado e Porto Alegre, que resultarão no 1º Encontro Nacional da CNTU, em São Paulo, em 18 de novembro próximo. E a programação de Goiania tem como palestrantes o presidente do Ipea – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, economista Marcio Pochmann, o assessor de planejamento da Saneago – Saneamento de Goiás S.A, engenheiro Edson Melo Filizzola, o coordenador do Grupo de Computação Visual e Meios Eletrônicos Interativos do Laboratório de Sistemas Integráveis da Escola Politécnica da USP – Universidade de São Paulo, engenheiro Marcelo Knörich Zuffo e o professor titular do Instituto Astronômico e Geofísico da USP e um dos coordenadores do C40 São Paulo Summit 2011, Físico, PHD em Ciências Atmosféricas, Oswaldo Massambani.

       Eles abordarão a indústria no século XXI, inteligência e tecnologias digitais; desenvolvimento e infraestrutura econômica e social; panorama e perspectivas do saneamento ambiental; e os desafios das megacidades frente às mudanças climáticas.

       Os problemas que o Brasil precisa superar para um desenvolvimento capaz de alcançar o conjunto da população são grandes. Para o acesso universal à banda larga, por exemplo, há uma demanda enorme por investimentos, inclusive para corrigir erros passados, como explica o engenheiro Marcelo Zuffo: "Do jeito que foi feita a privatização, a infraestrutura nacional está absolutamente obsoleta; faltam conexões transoceânicas, o nosso tronco para os Estados Unidos e a Europa, um backbone nacional conectando as capitais".

       Outro aspecto da infraestrutura brasileira, com impactos econômicos, sociais e ambientais, que necessita de investimentos urgentes é o da mobilidade. Pesquisa divulgada no início do ano pelo IPEA mostrou que os congestionamentos atingem 36,5% da população brasileira. Desse total, 20,5% da população ficam presas no trânsito mais de uma vez por por dia, enquanto que 16% enfrentam um engarrafamento por dia. 

       Marcio Pochmann é defensor da ênfase no transporte público. “Em países desenvolvidos o principal meio de transporte é o coletivo. Isso pressupõe investimentos em infraestrutura de grande magnitude e uma articulação do setor público com o privado, porque sem esse esforço vamos ter cidades com maior quantidade de automóveis que implicará em congestionamentos mais amplos do que já temos, o que implica maior perda de produtividade e maior tempo da vida comprometido no deslocamento”. 

       Os debates do Encontro Centro-Oeste devem resultar em propostas para a “Carta de Goiânia”, a ser encaminhada ao Encontro Nacional, em 21 outubro. Antes, o Encontro Sul, em Porto Alegre, discutirá democracia, cultura e comunicação.

       A atividade acontece a partir das 9 horas, no Crea-GO – Rua 239, nº 585 – Setor Universitário Goiânia/GO. Informações e inscrições pelo telefone (62) 3251-8181 e e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..A participação aberta é e gratuita. Confira o programa.


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VII Congresso e a 1a EXPO/ABAR focalizam a regulação como caminho para o desenvolvimento sustentável. Um grande objetivo é criar oportunidade para que a sociedade conheça e debata o papel estratégico das agências reguladoras.

        Durante três dias, de 20 a 23 de setembro, especialistas, autoridades e lideranças se reunião em Brasília para o VII Congresso da Associação Brasileira das Agências Reguladoras (ABAR) e para a 1a EXPO/ABAR que focalizarão o tema: "Regulação, caminho para o desenvolvimento sustentável. 

        Assim como nos congressos anteriores, que foram pautados por um temário que atraiu grande participação e envolvimento dos técnicos setoriais, na edição deste ano cinco grandes temas estão previstos para os painéis. Estes se constituirão de debates e relatos de experiências relevantes sobre Petróleo & Combustíveis, Energia Elétrica & Gás, Transportes, Saneamento & Recursos Hídricos e Telecomunicações. 

        Todos os painéis trabalharão a análise da regulação setorial a partir do seguinte prisma: Qualidade da Regulação, Transparência e Participação da Sociedade – Estado da Arte, Tendências e Visão Futura.

