1º
de maio, momento de reflexão |
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A
semente do 1º de maio não tardou a germinar. No Brasil, as primeiras
tentativas de comemoração desse dia aconteceram no ano de 1894, em São
Paulo, por iniciativa do italiano anarquista Artur Campagnoli. Houve repressão
policial e prisões. Somente em 1925 a data tornou-se oficial no País,
quando o presidente Artur Bernardes baixou decreto instituindo o 1º de maio
como feriado nacional. A
“declaração de liberdade” oferecida com o reconhecimento dessa data
histórica no País abriu espaço para que os trabalhadores brasileiros se
organizassem em sindicatos e lutassem unidos por “bandeiras”, como a do
salário mínimo. Esse foi instituído pelo presidente Getúlio Vargas, por
decreto-lei, em 1º de maio de 1940, no valor de 240 mil réis, a moeda da
época. Tal conquista era antiga reivindicação, desde a greve geral de
1917. De
1889 para cá, trabalhadores em todo o mundo intensificaram a luta por uma
legislação trabalhista, por melhores salários, condições de vida e
qualificação profissional, pelos direitos das mulheres, contra o trabalho
escravo e a exploração infantil. Criaram sindicatos fortes e organizações
não-governamentais de apoio e estão representados no mundo inteiro. Apesar
de todos os avanços, no Brasil e no mundo ainda persistem formas de
trabalho condenáveis, que afrontam a dignidade humana, como a exploração
da prostituição infantil. O
Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo, que tem uma história de
lutas em favor dos direitos dos profissionais, une-se nesse 1º de maio às
entidades representativas dos trabalhadores brasileiros, chamando a atenção
de todos para uma profunda
reflexão sobre a falta de emprego no País. O trabalhador não suporta
mais. A família brasileira já sofre as conseqüências de um processo de
desestruturação, principalmente por falta de ocupação. É hora de
ampliar o debate sobre o tema. Eng. Murilo Celso de Campos
Pinheiro |
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