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A afirmação foi feita pelo auditor-fiscal do Ministério do Trabalho em audiência pública da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, que discutiu a exploração de trabalhadores estrangeiros no Brasil e o tráfico de brasileiros vítimas de trabalho escravo em outros países.

        Os maiores problemas com relação ao trabalho escravo no Brasil estão ligados às cadeias de produção nas áreas de vestuário e da construção civil. A afirmação foi feita pelo auditor-fiscal Luís Alexandre de Faria, do Ministério do Trabalho em São Paulo, na audiência pública realizada, na quarta-feira (14), na Comissão de Direitos Humanos da Câmara, que discutiu a exploração de trabalhadores estrangeiros no Brasil e o tráfico de brasileiros vítimas de trabalho escravo em outros países.

        O auditor-fiscal foi o coordenador da investigação que flagrou a prática de trabalho escravo por empresas terceirizadas pela loja de confecção Zara. "O crime de trabalho escravo na capital paulista veio à tona depois de uma CPI da Assembleia Legislativa de São Paulo, quando grandes oficinas, que exploravam trabalhadores bolivianos, foram identificadas. Até coletes de recenseadores do IBGE foram encontrados. Na época, o instituto foi notificado", afirmou.

        O representante da empresa de confecção Zara, Jesus Echevarria, que participou da audiência pública, disse que os casos de trabalho escravo revelados numa investigação do Ministério Público do Trabalho de São Paulo ferem os princípios e os interesses do grupo. Ele garantiu que depois das denúncias o grupo, que tem 50 fornecedores no Brasil, tomou várias providências para combater esse tipo de crime.

        Segundo ele, a Zara fortaleceu o monitoramento da cadeia produtiva, a implementação de programa de capacitação de fornecedores e a elaboração de um manual de boas práticas para a indústria têxtil. O grupo ainda criou uma linha telefônica só para receber denúncias de trabalho escravo. O número é o 0800-770-9242 e entra em operação nesta quarta-feira (14).

        O representante da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Ronald Moris Masijah, afirmou que não se pode confundir terceirização com trabalho escravo. Ele admitiu a necessidade de controle das empresas terceirizadas, mas isentou as contratantes de fazer um monitoramento completo que identifique possíveis casos de trabalho escravo.

        Masijah sugeriu que seja criado um selo, semelhante ao ISO 9000, que seria fornecido pelo Ministério Público do Trabalho e pelo ministério do Trabalho e renovado anualmente. "O trabalho escravo traz prejuízos não só para os trabalhadores, mas também para as empresas nacionais", enfatizou.


Tráfico de pessoas
        O debate foi proposto pelos deputados Arnaldo Jordy (PPS-PA) e Geraldo Thadeu (PPS-MG) e pela presidente da Comissão de Direitos Humanos, deputada Manuela D'Ávila (PCdoB-RS). Para a deputada, é necessário apurar denúncias relacionadas a imigrantes estrangeiros no Brasil em situação de trabalho escravo.

        "A ocorrência de trabalho em condições análogas à escravidão que vitimiza trabalhadores originários de países vizinhos, como Bolívia, Paraguai e Peru, países africanos e, mais recentemente, do Haiti, tem sido noticiada com frequência", diz a deputada. "Esses casos parecem se concentrar em São Paulo, sobretudo em segmentos da indústria do vestuário."

        Os parlamentares citaram o relatório Situação da População Mundial de 2006, publicado pelo Fundo de População das Nações Unidas, segundo o qual aproximadamente 70 mil brasileiras trabalhavam como prostitutas na Espanha, em Portugal, na Suíça, no Japão e em países da América do Sul.

        Segundo o relatório, a maioria das mulheres tem entre 18 e 25 anos de idade e pertence a famílias de baixa renda. A maioria delas foi vítima de tráfico de seres humanos - uma rede que movimenta, mundialmente, entre 17 bilhões e 18 bilhões de dólares por ano.



(Fonte: Agência Câmara)
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        No Brasil, estudar compensa, e muito. Em média, o trabalhador que terminou o ensino superior ganha salário duas vezes e meia maior do que aquele que parou no ensino médio. Esse "bônus" de 156% pelo diploma supera os índices de 31 países desenvolvidos que integram a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Nesse grupo, a universidade gera um retorno salarial médio de 50%.

        A evasão escolar também custa caro. Aqueles que não conseguem terminar o ensino médio no Brasil recebem, em média, metade do salário de quem consegue o certificado. Nos países desenvolvidos, esse retorno é um pouco mais alto, 77%. Esses números integram as análises comparativas do relatório anual de educação da OCDE, o "Education at a Glance", que será divulgado hoje. É a primeira vez que o Brasil participa do levantamento.

        A variação no retorno financeiro associado ao tempo de ensino analisada nos 32 países foi grande. Nos Estados Unidos, a faculdade rende um salário 79% maior. Na Hungria, a renda duplica. Mas, na Nova Zelândia, a diferença é de apenas 18%. Para a OCDE, os baixos valores de retorno financeiro em alguns países ameaçam colocar a educação superior no patamar de "investimento de risco".

