O 1º Encontro Nacional da CNTU (Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários Regulamentados), realizado em São Paulo em 18 de novembro último, foi um grande evento em todos os sentidos. Além de contar com as excelentes palestras dos especialistas Waldir Quadros e João Guilherme Vargas Netto, que traçaram um panorama da política e da economia brasileiras e de como a classe média se insere nesses setores, teve a posse do Conselho Consultivo da entidade e a primeira edição do prêmio Personalidade Profissional 2011.
Realizado um debate de alto nível e extremamente pertinente ao Brasil de hoje, com fundamental participação da plateia composta de profissionais representados pela CNTU, abriu-se também uma agenda de ações que coloca a confederação entre os atores sociais que buscam construir um País soberano, desenvolvido, justo e que ofereça boas condições de vida à sua população.
Para guiar tal atuação, durante as discussões, dois importantes documentos foram aprovados. O primeiro, a Carta de São Paulo, defende uma sociedade equilibrada, “na qual todos os cidadãos têm vida e trabalho dignos e acesso permanente à formação educacional e cultural, aos serviços de prevenção e amparo à saúde, à boa habitação, às cidades sustentáveis e boas de se viver, à alimentação saudável e prazerosa e ao trabalho de qualidade que provenha renda adequada para se viver conforme os padrões sociais de conforto”. Para que se atinja tal objetivo, aponta ainda o texto, “é necessário que haja um sistema social de defesa e organização dos interesses coletivos mais amplos”.
O segundo, o Manifesto do 1º Encontro Nacional, lançou a campanha “Por um Brasil inteligente”. Nesse projeto de País, é preciso garantir à nação educação de qualidade em todos os níveis, desenvolvimento industrial, com geração de empregos e apoio ao empreendedorismo, serviços públicos de qualidade e respeito à cidadania, políticas sociais, infraestrutura econômica, social e urbana, tecnologias de informação a serviço da democratização da comunicação e da cultura e, acima de tudo, respeito à democracia.
Esse rico conjunto de objetivos e prioridades dará o norte ao trabalho da CNTU ao longo de 2012 e nos anos seguintes, já que construir esse Brasil que almejamos não é tarefa fácil ou ligeira. Foi dado o passo fundamental de lançar uma plataforma coletiva, que possa ser abraçada não só pelo conjunto dos profissionais universitários regulamentados, mas por toda a sociedade. Até porque como também conclama a Carta de São Paulo, é preciso “unir os trabalhadores dos vários segmentos sociais pelas lutas comuns”. E cerrar fileiras com o conjunto dos movimentos sociais pelo bem do povo brasileiro é certamente objetivo central da confederação.
Eng. Murilo Celso de Campos Pinheiro
Presidente