São
Paulo quer mais |
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Os mercados mundiais, que viveram um frisson e
atingiram picos de desconfiança preocupantes, aparentemente já entraram em
regime de dissipação, tendendo a um novo patamar de normalidade. Os
reflexos da crise no Brasil foram atribuídos às incertezas geradas pelas
candidaturas de oposição à Presidência da República. Independentemente da precisão dos argumentos, o susto
demonstra que o País é parte da economia globalizada. E o Estado de São
Paulo, que contribui com a maior parte do PIB (Produto Interno Bruto)
nacional, exerce papel fundamental nesse contexto. Em editorial recente no Jornal do Engenheiro,
falamos sobre a necessidade de investimentos urgentes em inovação tecnológica
e industrialização de manufaturados dinâmicos, que são produtos exportáveis
de aceitação nos mercados internacionais. São Paulo, por motivos óbvios,
necessita liderar essa fase de transformação industrial. Por isso, chama a atenção a ausência do tema nas
campanhas ao Governo do Estado. Os candidatos têm limitado seu discurso ao
grave problema da segurança pública e à geração de emprego. Como se
fosse possível criar novos postos de trabalho sem indústrias de primeira
linha e prestação de serviços. Uma oportunidade para que os candidatos
apresentem seus planos para esse e outros temas será o Ciclo de
Debates–Eleições 2002, promovido pelo SEESP e em andamento desde o dia
15 de agosto. Para o evento, foram convidados todos aqueles que disputam a
Presidência da República, o Governo do Estado e uma vaga no Senado. Será
também uma chance aos engenheiros paulistas de ouvirem e inquirir seus
candidatos, tendo assim melhores condições de decidir seu voto. É preciso que nós, profissionais da tecnologia,
possamos mostrar aos dirigentes do Estado e do País a importância do
investimento no setor para que a Nação possa finalmente se desenvolver e o
nosso povo tenha condições dignas de vida. Eng. Murilo Celso de Campos Pinheiro |
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