        O estudo também considerou a situação de vulnerabilidade dos que não estudam. No Brasil, cerca de 10% dos jovens de 15 a 19 anos dependem de assistência: não estudam nem trabalham. Um em cada quatro jovens da população de 15 a 29 anos que não estuda também não está na força de trabalho. "A falta de qualificação no nível médio é um impedimento sério para encontrar emprego. Os jovens brasileiros que não ingressaram no ensino médio nem estão estudando têm 21% a menos de chance de conseguir um emprego", diz o boletim.

        A OCDE deu destaque ao aumento de 121% nos investimentos públicos no setor, entre 2000 e 2008. O valor foi o maior entre os 30 países que disponibilizaram dados. Porém, faz uma análise crítica da situação no ensino superior. O aumento de investimentos nesse nível, de 48% no período, não acompanhou a expansão nas matrículas, de 57%. Para Maria Helena Guimarães, ex-secretária-executiva do Ministério da Educação, os ganhos do diploma no Brasil são reflexo da alta demanda pela mão de obra qualificada.

        "Há um retorno excepcional em termos salariais. A diferença é que, nos países muito desenvolvidos, a crise econômica é maior, a qualificação é melhor, a demanda por pessoas qualificadas é menor. Já no Brasil, com a economia aquecida e em expansão, e com o baixo nível de qualificação, a demanda é maior", declarou. 



(O Globo)
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        A piora do cenário internacional levou os bancos a reduzir a projeção de crescimento da economia brasileira este ano. Pesquisa divulgada hoje (14) pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) indica que os analistas das instituições financeiras projetam crescimento de 3,5% do Produto Interno Bruto (PIB). Em agosto, estimava-se uma expansão de 3,9%.

        Para o economista-chefe da federação, Rubens Sardenberg, boa parte das incertezas em relação a economia global vem da situação da União Europeia, que vive “uma nova rodada da crise das dívidas soberanas”. Os Estados Unidos, apesar de também passar por dificuldades, têm uma situação relativamente estável.

        A previsão de crescimento do PIB norte-americano este ano também caiu, na projeção dos financistas, dos 2,5% estimados em agosto para 1,8% no levantamento deste mês. Devido aos impasses entre a oposição e o governo dos EUA, Sardenberg acredita que a situação só seja resolvida com a eleição do novo presidente, em 2012. “Com uma política de ajuste de longo prazo”, ressaltou.

        Os problemas enfrentados pelos países mais desenvolvidos deverão se refletir ainda no mercado de crédito, segundo as projeções dos bancos. A previsão de expansão do crédito em 2011 caiu de 16,4% para 16% entre as últimas pesquisas.

        Mesmo com a perspectiva de cenário externo ruim, redução no ritmo de crescimento da economia e menor expansão do crédito, as instituições financeiras aumentaram ligeiramente a estimativa de inflação para este ano. Para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a previsão passou de 6,3% na pesquisa de agosto para 6,4% em setembro. O Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M) também foi elevado em 0,1 ponto percentual, para 5,9%.

        De acordo com Sardenberg, isso acontece porque, apesar da desaceleração da economia brasileira, ainda existe uma pressão de demanda em relação a produtos básicos com cotação internacional (commodities) e alimentos em geral. “A economia cresce menos, mas o consumo permanece em patamar elevado”, disse o economista.

        Com relação ao comportamento do câmbio, as instituições financeiras estimam que o dólar feche o ano cotado a R$ 1,63. Em agosto, a previsão era R$ 1,59.



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Entre as medidas, estão dragagem de dez rios da Região Serrana e ampliação da rede coletora de esgoto na Baixada

        A liberação de R$1 bilhão em investimentos na área de saneamento do estado do Rio, esperada para este mês, poderá acabar com dois absurdos ambientais: o despejo na Baía de Guanabara de parte do esgoto in natura dos bairros da Cidade Nova, Usina e Tijuca, e os 14 anos de inatividade das estações de tratamento de Sarapuí e Pavuna, na Baixada Fluminense. Os dois casos foram contemplados entre os projetos de saneamento da baía, como antecipou Flávia Oliveira em sua coluna "Negócios e Cia", no GLOBO, que serão financiados pela verba de R$700 milhões do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e de R$300 milhões do Fundo Estadual de Conservação Ambiental e Desenvolvimento Urbano (Fecam).´

        Além da bolada para socorrer a baía, segundo o secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, serão liberados também neste mês R$220 milhões do Ministério das Cidades para a dragagem de dez rios em Nova Friburgo, Petrópolis e Teresópolis, cidades castigadas pelas chuvas de janeiro. Minc, no entanto, reconhece que a verba chega tarde para preparar a região até o próximo verão. A recuperação só terá efeitos no verão de 2013. Será feita ainda a realocação de 1.700 famílias que vivem em faixas marginais de rios.

