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EDITORIAL - Hora de alcançar o desenvolvimento

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       É inegável o avanço socioeconômico obtido pelo País nos últimos anos. A correta política de distribuição de renda e a retomada do crescimento melhoraram as condições de vida do povo brasileiro, sobretudo dos estratos de poder aquisitivo mais baixo, mas também trouxeram um benéfico efeito à economia nacional. A força do mercado interno hoje é mais compatível com as dimensões do Brasil e uma população de 190 milhões de pessoas. Os resultados concretos, associados a uma visão bastante positiva internacionalmente, reforçam as expectativas otimistas. A realização da Copa do Mundo de 2014, das Olimpíadas de 2016 e a potencial riqueza com as reservas de petróleo na camada do pré-sal contribuem para turbinar as previsões alvissareiras.
       Porém, é preciso que esse cenário favorável seja aproveitado para fazer com que o País avance mais e caminhe definitivamente rumo a sua vocação de se tornar uma nação desenvolvida. Para atingir essa meta, será necessário dar conta de tarefas complexas, que exigirão não só vontade, mas também coragem política, capacidade de negociação e competência técnica.
        O ano de 2010 encerrou-se com previsão de expansão de 7,5% do PIB (Produto Interno Bruto), o que é um resultado bastante positivo, mas sem solução definitiva para a questão cambial que ameaça a indústria e o setor exportador brasileiro e, portanto, o crescimento futuro. A taxa de juros, que foi reduzida significativamente depois de ter alcançado estratosféricos 26%, também continuava a mais alta do mundo, em 10,75%. Dor de cabeça garantida à equipe econômica do governo federal, desatar tais nós será essencial para elevar a produção e o crescimento econômico.
        Esses são os passos para que as conquistas sociais, legitimamente festejadas, tornem-se universais e que todo brasileiro tenha direito a uma vida digna, que inclui alimentação, moradia, saúde, transporte, educação, lazer, cultura, segurança, ou seja, acesso pleno à cidadania. Isso só será possível com um país em outro patamar, que exige completar a industrialização e investir de forma séria e consistente em educação, qualificação da mão de obra, ciência, tecnologia e inovação e pesquisa. É preciso tomar a decisão de ser grande no mundo, não só nas dimensões continentais, mas em importância real.
        Como vêm fazendo há alguns anos, os engenheiros, que têm papel central em qualquer projeto sério de desenvolvimento, continuarão dando a sua contribuição para que esses anseios se tornem realidade. Seguem assim engajados na ideia de construir o País que todos desejamos. Da mesma forma, o projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento”, lançado pela FNE (Federação Nacional dos Engenheiros) em 2006 e atualizado recentemente, mantém-se como importante instrumento de debate e mobilização.

 

Eng. Murilo Celso de Campos Pinheiro
Presidente

 

 

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