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Segundo líder do governo na Câmara serão agendadas reuniões entre as bancadas dos partidos e o ministro da Fazenda, Guido Mantega, além de outros integrantes da equipe econômica

        O líder do governo na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), informou que o projeto de lei com o novo valor do salário mínimo será votado na próxima quarta-feira (16), em sessão extraordinária.

        A presidenta Dilma Rousseff encaminhou ao Congresso Nacional a mensagem com o projeto de lei sobre o salário mínimo. De acordo com o líder, o projeto prevê o valor de R$ 545 e a política de reajuste do mínimo, até 2014, com base na inflação do ano anterior e a variação do Produto Interno Bruto (PIB) dos dois anos anteriores.

        Apesar de o governo defender o valor de R$ 545, Vaccarezza disse que a oposição poderá apresentar emendas sobre o valor do mínimo. O líder não teme que o corte no orçamento deste ano, anunciado na quarta-feira(9) pela equipe econômica, ameace a votação. “Todo mundo está sabendo que vai ter corte no orçamento. Isso não é novidade”, disse, ao chegar para reunião do diretório do PT. O partido comemora hoje 31 anos de fundação.

        Sobre a reivindicação das centrais sindicais por um reajuste maior, Vaccarezza afirmou que o governo ainda tem tempo para convencê-los a apoiar o valor de R$ 545. “Espero votar com o Paulinho [da Força Sindical, deputado pelo PDT]. Temos tempo para convencê-los”, argumentou.

 

(Agência Brasil)
www.fne.org.br

 

 

 

 

 

14 regiões pesquisadas pelo IBGE apresentaram aumento na taxa de emprego no ano passado

        O emprego na indústria brasileira teve crescimento de 3,4% em 2010, em relação ao ano anterior. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), essa é a maior expansão da série histórica iniciada em 2002. Em 2009, o número de pessoas ocupadas na indústria havia caído 5,0% em relação a 2008.

        De acordo com dados divulgados hoje (11), as 14 regiões pesquisadas pelo IBGE apresentaram aumento na taxa de emprego no ano passado, com destaque para São Paulo (2,8%), o Rio Grande do Sul (4,0%), Rio de Janeiro (5,6%) e Santa Catarina (3,4%), além das regiões Nordeste (5,0%) e Norte e Centro-Oeste (4,2%).

        Entre os segmentos industriais, o emprego cresceu em 13 dos 18 ramos pesquisados. As principais influências para o resultado geral do emprego na indústria vieram dos setores de máquinas e equipamentos (7,3%), produtos de metal (7,0%), meios de transporte (5,9%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (7,2%), calçados e couro (5,7%), têxtil (6,4%), alimentos e bebidas (1,5%) e metalurgia básica (7,7%).

        Já os setores de vestuário (-2,1%) e de madeira (-5,8%) tiveram as principais pressões negativas sobre o emprego da indústria. Segundo o IBGE, o bom resultado de 2010 reflete “não só a recuperação gradual do emprego industrial ao longo do ano, mas também a baixa da base de comparação em função dos ajustes realizados no mercado de trabalho em 2009, por conta dos efeitos da crise econômica internacional”.

        Comparando apenas o mês de dezembro de 2010 com o mesmo período de 2009, também foi registrado um crescimento de 3,4%. Mas comparando dezembro de 2010 com o mês anterior, houve uma redução de 0,1%.

 

(Agência Brasil)
www.fne.org.br

 

 

O Programa de Aceleração do Crescimento, à Copa do Mundo de 2014 e às Olimpíadas de 2016 estão entre os temas do diálogo que acontecerá hoje (10) no Palácio Itamaraty em Brasília.

        O 5º Diálogo de Parceria Econômica (DPE) entre o Ministério das Relações Exteriores (MRE) e o Departamento de Estado dos Estados Unidos será realizado hoje (10) no Palácio Itamaraty em Brasília. Participam o subsecretário-geral de Assuntos Econômicos e Financeiros do MRE, Pedro Carneiro de Mendonça, e o secretário de Estado assistente para Economia, Energia e Negócios do Departamento de Estado norte-americano, José Fernandez. 