        - Daqui a pouco, começam as chuvas e precisamos desentupir o que a chuva de janeiro entupiu. Mas uma solução maior só ficará pronta para o outro verão. As licitações estão prontas para serem disparadas. Depois de iniciadas as obras, será preciso um ano para concluir os trabalhos, que incluem, além da realocação de 1.700 famílias, a criação de três parques fluviais. Eles usarão áreas de margem de rio para atividades de baixo impacto.

        No caso da área central do Rio, a secretaria planeja usar R$200 milhões do BID e do Fecam para canalizar o esgoto da Cidade Nova, Usina e Tijuca que ainda é despejado na baía e ligar essa rede à estação de tratamento de Alegria, no Caju. Ela recebe hoje 2.400 litros de esgoto por segundo da Zona Norte e de parte do Centro, e pode atingir sete mil litros por segundo.

        Já na Baixada Fluminense, R$450 milhões serão destinados à ampliação da rede coletora de esgoto em Duque de Caxias, São João de Meriti, Belford Roxo, Mesquita, Nilópolis e Nova Iguaçu, e à ligação dessa estrutura com as estações Sarapuí e Pavuna. As duas ficaram inoperantes por 14 anos porque foram inauguradas sem rede coletora.

        As intervenções fazem parte do Programa de Saneamento dos Municípios da Baía da Guanabara, compromisso olímpico do Rio. Carlos Minc promete benefícios para antes de 2016:

        - Vamos divulgar os avanços. Cada trecho de rede ligado a uma estação significará menos esgoto na baía. Outros R$200 milhões serão usados na construção da estação de Alcântara, em São Gonçalo, e de rede de esgoto para a região. Os R$150 milhões restantes vão para outros projetos da baía. 



(Fabíola Gerbase, O Globo)
legenda da foto: Sarapuí, Baixada Fluminense
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          É a maior reunião de especialistas sobre o tema e tem o objetivo de fortalecer o compromisso global com a segurança e saúde no trabalho em meio aos desafios gerados pela incerteza econômica pela qual passa o mundo.

          O encontro, que foi inaugurado domingo (11), vai até quinta-feira e reunirá mais de três mil autoridades, especialistas, dirigentes da indústria e sindicalistas provenientes de mais de 100 países em Istambul, a maior cidade da Turquia.

          A conferência pretende incorporar avanços ao que foi estabelecido na Declaração de Seul sobre Segurança e Saúde do Trabalho, adotada em junho de 2008 pouco antes do início da crise financeira mundial.

          A Declaração de Seul tem como compromisso, assumido por seus signatários, "tomar a iniciativa de promover uma cultura em matéria de segurança e saúde e priorizar as agendas nacionais sobre o tema.


Censo e origem das mortes ligadas a trabalho
          Mais de 321 mil trabalhadores em todo o mundo morreram em 2008 vítimas de acidente de trabalho e mais de 2 milhões, por doenças adquiridas no trabalho. Os dados fazem parte de um relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT), apresentado nesta segunda-feira (12), durante o 19º Congresso sobre Segurança e Saúde no Trabalho.

          Segundo o relatório, de 2003 a 2008, o número de mortes por acidentes de trabalho ficou menor em 37 mil. Já o número de pessoas que adquiriram doenças que as levou à morte aumentou em 70 mil.

          O estudo mostra que, no período analisado, houve uma média de 6.300 mortes diárias relacionadas ao trabalho, cerca de 317 milhões de trabalhadores foram feridos em acidentes de trabalho por ano e houve uma média de 850 mil lesões diárias, que significaram quatro ou mais dias de faltas ao trabalho.

          A maior parte dos acidentes de trabalho aconteceu na agricultura, setor em que 10,2 trabalhadores, a cada 100 mil, sofreram algum tipo de acidente. O segundo setor nas estatísticas foi o da indústria, com 4,3 trabalhadores acidentados, e o terceiro, o de serviços, com 1,6 acidentados a cada 100 mil trabalhadores.


Medidas preventivas crescem
          O relatório revela ainda que fatores psicológicos, como tensão, assédio e violência no trabalho têm impacto sobre a saúde dos trabalhadores e diz que esses fatores tendem a ser mais significativos à medida em que o trabalho se torna mais precário para alguns trabalhadores.

          O documento mostra que houve, nas últimas décadas, progressos na segurança e saúde no trabalho, o que se deve ao fato de muitos países terem percebido a necessidade de prevenir acidentes e deficiências na saúde no trabalho.

          Há também uma consciência cada vez maior dos graves problemas que trazem condições inseguras e insalubres no local de trabalho e de seus efeitos negativos sobre a produtividade, o emprego e a economia.

          O congresso é organizado pela OIT e a Associação Internacional de Seguridade Social (Aiss), em colaboração com o Ministério do Trabalho e Seguridade Social da Turquia, país que sediará, em 2014, a próxima reunião sobre o tema. 



(Fonte: Portal Vermelho, com agências)
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          Diante do cenário de derrota no Congresso e preocupada em ficar associada a uma medida impopular no segmento no qual se julga bem avaliada - a classe média -, a presidente Dilma Rousseff abandonou o patrocínio de um novo imposto para a saúde e empurrou para 2012 a busca por fontes de receita para compensar a regulamentação da Emenda 29. A alternativa que tem uma "simpatia maior" dos parlamentares, segundo o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), é o aumento do financiamento da saúde com mais dinheiro dos royalties do petróleo.