        A 1a EXPO/ABAR será um espaço de visibilidade onde agências reguladoras e empresas reguladas poderão apresentar o trabalho que desenvolvem a seus parceiros estratégicos, situados seja no Executivo, no Legislativo, no Judiciário, ou na academia. Para o presidente da ABAR e diretor da FNE, José Luiz Lins dos Santos, a 1a EXPO/ABAR será uma oportunidade de diálogo entre a sociedade e as instituições reguladoras. Além de "manter o indiscutível padrão de qualidade dos Congressos anteriores, precisamos avançar, especialmente, na estruturação de uma política de comunicação que empreste a devida visibilidade ao esforço setorial", disse ele, explicando a importância da feira.

        Pela manhã, os estandes estarão abertos a visitas estimuladas da sociedade, através de parcerias construídas com o meio acadêmico, associações de consumidores e particularmente com a mídia, em todos os níveis. À tarde, o ambiente da feira será utilizado para aproximação, interação, confraternização e articulação de ações estratégicas entre os principais atores do mundo da regulação no País.


Confira a programação do VII Congresso da ABAR e a 1a EXPO/ABAR

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        A conta de luz pode ficar mais barata a partir de 2015, quando vencerão contratos de concessão em 67 empreendimentos hidrelétricos. O governo terá como alternativas a prorrogação dos contratos ou a abertura de licitação para novas concessões. Na disputa, estarão empresas privadas e estatais pertencentes ao sistema Eletrobras.

        A legislação que regula o setor foi aprovada em 1995. Desde então, as concessões públicas têm validade de 30 anos. Existe ainda a previsão de renovação por mais duas décadas.

        Os contratos que estão para vencer envolvem geração, transmissão e distribuição de energia elétrica. Segundo o diretor do Instituto Ilumina, depois de vencido o período de exploração, a administração fica sob responsabilidade da União.

        “Pode não fazer nova concessão e passar a explorar através de suas próprias empresas, mas não é conveniente para o governo fazer isso como uma solução genérica porque as próprias empresas do Grupo Eletrobrás também terão concessões vencendo a partir de 2015.”

        A potência das usinas em questão representa mais que o dobro do que é gerado pela Usina Hidrelétrica de Itaipu (PR), a maior do Brasil. Pereira explica que os custos de implantação foram amortizados ao longo dos anos, e isso forçará a queda das tarifas.

        “Se você já pagou por todo o empreendimento, que é a construção da usina, daqui para frente a única despesa que ela tem é a operacional. Tem os gastos com expansão, com pessoal, mas são gastos bem menores do que aqueles gastos iniciais que foram pagos com a tarifa dos consumidores.”

        O término das concessões foi tema de audiência pública realizada recentemente no Senado Federal. Atualmente, o país possui 176 hidrelétricas que somam 77 mil megawatts de potência instalada.



(Radioagência NP, Jorge Américo)
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Formada pela FNE, Procon-SP, PROTESTE e Idec, Frente de Energia Elétrica defendeu ontem, em Audiência Pública, que a Aneel devolva os valores pagos indevidamente.

       A Frente de Defesa dos Consumidores de Energia Elétrica participou nesta quinta-feira de audiência na Câmara Federal para discutir a devolução dos valores cobrados a mais nas contas de luz devido ao erro na metodologia de cálculo de reajuste. O erro na metodologia de cálculo, detectado pelo TCU e noticiado em 2009, remunerou ilegalmente as concessionárias de energia elétrica de 2002 a 2009, gerando prejuízos aos consumidores de pelo menos 1 bilhão ao ano.

        A audiência pública foi convocada para discutir o Projeto de Decreto Legislativo (PDC) 10/11, que obriga as concessionárias de energia elétrica a devolver cerca de R$ 7 bilhões cobrados indevidamente dos consumidores nas contas de luz entre 2002 e 2009. O valor foi apurado pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Tarifas de Energia a partir de uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU). A CPI concluiu seus trabalhos em dezembro de 2009.