         Estarão em pauta, entre outros temas, as possibilidades de participação dos Estados Unidos em projetos de infraestrutura relacionados ao Programa de Aceleração do Crescimento, à Copa do Mundo de 2014 e às Olimpíadas de 2016, com ênfase em portos, aviação, petróleo e gás e energia. Também será discutida possível cooperação na África e no Haiti em áreas como energia, segurança alimentar e nutrição, biotecnologia, biocombustíveis, habitação, trabalho e inclusão social.

         O ministro Marco Farani, da Agência Brasileira de Cooperação (ABC), e Mark Lopes, representante da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (Usaid), assinarão memorando de entendimento sobre a implementação de programa de intercâmbio profissional entre as agências.

 

(Agência Brasil)
www.fne.org.br

 

 

        Chamado Atlasur, o projeto é coordenado pela Unesco e tem como objetivo encontrar ações que possam ser desenvolvidas na costa dos três países e incorporadas pelos governos na agenda de desenvolvimento e meio ambiente.

        Até julho, os ministérios do Meio Ambiente e do Planejamento, estados e universidades vão criar as diretrizes sobre como o projeto Atlasur será desenvolvido no Brasil. 

        O Atlasur será dividido em dois componentes. O primeiro levantará informações sobre a zona costeira sul-americana, cenários e efeitos das mudanças do clima na costa e sistemas de modelagem costeira.

        Com essas informações, no componente de intervenção serão definidas estruturas de gestão da costa, como sistemas de alerta precoce. A ideia é fazer projetos de curto, médio e longo prazos.

        O Brasil tem o Macrodiagnóstico da Zona Costeira e Marinha do Brasil que poderá ser usado como base para os estudos. O documento tem informações que orientam ações de planejamento territorial, conservação, regulamentação e controle dos patrimônios natural e cultural.

        Para a gerente de Gerenciamento Costeiro do Ministério do Meio Ambiente, Leila Swerts, o grande desafio do Atlasur é no campo institucional. "As instituições precisam perceber que há benefícios em fazer do gerenciamento costeiro um instrumento de desenvolvimento do país", ressaltou.

        Os efeitos das mudanças climáticas no litoral vão desde a perda de biodiversidade, erosão e inundações até danos à infraestrutura portuária, energética e de saneamento. Na parte brasileira, o projeto Atlasur será desenvolvido no litoral do Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

 

(Assessoria de Comunicação do MMA)
www.cntu.org.br

 

 

 

        De acordo com os dados divulgados nesta quarta-feira (9), cinco locais registraram altas acima da média nacional no período, que foi de 10,5%.

        O principal destaque, segundo o documento do IBGE, foi o Espírito Santo, onde a produção da indústria teve expansão de 22,3%.

        Em seguida, aparecem Goiás (17,1%), o Amazonas (16,3%), Minas Gerais (15,0%) e o Paraná (14,2%). Também houve crescimento significativo em Pernambuco (10,2%) e São Paulo (10,1%).

 

(Agência DIAP)
www.cntu.org.br

 

 

 

Primeiro satélite desenvolvido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o SCD-1 se mantém operacional e retransmitindo informações para a previsão do tempo e monitoramento das bacias hidrográficas, entre outras aplicações.

       O lançamento do SCD-1 pelo foguete americano Pegasus, em 1993, foi o início da operação do Sistema de Coleta de Dados Brasileiro, agora chamado de Sistema Nacional de Dados Ambientais (SINDA). O sistema é baseado em satélites de órbita baixa que retransmitem a um centro de missão as informações ambientais recebidas de um grande número de plataformas de coleta de dados (PCDs) espalhadas pelo Brasil.

       Este sistema fornece dados para instituições nacionais governamentais e do setor privado que desenvolvem aplicações e pesquisas em diferentes áreas, como previsão meteorológica e climática, estudo da química da atmosfera, controle da poluição e avaliação do potencial de energias renováveis.