          "O governo federal não tomará nenhuma iniciativa neste ano para criar imposto voltado para o financiamento da área de saúde", disse ontem o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), depois de participar da reunião de coordenação política no Palácio do Planalto. "O que o governo está fazendo bem é destinando recursos para a saúde, o que já cumpre o que exige a Emenda 29. O governo federal já está arcando com sua responsabilidade." A votação da Emenda 29, que fixa porcentuais a ser investidos pela União, pelos Estados e pelos municípios, está marcada para o dia 28 deste mês na Câmara dos Deputados. Ela prevê ainda a criação de um imposto para a saúde, de 0,01% - a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) era de 0,38% e foi derrubada em dezembro de 2007 pelo Senado. Os partidos vão retirar do texto a previsão de cálculo do imposto, o que, na prática, impede a criação.

          Segundo Vaccarezza, o governo liberou o voto de sua bancada de apoio no Congresso. "É preciso tomar uma série de ações para melhorar a gestão, e nós estamos tomando. Depois de tudo isso, lá no futuro vamos discutir com a sociedade se isso é suficiente para dar atendimento de qualidade", afirmou.

          Royalties. Na mesma direção, o presidente da Câmara disse que efetivamente "não há clima no País para aumento de imposto e carga tributária" para captar recursos direcionados à área da saúde. Segundo Marco Maia, estão sendo discutidas outras fontes para esse fim, a exemplo de soluções envolvendo os royalties do petróleo.

          A proposta para os royalties do petróleo deverá ser apresentada até amanhã pela área econômica do governo, conforme promessa feita pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, aos principais líderes aliados na Câmara e no Senado, no dia 31 de agosto.

          A ideia, defendida por senadores e deputados, destina parte dos royalties de poços ainda não licitados para o financiamento da saúde. Com isso, haveria dinheiro para o setor já a partir do ano que vem. Isso evita ter de esperar a produção do pré-sal, o que deverá começar a ocorrer daqui a cinco ou mais anos.

          De acordo com Marco Maia, no dia 20 será realizada audiência pública com o ministro da Saúde e especialistas da área. "O tema que mais mexe com os parlamentares é o dos royalties do petróleo. A proposta que temos é que os royalties possam ser distribuídos entre todos os municípios de forma equânime e o recurso possa ser utilizado para áreas como saúde, educação, saneamento. Portanto, pode ser que, por sua relevância, a área da saúde receba um volume maior de recursos", disse Marco Maia.



(OESP)
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Com a crise na zona do euro, empresas europeias se voltaram para o Brasil e investiram US$ 23,4 bilhões no País de janeiro a julho. Elas também visam o PAC e o Minha Casa Minha Vida.

        Diante da crise fiscal da zona do euro, empresas europeias quase triplicaram os investimentos produtivos na economia brasileira neste ano. Dados do Banco Central indicam que o Investimento Externo Direto (IED) oriundo dos países que adotam a moeda única subiu para US$ 23,4 bilhões nos primeiros sete meses deste ano, contra US$ 7,9 bilhões no mesmo período de 2010.

        Além da perspectiva, para os próximos anos, de crescimento econômico nos trópicos e estagnação nos países desenvolvidos, as empresas europeias tentam participar de programas do governo brasileiro como o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e aproveitar o boom imobiliário vitaminado pelo programa Minha Casa Minha Vida.

        A estabilidade democrática do Brasil gera vantagens comparativas em relação a outros países dos Brics, composto ainda por Rússia, China e Índia, segundo Paulo Vicente, professor de estratégia da Fundação Dom Cabral. "Muitos têm medo de estar superinvestidos na China, devido à instabilidade do país; em algum momento eles vão parar de crescer e podem se dividir em outros países devido a movimentos separatistas", avaliou. "Comparativamente, a corrupção é menor aqui." O IED da Europa nos primeiros sete meses deste ano, com desconto dos recursos enviados via Luxemburgo, um centro financeiro, já superam o volume de todo o ano passado, segundo dados do Banco Central. A instituição não realiza o cruzamento de dados por país de origem e setor de destino no Brasil, porque isso poderia comprometer o sigilo comercial de algumas empresas com grande volume de investimentos.

        Segundo fontes do Banco Central ouvidas pelo Estado, os europeus investem na economia de forma diversificada, sem concentração num ou noutro segmento. Neste ano, 13 setores receberam mais de US$ 1 bilhão em investimentos europeus: energia elétrica, comércio varejista, produtos alimentícios, extração mineral, metalurgia, petróleo e gás, minerais não metálicos, seguros, metalurgia, farmacêutico, equipamentos de informática, educação e infraestrutura. Empresas como Orange, Louis Vuitton, Cassino, Publicis, Citröen, Shell integram a lista de novos investimentos neste ano.

