Um
projeto Mackenzie |
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A história do ensino no Brasil compõe-se de um
grande cabedal de acontecimentos históricos, que enriquece a formação
cultural do povo brasileiro. As terras de “além-mar”, ricas em ouro,
pedras preciosas e matas virgens, cobiçadas e disputadas por espanhóis,
portugueses, franceses e holandeses, tinham também núcleos de civilizações
nativas que encantaram e se mesclaram com os colonizadores, e formaram a
maioria dos povos miscigenados das Américas de língua espanhola e
portuguesa. Durante séculos, o Brasil, depois de visitado pelos
navegadores portugueses, transformou-se num “oásis” que poucos europeus
conheciam e para onde inúmeros exploradores do mundo civilizado queriam se
dirigir e aportar. Com a colonização portuguesa, teve início no Brasil
uma nova civilização. Os primeiros sinais de trabalhos de construção e
desenvolvimento urbano, com algum toque rudimentar de conhecimento e
tecnologia, foram dados por engenheiros militares portugueses, obreiros e
padres missionários e pastores protestantes que trabalhavam como feitores
de obras. Mesmo com o advento
da “roda d’água” e da “máquina a vapor”, para mover moendas dos
engenhos de cana, a engenharia brasileira ainda era incipiente. Em 1892,
missionários presbiterianos, liderados pelo pastor protestante John Theron
Mackenzie, aportaram no Brasil para aqui instalar um núcleo de catequese e
ensino. Dessa iniciativa, nasceram a Escola Americana e o Colégio
Protestante, e posteriormente a primeira escola de engenharia civil no País,
vinculada à tradição de ensino superior da Universidade do Estado de Nova
York (Suny). As Escolas Mackenzie se transformaram num símbolo de excelência
do ensino em São Paulo, e em 9 de fevereiro de 1952 o conjunto de
faculdades transformou-se na Universidade Presbiteriana Mackenzie, através
de decreto governamental assinado pelo presidente Getúlio Vargas.
Não tardou para que 50 anos voassem e diversas gerações de
brasileiros usufruíssem dessa Meca do conhecimento pleno, que hoje conta
com um complexo educacional que reúne 28 mil alunos em dez faculdades,
curso de teologia e pós-graduação. O Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo,
sensível à importância que a instituição Mackenzie representa para o
ensino universitário no Estado, tem a honra de congratular-se com a
Universidade Presbiteriana Mackenzie e cumprimentar todos os engenheiros de
São Paulo que estudaram na Escola de Engenharia Mackenzie. A esses,
convidamos para que venham contribuir com o SEESP na pesquisa de novos
conceitos de relações trabalhistas mais avançadas e na discussão de
novos modelos de políticas tecnológicas, de pesquisa aplicada e de inovação. Eng.
Murilo Celso de Campos Pinheiro |
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