Uma estratégia de ação proposta juntamente com o lançamento do manifesto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento”, em setembro de 2006, durante o VI Conse (Congresso Nacional dos Engenheiros), vem se mostrando extremamente promissora. Trata-se da criação de conselhos tecnológicos regionais que possam levar a cada cidade ou região o debate das propostas do “Cresce Brasil”, agregando a ele a visão daquela localidade e usando-o como meio de buscar soluções aos problemas ali enfrentados.
Propostos pela FNE (Federação Nacional dos Engenheiros), tais fóruns de discussão do desenvolvimento devem nascer pelo Brasil afora. Em São Paulo, o SEESP decidiu promover a constituição de um em cada município em que há uma delegacia sindical. Montou-se, assim, até outubro um calendário de atividades que reunirão representantes da área tecnológica, das universidades, das associações profissionais, do poder público e do setor produtivo (leia sobre a formação em Jacareí e Pindamonhangaba).
Essas lideranças formarão o conselho tecnológico daquela região e, contando com um coordenador, montarão uma agenda, atuando diretamente no problema, oferecendo sugestões técnicas, mobilizando a sociedade e persuadindo Executivo e Legislativo a tomar as providências cabíveis. Para organizar o trabalho, a idéia é que seja dividido em sete comitês: emprego e relacionamento universidade-empresa; qualificação e requalificação profissional; inovação e produtividade; urbano e da memória da engenharia e arquitetura; energia, transportes e comunicações; saneamento, meio ambiente e mudanças climáticas; e agricultura e soberania alimentar.
Com esse modelo, já foram lançados conselhos em Bauru, Marília, São José dos Campos, Jacareí e Pindamonhangaba. Cada uma dessas reuniões realizadas demonstrou o acerto desse caminho, que busca reunir as muitas competências disponíveis para resolver os problemas das nossas cidades e garantir melhores condições de vida às suas populações.
Continuamos, assim, a empreender o esforço pelo desenvolvimento sustentável e inclusão social. Essa é, sem dúvida, a tarefa dos governos, mas esses precisam que a sociedade os conduza na direção correta e ao encontro de seus anseios. A idéia é, portanto, que a discussão não se restrinja aos gabinetes de Brasília ou do Palácio dos Bandeirantes, mas ganhe todos os espaços organizados, que estão conscientes da nossa necessidade urgente e total possibilidade de crescer.
Pesar – O SEESP, assim como todo o Brasil, aguarda ansiosamente pelo resultado das investigações sobre o trágico acidente envolvendo o vôo 3054 da Tam, que matou mais de 200 pessoas. A expectativa é que essas esclareçam plenamente o que causou o desastre, possibilitem a correta apuração de responsabilidades nesse triste episódio e, principalmente, evitem que algo assim volte a ocorrer. Enquanto isso, só nos resta lamentar profundamente a perda de tantas vidas. Oferecemos nossas condolências às famílias e amigos de todas as vítimas, em especial às dos engenheiros associados ao SEESP Heurico Hirochi Tomita e Mirtes Tomie Suda.
Eng. Murilo Celso de Campos Pinheiro
Presidente