Soraya Misleh
Por iniciativa do vereador José Police Neto (PSD), foi realizada em 16 de maio, na Câmara Municipal de São Paulo, sessão solene em homenagem aos 80 anos de fundação do SEESP – a se completarem em 21 de setembro próximo. Com a presença de diversas autoridades e personalidades da engenharia, a cerimônia foi presidida pelo vereador Marco Aurélio Cunha (PSD), que destacou a trajetória do sindicato desde sua criação, no ano de 1934.
Ainda em sua fala, ele homenageou a categoria representada pela entidade: “Todas as grandes obras, viárias, hidroelétricas passam pelo engenheiro e seu sindicato, que se encontra forte para prosseguir no apoio ao desenvolvimento do País.” Cunha, ao final, entregou uma placa ao presidente do SEESP, Murilo Celso de Campos Pinheiro.
Assim o fez também Christian Müller, presidente da Associação dos Engenheiros Brasil-Alemanha (VDI-Brasil), como reconhecimento dessa entidade parceira do sindicato. Ele ressaltou: “Acompanhamos intensamente os últimos cinco anos do SEESP. Para nós, são 80 anos de muita alegria.” Müller valorizou a importância dessa aliança no fomento à profissão e à tecnologia nacional, com a contribuição da engenharia alemã. Manifestando sua intenção de estreitar ainda mais as relações entre as duas organizações, neste ano de Copa do Mundo, ele brincou: “Nós temos a tecnologia da cerveja, vocês, a do futebol.” Além deles, compuseram a mesa o secretário municipal de serviços de São Paulo, Simão Pedro, e os ex-presidentes do SEESP Ubirajara Tannuri Felix, Allen Habert e Antonio Octaviano.
Vocação cidadã
Representando o conjunto dos que estiveram à frente da entidade, esse último apontou: “O sindicato sempre teve coerência extraordinária. Já nasceu com a intenção de atuar no cenário político, econômico e social brasileiro, na Constituinte de 1934. Esse signo de participar da construção de um país e estado melhores é o carimbo de sua vocação, que se projetou ao longo dos seus 80 anos.” Octaviano completou: “Nesta data, o presidente Murilo e sua diretoria representam o aval para a continuidade dessa trajetória rumo a um futuro que será ainda melhor.”
Trazendo “um abraço do Haddad (prefeito de São Paulo) e do conjunto dos secretários municipais”, Simão Pedro também enalteceu a história e passos do SEESP ao longo de sua existência. “Não deve nada às maiores instituições do País, sempre esteve um passo à frente na busca do bem-estar, desenvolvimento e qualidade de vida para o nosso povo. Os engenheiros estiveram e estão sempre participando dos debates mais importantes, reuniram os melhores cérebros para lançar o projeto ‘Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento’, que precedeu o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e hoje estrutura muitas políticas do governo federal em parceria com os estados e municípios. Estão na linha de frente das políticas mais importantes ao País.” O secretário mencionou ainda, como mostra desse papel de vanguarda do SEESP, a criação do Instituto Superior de Inovação e Tecnologia (Isitec), cujo mantenedor é o sindicato e que oferecerá o primeiro curso de graduação em Engenharia de Inovação do País. “Já está produzindo frutos”, acrescentou. Simão Pedro destacou também que a Prefeitura procurou o SEESP e contará com sua contribuição à modernização da iluminação pública na cidade, bastante defasada, bem como ao debate sobre plano municipal de resíduos sólidos para os próximos 20 anos.
Ao final, Murilo Pinheiro enfatizou: “Ser homenageados nessa casa de leis muito nos orgulha. Nosso sindicato tem 25 subsedes, 220 mil representados em todo o Estado e mais de 60 mil associados, 400 diretores e 800 delegados. Desde a Constituinte de 1934, vimos participando ativamente das questões da sociedade, pois entendemos que os engenheiros têm que estar presentes e apresentar propostas ao Estado e ao País.” Apontando a importância dessa participação sobretudo neste ano eleitoral, ele também citou o projeto “Cresce Brasil”, iniciativa da Federação Nacional dos Engenheiros (FNE) que conta com a adesão dos sindicatos a ela filiados, entre os quais o SEESP. Quanto à função precípua da entidade, de defender seus representados, Pinheiro lembrou uma das lutas em curso, por remuneração justa aos engenheiros da Prefeitura. “Há tempos eles vêm recebendo 0,01% ao ano. Para recuperar a engenharia brasileira, é preciso que haja valorização da categoria, o que vai ao encontro de nossa busca pelo pagamento do salário mínimo profissional.”