       O satélite capta os sinais das PCDs instaladas por todo o território nacional e os envia para a estação de recepção e processamento do INPE em Cuiabá (MT). Depois os dados são transmitidos para o INPE Nordeste, o centro regional do Instituto localizado em Natal (RN), onde são processados e distribuídos aos usuários a partir do endereço http://sinda.crn2.inpe.br .

       Atualmente, o sistema é composto pelos satélites SCD-1 e SCD-2, este lançado em 1998. A modernização e revitalização do sistema SCD é uma das prioridades de desenvolvimento e atuação do Inpe, principalmente para atender à demanda de alerta de desastres naturais.

 

(Assessoria de Comunicação do Inpe)
www.fne.og.b

 

 

De acordo com a pesquisa Porto Alegre, Belo Horizonte e Fortaleza lideram recuo do desemprego.

        Além da Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE divulgada, na última quinta-feira (3), o Dieese também revelou o resultado da PED (Pesquisa de Emprego e Desemprego) que é realizada em sete regiões metropolitanas do país. Segundo os dados, a taxa de desemprego diminuiu em 2010 ao passar de 14,0% em 2009 para 11,9% no ano passado.

        Conforme o Dieese, isso representou 418 mil pessoas a menos no total de desempregados, estimado em 2,620 milhões em 2010 nas regiões pesquisadas.

        No ano passado foram geradas 765 mil ocupações nessas cidades, número superior ao de trabalhadores que chegaram ao mercado de trabalho, avaliado em 347 mil. Essa diferença resultou na saída de 418 mil brasileiros da condição de desempregados.

        Segundo a PED, o recuo do desemprego se deu de forma mais expressiva em Porto Alegre, Belo Horizonte e Fortaleza.

        Na capital gaúcha a variação da taxa de desemprego entre os últimos dois anos foi de -21,6%. Na capital mineira foi de -18,4% e em Fortaleza de -17,5%. A retração menos expressiva, embora igualmente negativa, ocorreu em São Paulo (-13,8%).

Entenda a diferença das metodologias do IBGE e do Dieese
        A diferença dos números que costumam ser apresentados pelo IBGE e pelo Dieese deve-se ao conceito utilizado para o cálculo da ocupação e desocupação.

        Na pesquisa do IBGE as pessoas são classificadas como ocupadas desde que tenham exercido algum trabalho na semana anterior à que foram entrevistadas.

        São considerados trabalhadores ocupados: os empregados com vínculo formalizado (no setor público e no setor privado), os trabalhadores sem carteira assinada e os que trabalham por conta própria, os empregadores, trabalhadores familiares sem remuneração e trabalhadores domésticos (com ou sem contratos formalizados).

        Já o Dieese considera como ocupados os indivíduos que, nos sete dias anteriores ao da entrevista, possuem trabalho remunerado exercido regularmente, com ou sem procura de trabalho; ou que, neste período, possuem trabalho remunerado exercido de forma irregular, desde que não tenham procurado trabalho diferente do atual; ou possuem trabalho não-remunerado de ajuda em negócios de parentes, ou remunerado em espécie/beneficio, sem procura de trabalho.

        São considerados desempregados indivíduos que se encontram numa situação involuntária de não-trabalho, por falta de oportunidade de trabalho, ou que exercem trabalhos irregulares com desejo de mudança.

 

(Agência DIAP)
www.fne.org.br

 

        O novo Laboratório de Pesquisas Ambientais (Lapam) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) foi inaugurado na última sexta-feira (4). O espaço fica no prédio do Laboratório de Instrumentação Meteorológica (LIM) do Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (Cptec) do Inpe, em Cachoeira Paulista (SP).

        Além do Inpe, também participam da iniciativa o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), a Universidade de São Paulo (USP), a Universidade Paulista (Unesp) de Rio Claro e o Instituto de Pesquisas Meteorológicas (IPMet) de Bauru.