        Formada pela Fundação Procon-SP, PROTESTE, Idec e Federação Nacional dos Engenheiros, a Frente de Energia Elétrica tem se mobilizado para que os consumidores não fiquem com o prejuízo. Uma das iniciativas da Frente foi a de entregar ao presidente da Câmara, Marco Maia, um pedido para que seja colocado em votação no plenário o Projeto de Decreto Legislativo (PDC 10/11). De autoria do deputado Eduardo da Fonte, que presidiu a CPI das Contas de Energia, e do deputado Weliton Prado, o projeto pretende anular decisão da Aneel de que não haveria recomposição da tarifa, e manda as empresas do setor de energia devolver os cerca de 12 bilhões de reais que foram cobrados indevidamente dos consumidores entre 2002 e 2009.

       Eduardo da Fonte (PP-PE) lembra que, segundo o levantamento do TCU, a metodologia de reajuste tarifário dos contratos de concessão de distribuição de energia elétrica permitiu às concessionárias receber ilegalmente cerca de R$ 1 bilhão por ano entre 2002 e 2009. E que, apesar de reconhecer o erro e de corrigir a cláusula contratual que permitia o ganho ilegal das concessionárias, em dezembro de 2010, a diretoria da Aneel decidiu negar o direito dos consumidores aoressarcimento dos valores pagos indevidamente. A Aneel argumentou que os processos de reajuste até então realizados foram feitos de acordo com as normas pertinentes e contratos de concessão vigentes e, portanto, não deveriam ser revistos.

 O PDC 10/11 susta essa decisão da Aneel. "Esses recursos foram pagos indevidamente, e as distribuidoras se apropriaram”, diz Eduardo da Fonte. “Já está no Ministério Público Federal um pedido para que as distribuidoras de energia elétrica respondam por apropriação indébita.”

        O projeto será votado pelas comissões de Defesa do Consumidor; de Minas e Energia; e de Constituição e Justiça e de Cidadania, e também pelo Plenário da Câmara.

        A Frente de Defesa dos Consumidores de Energia Elétrica já esteve no Tribunal de Contas requerendo urgência no parecer do TCU sobre a possibilidade de ressarcimento dos valores calculados à época em que a metodologia continha erro.

        Para as entidades que compõem a Frente recompor a tarifa significa saber quanto seria o valor correto da tarifa de energia na época em que a fórmula de reajuste começou a ser aplicada incorretamente. E a partir daí seria possível estabelecer mecanismos para compensação do período em que o consumidor pagou a mais.

        A mobilização da Frente de Energia Elétrica tem como objetivo identificar os problemas do setor e contribuir de forma mais eficiente nos processos regulatórios na busca do equilíbrio do mercado de consumo, a fim de assegurar que este serviço essencial, embora monopolizado pelas concessionárias em determinadas regiões, seja prestado de forma adequada, contínua e eficiente a todos os consumidore. 



(Fontes: Agência Câmara, Radio Agência NP e FNE)
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        Os engenheiros do Estado de São Paulo têm um excelente motivo para comemoração neste mês de setembro: no próximo dia 21, o SEESP completa 77 anos de lutas em defesa da categoria. Desde o longínquo ano de 1934, quando foi fundado, até os dias de hoje, o sindicato vem escrevendo uma rica história de trabalho, batalhas e conquistas nos mais diversos campos. Criada para assegurar representatividade à profissão no Congresso, a entidade foi, ao longo dessas décadas, enfrentando os desafios do seu tempo e preparando-se para o futuro.

        No que diz respeito à sua função precípua, a representação coletiva dos engenheiros e a defesa de seus direitos como trabalhadores, o SEESP, apoiado em seu quadro de diretores e delegados sindicais, tem batalhado cotidianamente. Como resultado, tem-se dezenas de acordos e convenções coletivas assinadas todos os anos. A cada data-base, renova-se o esforço por melhores salários e condições de trabalho aos profissionais.

