Politécnico
do futuro terá formação |
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Como deve ser o engenheiro do ano 2015? E que escola
será necessária para formá-lo? Durante os dias 7, 8 e 9 de novembro,
debruçaram-se sobre essas questões aproximadamente
100 pessoas, entre alunos, professores e funcionários da Escola Politécnica
da USP, além de empresários, representantes de entidades ligadas à
engenharia e de outras organizações da sociedade civil. Eles se reuniram na cidade de Campos do Jordão para a “Conferência de busca de uma base comum”, que, como o nome indica, teve o objetivo de detectar a convergência de visão sobre o tema entre pessoas de diferentes áreas. Um dos convidados para o evento, o presidente do SEESP, Murilo Celso de Campos Pinheiro, aprovou a iniciativa. “O engenheiro existe para servir a sociedade, para atuar no mercado de trabalho, então é preciso ouvir o que os interessados esperam desse profissional, que deve ser um agente de transformações tecnológicas e sociais”, avaliou.
Outra questão importante, conforme lembrou o
professor Francisco Romeu Landi, um dos coordenadores do projeto, é dotar o
profissional de espírito empreendedor.“É preciso lhe dotar de
ferramentas para que saiba dar realização às suas idéias, seja ele um
empresário ou funcionário do governo ou da iniciativa privada.”
Até lá, haverá um esforço de socialização dentro
da própria Poli dos dados obtidos, visando ainda seu aprimoramento,
informou Martini. Depois, ainda segundo ele, a proposta é oferecer essas
informações às demais escolas de engenharia do País, sejam elas públicas
ou privadas. “Consideramos que esse trabalho, que envolve tanta dedicação,
merece ser aproveitado em sua expressão máxima”, disse. Entusiasmado, Martini reconhece que a execução das
propostas enfrentará obstáculos. “As dificuldades para implantar mudanças
foram vistas com muito realismo. A Poli é uma das unidades da Universidade
de São Paulo que tem o seu regramento e inércia naturais. No entanto,
entendemos que a escola, até por sua tradição centenária, tem por obrigação
dar passos à frente e auxiliar a quebrar a inércia.” Outro desafio será
o financiamento do projeto. “Transformar uma sala de aula espartana num
local agradável, confortável, por exemplo, custa dinheiro. Por isso mesmo,
um dos macroprojetos é a captação de recursos, que será tratada de forma
muito profissional. Tudo isso dentro do espírito público, não se pensa em
fazer qualquer tipo de privatização da universidade”, afirmou.
Na sua avaliação, além de possibilitar uma escolha
gradual da carreira, isso permitiu estruturar melhor o ensino generalista, o
que é importante diante de um sem-número de especialidades existentes
hoje. “A tecnologia cresce de maneira tão rápida e é um leque tão
aberto que querer formar um engenheiro especialista para cada área é
impossível. Então, podemos dar uma formação básica sólida a todos para
que, ao longo da vida, sejam capazes de se adaptar conforme as oportunidades
ou exigências que surgirem.” |
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