        Segundo a pesquisadora do Cptec Maria Paulete Martins, uma das principais contribuições do projeto foi a aquisição e instalação de um conjunto de equipamentos de alta tecnologia para o monitoramento de aerossóis de queimadas de cana-de-açúcar no estado de São Paulo. A pesquisadora divide com Eduardo Landulfo, do Ipen/USP, a coordenação do projeto.

        "O Lapam abriga equipamentos com tecnologia de ponta, que permitem trabalhar na fronteira do conhecimento sobre qualidade do ar e perfil de aerossóis na baixa atmosfera", destaca Paulete. Como parte dos objetivos, o Laboratório do Instituto foi adequado para o desenvolvimento de pesquisas nas áreas de qualidade do ar, aerossóis atmosféricos, chuva ácida e contaminação ambiental.

        O projeto conta com o apoio da Petrobrás e da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Com esse apoio foi possível a capacitação de cinco equipes de universidades e institutos de pesquisa.

 

(Assessoria de Comunicação do MCT)
www.cntu.org.br

 

 

A expectativa do governo é que sejam investidos cerca de R$ 30 bilhões na construção das quatro usinas.

        O rio São Francisco surge como o destino favorito do governo na região Nordeste para instalação de uma central com duas usinas nucleares, embora o Estado cortado pelo rio ainda não esteja definido. A informação foi confirmada pelo ministro de Minas e Energia, Edison Lobão. "O São Francisco é, de fato, uma hipótese muito provável, mas ainda não há nada definido", comentou.

        O governo acelerou o ritmo dos estudos sobre as localidades que poderão receber as quatro usinas nucleares que serão construídas no país. A previsão inicial da Eletronuclear, estatal controlada pelo sistema Eletrobras, era entregar o relatório com as potenciais cidades até junho, mas o estudo feito em parceria com a consultoria da Coppe-UFRJ pode ser apresentado já no mês que vem. No Nordeste, diz Lobão, já há uma lista com algo entre 15 e 20 sítios selecionados.

        Outra central com duas usinas será instalada na região Sudeste. O estudo feito para escolher as prováveis sedes é dividido em quatro etapas, nas quais chega-se a avaliar quase 60 critérios. Nas primeiras duas etapas são excluídas áreas que possuem falhas no solo que podem trazer riscos à estrutura da usina. A terceira e quarta etapas apontam locais com infraestrutura adequada e qual tecnologia se enquadraria bem na região. Já foram definidas 40 áreas como prováveis sedes de usinas, segundo o pesquisador da Coppe-UFRJ, Moacyr Duarte.

        De acordo com o governo, há uma disputa pelos projetos. "Antes havia um certo receio dos Estados em receber as usinas nucleares, mas hoje a situação amadureceu", disse o ministro Edison Lobão, que já recebeu cartas de interesse enviadas pelos governos de Alagoas, Pernambuco e Bahia.

        O Brasil tem hoje duas usinas em atividade em Angra dos Reis. Angra 1, que teve sua construção iniciada em 1971, iniciou sua operação comercial em 1985. A usina tem capacidade de 657 Megawatts (MW). A construção de Angra 2 teve início em 1976, tendo entrado em operação comercial em 2001, com capacidade instalada de 1.350 MW. Também em 1976 foram comprados equipamentos de Angra 3, que chegou a ter sua obras iniciadas, até a paralisação em 1986. Com as obras retomadas em 2007 e previsão de entrar em operação em 2015, Angra 3 terá potência de até 1.405 MW. Neste mês, a Eletronuclear pretende publicar o edital para contratação dos serviços de montagem eletromecânica da usina, um contrato estimado em R$ 1,5 bilhão.

        "Há um momento de retomada desses projetos em todo o mundo. O Brasil, com o potencial que tem nas mãos, não pode desperdiçar essa oportunidade", disse Leonam dos Santos Guimarães, assistente da presidência da Eletronuclear e membro do grupo permanente de assessoria do diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea).