        Na prestação de serviço aos associados, o empenho vem sendo por oferecer benefícios relevantes que facilitem a vida dos engenheiros e de suas famílias, assegurando-lhes qualidade, economia e segurança. Carro-chefe desse programa é o Plano de Saúde do Engenheiro. Também fundamental tem sido a ampliação e o aprimoramento dos espaços para atendimento à categoria não só na sede, na Capital, mas nas delegacias sindicais distribuídas pelo Estado, o que permite conhecer a realidade de cada região.

        Em sua terceira frente de atuação, o Sindicato dos Engenheiros faz jus aos profissionais que representa, essenciais ao bem-estar da população e ao desenvolvimento. Assim, aceitou decididamente o desafio de contribuir com essa discussão. A inserção do SEESP, em parceria com as demais entidades da área tecnológica e dos movimentos sindical e social, visa buscar as soluções que São Paulo e o Brasil precisam.

        Engajada ao projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento”, a entidade vem colocando em debate as questões que considera prementes para que a população tenha acesso a condições dignas de vida e o País alcance os patamares das nações desenvolvidas. Tem sido pauta constante, portanto, o meio ambiente, o saneamento e os recursos hídricos, a habitação, o transporte e a logística, a educação e a ciência, a tecnologia e a inovação.

        Com essa agenda tripla, de representação da categoria, apoio aos associados e compromisso com a sociedade em geral, o SEESP celebra hoje seus 77 anos com o vigor de quem ainda terá muitas décadas pela frente.




Gley Rosa


        A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) de São Paulo iniciou uma campanha de orientação para evitar a ocorrência de acidentes fatais nas ruas da Capital. Aos pedestres, para atravessarem as vias nas faixas destinadas a eles; aos motoristas, para respeitarem os que estão a pé e parar os veículos ao identificar pessoas prestes a utilizar a faixa específica para travessia. Campanha importante, que deveria ser seguida em todos os municípios do País.

        Os pedestres só têm a ganhar com essa medida, pois atravessando nas faixas de segurança correrão menos riscos de atropelamento e o tempo que gastarem para ir até a faixa mais próxima será compensado pela facilidade de atravessar no local correto.

        Até que isso aconteça, algumas ações precisam ser tomadas para que a campanha seja vitoriosa e o respeito ao pedestre e o uso da faixa tornem-se um hábito, como aconteceu com o cinto de segurança, usado hoje por mais de 92% dos motoristas, com grande redução das fatalidades nos acidentes. Entre essas medidas, de ordem administrativa e técnica, podemos citar:
• Multar os motoristas que desrespeitarem a travessia dos pedestres nas faixas de segurança.
• Orientar constantemente os pedestres quanto a sua prioridade nas faixas de segurança em que não há semáforos, pois quando esses existem a prioridade é estabelecida pela indicação da luz verde.
• Apesar de a CET/SP ter em seu quadro na área de Gerência de Segurança no Trânsito e na de Sinalização pessoal competente, torna-se necessária a participação de um engenheiro de segurança na equipe para identificar riscos que os demais profissionais não estão habituados a observar. Cito como exemplo faixas que são colocadas em curvas ou descidas, que não permitem aos motoristas tempo suficiente para parar e dar passagem aos pedestres ou que não proporcionam a devida segurança a quem está atravessando por não ter a adequada visibilidade dos carros que passam ao lado do que corretamente parou e lhe deu a passagem. Em alguns casos são necessários gradis que impeçam a travessia de pedestres afoitos, colocando-se a faixa sempre na reta, alguns metros além da curva ou da descida. Além desses exemplos, outras situações necessitam do conhecimento especializado de um engenheiro de segurança e não há demérito aos projetistas de sinalização viária em ter esse profissional em sua equipe, pois a sua contribuição só trará benefícios e resultados mais satisfatórios.
• Não só os motoristas e pedestres devem ser conscientizados, os motociclistas também têm que saber qual a sua responsabilidade. Muitas vezes os carros param na faixa de segurança, mas esses, por desrespeito ou desconhecimento, passam entre os automóveis parados, pondo em risco o pedestre que estava atravessando corretamente a via.
Vamos praticar o respeito às leis de trânsito, priorizar as medidas de engenharia de segurança, auxiliar a CET/SP na difícil tarefa de evitar acidentes, levando a todo o País o exemplo de cidadania que queremos.


