Murilo Pinheiro – Presidente
Juntamente com o ano-novo, tem início à frente do SEESP uma nova gestão da chapa “Trabalho-Integração-Compromisso”, eleita pelos associados em 2021. Como afirmado à época, diante de mais esse voto de confiança da categoria, abraçamos com alegria e otimismo a missão que nos é conferida. Sabemos, contudo, dos enormes desafios que temos à nossa frente para fortalecer a entidade, defender a nossa categoria e contribuir com a recuperação econômica do País.
A persistência da pandemia do novo coronavírus, embora felizmente tenha havido redução drástica no número de óbitos em relação a meses atrás, torna-se inescapável que o tema seja uma prioridade. Como representante dos engenheiros, o SEESP está atento para que os profissionais tenham condições seguras em seus locais de trabalho dentro dos protocolos definidos pelos especialistas. Como organização da sociedade civil, manifestamos nossa posição para que haja avanço da vacinação da população brasileira e obediência à determinação das autoridades sanitárias.
A crise, composta por disparada inflacionária e recessão, ou seja, o pior dos mundos, é questão central que diz respeito à sobrevivência da população e a qualquer projeto de futuro. Por meio do projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento”, o nosso sindicato, juntamente com a Federação Nacional dos Engenheiros (FNE), seguirá formulando propostas e debatendo formas de se buscar a retomada econômica. A situação exige medidas emergenciais, tanto de assistência social quanto de reativação das atividades produtivas, e também planos de médio e longo prazo. É preciso dar solução urgente aos milhões de desempregados e, pior que isso, como aponta entrevista nesta edição do JE, aos que já se encontram sem qualquer esperança de garantir o seu sustento e o de sua família.
Na agenda do novo mandato, tem destaque ainda o atendimento aos nossos sócios, com um programa exclusivo de serviços e benefícios que se aprimora continuamente. E, ainda, obviamente a nossa função precípua de lutar coletivamente pelos direitos dos engenheiros no Estado de São Paulo.
Para dar conta desses desafios, será imprescindível manter a força, a coesão e a capacidade de ação do SEESP, o que implica mobilização contra o desmonte da estrutura sindical que vem sendo imposto no País desde 2017 com a Lei 13.467. É imperativo assegurar às instituições que representam os trabalhadores meios de cumprir sua função legítima, prevista na Constituição. Essa dinâmica é essencial à democracia e ao equilíbrio nas relações entre patrões e empregados; sem ela, vem a barbárie.
Assim, conscientes dos obstáculos, mas com o otimismo dos que querem agir, para o novo ano e o mandato que se inicia, reforçamos nosso compromisso em defesa da democracia e do desenvolvimento nacional, da engenharia e dos seus profissionais. Feliz 2022!