        A expectativa do governo é que sejam investidos cerca de R$ 30 bilhões na construção das quatro usinas. Cada uma delas terá capacidade de 1.000 MW, elevando a capacidade do parque nacional de usinas nucleares para 7.300 MW até 2030.

        A meta é que, já no ano que vem, sejam iniciadas as obras da primeira central na região Nordeste. O crescimento da energia nuclear na matriz energética do país, no entanto, será modesto em comparação a outras técnicas de geração. Em 2009, a energia nuclear representava 1,8% do total da matriz energética brasileira, com 2 GW. A projeção é que salte para 3,4 GW, ou 1,9% do total em 2019. Enquanto isso, a participação das usinas eólicas e solares passará de 0,5% (0,6 GW) para 3,3% (6 GW) no mesmo período. Até 2019, prevê o governo, a capacidade total de geração do país deverá passar dos atuais 110 GW para 177,9 GW em 2019.

        Atualmente, Estados Unidos, França e Japão produzem 63% da energia nuclear do mundo. Apesar da forte produção desses países, somente na França a energia gerada por meio da fissão nuclear representa bem mais da metade da matriz nacional. Atualmente, essa fonte de energia é responsável por 80% da energia consumida pelos franceses, ante 16% dos americanos.

 

(Valor Econômico)
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Árvores mortas pela seca de 2010 podem liberar quantidade de CO2 semelhante às emissões dos EUA, diz estudo

       A seca de 2010 da Amazônia foi a pior dos últimos cem anos. E a quantidade de CO2 emitido pelas árvores mortas pode ser parecida com as emissões dos EUA.

       As constatações são de estudiosos britânicos (da Universidade de Leeds) e brasileiros, do Ipam (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia). Eles publicaram um artigo na revista "Science".

       O grupo de pesquisadores, liderado pelo britânico Simon Lewis, mostrou que a seca de 2010 foi mais intensa e afetou uma área maior que a estiagem de 2005 -até então considerada recorde em várias décadas.

       No ano passado, uma área de 3 milhões km2 foi atingida pela estiagem, contra 1,9 milhão km2 em 2005.

       Os cientistas fizeram um cálculo do desvio da média de chuvas comuns nas estações secas da Amazônia (chamado de desvio padrão).

       "A intensidade da seca foi maior em 2010 em relação à média", explica o biólogo Paulo Brando, do Ipam, um dos autores do trabalho.

       A segunda parte do estudo, explica ele, verificou quais as consequências dessa seca do ponto de vista dos estoques de carbono. Aí vem a outra má notícia: com as secas, a floresta emitirá mais CO2 do que absorverá.

       Os pesquisadores relacionaram os dados de seca de 2010 com o crescimento das árvores (a partir de dados de campo coletados em 2005).

       A conclusão foi que a seca do ano passado pode emitir 5 bilhões de toneladas de CO2 para a atmosfera em 2010 e nos próximos anos. Isso não acontece de uma vez, já que a decomposição das árvores mortas é um processo lento.

       Para se ter uma ideia do que isso significa: a emissão da queima de combustíveis fósseis dos EUA é de 5,4 bilhões de toneladas por ano. Em condições "normais", estima-se que a Amazônia absorva 1,5 bilhão de toneladas de CO2 da atmosfera.

       "A seca de 2010 talvez tenha matado as árvores que já estavam vulneráveis por causa de 2005", explica Brando.

       "Pode ser que a floresta se recupere, mas ainda não fomos para campo medir. Ainda temos muito trabalho de campo pela frente", diz.

       Para o climatologista José Marengo, do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), é preciso analisar os dados com cuidado.

       "Reduzimos o desmatamento em cinco anos, mas um fenômeno natural deixou nossa absorção de CO2 na estaca zero. Se esses cálculos não forem bem interpretados, poderão ser usados a favor do desmatamento", diz.

       Marengo e sua equipe já mostraram que a seca de 2010 reduziu mais os níveis dos rios amazônicos que a estiagem anterior, de 2005.

 

(Folha de SP, 4/2)
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