Gley Rosa é engenheiro de segurança do trabalho, diretor do SEESP e da Apaest (Associação Paulista de Segurança do Trabalho)




Lucélia Barbosa


           Representando os profissionais que desaprovam a atuação do órgão nos últimos anos, o engenheiro Amaury Hernandes se lança candidato à Presidência do Crea-SP (Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Estado de São Paulo), no pleito a se realizar em 8 de novembro.

           Indicado pelo SEESP, ele pretende mudar definitivamente a relação do conselho com os profissionais da área tecnológica. “O objetivo é exercer uma fiscalização mais efetiva, administrar de forma transparente, permitindo que as informações financeiras e os trabalhos da entidade sejam divulgados sem restrição, e implantar um sistema integrado de tecnologia da informação para acabar com a lentidão e a burocracia dos processos e serviços”, resume Hernandes.

           Apoiado por várias entidades, ele conta que a sua candidatura é fruto da elevada insatisfação dos profissionais de todo o Estado de São Paulo que clamam por uma administração mais eficiente. “De modo geral, o Crea não atende os anseios da categoria. Hoje os profissionais questionam a sua finalidade e sofrem com sua omissão, sobretudo na questão da fiscalização e na defesa do mercado de trabalho. Portanto, é fundamental resgatar o seu papel”, enfatiza. A falha nesse ponto, função primordial do órgão, representa também problema para a sociedade, que depende dessa atuação para se proteger do mau profissional ou do leigo.

           Na opinião de Hernandes, o conselho tornou-se “um sistema cartorial perverso”, que só pensa em arrecadar e ao qual é necessário pôr um fim. “Ao profissional cabe apenas o dever da anuidade obrigatória e o pagamento compulsório de taxas. Ninguém tem acesso aos dados, como por exemplo o valor arrecadado com as ARTs (Anotações de Responsabilidade Técnica)”, critica.

           Para mudar esse cenário, ele promete modificar o modelo de gestão. “Atualmente, o conselho tem R$ 150 milhões em caixa, e a previsão de arrecadação para 2012 é de R$ 250 milhões, montante que tem sido investido na compra de prédios, terrenos e carros. A nossa proposta é reverter esse dinheiro em benefícios para a categoria, seja na implementação de um sistema de informática que possibilite ao profissional obter documentos online gratuitamente ou mesmo através de programas de qualificação”, aponta o candidato. “É inaceitável um conselho da área tecnológica manter um sistema arcaico e burocrático em que o profissional espera até 15 dias para obter uma certidão”, salienta.

           Outro objetivo de Hernandes é fazer com que o Crea-SP participe ativamente dos debates de projetos de interesse social e questões que envolvam os profissionais do Sistema. “É necessário participar das discussões sobre o crescimento do País e mostrar a importância dos profissionais no contexto de desenvolvimento. Além disso, precisa melhorar sua atuação no caso de acidentes, indo até o local fiscalizar e posteriormente emitindo um relatório explicando para a população quais as causas do ocorrido”, sugere.

           Nesse sentido, pretende lutar pela aprovação no Congresso Nacional do Projeto de Lei nº 6.994/02, que torna crime o exercício ilegal da engenharia. “Isso não é um lobby da categoria, mas uma necessidade para resguardar o interesse da sociedade, que não deve ser enganada por falsos profissionais nem sofrer as consequências da atuação ilegal com acidentes e mortes. Vamos fazer pressão política para que essa legislação seja sancionada o mais rápido possível”, promete o candidato.

           Para garantir que tais mudanças aconteçam, Hernandes convoca engenheiros, geólogos, geógrafos, agrônomos, agrimensores, tecnólogos, meteorologistas e técnicos que compõem o Sistema para participar da votação e assegurar uma eleição representativa, diferente do que ocorreu no último pleito. “Dos 315 mil profissionais aptos a votar em São Paulo, apenas 19 mil compareceram às urnas em 2008. Quem se omite, acaba concordando com o modelo de gestão atual. Portanto, precisamos opinar e votar para que o conselho atenda de fato as necessidades das categorias envolvidas”, conclui.


