Engenheiro
ambiental a serviço da população |
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Problemas causados pela poluição
do ar, água, solo, ruídos e vibrações estão sob a mira de profissionais
que trabalham nas agências ambientais da Cetesb (Companhia de Tecnologia de
Saneamento Ambiental), espalhadas pelo Estado — nove na Grande São Paulo.
Muitas das fontes poluidoras são detectadas através de queixas da população. Na maioria dos casos, as reclamações referem-se ao cheiro de frituras proveniente de restaurantes, churrascarias e pizzarias. Os agentes avaliam a denúncia e, caso seja procedente, a solução ao proprietário, conforme recomenda Carlos Alberto da Silva, analista de controle ambiental da Agência de Pinheiros, será instalar equipamento para eliminar o odor. Outras queixas comuns são relativas a ruídos. Como exemplo, Silva cita o barulho que vinha de um açougue, devido à instalação de uma câmara frigorífica colada na parede do quarto do vizinho. Esse tipo de impasse, por vezes, pode ser resolvido apenas com a mudança do layout do local.
Avaliar se a empresa tem alvará de
funcionamento ou se deve renová-lo, como prevê o Decreto 47.397, de 4 de
dezembro de 2003, é a primeira ação dos agentes, quando acionados.
Segundo Silva, tal norma atualizou a parte preventiva referente ao
licenciamento. Já quanto ao controle de poluição do ar e do solo, as
regras continuam obsoletas e precisam ser revistas. Apesar disso, ele
garante que não há nenhum ganho para as empresas, pois “exigimos que
implantem a melhor tecnologia disponível no mercado”. Para que a licença
de instalação seja obtida, Silva informa que é preciso atender aos
quesitos referentes às emissões. A validade da licença fornecida pela
Cetesb varia de um a cinco anos, dependendo do potencial poluidor da
companhia.
Nos plantões, a qualquer momento, os
agentes são acionados para socorrer um caminhão que colidiu transportando
produtos químicos, por exemplo. Em caso de vazamento, fazem o atendimento
preliminar e chamam a Equipe de Acidentes Ambientais da Cetesb para dar
continuidade ao trabalho. Silva considera a atividade
gratificante. E lembra que quando iniciou a carreira na companhia não
existia curso de engenharia ambiental. Formado em 1974 na modalidade de química,
na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, ele teve sua atualização
na companhia. Hoje, nessa área, existem cursos tanto de graduação quanto
de pós-graduação e mestrado. O mercado de trabalho é promissor. “A
tendência numa empresa de médio ou grande porte é ter um engenheiro de
meio ambiente. Se ele tiver especialização em engenharia de segurança do
trabalho, aumentam as chances de ter um emprego e ser bem-sucedido”,
completou. |
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