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EDUCAÇÃO - Parque da USP ensina ciência de forma interativa

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Lucélia Barbosa

        Em visita ao CienTec-USP (Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade de São Paulo), em dezembro último, os Conselhos Tecnológico do SEESP e Municipal de Ciência e Tecnologia e Inovação puderam conhecer de perto um espaço que reúne arte, natureza e um modo diferente de aprender ciência.
       Vinculado à Pró-reitoria de Cultura e Extensão Universitária da USP, o principal objetivo do CienTec é divulgar a educação científica e tecnológica e, consequentemente, despertar vocações em crianças e jovens de forma descontraída, divertida e interessante, através de diferentes passeios, demonstrações e experiências.
        Contando com a explicação do arquiteto Paulo Henrique Bernardelli Massabki, assistente da direção do parque, os engenheiros visitaram algumas atrações do espaço. No início, conheceram a alameda do sistema solar, um conjunto de esculturas artísticas ilustrativas que representam todos os planetas do sistema. Em seguida, passaram pelas obras de restauração do edifício que abrigará um planetário digital com capacidade para 50 pessoas. Nas proximidades, admiraram dois prédios gêmeos simétricos que possuem cúpulas para lunetas.
        Outra atividade conferida pelo grupo foi a exposição de matemática. Com cerca de 100 experimentos, traz um modo divertido de aprender a disciplina, incluindo temas como algoritmos, cálculos, problemas, acasos, estruturas, formas, curvaturas, superfícies e jogos diversos, convidando o visitante a explorar e pensar os fundamentos da matemática, confrontando-os com aspectos do cotidiano e com outras áreas.
         Os membros dos conselhos tecnológicos participaram também do experimento denominado esfera de granito, uma bola que pesa cerca de 500 quilos apoiada sobre um bloco de rocha de duas toneladas, que pode ser movida apenas com as mãos devido à pressão da água que flui através de um orifício do bloco sob a esfera. O intuito é demonstrar o efeito de lubrificação hidráulica pela água que impede o atrito entre as duas superfícies.
       Na nave “Mario Schenberg”, o grupo conheceu o projeto que leva os estudantes a uma viagem espacial. Com painel frontal e seis estações interativas de controle totalmente interconectadas, a nave tem a missão de salvar uma população que vive num planeta distante que está sendo ameaçado pelo seu sol prestes a explodir. A atividade inclui animações, filmes e jogos interativos em 3D.
        Já na exposição de física, os engenheiros tiveram acesso a cerca de 40 experimentos, cujo objetivo é demonstrar os fundamentos da disciplina através de brincadeiras com equipamentos que simulam conceitos de dinâmica, estática, eletricidade, eletromagnetismo, ótica, hidráulica, entre outros.
        Ainda no passeio, visitaram a exposição de energias alternativas e a praça de eventos do parque, com capacidade para mais de mil pessoas somente na área coberta. Além dessas, o CienTec possui outras atrações, como a gruta digital, minibacia hidrográfica com vertedouros, espaço de geofísica, estação meteorológica, espaço da astronomia, oficina de fotografia e laboratório de óptica.

Cooperação
        Além de conhecer as instalações do empreendimento, a excursão visou estabelecer o início de uma parceria para ampliar qualitativamente as possibilidades do parque com novas atividades. “Acreditamos que a educação científica e tecnológica em São Paulo é decisiva para o Brasil, e queremos dar a nossa contribuição”, enfatizou Allen Habert, diretor do SEESP e membro dos dois conselhos. Entre as ações para melhorar o CienTec, ele propôs a constituição de comissões temáticas que envolvam personalidades e empresários para trazer novos experimentos ao parque como laboratórios de diversos segmentos da cadeia produtiva brasileira. Outra medida é o estabelecimento de um relacionamento com a pró-reitoria para realizar essas ações.
         Ampliar a atuação junto à imprensa para aumentar a frequência das escolas no parque também faz parte do plano. “Em 2010, foram 70 mil visitantes, mas podemos trazer ainda mais jovens para esse espaço. A ideia é fazermos uma ação gradativa, crescente e entusiasmada”, sugeriu.
        Na ocasião, a diretora do CienTec, Marta Mantovani, agradeceu o interesse do grupo e falou das dificuldades de administrar o espaço e de alguns projetos em andamento. Entre eles, a recuperação das áreas degradadas no segmento de mata do parque, que conta com a participação ativa da população do entorno através de um programa de educação ambiental, com cursos, palestras e atividades de plantio de árvores. E o projeto “Ciência móvel”, que leva o tema às comunidades, garantindo melhor aproveitamento escolar por parte do aluno, acesso a tecnologias modernas onde não existe infraestrutura, respeito ao meio ambiente e princípios de cidadania.
         Inserido no Parque Estadual das Fontes do Ipiranga, localizado na região sul da cidade de São Paulo, o local possui 141 hectares de área verde e utiliza apenas 21 para desenvolver suas atividades. Antes da criação do CienTec, em 2001, o espaço abrigou o IAG (Instituto Astronômico e Geofísico) por quase 70 anos. Constituído por dez edificações originais construídas em 1930, reúne diversos elementos clássicos, entre eles o vitral da entrada principal do prédio da administração e a escultura colocada no centro de uma fonte, ambas evocando a musa grega da astronomia Urânia.

Serviço
Parque de Ciência e Tecnologia da USP
Av. Miguel Stéfano, 4.200
Água Funda, São Paulo/SP
Informações pelo telefone (11) 5077-6312
e no site www.parquecientec.usp.br.

 

 

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