        Equipes do Itamaraty monitoram o interesse dos europeus desde a eclosão da crise financeira internacional, em setembro de 2008.

        O que chama atenção dos diplomatas brasileiros nos últimos meses, período em que cresceram as dúvidas sobre a solvência de países como França e Itália, são os alvos dos empresários do Velho Continente. Os gargalos brasileiros agora são vistos como oportunidade. Energia e aeroportos lideram a lista de interesse.

        Mas há dificuldades até mesmo para isso. Segundo Paulo Vicente, o País precisa modificar alguns marcos regulatórios para ampliar a participação de estrangeiros em alguns setores e atrair mais investimentos.

        O IED é cada vez mais importante para o País, que acumula déficits no setor externo em torno de 2% do Produto Interno Bruto (PIB) nos últimos cinco anos. O Brasil financia este déficit com investimentos produtivos, os dólares que ingressam para construção de fábricas, por exemplo. O dólar barato ajuda a aprofundar o buraco nas contas externas via aumento das importações, gastos de brasileiros no exterior e remessa de lucro de multinacionais para matrizes lá fora. O BC espera déficit externo de US$ 60 bilhões neste ano e IED de US$ 55 bilhões. A Europa deve contribuir com um terço destes investimentos.

        Preço alto. "Está preparado para pagar a um diretor de filial no Brasil um salário maior do que o presidente da empresa na matriz?" A pergunta sintetiza o alto custo de fazer negócios no País, num momento de inflação alta e moeda valorizada. "Os espanhóis caem da cadeira, mas mesmo assim decidem investir", relata Nuria Pont, diretora executiva da Câmara Oficial Espanhola de Comércio.

        O Brasil ocupa a 127º posição no ranking de ambiente de negócios do Banco Mundial, atrás da China, que ocupa o 79.º lugar, e da Rússia, na 123.ª posição. A Índia vem atrás, como a 134.ª economia da lista. A instituição elogiou o País neste ano pela maior sincronização de dados entre a Receita Federal e os fiscos estaduais. 



(Iuri Dantas, OESP)
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         A crise financeira de 2008 foi a maior da história do capitalismo desde a grande depressão de 1929. Começou nos Estados Unidos após o colapso da bolha especulativa no mercado imobiliário, alimentada pela enorme expansão de crédito bancário e potencializada pelo uso de novos instrumentos financeiros, a crise financeira se espalhou pelo mundo todo em poucos meses. O evento detonador da crise foi a falência do banco de investimento Lehman Brothers no dia 15 de setembro de 2008, após a recusa do Federal Reserve (Fed, banco central americano) em socorrer a instituição. Essa atitude do Fed teve um impacto tremendo sobre o estado de confiança dos mercados financeiros, rompendo a convenção dominante de que a autoridade monetária norte-americana iria socorrer todas as instituições financeiras afetadas pelo estouro da bolha especulativa no mercado imobiliário.

         O rompimento dessa convenção produziu pânico entre as instituições financeiras, o que resultou num aumento significativo da sua preferência pela liquidez, principalmente no caso dos bancos comerciais. O aumento da procura pela liquidez detonou um processo de venda de ativos financeiros em larga escala, levando a um processo Minskiano de "deflação de ativos", com queda súbita e violenta dos preços dos ativos financeiros, e contração do crédito bancário para transações comerciais e industriais. A "evaporação do crédito" resultou numa rápida e profunda queda da produção industrial e do comércio internacional em todo o mundo.

         Com efeito, no último trimestre de 2008 a produção industrial dos países desenvolvidos experimentou uma redução bastante significativa, apresentando, em alguns casos, uma queda de mais de 10 pontos base com respeito ao último trimestre de 2007. Mesmo os países em desenvolvimento, que não possuíam problemas como seus sistemas financeiros, como o Brasil, também constataram uma fortíssima queda na produção industrial e no Produto Interno Bruto (PIB). De fato, no caso brasileiro, a produção industrial caiu quase 30% no último trimestre de 2008 e o PIB apresentou uma contração anualizada de 14% durante esse período.As bolhas e a fragilidade financeira nasceram do capitalismo neoliberal adotado a partir dos anos 70.

         Os governos dos países desenvolvidos responderam a essa crise por meio do uso de políticas fiscal e monetária expansionistas. O Fed reduziu a taxa de juros de curto prazo para 0% e aumentou o seu balanço em cerca de 300% para proporcionar liquidez para os mercados financeiros nos EUA. Políticas similares foram adotadas pelo Banco Central Europeu (BCE) e pelo Banco do Japão. Nos Estados Unidos, o presidente Barack Obama conseguiu aprovar uma expansão fiscal de quase US$ 800 bilhões para estimular a demanda agregada. Na área do euro, os governos foram liberados das amarras fiscais do Tratado de Maastricht, sendo autorizados a aumentar os déficits fiscais além dos limites impostos pelo Tratado em consideração. Esforços similares foram realizados no Reino Unido e nos países em desenvolvimento.