Quem é Amaury Hernandes
           Formado em engenharia civil pela Faculdade de Engenharia de Barretos em 1982, Amaury Hernandes é também especialista em segurança do trabalho pela mesma instituição, modalidade em que atua há 17 anos como professor em várias faculdades de engenharia do Interior paulista. Exerceu diversos cargos junto à iniciativa privada, e como autônomo desenvolveu atividades e projetos e direção técnica em obras residenciais, comerciais e industriais. Foi vereador da cidade de Guapiaçu entre 1982 e 1988 e reeleito em 1992, mandato em que se tornou presidente da Câmara Municipal por dois anos. Atuou como secretário municipal de Trânsito e Transportes em São José do Rio Preto e de Planejamento, Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente na cidade de Olímpia. Presidiu a Associação dos Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos de São José do Rio Preto de 2005 a 2008, ano em que passou a integrar o Conselho Estadual de Trânsito do Estado de São Paulo, do qual participou até 2010. Atualmente é consultor de projetos e presidente da Delegacia Sindical do SEESP em São José do Rio Preto.


Programa de trabalho
Transparência
Trazer todas as entidades do setor para as discussões e decisões do Crea-SP. Disponibilizar acesso imediato a informações financeiras e trabalhos do Conselho. Será o fim da caixa preta.

Serviços informatizados
Implantar sistema integrado de tecnologia da informação para todos os processos e produtos do Crea-SP. Será o fim da burocracia e da morosidade.

Fiscalização efetiva
Promover um choque de gestão no sistema de fiscalização do Crea-SP, com foco na proteção à sociedade e na valorização dos profissionais. Fiscalizar com rigor necessário a ocupação irregular de postos de trabalho por profissionais não habilitados nas empresas, órgãos governamentais e instituições de ensino. Será o fim do exercício pirata da profissão.

Presença na vida nacional
Participar ativamente dos debates de questões e projetos de interesse social, inserindo o setor da tecnologia nas esferas de decisão para a formulação de melhores propostas e soluções. Manter canais de diálogo com os amplos setores da engenharia nacional, entidades associativas, de classe e empresariais. Será o fim da administração sem objetivos.

Regulamentação profissional
Lutar pela aprovação no Congresso Nacional do Projeto de Lei nº 6.994/02, que torna crime o exercício ilegal da profissão. Será o fim da impunidade.


Veja programa completo no blog do candidato: http://votoamaury.blogspot.com 


Engenharia nacional apoia Cabrini
           Demonstração foi dada durante o lançamento oficial da candidatura do engenheiro agrônomo Álvaro Cabrini à Presidência do Confea (Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia), na noite de 1º de setembro, no Clube de Engenharia do Rio de Janeiro. Várias autoridades, lideranças, profissionais e representantes de entidades de classe prestigiaram a iniciativa.

           À oportunidade, o atual presidente do Confea, Marcos Túlio de Melo, manifestou seu apoio irrestrito ao nome apresentado. “Entre as candidaturas colocadas, é a que melhor representa o projeto de valorização profissional com a visão estratégica da nossa categoria, interligada ao processo de desenvolvimento do Brasil, que é o grande desafio que temos pela frente”, disse. “Com sua experiência de gestão administrativa e estratégica, com uma conduta ética exemplar sob todos os aspectos, Cabrini reúne todas as condições para fazer um brilhante trabalho à frente do Confea, buscando uma integração com definição clara das atribuições das organizações que compõem o Sistema, cada uma trabalhando naquilo que a lei lhe designou. Ele tem todas as condições de dar continuidade a esse processo de união institucional em todas as esferas, com uma visão de integração com a sociedade e foco nas políticas públicas”, finalizou.

           Para o presidente da FNE (Federação Nacional dos Engenheiros) e do SEESP, Murilo Pinheiro, o candidato tem a capacidade para inovar e pautar as questões que os profissionais entendem como corretas, sempre unidos pela valorização da engenharia nacional. Nessa linha, à frente da Fisenge (Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros), Carlos Bittencourt lembrou da trajetória de Cabrini desde a academia, participando de movimentos estudantis.

