Por ampla maioria, a chapa única “Trabalho-Integração-Compromisso”, encabeçada por Murilo Pinheiro, foi eleita pelos engenheiros associados ao SEESP para o próximo quadriênio (2018-2021). Foram 14.012 votos a seu favor, ante 410 em branco e 78 nulos. Ou seja, 96,6% de aprovação. O pleito ocorreu pela Internet entre 6 e 10 de abril. No último dia, foram disponibilizadas mesas receptoras na sede do SEESP, na Capital, e em suas delegacias no Interior.
“O voto online proporciona facilidade e maior participação. Esse número é positivo e muito significativo”, comemorou o presidente da Comissão Eleitoral do SEESP, Francisco Carlos Castro Rodrigues Netto. Ele considerou o pleito um sucesso, superior inclusive ao último, em 2013, que contou com 11.271 eleitores. Na sua opinião, isso amplia a responsabilidade da gestão que vem pela frente, “o que é bom, a diretoria quer”.
Para o engenheiro civil da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) Francisco da Silva Santos, o resultado quase unânime é resposta ao “bom trabalho que vem sendo feito”. Já que muitas vezes não consegue estar pessoalmente na entidade, conforme contou, Santos resolveu votar na sede do SEESP, aproveitando assim para dar uma “passada” e ver como estão as coisas. “Sempre acompanho pelo Jornal do Engenheiro e gosto muito do que vejo. Mesmo não sendo tão presente, pensei em contribuir para o sindicato continuar com a atuação que tem hoje”, disse.
A mesa receptora no processo eleitoral do SEESP é uma tradição simbólica, já que o voto pela Internet é adotado pela instituição desde 2001. Os associados aptos a participar receberam em casa uma correspondência com um passo a passo de como votar e a senha randômica para acesso único. Segundo o diretor adjunto do SEESP Henrique di Santoro Junior, esse sistema “dá visão de um processo individual e transparente na busca de uma eleição clara e reta”.
Nas delegacias sindicais, poucas pessoas optaram por comparecer. “A comunicação da matriz foi rápida e eficiente na orientação (de como votar). Tudo ocorreu na mais perfeita ordem”, salientou a secretária da subsede no Grande ABC, Ivete Ghirelli. “Como estamos conectados o tempo todo, os profissionais preferiram votar de onde estavam, devido à facilidade”, elogiou Jesse Moises dos Santos, assistente administrativo da delegacia em Guaratinguetá.
O engenheiro metalurgista Carlos Eduardo Gaspar dos Santos ressalta a importância de escolher seu representante sindical pelo voto. “Toda eleição é sinal de democracia”, afirma. O diretor do SEESP Balmes Vega Garcia atestou: “Nesse processo sempre vence a vontade dos associados.”
Trabalho, integração e compromisso
Reeleito para seu quinto mandato como presidente, Murilo Pinheiro comemorou o resultado como um voto de confiança dos associados. “Recebemos um aval para seguir com os projetos de fortalecimento e crescimento da nossa entidade, com a luta em defesa dos engenheiros e o trabalho em benefício dos filiados”, afirmou. Com 82 anos de trabalho, o sindicato tem atualmente mais de 60 mil associados e representa aproximadamente 200 mil profissionais em todo o Estado.
Composta por lideranças que vão atuar nas 25 delegacias sindicais do SEESP, a diretoria eleita será empossada em janeiro de 2018. Murilo enfatiza que os desafios estão colocados desde já, diante de medidas governamentais que representam ataque a direitos históricos dos trabalhadores e ao movimento sindical. Assim, frisou que os engenheiros, por meio do SEESP, estão “firmemente engajados na luta contra tais propostas, como a reforma da Previdência Social, que restringe o direito à aposentadoria, a terceirização irrestrita, que precariza o trabalho, e a mudança da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), que elimina conquistas históricas”. Ele ressaltou que é papel da entidade organizar e mobilizar a categoria na resistência a essas medidas, pois “é função principal (do SEESP) defender seus interesses coletivamente”.
Dentre as propostas da chapa está a luta pelo desenvolvimento do Estado e do País, o que, na visão do presidente reeleito, “é essencial para que os engenheiros tenham oportunidade de trabalho e protagonismo social”. Também prioridade da diretoria é o intenso trabalho de aproximação à vida sindical dos estudantes e recém-formados, através do Núcleo Jovem Engenheiro.
O Conselho Tecnológico do SEESP se mantém no debate e propostas de soluções e políticas públicas para as questões que são pertinentes à engenharia no próximo quadriênio, afirmou ainda Murilo, tendo como norte os projetos “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento” e o movimento “Engenharia Unida”, ambos elaborados pela Federação Nacional dos Engenheiros (FNE), à qual o sindicato é filiado.
Por Jéssica Silva