         Na China, por exemplo, o governo aumentou o investimento público - fundamentalmente em infraestrutura - em mais de US$ 500 bilhões com o intuito de manter uma elevada taxa de crescimento econômico. No Brasil, a expansão fiscal começou antes da expansão monetária devido a um "comprometimento irracional" do Banco Central (BC) com um regime de metas de inflação muito rígido. Nesse contexto, o governo Lula aprovou um pacote de estímulo fiscal no fim de 2008, constituído de aumento do investimento público, redução de impostos e aumento do salário mínimo e do seguro desemprego. A redução da taxa de juros começou apenas em janeiro de 2009, após o colapso da produção industrial e da disseminação de rumores quanto a possível demissão do presidente do BC. Como resultado da demora no relaxamento na política monetária, o PIB declinou 0,7% em 2009.

         Apesar da forte queda da produção industrial e do PIB tanto nos países desenvolvidos como nos países em desenvolvimento, a severidade da crise de 2008 ficou muito aquém dos resultados catastróficos verificados na década de 1930. No fim de 2009, a economia americana começou a apresentar sinais positivos de recuperação, apontando para um crescimento modesto em 2010. França e Alemanha saíram da recessão técnica em meados de 2009, o mesmo ocorrendo com o Reino Unido no último trimestre desse ano.

         Os países em desenvolvimento tiveram um desempenho econômico muito superior ao dos países desenvolvidos durante a crise. O crescimento econômico da China foi de 8,5% em 2009, mostrando uma pequena redução com respeito a 2008, quando a economia cresceu 9%. A performance econômica da Índia também foi boa. Após uma expansão de 7,3% do PIB em 2008, o crescimento foi reduzido para 5,4% em 2009. A performance econômica do Brasil durante a crise não foi tão boa como a da China e da Índia. Após um crescimento robusto de 5,1% em 2008, o PIB caiu 0,7% em 2009. Em 2010, contudo, a economia brasileira apresentou uma forte recuperação, apresentando um crescimento econômico superior a 7%. Entre os Brics, apenas a Rússia apresentou uma queda forte do nível de atividade econômica.

         Com efeito, o PIB da Rússia caiu 7,5% em 2009, após um crescimento de 5,6% em 2008.

         O regime de crescimento "wage-led" foi substituído por um "finance-led".

         A intensidade da crise financeira de 2008 coloca duas questões fundamentais para os economistas e formuladores de política econômica. A primeira questão se refere às origens da crise. A segunda se refere às consequências dessa crise para a economia mundial. Sobre essas questões se formou uma "sabedoria convencional", a qual será detalhada na sequência, mas que apresenta respostas essencialmente incorretas para as mesmas.

         No que se refere à primeira questão a "sabedoria convencional" afirma que a crise financeira de 2008 foi apenas o resultado de uma regulação financeira inadequada, combinada com uma política monetária muito frouxa conduzida pelo Fed durante a administração Greenspan. Se assim for, então não será necessária a implementação de políticas que revertam a tendência ao aumento da desigualdade na distribuição de renda nos países desenvolvidos, verificada nos últimos 30 anos. Uma mudança limitada na regulação financeira e a redefinição do regime de metas de inflação de maneira a incluir a estabilização dos preços dos ativos financeiros como um dos objetivos da política monetária, por intermédio de uma espécie de "regra de Taylor ampliada", seria suficiente para evitar uma nova crise financeira no futuro.

         No que se refere à segunda questão, a "sabedoria convencional" estabelece que a crise de 2008 foi apenas um desvio temporário no curso normal de eventos (um momento Minsky), de tal forma que, no futuro próximo, as economias capitalistas irão retomar a trajetória de crescimento observada antes da crise. O crescimento mundial poderá ser novamente puxado pela expansão de crédito nos Estados Unidos e a política econômica poderá voltar a ser conduzida com base no assim denominado "novo consenso macroeconômico", o qual estabelece que o objetivo fundamental, se não o único, da política macroeconômica é a estabilidade da taxa de inflação.

         A crise financeira de 2008 não foi apenas o resultado da combinação perversa entre desregulação financeira e política monetária frouxa. Essas são apenas as causas próximas da crise. Mas existe uma causa mais fundamental, qual seja: o padrão de capitalismo adotado nos Estados Unidos e na Europa a partir do final da década de 1970, o qual pode ser chamado de "capitalismo neoliberal". Entre 1950 e 1973, as economias capitalistas avançadas vivenciaram uma "época de ouro" de crescimento econômico, no qual a distribuição pessoal e funcional da renda era progressivamente mais equitativa, a taxa de acumulação de capital era mantida em patamares elevados devido à existência de um ambiente macroeconômico estável (inflação baixa, juros baixos, taxas de câmbio estáveis) e forte expansão da demanda agregada. Além disso, a taxa de desemprego era inferior a 4% da força de trabalho em quase todos os países desenvolvidos (exceto, curiosamente, nos Estados Unidos). Durante esse período, os mercados financeiros eram pesadamente regulados, a movimentação de capitais entre as fronteiras nacionais era bastante restrita, as taxas de câmbio eram fixas com respeito ao dólar americano e os salários reais cresciam aproximadamente ao mesmo ritmo da produtividade do trabalho.