           O papel da engenharia como fomentadora de mudanças e do progresso nacional foi enfatizado pelo candidato à Presidência do Crea-SP (Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de São Paulo), Amaury Hernandes. Na ótica de Agostinho Guerreiro, presidente licenciado do Crea-RJ, que disputa a reeleição desse órgão, o plano de trabalho do postulante ao Conselho Federal vai ao encontro disso, pois faz parte de um projeto maior de Brasil. “Cabrini no Confea é sinônimo de dignidade e respeito com a engenharia brasileira.”

           O candidato em questão assumiu o compromisso de lutar pelos interesses do Sistema e fazer com que a sociedade perceba progressivamente a importância das profissões a ele afetas ao desenvolvimento do País. “Somos seus grandes promotores e é nossa obrigação assumir essa incumbência”, conclamou a todos.




Soraya Misleh


        No próximo dia 21 de setembro, a entidade celebra sua fundação e muitas conquistas. Criado em 1934, assim como vários outros sindicatos de trabalhadores, para atender a um dispositivo da Constituição que instituía a figura do deputado classista (veja quadro), o SEESP foi muito além em sua trajetória.

        Às vésperas de completar 77 anos de existência, reúne cerca de 50 mil associados e negocia com dezenas de empresas e organizações patronais, representando em acordos e convenções coletivas por volta de 100 mil engenheiros de todo o Estado. Para atender esse universo, conta com 400 diretores espalhados pelo território paulista, por intermédio de suas 25 delegacias no Interior, além de seu espaço na Capital. Com uma política de se fixar nesses diversos destinos, entre 2008 e 2011, a entidade inaugurou nove sedes próprias. E em breve terá um núcleo em São Caetano do Sul, para incrementar a assistência à categoria na região do Grande ABC.

        Nesse âmbito, uma de suas vertentes tem sido ampliar os benefícios aos filiados e dependentes. Como resultado dessa política, coloca hoje à disposição dos associados por volta de 400 convênios com empresas e profissionais no Estado, em diversas áreas, como lazer e turismo, medicina, psicologia, odontologia e educação. Ademais, apresenta o Plano de Saúde do Engenheiro, com preços e condições vantajosas à categoria; criou o SEESPPrev, fundo de pensão dos engenheiros; e incrementou o atendimento àqueles em busca de inserção e recolocação no mercado de trabalho, com uma série de serviços oferecidos no setor de Oportunidades e Desenvolvimento Profissional. Assistência jurídica trabalhista e previdenciária também não faltam, bem como na área de Direito do Consumidor.


Sindicato-cidadão
        Para além de sua atividade-fim, consolidou-se ainda, ao longo dos anos, como sindicato-cidadão. Seu presidente Murilo Celso de Campos Pinheiro resume: “Sua história confunde-se muitas vezes com a de São Paulo ou do Brasil.” Teve, desse modo, atuação decisiva em momentos cruciais, como da redemocratização do País e no processo Constituinte, com contribuição determinante à inclusão dos artigos 218 e 219 relativos à ciência e tecnologia na Carta Magna. Mais recentemente, teve papel fundamental na luta contra a onda de privatizações na era neoliberal. Com a bandeira histórica da retomada do crescimento, engajou-se a partir de 2006 ao projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento” – lançado pela FNE (Federação Nacional dos Engenheiros), à qual o SEESP é filiado, que propugna por uma plataforma nacional sustentável com inclusão social. Para difundir e implementar as propostas apresentadas nos diversos municípios, assegurando o desenvolvimento local, a entidade paulista constituiu conselhos tecnológicos regionais e realizou discussões em várias cidades. Entre os temas, a importância da gestão e integração metropolitana.

        Face a essa rica trajetória, Pinheiro conclui: “Nestes 77 anos, temos motivos de sobra para comemorar e, sobretudo, acreditar que nosso sindicato continuará a se expandir, vencer batalhas pelos nossos representados e contribuir para a melhoria das condições de vida no Estado e no País.”


