Cartas Ainda Carioba 2 |
|
Enfim vejo
uma opinião de um colega que entende do assunto e tem bom-senso, o Eng. José
Marcos Teixeira, ao comentar (JE 214) o artigo de outro colega sobre
a usina Carioba 2 (JE 213).
Gostaria de acrescentar que, no que se refere à utilização de água,
ele menciona que a perda é de 97%, o que é uma inverdade. As perdas se dão
por evaporação e são da ordem de 10%. Não quero
entrar no mérito do empreendimento em si, pois (...) vejo que uma visão míope
evita atacar um ponto fundamental, que é a visão estratégica da matriz
energética brasileira e seu futuro. (...) A construção de usinas deve
levar isso em conta e deixar o setor devidamente estruturado para a
participação de investidores privados, garantindo retornos compatíveis, e
não desenvolver projetos, em sua maior parte, de interesse de construtoras
e políticos corruptos, que superfaturavam e faziam a sociedade pagar, em
dinheiro e prejuízos muitas vezes irreparáveis ao meio ambiente. Cito a
Usina da Cesp Sergio Motta, impagável financeiramente, e a Usina de Balbina,
um crime ambiental sem volta. O sistema
de despacho por menor custo nunca leva em conta o custo real da energia,
pois são usinas pertencentes a empresas estatais, que não têm que
amortizar o custo de construção das usinas, pois nós, os contribuintes, já
pagamos. O empreendedor privado enfrenta uma concorrência desleal e um
sistema incoerente com o “despacho de menor custo”.
|
|
|
|