         A combinação entre estabilidade macroeconômica, crescimento acelerado e baixo desemprego permitia que os governos dos países desenvolvidos operassem com baixos déficits fiscais e uma dívida pública reduzida como proporção do PIB. O "Estado do Bem-Estar Social" não representava um fardo para as contas públicas.

Esse "capitalismo socialmente regulado" apresentava um regime de crescimento do tipo "wage-led", ou seja, um regime no qual o crescimento dos salários reais (num ritmo igual à produtividade do trabalho) permitia uma forte expansão da demanda de consumo, a qual induzia as firmas a realizar um volume elevado de investimentos na ampliação de capacidade produtiva, ao mesmo tempo em que mantinha as pressões inflacionárias relativamente contidas devido à estabilidade do custo unitário do trabalho.

         Com o colapso do Sistema de Bretton Woods e os choques do petróleo em 1973 e 1979, o ambiente macroeconômico muda radicalmente e o mundo desenvolvido passa a conviver com o fenômeno da "estagflação". Esse ambiente macroeconômico permitiu o ressurgimento daquelas doutrinas liberais.

         Após a eleição de Margareth Thatcher no Reino Unido e Ronald Reagan nos Estados Unidos, as políticas econômicas nos países desenvolvidos foram progressivamente pautadas pelos motes da desregulação, privatização e redução de impostos. Os mercados financeiros foram liberalizados, os controles de capitais foram abolidos nos países desenvolvidos e os impostos foram reduzidos, principalmente sobre os mais ricos. Os sindicatos de trabalhadores foram deliberadamente enfraquecidos pelas políticas adotadas por Reagan e Thatcher, registrando-se uma forte redução da filiação sindical da força de trabalho.

         O resultado macroeconômico desse novo "padrão de capitalismo" foi uma crescente desigualdade na distribuição funcional e pessoal da renda, a medida que os salários passaram a crescer num ritmo bem inferior ao da produtividade do trabalho e o sistema tributário perdeu, em vários países, o seu caráter progressivo. O aumento da concentração de renda e o crescimento anêmico dos salários reais foi o responsável pela perda do dinamismo endógeno dos gastos de consumo, notadamente nos Estados Unidos, os quais passaram a depender cada vez mais do aumento do endividamento das famílias para a sua sustentação a médio e longo prazo.

         Nesse contexto, a desregulação dos mercados financeiros tornou-se funcional, uma vez que a mesma permitiu um aumento considerável da elasticidade da oferta de crédito bancário, viabilizando assim o crescimento do endividamento das famílias, necessário para a sustentação da expansão dos gastos de consumo. O aumento extraordinário do crédito bancário resultou num processo cumulativo de aumento dos preços dos ativos reais e financeiros, permitindo assim a sustentação de posturas financeiras cada vez mais frágeis (especulativa e Ponzi) por parte das famílias, empresas e bancos.

         O regime de crescimento "wage-led" fora substituído por um regime "finance-led". Daqui se segue que no "capitalismo neoliberal" as bolhas e a fragilidade financeira não são "anomalias" no sistema, mas parte integrante do seu modus operandi.

         No que se refere à tese de que a crise de 2008 seria apenas um desvio temporário da trajetória de crescimento de longo prazo das economias capitalistas, os eventos ocorridos depois de 2009 parecem apontar claramente para a falsidade dessa conjectura.

         Com efeito, a crise de 2008 não foi apenas um "curto circuito" na máquina capitalista, o qual poderia ser corrigido por intermédio da intervenção do Estado no "mecanismo de ignição" das economias capitalistas. Isso porque o regime de crescimento do tipo "finance-led" teve como contrapartida uma elevação significativa do endividamento do setor privado nos anos anteriores a crise de 2008.

         Considerando apenas os países da área do euro, constatamos que entre 1997 e 2008, a dívida das empresas não financeiras passou de 250% para 280% do PIB, o endividamento dos bancos aumentou de 190% para 250% do PIB e o endividamento das famílias aumentou em quase 50%.

         Após o colapso do Lehman Brothers o setor privado nos países desenvolvidos iniciou um processo de "deflação de dívidas", no qual a "propensão a poupar" dos agentes privados é aumentada com o intuito de permitir uma redução do estoque de endividamento. Esse aumento da propensão a poupar do setor privado atuou no sentido de anular (parcialmente) o efeito sobre a produção e o emprego do aumento dos déficits fiscais.

         O resultado combinado do aumento da propensão a poupar do setor privado e redução da poupança do setor público foi uma pequena recuperação do nível de atividade econômica e uma "socialização na prática" de parcela considerável da dívida privada, transferida agora para o setor público. Essa "socialização das dívidas privadas" é uma das causas da crise fiscal da área do Euro, a qual, na ausência de uma monetização parcial do endividamento do setor público dos países por ela afetados, irá resultar em vários anos de contração fiscal, retardando assim a recuperação econômica do mundo desenvolvido. A perspectiva para os países da área do Euro (e em menor medida para os Estados Unidos) é de vários anos de estagnação econômica.