Dos primeiros anos ao movimento renovação
        Com o intuito de garantir a representação classista na Câmara dos Deputados, o SEESP passou a existir a partir de 1934, ano em que indicou ao Parlamento o engenheiro Ranulfo Pinheiro, que esteve à frente do Instituto de Engenharia. Em sua primeira fase, o sindicato era constituído fundamentalmente de empresários e profissionais liberais. Até os anos 70, teve suas atividades limitadas às assistenciais. Somente em 1977, a entidade realizou o primeiro dissídio coletivo, com o Sindicato dos Bancos. Sua verdadeira vocação, em defesa da categoria, passou a ser afirmada com o Movimento Renovação ao final daquela década, que mudou os rumos da entidade. Ali foi colocada a pedra fundamental do SEESP em bases cidadãs.




15/09/2011

CANTEIRO

CNTU realiza encontro regional em Goiânia
        “O desenvolvimento e a infraestrutura” é o tema do 3º Encontro Regional da CNTU (Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários Regulamentados), a se realizar no dia 23 de setembro, das 9h às 18h, no Crea-GO (Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Estado de Goiás), na Rua 239, nº 585, Setor Universitário, em Goiânia. A atividade é parte dos eventos preparatórios ao encontro nacional da entidade, que ocorrerá em 18 de novembro, na Capital paulista. Até o momento, aconteceram encontros regionais em Maceió/AL e Vitória/ES.
        No Centro-Oeste, temas como saneamento ambiental, indústria no século XXI, inteligência e tecnologias digitais, os desafios das megacidades frente às mudanças climáticas, além de desenvolvimento e infraestrutura econômica e social integram a programação. Ao final, deverá ser aprovada a Carta de Goiânia, em que constarão as conclusões da iniciativa. A participação é aberta e gratuita. Mais informações pelo telefone (62) 3251-8181 e e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..


Dissídio coletivo
Emae
– Em audiência de instrução e conciliação ocorrida no dia 6 de setembro no Tribunal Regional do Trabalho em São Paulo – 2ª região, o SEESP, frente à intransigência da empresa em não avançar em suas propostas e superar o impasse na campanha salarial 2011, passou a integrar o dissídio coletivo econômico contra a Emae em conjunto com o Sindicato dos Eletricitários de São Paulo. A expectativa é que o tribunal o julgue o quanto antes.


Oportunidades
        Segundo levantamento feito até o dia 13 de setembro, a área de Oportunidades & Desenvolvimento Profissional do SEESP dispõe de 146 vagas, sendo 101 para engenheiros das diversas modalidades, 27 para estudantes e 18 para trainee. Para se candidatar, clique aqui. Mais informações pelos telefones (11) 3113-2669/74.


SEESP na organização do Fórum Social SP
        Atuando na preparação do Fórum Social São Paulo, o sindicato sediou reunião no dia 25 de agosto último, em que foi definida a data da iniciativa, local e vários eixos temáticos. Representante da entidade nesse espaço, seu vice-presidente Laerte Mathias conta que, entre eles, constam mobilidade urbana, energia, resíduos sólidos, habitação. O fórum – a se realizar na Faculdade Zumbi dos Palmares, na Capital, nos dias 29 e 30 de outubro próximo – visará discutir os gargalos existentes e políticas públicas que apresentem soluções de continuidade – ao encontro do que o SEESP discutiu em relação à Região Metropolitana de São Paulo, como parte do projeto “Cresce Brasil” – iniciativa da FNE (Federação Nacional dos Engenheiros), com a adesão desse e demais sindicatos a ela filiados.


Engenheiros aprovam acordo na CET
        A categoria, reunida em assembleia no dia 8 de setembro, aprovou por unanimidade a última contraproposta da empresa com vistas à assinatura do Acordo Coletivo de Trabalho 2011. Destacam-se, entre outros pontos, reajuste salarial de 6,39% retroativo à data-base em 1º de maio; e aumento de 14% no valor do PPR (programa de participação nos resultados), que implicará pagamento de até R$ 2.730,50 por pessoa.




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