         Em suma, a crise financeira de 2008 foi o resultado do modus operandi do "capitalismo neoliberal" implantado no final da década de 1970 e os seus efeitos sobre o nível de produção e de emprego nos países desenvolvidos serão duradouros devido ao elevado endividamento do setor privado, gerado por um regime de crescimento do tipo "finance-led".



José Luís Oreiro, no Valor
Professor do Departamento de Economia da Universidade de Brasília, diretor da Associação Keynesiana Brasileira e co-editor do livro "The financial crisis: origins and implications", Palgrave Macmillan, 2011. Este é o segundo de uma série de artigos feitos por renomados economistas brasileiros e estrangeiros convidados pelo Valor para discutir a crise financeira internacional e avaliar seus possíveis desdobramentos.



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        Combater as mudanças climáticas não é uma questão de resposabilidade apenas de governos, mas também dos indivíduos. Quem afirma é o professor titular do Instituto Astronômico e Geofísico da USP e um dos coordenadores do C40 São Paulo Climate Summit 2011, Oswaldo Massambani. Um dos palestrantes do 3º Encontro Regional da CNTU, que acontecerá em Goiânia, no próximo dia 23, ele falará sobre “Os desafios das megacidades frente às mudanças climáticas”.

        O especialista afirma que há um reconhecimento crescente de que o aquecimento global não é apenas um problema para gerações futuras. Segundo ele, a ação individual é relevante. “As megacidades no mundo estão lançando campanhas públicas que visam conscientizar e incentivar os residentes, empresas e organizações da comunidade para participar de soluções climáticas". Na sua opinião, tal esforço pedagógico é crucial: "É dependente do cidadão e da cidadã e de seu envolvimento comunitário propositivo e deve ter uma profunda ação no ambiente educacional no fortalecimento das estruturas curriculares que promovam a educação para o desenvolvimento sustentável de forma transversal em todas suas disciplinas. É fundamental que esse tema penetre a capilaridade do sistema educacional brasileiro”, destaca.

        O professor lembra que a cidade de São Paulo é pioneira na elaboração de uma política municipal de combate às mudanças climáticas, possível graças a uma parceria entre órgãos municipais, profissionais especializados, sociedade civil e institutos. A iniciativa estabelece metas e diretrizes para o plano de ação da capital paulista para a mitigação e adaptação às mudanças climáticas, apontando estratégias nas diversas áreas de atuação da prefeitura. “A Prefeitura de Belo Horizonte também já fez isso. Outras também estão fazendo o mesmo. Seja o município grande ou pequeno, uma política ‘clima-consciente’ deve ser implantada. É fundamental que o engajamento público se dê em todos os mais de 5.500 municípios brasileiros”, conclui.


Encontro regional
        A palestra de Massabani integrará a programação do seminário que terá por tema “Desenvolvimento e a infraestrutura” e será o terceiro encontro regional de uma série que a CNTU promove no Brasil, com o objetivo de incentivar a participação dos profissionais de formação universitária no debate sobre o desenvolvimento e as políticas públicas.

        Participam também do encontro em Goiânia o presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Marcio Pochmann; o engenheiro civil Edson Melo, da Saneamento de Goiás S.A. (Saneago); e o engenheiro e professor da USP Marcelo Knörich Zuffo.

        O evento é preparatório ao encontro nacional, agendado para o dia 18 de novembro, em São Paulo, sob o tema “Os profissionais universitários, o desenvolvimento do País e a política”. O encontro regional da CNTU será promovido na sede do Crea-GO (Rua 239, nº 585 - Setor Universitário), das 9 às 18 horas. Informações e inscrições pelo telefone (62) 3251-8181 ou e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

Confira a programação


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A presidenta Dilma Rousseff afirmou hoje (12) que o governo já autorizou investimentos de R$ 200 milhões na infraestrutura das 12 cidades-sede da Copa do Mundo de 2014 com o objetivo de oferecer internet rápida pelo celular.

         No programa semanal Café com a Presidenta, ela explicou que a ideia é que brasileiros e turistas possam ter acesso à transmissão de voz e de imagens de alta qualidade pelo telefone móvel, no país.

         Outra iniciativa trata da implantação de celulares de quarta geração até o início da competição. “Esse é um legado que ficará para toda a população brasileira depois da Copa e das Olimpíadas”, destacou a presidenta.

         A partir de 1º de outubro, o acesso à internet banda larga começa a ser oferecido em todo o país a R$ 35 por mês. Atualmente, o preço médio cobrado pelo serviço é R$ 70. Segundo Dilma, o acordo com as operadoras de telefonia prevê que a internet popular chegue a todos os municípios brasileiros até 2014.

         “Queremos chegar a, pelo menos, 40 milhões de lares com acesso àinternet de alta velocidade, o que é muito importante para o desenvolvimento do nosso país. A internet está presente em tudo: na economia, na educação, nas compras, nas relações pessoais, nos serviços públicos.”



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